DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 12-7-12

BLOG DO ELIOMAR


No patrimônio dos candidatos a vice, até Porsche e Rolls Royce

“A lista dos patrimônios declarados pelos candidatos a viceprefeito de Fortaleza aponta o empresário Gaudêncio Lucena, vice de Roberto Claudio (PSB), com mais bens do que todos os outros 19 candidatos a prefeito e vice de Fortaleza. Na lista divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o empresário exibe R$ 12.134.229,01 em imóveis, terrenos, ações, participações, aplicações, ouro e veículos. Somados, os patrimônios dos demais 19 candidatos que disputam o pleito em Fortaleza cravam R$ 7.291.852,13. O montante é pouco mais da metade de tudo o que consta na declaração de Gaudêncio Lucena.
Na lista do candidato, há um apartamento localizado na avenida Beira Mar, avaliado em R$ 3.263.501,57. Sozinho, o bem vale mais do que o patrimônio de qualquer um dos outros candidatos que disputam a eleição municipal em Fortaleza. Além do imóvel, aparecem na lista um veículo modelo Rolls Royce – um dos poucos que circulam em Fortaleza -, e um Porche. Juntos, os dois carros valem R$ 430 mil.
Segundo na lista dos patrimônios aparece o também empresário Alexandre Pereira (PPS), vice do pedetista Heitor Férrer. O patrimônio do candidato soma R$ 1.328.325,39 e chega a superar o de Férrer – que ostenta a mais rica lista de bens entre os candidatos a prefeito.
Encerra o grupo dos candidatos a vice com maiores patrimônios o médico Antônio Mourão, vice do novato candidato petista à prefeitura, Elmano de Freitas. Enquanto Elmano aparece com um dos mais modestos patrimônios, Mourão acumula R$ 1.054.732,40 divididos entre imóveis, veículos e aplicações. Na lista completa dos 20 candidatos, o médico é o terceiro.
Na sequência de candidatos a vice, aparecem o tucano Fernando Hugo, vice de Marcos Cals (PSDB), com patrimônio avaliado em R$ 351.613,24; Lineu Jucá, da chapa de Moroni Torgan (DEM), com R$ 268.792,61 em bens; e Chico Lopes (PCdoB), vice de Inácio Arruda (PCdoB), que tem R$ 193.684,66 divididos em cinco contas bancárias e dois veículos.
Entre os patrimônios mais modestos estão os da candidata a vice de Francisco Gonzaga (PSTU), Nivânia Amâncio; e da companheira de chapa de Renato Roseno (Psol), Soraya Tupinambá (Psol). Somados, os patrimônios de ambas pouco passam de R$ 100 mil. Os candidatos a vice de André Ramos (PPL) e de Valdeci Cunha (PRTB) declararam não possuir bens, assim como os seus companheiros de chapa.”
(O POVO)


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Chagas: as decisões estavam tomadas

Foi triste, penosa e longa a reunião do Senado, ontem, quando da cassação do mandato de Demóstenes Torres. Menos pela presença constrangedora dele no plenário, bem como por sua emocionada defesa, mais pela repetição de todos os fatos que levaram à abertura do processo contra ele por quebra do decoro parlamentar. Os pronunciamentos de Humberto Costa, relator no Conselho de Ética, e de Pedro Taques, na Comissão de Constituição e Justiça, serviram para que eles contraditassem discursos anteriores de Demóstenes Torres. Leia mais no artigo de Carlos Chagas.

Sponholz

Sponholz

A vez da caça

Para alguns senadores, Demóstenes foi cassado mais por sua atitude impiedosa contra colegas acusados do que pelo seu envolvimento com Cachoeira. A imagem de “palmatória do mundo” custou-lhe o mandato.

Alvo da oposição

O PSDB e membros “independentes” pediram urgência para votar na CPI do Cachoeira a convocação do ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, preso pela Polícia Federal.


Óleo de Peroba

Diplomatas ficaram impressionados: o chanceler Antonio Patriota no Senado não ruborizou, nem sequer deixou tremelicar a voz, diante da platéia incrédula, ao defender as trapalhadas do Brasil no Paraguai.

Papelão, Patriota

Antonio Patriota disse que o Paraguai foi suspenso do Mercosul por não cumprir o protocolo de Ushuaya, de manutenção da democracia. O ministro revelou indesculpável ignorância: o Paraguai não é signatário do protocolo e até a OEA atestou que não houve ruptura democrática.

Nem aí

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) advertiu para manobras ilegais em benefício da Venezuela. E exortou Antonio Patriota a não passar à História como aquele que enterrou o Mercosul. Ele continuou impávido.


COLUNA DO AUGUSTO NUNES

O movimento popular pela impunidade dos mensaleiros festeja a aparição do primeiro batalhão de combatentes imaginários

Fundado por José Dirceu durante o congresso de uma certa União da Juventude Socialista, o Movimento Popular pela Impunidade dos Companheiros Pecadores demorou exatamente um mês para festejar a aparição do primeiro batalhão de voluntários. Formada por combatentes recrutados na  Central Única dos Trabalhadores, dispostos a tudo para livrar da cadeia o bando do mensalão. a tropa é comandada pelo bancário Vagner Freitas, novo presidente da CUT, que melhorou o humor do guerrilheiro de festim com a entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
“Todos sabem que esse julgamento é uma batalha política”, ensinou José Dirceu em 9 de junho. “O julgamento não pode ser político”, concordou Vagner Freitas em 9 de julho. “Essa batalha deve ser travada nas ruas também, com a mobilização das forças progressistas e dos movimentos populares, porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas”, ensinou Dirceu em 9 de junho. “Se o julgamento não for técnico, nós questionaremos, iremos para a rua, porque a CUT não vai ficar olhando”, concordou Freitas em 9 de julho, falando em nome das forças progressistas e movimentos populares.
Por enquanto, o batalhão só existe na cabeça de Freitas ─ e é provável que nunca saia de lá. Sem as duplas sertanejas, o oceano de tubaína e sanduíches de mortadela em quantidade suficiente para alimentar um Sudão, manifestações convocadas pela CUT juntam menos gente que quermesse de vilarejo. No dia 29 de junho, por exemplo, a entidade tentou vitaminar a candidatura de Fernando Haddad com um ato de protesto contra as carências do transporte público em São Paulo. Atenderam à convocação pouco mais de 2 mil militantes.
“Se eu ficar dez minutos batendo lata no Viaduto do Chá, reúno cinco mil pessoas”, dizia Jânio Quadros. A maior metrópole da América Latina tem público para tudo ─ até para malucos espancando bumbos de alumínio. Mas vai ficando cada vez mais complicado encontrar espectadores para a óperas bufas encenadas por velhacos que, tão dependentes da mesada do governo quanto a pelegagem que desancavam no século passado, não renunciam à pose de fundadores do sindicalismo moderno.
O raquitismo das plateias contrasta com a arrogância da turma no palanque e, sobretudo, escancara o abismo escavado entre o discurso oportunista dos líderes e os reais interesses dos supostos liderados. Pelo que dizem os dirigentes, os trabalhadores filiados à CUT têm no momento uma só preocupação e um único pleito: insones desde que souberam que o julgamento vai começar em 2 de agosto, sonham acordados com a absolvição dos réus. O resto é o resto.
A paralisação das universidades federais, as greves que se alastram por mais de 20 categorias do funcionalismo público, os solavancos da inflação,  o emagrecimento da indústria, o PIB anêmico ─ tudo isso pode esperar. O que importa é obrigar o STF a inocentar os mensaleiros. Para tanto, é fundamental que o julgamento seja “técnico”. “Minha expectativa é que os ministros do Supremo Tribunal Federal julguem segundo os autos”, declamou nesta terça-feira o inevitável Rui Falcão. “E julgando segundo os autos não há base para condenação”, delirou de novo o presidente do PT.
A versão governista da história, diria Stanislaw Ponte Preta, já descambou para o perigoso terreno da galhofa. Investigações realizadas pela Polícia Federal e por uma CPI ergueram um himalaia de provas. A devastadora denúncia encaminhada ao STF pelo procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza foi encampada pelo Supremo. O processo tem quase 70 mil páginas. Mas a tribo dos cínicos jura que o mensalão não existiu.
“O que houve foi uma tentativa de golpe contra o meu governo, tramada pela oposição com o apoio de setores da mídia”, descobriu Lula quatro anos depois do desbaramento da quadrilha. “O que houve foi uma tentativa de golpe contra o presidente Lula”, repetiu nesta segunda-feira o eletricitário Artur Henrique, de saída da presidência da CUT. Ainda indignado com a destituição do companheiro Fernando Lugo, ele lembrou que “esse ataque à democracia pode acontecer no Brasil”.
“Ou não foi isso que tentaram neste país em 2005?, perguntou. “Ou não tentaram depor e derrubar o presidente Lula com o apoio da imprensa?” Se acredita nisso, Artur Henrique precisa comunicar urgentemente a Dilma Rousseff que está ameaçada de despejo do gabinete presidencial por um grupo de conspiradores que junta ministros do Supremo, dois procuradores-gerais da República, FHC e, claro, a mídia reacionária.
O ex-ministro Márcio Thomaz Bastos acha pouco manter delinquentes amigos longe da gaiola. Também é preciso prender a liberdade de imprensa. “A mídia tomou partido nesse caso e faz publicidade opressiva”, descobriu o ex-ministro da Justiça que prospera colecionando sentenças injustas. Essa conversa de vigarista foi longe demais, advertem os brasileiros decentes. Como em qualquer julgamento, os ministros do STF devem decidir amparados nos autos. Lá estão as incontáveis provas dos crimes. Lá está a radiografia da quadrilha composta por figurões federais, parlamentares alugados, ministros bandalhos e empresários canalhas.
Quem sempre sonhou com um julgamento político foi Lula. Nestes seis meses, o principal beneficiário das bandalheiras andou visitando ministros que nomeou para comunicar que perdoar os pecadores companheiros seria uma bem-vinda demonstração de gratidão. Só soube agora que acrobacias malandras inverteram o sentido das palavras. Se inocentar os réus, o STF terá feito um julgamento técnico. Se optar pela condenação, terá promovido um julgamento político.
O acervo de espantos da Era Lula inclui um presidente que não sabe escrever e nunca leu um livro, uma presidente incapaz de dizer coisa com coisa, um senador que revogou o irrevogável, um ministro da Fazenda especializado no estupro de sigilo bancário e em assessorias de araque, um trem-bala que só apita no PAC, um ministro da Indústria que quebrou uma fábrica de tubaína com dois ou três conselhos, um ministro da Pesca que não sabe colocar minhoca em anzol, um ministro da Educação que acha certo falar errado, um advogado que virou ministro do STF depois de reprovado em dois concursos para o ingresso na magistratura e, entre tantas outras esquisitices, a única central sindical do mundo que se proclama única embora existam mais cinco.
Se tiver algum juízo, a CUT esquecerá a ideia de ampliar a coleção de assombros com o o primeiro  movimento da história assumidamente a favor dos corruptos. Qualquer entidade pode discordar de uma decisão do STF. Nenhuma pode negar-se a respeitá-la, sob pena de virar um caso de polícia intolerável. Se for consumada a afronta inverossímil, a confederação sindical subordinada ao PT se transformará num organização fora da lei em guerra contra o Estado de Direito.
Nada que uma boa cadeia não resolva.


BRASIL 247

Wilder diz que não seria nada sem Cachoeira

Wilder diz que não seria nada sem CachoeiraFoto: Divulgação_Folhapress

HERDEIRO DE DEMÓSTENES NO SENADO, O PRIMEIRO SUPLENTE FOI COLOCADO NESSE POSTO PELO BICHEIRO E ATUAL MARIDO DE SUA EX-MULHER ANDRESSA, A QUEM CHAMAVA DE "VOSSA EXCELÊNCIA"; É O QUE REVELAM NOVOS GRAMPOS DA OPERAÇÃO MONTE CARLO; VAI TAMBÉM SER CASSADO?

12 de Julho de 2012 às 07:27
247 – Em áudios gravados pela PF, Wilder Morais (DEM-GO), herdeiro de Demóstenes no Senado, chama Cachoeira de "Vossa Excelência" e diz que não seria nada na política sem ele. Leia nareportagem da Folha:
Herdeiro de Demóstenes Torres no Senado, o primeiro suplente Wilder Morais (DEM-GO) foi colocado nesse posto pelo empresário Carlinhos Cachoeira, a quem chamava de "Vossa Excelência".
É o que indicam áudios inéditos gravados pela Polícia Federal e obtidos pela Folha de sete conversas entre Wilder e Cachoeira, que se referia a ele como "senador".
O empresário relembrou a Wilder o papel que teve na sua ascensão política em uma longa conversa por telefone, em junho de 2011.
Ela ocorreu no auge de uma crise entre eles gerada pelo envolvimento de Cachoeira com a então mulher do suplente, Andressa Morais.
Andressa e Cachoeira, que hoje estão juntos, se conheceram em um jantar na casa de Wilder, em 2009.
Ela costuma relatar o encontro com Cachoeira como "amor à primeira vista".
"Eu não vou expor você, cara. Fui eu que te pus na suplência, essa secretaria, fui eu, você sabe muito bem disso. Então, para que eu vou te expor?", afirma Cachoeira.
Wilder concorda e indica ter gratidão por Cachoeira.
"Carlinhos, pensa um cara que nunca teria encontrado um governo, que nunca teria sido bosta nenhuma. Você está falando com esse cara."
Wilder, 44, é neófito na política. Amparado em sua atividade na área de construção, tornou-se um dos principais empresários de Goiás.
Filiou-se ao DEM apenas em julho de 2009. Com patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de R$ 14,4 milhões, foi um dos principais financiadores de Demóstenes.
Com a eleição de Marconi Perillo (PSDB) para o governo de Goiás, foi nomeado, em janeiro de 2011, secretário de Infraestrutura --seu primeiro cargo público.
A reportagem não conseguiu contato com Wilder. Ele passou o dia ontem em sua fazenda em Goiás e viajaria hoje, em férias, para o Ceará.
A Folha apurou, contudo, que assumirá a vaga.
AJUDA
Em outra conversa, de março de 2011, Wilder pediu ajuda a Cachoeira para obter informações sobre um empresário que estava fazendo críticas à segurança de um shopping de propriedade de Wilder: "Vamos tentar achar alguma coisa dele", pediu.
Em maio de 2010, Wilder ganhou o título de cidadão de Anápolis, em homenagem oferecida por um sobrinho de Cachoeira, o vereador Fernando Cunha (PSDB).
O segundo suplente de Demóstenes é o produtor rural José Eduardo Fleury. Amigo do ex-senador, ele foi ao Senado acompanhar a sessão.

BLOG DO ILIMAR FRANCO

ESTRÉIA EM GRANDE ESTILO. Wilder de Morais (DEM-GO), suplente de Demóstenes Torres, cassado, vai assumir o mandato numa situação de desconforto. Ele vai ser convocado pela CPI como testemunha para falar sobre a amizade e ligação com Carlos Cachoeira. Eles foram amigos até que sua ex-mulher, Andressa Mendonça, o trocou pelo contraventor. Integrantes da comissão acreditam que ele pode ser uma testemunha bomba.
Filme mudo
A presidente Dilma não discursou no jantar com os petistas, na residência da presidência da Câmara, por causa de seu trauma com os vazamentos. No encontro anterior, com os senadores, o vazamento foi geral e isso a irritou muito.
A caçada ao cassado
O Ministério Público Federal vai entrar na próxima semana com uma ação por improbidade administrativa contra Demóstenes Torres. Procurador da Justiça de Goiás, o senador cassado será acionado pelo braço federal porque ao atuar no Congresso, estava no exercício de função federal. O MP de Goiás deve ajuizar ação contra ele por violar suas prerrogativas de agente público e pedir a perda do cargo de promotor.
Jogo duro
A orientação do Planalto para os líderes aliados, na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, é para não aprovar nenhum tipo de reajuste, salarial ou de vale refeição, para os servidoes públicos do Executivo e também do Judiciário.














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