DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 07-7-12

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Doações ligam governador de Tocantins a esquema de Carlinhos Cachoeira

FotoSIQUEIRA CAMPOS RECEBEU DOAÇÕES DO GRUPO CACHOEIRA
Quase metade do dinheiro recebido pelo comitê do PSDB de Tocantins na eleição de 2010 veio de empresários que, segundo a Polícia Federal, atuavam em parceria com Carlinhos Cachoeira. E foi dos cofres do comitê do partido que saíram 98% dos recursos de campanha do governador tucano Siqueira Campos. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, de R$ 10,5 milhões de receita declarada à Justiça Eleitoral, R$ 4,3 milhões (41%) foram doados por citados na investigação da Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Os dados indicam que a influência de Cachoeira no Tocantins não se limitava ao petista Raul Filho, prefeito de Palmas, flagrado negociando o apoio do empresário. Em ação de improbidade de 2011, o Ministério Público diz que o governo Siqueira Campos dispensou uma licitação de forma irregular para contratar por R$ 14,7 milhões a Delta -- à qual Cachoeira era ligado. Siqueira Campos rebateu que as doações foram feitas ao comitê financeiro da coligação e não serviram só para sua campanha.

Ronaldo Cunha Lima morre na Paraíba

FotoELE LUTAVA CONTRA CÂNCER NO PULMÃO
O ex-governador da Paraíba Ronaldo Cunha Lima morreu aos 76 anos neste sábado (7) na casa da família, em João Pessoa. Ele lutava contra um câncer no pulmão desde 2011. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB), filho de Ronaldo, confirmou a morte pelo twitter. "Os Poetas não morrem! O Poeta Ronaldo Cunha Lima, após uma vida digna, descansou", afirmou Cássio. Ele também agradeceu a solidariedade dos amigos. “Louvamos a Deus pela bela existência do Poeta Ronaldo e agradecemos a todos por toda solidariedade." Em quase 50 anos de carreira política, Ronaldo Cunha Lima assumiu quase todos os cargos eletivos, exceto o de presidente da república. A doença do ex-governador foi diagnosticada em julho de 2011. Durante cinco meses Ronaldo foi internado várias vezes para se tratar do câncer em São Paulo e em João Pessoa. A última internação foi em janeiro deste ano e, desde então, ele passava por acompanhamento médico na casa da família.

O de sempre

Não tem jeito: o presidente do Paraguai, Federico Franco, nomeou a cunhada para o conselho de Itaipu e garantiu que será a única. Sei...

Inundação

Preso há cinco meses, abatido, pagando R$ 15 milhões ao advogado estrelado que não ganha um só habeas corpus a seu favor, Carlos Cachoeira está à beira de chutar o advogado. E o balde.

Esqueçam o que não falei

Se não falou antes, não falará agora, para “poupar a voz”: Lula está devendo, há mais de 1 ano, a prometida explicação para seu pedido de passaporte especial aos parentes. A Justiça retirou o último concedido.

A fila não anda

Correição do Conselho Nacional de Justiça no Tribunal de Justiça do Rio apurou que pelo menos dez desembargadores poderão ser punidos com aposentadoria compulsória por engavetar processos. O campeão do “engavetamento” tem 1.840 na gaveta. Os colegas foram solidários.

Olhinhos bem abertos

O governo chinês não gostou nada do “protecionismo” do Brasil taxando componentes de sapatos em quase 200%, e ameaça reduzir investimentos. É melhor andar descalço com tanto imposto brasileiro.

O deboche aumentou

O vôo 3576 da TAM, de Brasília para Maceió, nesta sexta-feira, decolou com duas horas de atraso, sem maiores explicações exceto os manjados “problemas operacionais”. Depois de virar Latam, ficou pior.

Pergunta em São Bernardo

Não falta um dedo na tal “partícula de Deus”?

O Brasil no contragolpe

Foto
O imperador da Etiópia, Hailê Selassiê, foi deposto pelo próprio filho quando fazia uma visita oficial ao Brasil, a convite do presidente Juscelino Kubitscheck, liderando uma comitiva que era uma pequena multidão. Em conversa com JK, o imperador pediu dinheiro para voltar, dar um corretivo no filho e retomar o poder. JK ordenou que o ministro da Fazenda, Horácio Lafer, desse dinheiro a Selassiê antes de o Congresso aprovar o empréstimo. Lafer advertiu: “Os parlamentares não vão aprovar isso”. JK respondeu:
- Vão aprovar, Lafer. Basta mostrar essa comitiva toda e lembrar que pode ficar por aqui, asilada.
Selassiê retomou o poder e se manteve nele por mais quinze anos.


BLOG DO CORONELEAKS

Tribunal de Contas, Ministério Público e Polícia Federal cercam prefeito petista de Palmas. Provas se acumulam.

Apontado na prestação de contas do PT de Palmas como doador de um showmício nas eleições de 2004, o sócio de uma empresa no Tocantins negou ter colaborado com a campanha do prefeito petista da cidade, Raul Filho. Na prestação enviada pelo PT à Justiça Eleitoral, em 2004, a RJ Comunicações aparecia doando um show de R$ 30 mil de Amado Batista. Nesta semana, Filho disse que o show havia sido pago por Carlinhos Cachoeira. 

O Tribunal de Contas e o Ministério Público do TO investigam contratos da Prefeitura de Palmas com a empreiteira Delta, responsável pela limpeza urbana na cidade. Cachoeira é apontado pela PF como sócio oculto da Delta. A declaração do prefeito sobre o show foi feita após a divulgação de vídeo gravado na época da campanha em que aparece com Cachoeira. Ambos tratam na ocasião de um "grande show" para ajudá-lo e discutem o que seriam possibilidades de contratos na prefeitura em troca de apoio na campanha.

As prestações de contas do PT e de Filho à época, porém, não indicam valor ou serviço doado por Cachoeira. Na prestação de Filho aparecem só doações do comitê do PT, no valor de R$ 503,68 mil. Questionado sobre o show, Rodrigo Trancoso, sócio da RJ, disse que a empresa é uma agência de publicidade e que a informação era "um equívoco" da reportagem. Após a Folha repassar dados da nota fiscal, o empresário disse que consultaria seu contador. Procurado novamente, ele não respondeu. 

O presidente do PT-TO, Donizeti Nogueira -que era do comitê financeiro da sigla em 2004-, afirmou não se lembrar de shows nem da prestação de contas. O escritório de Amado Batista disse não ter dados sobre contratos da época. A assessoria de Raul Filho disse que ele só vai se manifestar após seu depoimento à CPI do Cachoeira. Também nesta semana, a Procuradoria Regional Eleitoral do TO denunciou Filho e a primeira-dama, a deputada estadual Solange Duailibe (PT), sob acusação de uso de documentos falsos para justificar a origem de R$ 130 mil arrecadados na campanha de Solange em 2010. Os dois disseram que não iriam comentar a denúncia por não terem sido notificados.

 Com sua voz metalizada depois do tratamento, levemente efeminada, Lula manda um caliente abrazo para Hugo Chávez, no palanque eleitoral do Foro de São Paulo.

Chavez comanda Foro de São Paulo, tendo como porta-voz o petista Valter Pomar.

Valter Pomar, secretário internacional do PT, convoca em portunhol uma marcha a favor de Chávez, no dia 24 de julho próximo. E promete um tuitaço mundial em favor do ditador. Como Chávez não está sendo ameaçado por ninguém, o Foro de São Paulo, reunido em Caracas, revelou apenas o que sempre foi: um foro de ditadores e tiranetes lutando contra a democracia.Não percam as caras dos bolivarianos ensadecidos...

BLOG DO JOSIAS



Entre o que o governo acha que faz e o que as pessoas gostariam que o governo fizesse há sempre um vão por onde passa a indignação. Nesta sexta (6), Dilma Rousseff foi ao Rio entregar 460 apartamentos. Enfrentou um protesto de estudantes. A rapaziada gritava pela destinação de mais verbas para a educação.
O alarido abafou o discurso da presidente. Ela elevou o volume da voz e seguiu em frente. Numa vã tentativa de salvar a cena, o prefeito carioca Eduardo Paes, que foi ao ato junto com o governador Sérgio Cabral para tirar uma casquinha da popularidade da visitante, puxou um coro: ‘Olê, olê, olê, olá’, Dilma, Dilma!’. E nada.
A ação dos seguranças revelou-se, por assim dizer, mais produtiva. Sem muita conversa, rasgaram cartazes. Tomaram os celulares dos que filmavam o rififi. Lançaram os aparelhos no solo. De resto, impediram que os repórteres levassem sua curiosidade para perto do tumulto.
No segundo estágio de sua agenda, Dilma deparou-se com outro protesto. Foi inaugurar uma ala nova da emergência do Hospital Miguel Couto. Aguardavam-na professores e servidores de hospitais federais em greve. Recepcionaram-na com um coro diferente daquela que Paes entorara na cerimônia dos apartamentos.
“Saúde na rua, Dilma a culpa é sua!”, gritava a turba. “A greve é todo dia, porque a Dilma não negocia!”, variavam os manifestantes. O carro que levava Dilma rumou para uma entrada lateral do Miguel Couto.
Acompanhada do prefeito e do ministro-senador Marcelo Crivela (Pesca), a presidente tomou o elevador. Não subiu. Dilma viu-se compelida a enfrentar as escadas. Dessa vez, não discursou. Limitou-se a dizer meia dúzia de palavras ao séquito de repórteres.
Um deles perguntou à visitante se notara os protestos do lado de fora do hospital. EDilma: “Vi, meu querido. Vivemos numa democracia, vocês querem o quê?”. Os manifestantes decerto avaliam que merecem algo mais. Na véspera, de passagem por São Bernardo (SP), Dilma já havia sentido nos ouvidos o ruído da democracia.

BRASIL 247
Maluf pode começar a pagar dívida com SP

Maluf pode começar a pagar dívida com SPFoto: Edição/247

TRIBUNAL DO PARAÍSO FISCAL DA ILHA DE JERSEY JULGA AÇÃO EM QUE A PREFEITURA DA CAPITAL PAULISTA TENTA REPATRIAR US$ 22 MILHÕES QUE TERIAM SIDO DESVIADOS PELO EX-PREFEITO; ESTA ACUSAÇÃO FEZ COM QUE MALUF FOSSE PRESO E PROCURADO PELA INTERPOL, MAS NÃO IMPEDIU ALIANÇA COM O PT, COM DIREITO A FOTO NA MANSÃO

07 de Julho de 2012 às 11:29
247 – A aliança entre Paulo Maluf, do PP, e Fernando Haddad, do PT, na disputa pela prefeitura de São Paulo, ainda poderá render muita dor de cabeça aos petistas. Em meio ao processo eleitoral, que começa oficialmente agora, depois de registradas as chapas, estará sendo julgada uma ação no paraíso fiscal de Jersey. Nela, a prefeitura de São Paulo tenta recuperar US$ 22 milhões que teriam sido desviados por Maluf no último período em que administrou a maior cidade do País (1993-1996).
A origem dos recursos seria o superfaturamento em duas obras que ficaram marcadas na gestão Maluf: o túnel Ayrton Senna e a Avenida Águas Espraiadas, depois rebatizada como Roberto Marinho. De acordo com o Ministério Público, os recursos foram parar em duas empresas administradas por Flávio Maluf: a Durant e a Kildare. Ambas com contas em Jersey, que decidirá pela devolução – ou não – dos recursos. Ao todo, o volume de dinheiro bloqueado no exterior, que pertenceria à família Maluf, soma US$ 175 milhões.
De acordo com o promotor Sílvio Marques, o processo comprova “desvio de recursos públicos na prefeitura”, mas Maluf nega que ele e seus familiares mantenham contas no exterior.
Foram tais acusações que fizeram com que Maluf se tornasse um procurado pela Interpol e fosse preso pela Polícia Federal, em 2005. Seu julgamento, em plena corrida eleitoral, cria um constrangimento adicional para o PT e para o candidato Fernando Haddad. Como explicar que o candidato que representa o “novo” tenha posado para fotos no jardim da família Maluf, ao selar a aliança? Se Maluf é aliado, como fica o processo de repatriação dos recursos desviados?





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