DA MÍDIA SEM MORDAÇA

BLOG DO CORONELEAKS


domingo, 29 de abril de 2012


Por que a Rede Globo não derruba a corrupção no Rio?

É fácil saber porque a Rede Globo de Televisão, maior empresa de comunicação do Brasil, mas com alma carioca, do alto do seu lindo quintal no Jardim Botânico, acoita um dos maiores esquemas de corrupção já visto em todos os tempos, montado pelo governo Sérgio Cabral, com o apoio explícito de Lula. O Rio foi transformado em palco de grandes eventos. E estes espetáculos são um filão inesgotável de faturamento na área de publicidade.

Tudo começou com o Pan de 2007, que custou dez vezes mais caro do que o planejado, segue agora com a Rio+20, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. São bilhões de reais em faturamento, que fazem com que a Rede Globo se torne cúmplice de uma Confederação Brasileira de Futebol, de um Comitê Olímpico Brasileiro e de suas federações eivadas de irregularidades, fechando as câmeras para os problemas das obras realizadas a toque de caixa por empreiteiras que levam governadores para fazer festa em Paris e para o superfaturamento do Maracanã. Que transformam a Copa do Mundo em espetáculo de roubalheira.

Se a Globo quisesse, acabaria com tudo isso em uma semana e ajudaria o Brasil a escrever uma nova página em sua história. De forma surpreendente, a emissora está dando repercussão às escandalosas festas pagas pela Delta para que um Cabral bêbado dançasse na boquinha da garrafa, em um dos hotéis mais caros do mundo. Mas ainda não foi ao hotel para provar ao Brasil que Cabral tinha tudo free, pago por um empreiteiro que faturou R$ 1,5 bilhão dos cofres do estado do Rio de Janeiro. Bastaria querer.
Hoje Fernando Gabeira escreve um artigo em que aborda o tema,intitulado "Paris é uma festa", que faz a necessária conexão entre o esquema de Cabral com Cavendish e de suas implicações na vida do carioca. Vale a pena ler. 

Corrupção suprapartidária na CPI do Cachoeira.

Não há dúvidas do envolvimento de pelo menos três governadores -Marconi Perillo (PSDB-GO), Agnelo Queiroz(PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ) - com o esquema de corrupção que conecta, cada dia mais, o contraventor Carlinhos Cachoeira com a Delta Construções, a maior empreiteira do PAC, justamente para aquelas obras emergenciais que, reiteradamente, se transformam na mais pura corrupção. É, sem dúvida alguma, uma CPI suprapartidária para investigar uma lama que é de esquerda, de centro e de direita. Se depender dos políticos, havendo três grandes partidos diretamente envolvidos, a investigação tende a dar em nada. Vai depender da Imprensa, do STF e da opinião pública para que a verdade seja mostrada de tal forma que seja impossível escondê-la atrás dos truques regimentais de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Vamos precisar de politicos sem rabo preso para, ao menos, não permitir que o eleitor, em casa, fique sem entender nada. Há uns poucos bons parlamentares no grupo da CPI. Cabe a todos ajudá-los e apoiá-los pelas redes sociais e pela blogosfera. Este Blog, como sempre, estará à disposição de todos eles. 

Delta só fez doações para o PT e o PMDB em 2010. Cada um recebeu R$ 1.150.000.

As doações da Delta Construções, nas eleições de 2010, foram feitas aos Comitês Partidários e não a candidatos. Para o PT, a empresa de Cavendish, envolvida até os olhos com o bicheiro Cachoeira, foi de R$ R$ 1.150.000. Para o PMDB, o repasse foi de R$ 1.150.000,00. Os dois partidos receberam quantias rigorosamente iguais.
No dia 17 de setembro, a Delta depositou R$ 650.000,00 para o PT e R$ 350.000 para o PMDB, totalizando R$ 1.000.000,00. No dia 21 de setembro, foram doados R$ 500.000 para o PT e R$ 500.000 para o PMDB. No dia 27 de outubro, o PMDB recebeu R$ 300.000.
É interessante que os dois partidos tenham recebido exatamente o mesmo valor. Clique aqui para pesquisar as doações no site do TSE. Clique na imagem para ampliar.
 

Cabraldish na França com o dono da Delta: a festança continua.

O Blog do Garotinho segue publicando vídeos e mais vídeos que mostram um padrão de vida do governador do Rio, ao lado do dono da Delta, absolutamente fora das posses do peemedebista. Cabral é um duro para pagar aquela conta toda. Cavendish não. Leiam no Blog do Garotinho o que ele publica sobre o vídeo abaixo.
Vocês acham que com esta renda e esta declaração de bens o governador conseguiria pagar uma festa destas? Afinal de contas, é aniversário da esposa e a festa é particular.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Ex teme calote em
divórcio com o
‘dono’ do PR

A socialite paulista Maria Christina Mendes Caldeira mostra que ex-mulher é mesmo para sempre: ela entrou com liminar na Justiça para garantir 50% dos bens na partilha do seu rumoroso divórcio do deputado Valdemar da Costa Neto (SP), “dono” do PR. Maria Christina pediu à Receita Federal que rastreie aplicações, móveis e imóveis, contas bancárias e declaração de renda dos últimos cinco anos.
  

Neopetista

À Câmara, em 2005, a ex de Valdemar o envolveu numa “caixinha” de Taiwan para a campanha de Lula. Há meses, disse que entraria no PT.

Código de enigmas

Para o ruralista Zé Silva (PDT-MG), o polêmico novo Código Florestal até parece com outro bem mais complicado: o Código da Vinci.

Amigos de Morfeu

No Senado ninguém ficará insone com CPIs: até 2016 estão garantidos os serviços do Instituto do Sono de Brasília, por R$ 300 mil.

Impunidade

O araponga Idalberto Araújo, o Dadá, foi indiciado em 2007 na CPI das Escutas Telefônicas, mas não teve qualquer punição. Para Luiz Pitiman (PMDB-DF), “ele só aumentou o passe. Foi contratado por Cachoeira”.

Demóstenes quadruplicou o patrimônio

O patrimônio do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) praticamente quadruplicou quatro meses depois das eleições de 2010, quando se reelegeu senador. Neste período, Demóstenes declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 374 mil. Na relação de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não havia nenhum imóvel. O parlamentar listou um carro de R$ 102,4 mil e R$ 63,3 mil em contas bancárias. Informou ainda ter duas aplicações financeiras que não chegavam a R$ 10 mil. Pouco tempo depois, o parlamentar chegou a comprar do seu suplente, o empresário Wilder Morais, um apartamento em um dos prédios mais luxuosos de Goiânia (GO), no valor de R$ 1,2 milhão. A transação imobiliária ocorreu três meses após a Construtora Orca, de propriedade de Wilder, comprar o imóvel de outra empresa goiana.

Pensando bem...

... se Cachoeira se considera preso político, como disse a mulher dele, em breve terá direito à anistia do Ministério da Justiça.


BLOG DO NOBLAT


Olha aí a rapina da tecnologia na educação

 Elio Gaspari, O Globo


Com vocês, Delúbio Soares 2.0. A Polícia Federal achou-o no restaurante 14 Bis, no Rio, discutindo o fornecimento de lousas digitais para escolas públicas capixabas e goianas.
Segundo o empresário interessado, o companheiro disse-lhe que “um pedido do meu deputado é praticamente uma ordem”. Referia-se ao deputado estadual Misael Oliveira (PDT-GO).
Desde que o homo sapiens grafitou a caverna de Altamira, há 15 mil anos, repete-se o costume de usar uma pedra (giz) para desenhar ou, mais tarde, escrever, numa superfície rígida. Desde o século XI isso é feito em escolas. Os quadros-negros custam pouco, não enguiçam, não consomem energia, nem precisam de manutenção.
As lousas digitais, cinematográficas, interativas e coloridas, tornaram-se parte de uma praga estimulada por fornecedores de equipamentos eletrônicos para a rede pública de ensino. Cada uma custa pelo menos o salário-base de um professor (R$ 1.451).
Um dos municípios que contrataram lousas da empresa que tratou com Delúbio foi o de Presidente Kennedy (ES). Gastou R$ 2,7 milhões em três escolas, e o endereço da fornecedora era um terreno baldio.
O prefeito e seis secretários, inclusive a de Educação, foram presos.
Com os royalties da Petrobras, Presidente Kennedy tem uma das maiores rendas per capita do Espírito Santo, e um dos piores índices de desenvolvimento humano.
O pequeno município não está sozinho nessa febre. O MEC quer comprar 600 mil tablets para que professores preparem suas aulas (como, não diz). Isso e mais 10 mil lousas digitais.
O governo de São Paulo estuda um investimento de R$ 5,5 bilhões para colocar lousas e tabuletas em todas as escolas públicas.
Gustavo Ioschpe foi atrás da ideia e descobriu que a Secretaria de Educação não tinha um projeto pedagógico que amparasse a iniciativa. Toda a documentação disponível resumia-se a uma carta do presidente da Dell (fornecedor do equipamento), com um resumo de um estudo da Unesco. Pediu o texto, mas não o obteve.
Lousas digitais, tabuletas e laptops são instrumentos do progresso quando fazem parte de uma ação integrada, na qual tudo começa pela capacitação do professor. Hoje, no Brasil, contam-se nos dedos as experiências bem-sucedidas na rede pública.
Prevalecem desperdícios que poderiam ser evitados pela aplicação da Lei de Simonsen: “Pague-se a comissão, desde que o intermediário esqueça o assunto”.

1 em cada 4 professores da educação básica não tem diploma superior

 

Amanda Cieglinski, Agência Brasil

Aproximidamente 25% dos professores que trabalham nas escolas de educação básica do país não têm diploma de ensino superior.
Eles cursaram apenas até o ensino médio ou o antigo curso normal. Os dados são do Censo Escolar de 2011, divulgado este mês pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Apesar de ainda existir um enorme contingente de professores que não passaram pela universidade – eram mais de 530 mil em 2011 – o quadro apresenta melhora. Em 2007, os profissionais de nível médio eram mais de 30% do total, segundo mostra o censo.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, os números são mais um indicativo de que o magistério não é uma carreira atraente.
“Isso mostra que as pessoas estão indo lecionar como última opção de carreira profissional. Poucos profissionais bem preparados se dedicam ao magistério por vocação, uma vez que a carreira não aponta para uma boa perspectiva de futuro. Os salários são baixo, e as condições de trabalho ruins”, explica.
Leia mais em Um em cada quatro professores da educação básica não tem diploma de ensino superior


BRASIL 247


 Demóstenes atuou com Gilmar por ação no STF
Demóstenes atuou com Gilmar por ação no STF Foto: Sérgio Lima/Folhapress-Divulgação

"Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar”, diz o senador ao bicheiro Carlinhos Cachoeira em mais um diálogo gravado durante a Operação Monte Carlo; a conversa diz respeito a ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás

28 de Abril de 2012 às 18:49
 
247 – O caso Carlinhos Cachoeira chegou ao Supremo Tribunal Federal, e, desta vez, não foi por meio de pedido de abertura de inquérito encaminhado pela Procuradoria-Geral da República. Reportagem de O Estado de S.Paulo revela conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, em que o parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro Gilmar Mendes para levar ao STF uma ação bilionária que diz respeito à Companhia Energética de Goiás (Celg).
No diálogo de quase quatro minutos, travado no dia 16 de agosto do ano passado, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro. ”Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí", diz o senador, em referência a um instrumento processual que permite aos ministros escolher os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.
Confirma a matéria de Fernando Gallo, de O Estado de S.Paulo:
Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o bicheiro Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo, o parlamentar afirma a Cachoeira ter trabalhado junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para levar à máxima corte do país uma ação bilionária envolvendo a Companhia Energética de Goiás (Celg).
No diálogo, que durou pouco menos de quatro minutos e ocorreu no dia 16 de agosto de 2011, Demóstenes demonstra intimidade com o ministro ao tratá-lo apenas como "Gilmar".
"Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí", contou o senador, referindo-se a um instrumento processual que permite aos ministros escolherem os recursos que vão julgar de acordo com a relevância jurídica, política, econômica ou social.
Considerada por muitos políticos goianos a "caixa preta" do governo do Estado, a Celg estava imersa em dívidas que somavam cerca de R$ 6 bilhões. Demóstenes disse a Cachoeira que Gilmar Mendes conseguiria abater cerca de metade do valor com uma decisão judicial.
"Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg... essa Celg se salva (sic), viu?", disse. "Eu acho que esse trem pode dar certo, viu? Ele que consegue tirar uns dois... três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?"
Ao que Cachoeira responde: "Nossa senhora! Bom pra caceta, hein?"
Demóstenes e Gilmar Mendes foram motivo de polêmica quando, em 2008, a revista Veja publicou uma reportagem com uma suposta conversa entre ambos que teria sido grampeada ilegalmente. Os dois confirmaram a existência da conversa, mas a revista nunca publicou o áudio do diálogo.
A Celg foi motivo de um embate no Estado de Goiás quando, no fim de 2010, o então governador eleito Marconi Perillo (PSDB) anunciou, durante o período de transição, que não cumpriria um acordo costurado entre a gestão Alcides Rodrigues (PP) e o governo federal, que previa empréstimos da Caixa Econômica Federal (CEF) ao Estado de Goiás para tirar a companhia energética do atoleiro.
A justificativa da equipe marconista era que o acordo continha cláusulas prejudiciais ao Estado. O governo Alcides viu motivação política na decisão da equipe de transição. Um ano depois, no fim de 2011, Marconi fechou um acordo com o governo federal para transferir à União o controle acionário da Celg, que foi federalizada.
O 'Estado' não conseguiu encontrar o senador e o ministro do STF para comentarem a gravação.


Com medo de ser preso, Cavendish negocia a Delta

Com medo de ser preso, Cavendish negocia a Delta Foto: Divulgação

Desmoralizado e prestes a ser declarado inidôneo, Fernando Cavendish tenta agora evitar a prisão e transferir seus contratos; próxima etapa da ação da PF pode ser a Operação Pedra Bonita, contra Delta; suspeita-se até de escuta ambiental no seu escritório; ele vai se exilar em Paris?

28 de Abril de 2012 às 18:40
247 – O empresário Fernando Cavendish, dono da quinta maior empreiteira do País, com mais de 30 mil empregados, chegou ao fim da linha. Ele está prestes a quebrar e corre sério risco de ser preso. Seu advogado, José Luiz de Oliveira Lima, já fez pedido de habeas corpus preventivo. Em outra ação preventiva, ele entregou voluntariamente documentos à CPI e se afastou do comando do conselho de administração da empresa.
O pânico maior de Cavendish está relacionado à possibilidade de prisão – e não da falência que parece ser inevitável. Ontem, o ex-diretor da Polícia Federal, Marcelo Itagiba, divulgou em seu Twitter que a próxima fase da Operação Monte Carlo será ainda mais explosiva. Trata-se da Operação Pedra Bonita, que será realizada no Rio de Janeiro e terá como foco a Delta. Ações da PF, em geral, vão se desdobrando em outras. Depois da Monte Carlo, em fevereiro, veio a Saint-Michel, que, na semana passada, prendeu dois diretores da Delta – entre eles, Claudio Abreu, que era interlocutor frequente do bicheiro Cachoeira.
A terceira etapa, a Pedra Bonita, pode ser devastadora. Na coluna Esplanada, do jornalista Leandro Mazzini, informa-se que a PF implantou até escutas ambientais no escritório de Cavendish. O empreiteiro nunca mediu as palavras. Numa conversa gravada, ele disse que, colocando R$ 30 milhões nas mãos de um político, consegue “coisa pra c...”. Ontem, o blog do deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) divulgou fotos em que Cavendish se esbalda em Paris na companhia da cúpula do governo do Rio de Janeiro.
Inidoneidade
Na semana passada, o governo federal começou a agir para que a Delta seja declarada uma empresa inidônea, a exemplo do que já ocorreu com outra construtora, a Gautama. A ministra Miriam Belchior, do Planejamento, afirmou que se a Delta quebrar, o problema será da empreiteira, não do governo. Ou seja: não há mais o receio de que a maior recebedora de recursos do PAC, com mais de R$ 884 milhões no ano passado, interrompa suas atividades. A tendência é que seus contratos sejam transferidos para outras empreiteiras.
Neste sábado, o jornalista Ancelmo Góes, colunista do jornal O Globo, informa que Cavendish decidiu vender a Delta. A empresa, no entanto, se tornou “leprosa”, como o próprio Cavendish definiu. A tendência é que ele consiga apenas repassar contratos a terceiros.


Dinheiro no palácio fecha o cerco contra Marconi

Dinheiro no palácio fecha o cerco contra Marconi Foto: Edição/247

Folha revela entrega de dinheiro para o governador; transação diz respeito à venda de uma casa, noticiada em primeira mão pelo 247; Cachoeira (dir.) foi preso lá, embora o dono oficial seja Valter de Paula (esq.); #foramarconi tende a crescer e impeachment se desenha no horizonte

28 de Abril de 2012 às 17:04
247 – Marconi Perillo, governador de Goiás, pode estar com os dias contados à frente do Palácio das Esmeraldas. A manchete principal da Folha de S. Paulo deste sábado noticia a entrega de dinheiro do esquema do bicheiro Carlos Cachoeira ao governador goiano. “É para o governador”, diz Cachoeira sobre o bicheiro. A ligação teria ocorrido em julho de 2011.
A entrega diz respeito à venda de uma casa, que pertenceu ao governador de Goiás. O comprador, supostamente, seria o empresário Valter de Paula, dono de uma faculdade, em Goiás, que recebe recursos do estado. No entanto, foi naquela casa, que pertenceu a Marconi, que Cachoeira foi preso, no fim de fevereiro.
Na reportagem deste sábado da Folha, fala-se de uma operação de R$ 1,4 milhão, cujos recursos teriam sido entregues por assessores de Cachoeira ao empresário Jayme Rincon. Este, por sua vez, é o braço direito de Marconi e comanda a Agência Goiânia de Transporte e Obras Públicas, a Agetop, que contrata grandes empreiteiras, como é o caso da Delta.
“É pro governador”, diz Cachoeira a Waldmir Garcez, um de seus principais assessores, também preso na Operação Monte Carlo. “Vamos lá pagar logo pra ele no palácio lá. Chega lá, paga pro Jayme. Já manda ele entregar o dinheiro, já entrega a chave aí pra ele, depois tira os trem que tem que tirar aqui”.
Desde que o 247 publicou, em primeira mão, que Cachoeira poderia ser o verdadeiro comprador da casa de Marconi Perillo no bairro Alphaville, em Goiânia, o governador sustenta que fez um negócio com Wladmir Garcez e que o imóvel teria sido depois repassado ao empresário Valter de Paula. Agora, os indícios apontam que, além de intermediar o negócio, Cachoeira pode ter sido também o comprador do imóvel. E sua influência no governo de Goiás, tanto na área de segurança pública como na divisão do pacote de obras públicas, é cada vez mais clara.
#foramarconi
Com a divulgação, pela Folha, de uma denúncia tão grave contra o governador Marconi Perillo, o impeachment começa a se desenhar no horizonte goiano. No último mês, manifestantes já foram às ruas em duas ocasiões para pregar o #foramarconi, um movimento que nasceu e cresceu nas redes sociais.
Acuado, o governador goiano tentou sair da defensiva, ao propor que seja investigado pelo próprio procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Inexplicavelmente, o mesmo Gurgel que abriu investigação contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, ainda não se moveu em relação a Marconi Perillo.

















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