GILMAR DENUNCIA LULA
Gilmar denuncia, em Veja, pressão feita por Lula
Segundo a revista, ex-presidente teria tido encontro com o ministro do STF e insinuado que controlaria os rumos da CPI do Cachoeira; em troca do julgamento do mensalão, Lula teria prometido blindar Gilmar Mendes na comissão; o juiz viajou a Berlim acompanhado do senador Demóstenes Torres
Brasil 247 – Na edição que chega às bancas neste
fim de semana, a revista Veja publica uma nova denúncia contra o
ex-presidente Lula, ancorada num depoimento do ministro do Supremo
Tribunal Federal, Gilmar Mendes. De acordo com a reportagem, assinada
por Rodrigo Rangel e Otávio Cabral, Lula pressionou Gilmar a adiar a
votação do processo do mensalão. Em troca, blindaria o ministro na CPI
do caso Carlos Cachoeira.
Segundo o relato da revista, Lula e Gilmar se encontraram no dia 26
de abril no escritório do advogado e ex-ministro Nelson Jobim. O que
deveria ser um encontro de cortesia teria se transformado num episódio
de pressão explícita. “É inconveniente julgar esse processo agora”,
teria dito Lula a Gilmar, reivindicando que o processo do mensalão fosse
decidido apenas após as eleições municipais de 2012. Em seguida, diante
da reação pouco amistosa de Gilmar, Lula teria passado um recado. “E a
viagem a Berlim?” Gilmar Mendes fez uma viagem recente a Berlim, onde se
encontrou com o senador Demóstenes Torres (sem partido/GO). Carlos
Cachoeira também foi à capital alemã, na mesma data, mas não se sabe se
houve encontros dele com o senador e o ministro do STF.
Gilmar se sentiu pressionado e relatou a conversa à revista Veja, a
quem disse ter considerado indecoroso o comportamento do ex-presidente
da República. “Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações
despropositadas do presidente Lula”, disse ele à revista. Gilmar afirmou
ainda que viaja com frequência a Berlim, onde fez seu doutorado e onde
também mora sua filha. “Vou a Berlim como você vai a São Bernardo”,
teria dito ele a Lula.
Anfitrião do encontro, Nelson Jobim colocou panos quentes. Disse que
não ouviu tudo o que foi tratado no encontro e a que a conversa se deu
em “tom amigável”. Fica, portanto, a palavra do ministro Gilmar Mendes
contra a do ex-presidente Lula, que, procurado por Veja, não se
pronunciou.
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