| 27 Maio 2012, no Mídia Sem Máscara
Artigos - Movimento Revolucionário
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E
o que pretende a “Comissão da Verdade” senão desmoralizar as Forças
Armadas, retirando os militares da Lei da Anistia e colocá-los na cadeia
como pessoas hediondas?
Há alguns anos venho alertando os brasileiros de que se está gestando um plano para destruir as Forças Armadas no continente, sob a batuta do Foro de São Paulo (FSP). Pouca atenção foi dada, sobretudo pelos militares, embora meus alertas estivessem embasados em documentos probatórios, tanto das resoluções finais dos encontros do FSP como da realidade mesma, sendo mais patente o caso da Argentina desde o início da era Kirchner, onde centenas de combatentes da subversão, militares, policiais e civis, estão sendo condenados por haverem devolvido a segurança, a liberdade e a democracia ao país.
Em
todos os países onde nas décadas de 70 e 80 a subversão e o terrorismo
foram contidos por governos militares, a Lei de Anistia, que perdoava os
excessos cometidos por ambos os lados foi modificada, retirando-se
delas os capítulos “obediência devida” e “ponto final”, na qual apenas
os terroristas passaram a se beneficiar. Do mesmo modo que no Brasil, os
terroristas, além do benefício do perdão e esquecimento, passaram a ser
remunerados a título de “indenização” pelo tempo em que tiveram seus
direitos políticos cassados.
Dois grandes colombianos, alvos do ódio dos inimigos da liberdade: Dr Fernando Londoño e Coronel Alfonso Plazas Vega
A
Colômbia não passou pelo mesmo processo, embora tenha anistiado os
terroristas do M-19 que aterrorizavam o país com seus atos brutais e
hediondos, como o caso do Palácio da Justiça ocorrido em 1985.
Entretanto, por haverem sido anistiados, esses terroristas hoje se
encontram em todas as instâncias políticas e jurídicas, onde a
perseguição aos militares e policiais é a marca mais patente e a
destruição das Forças Armadas se dá em forma de lei, uma lei dissimulada
que finge ser uma coisa que não é: um marco para a paz no país.
Há
mais ou menos um mês o senador colombiano Roy Barreras criou uma lei que
oferece perdão e esquecimento de todos os crimes cometidos pelas FARC,
para aqueles que queiram se desmobilizar. Ora, todo mundo sabe que já
houve muitos casos de terroristas que se “desmobilizaram” para receber
as garantias do governo, e continuam delinqüindo! Ademais, o Plano
Estratégico das FARC, desconhecido da quase totalidade dos legisladores
não contempla o desarmamento, tampouco elas cumprem com a palavra dada,
pois apesar de terem dito ao governo que não mais iam seqüestrar, como
mostra de “boa vontade” para com a paz, há pouco mais de uma semana
seqüestraram 13 crianças entre 10 e 12 anos de dentro de uma sala de
aulas!
E o
que tem a ver esta lei com a Comissão da Verdade? Esta lei, que já está
sendo apelidada de “lei da impunidade”, foi aprovada pela Câmara dos
Deputados quase que por unanimidade no mesmo dia em que as FARC
cometeram um ato terrorista da maior brutalidade no centro de Bogotá,
dirigido diretamente ao Dr. Fernando Londoño, ex-ministro da Justiça do
governo Uribe, um dos maiores combatentes dessa lei infame, que, por
milagre, saiu vivo. Ao mesmo tempo, dois carros-bomba foram desativados
em bairros distantes para dispersar a atenção dos policiais e poucos
dias depois uma bomba foi desativada no teatro Gran Rex em Buenos Aires
onde o ex-presidente Uribe faria palestra no dia seguinte.
Há
dois dias as FARC assassinaram 12 militares em La Guajira, na fronteira
com a Venezuela. É voz corrente que os terroristas saíram da Venezuela,
atacaram e voltaram para esse país, onde continuam tendo respaldo de
Chávez e dos militares dos altos escalões das Forças Armadas. Chávez,
entretanto, garantiu ao presidente Santos que não admitiria nenhum
terrorista em seu território e que ia colaborar na caçada aos mesmos,
enviando uma tropa de 3 mil homens para patrulhar a fronteira onde se
deram os fatos. Ocorre que esses militares por pouco não abateram uma
aeronave colombiana, pois o que eles pretendem não é combater
terroristas das FARC, seus aliados, mas os militares que cumprem com seu
dever.
Esses
atos dos últimos dias na Colômbia têm revoltado os cidadãos, sobretudo
porque, apesar de ter crescido a ousadia e crueldade das FARC, os
parlamentares insistem em aprovar a malfadada lei que apagará todos os
crimes desses terroristas e lhes garantirá, ainda, o direito de se
candidatar a cargos públicos e políticos. Enquanto isso, a justiça, que
está completamente dominada por “ex” narcotraficantes e terroristas vem
condenando militares e policiais de todos os escalões, desmoralizando as
Forças Armadas e Policiais, levando-os a temer combater o inimigo pois
sabem que terão suas carreiras destruídas e acabarão nos cárceres como
já estão os quase 5.000 militares.
E o
que pretende a “Comissão da Verdade” senão desmoralizar as Forças
Armadas, retirando os militares da Lei da Anistia e colocá-los na cadeia
como pessoas hediondas? Este é o objetivo de uma e outra lei,
auspiciada pelo FSP, para em seu lugar criar milícias formadas por
terroristas e assim implantar de vez uma ditadura comunista. Foi com
este objetivo que o Foro de São Paulo foi criado, ao ver que fracassou
com a luta armada. Agora, a tomada do poder vem com força de Lei, seja
qual for o nome que se queira dar ou a maquiagem que se queira pintar.
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