DA MÍDIA SEM MORDAÇA
BLOG DO EGÍDIO SERPA
BR-020 feita pela Delta deteriorou-se
Publicado em 23/04/2012 - 5:39 por Egídio Serpa | ComentarQuem trafega pela BR-020, entre Fortaleza e Canindé, pode observar o péssimo trabalho executado pela Construtora Delta, que pavimentou a estrada. O pavimento deteriorou-se. Corre no Congresso Nacional a informação de que a Delta pertence ao contraventor Carlos Cachoeira, já preso.
Polícia Federal descobre um “Deltaduto”
Publicado em 23/04/2012 - 5:11 por Egídio Serpa | ComentarDo Estadão: Suspeita de montar uma rede de influência tanto em governos estaduais como na União, a Delta Construções obteve aditivos que alteraram o valor de suas obras em quase 60% dos contratos firmados com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), um dos órgãos que concentram os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
De um total de 265 empreendimentos tocados pela empreiteira a serviço da autarquia responsável pelas rodovias federais, 154 sofreram mudanças no valor originalmente previsto, custando mais caro na maioria dos casos e aumentando o valor das obras em cerca de R$ 400 milhões.
Compilados pelo Estado com base em balanço do Dnit sobre os contratos com a Delta, os dados se referem às obras de manutenção, adequação, duplicação e implantação de estradas, concluídas ou ainda em andamento. Da relação, constam intervenções iniciadas de 1996 a 2012. Maior construtora do PAC, com suas atividades concentradas principalmente no setor rodoviário, a empresa conseguiu contratos de R$ 4,3 bilhões de lá para cá, dos quais R$ 3 bilhões já foram pagos pela União.
O protagonismo da Delta no carro-chefe do programa de infraestrutura da presidente Dilma Rousseff e a existência, segundo a Polícia Federal, de um “deltaduto” que se aproveitou do circuito financeiro de empresas de fachada do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, colocaram a empresa como alvo da CPI a ser instalada na quarta-feira.
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
- 22/04/2012 | 21:05
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Assessor de Palocci revelou a CPI que Cachoeira financiou campanha de Lula
Mentor da CPI do Cachoeira, que só saiu graças à pressão que ele fez sobre líderes governistas no Congresso, o ex-presidente Lula pode virar um dos seus alvos, conforme a coluna Claudio Humberto já havia destacado na última terça (17): o advogado Rogério Buratti, amigo do ex-ministro Antonio Palocci, afirmou em depoimento à CPI dos Bingos, em 2005, que em parceria com "empresários dos jogos" do Rio e de São Paulo, o bicheiro Carlos Cachoeira teria dado R$ 1 milhão de caixa dois para campanha de Lula em 2002. O assunto foi retomado neste domingo pelas jornalistas Andreza Matais e Andréia Sadi, da Folha de S. Paulo. Diz o texto da CPI dos Bingos: "Rogério Tadeu Buratti afirmou de maneira firme e clara que o senhor Waldomiro Diniz, representando José Dirceu, arrecadou dinheiro de 'bingueiros' no Estado do Rio de Janeiro, e ainda da Gtech e do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e que o valor arrecadado por Waldomiro seria algo em torno de R$ 1 milhão." No total, segundo o relatório, "empresas de jogos" irrigaram "a campanha do presidente Lula e o PT" com R$ 2 milhões de reais. "Os recursos transitaram pelo comitê financeiro da campanha." Buratti foi secretário do ex-ministro Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto (SP). Waldomiro Diniz, citado por ele, era braço direito do então ministro José Dirceu, que coordenou a campanha de Lula em 2002. A investigação da denúncia não foi realizada graças a uma manobra governista que impediu a quebra de sigilos bancários. - 23/04/2012 | 00:00
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Pacientes reclamam que Lula fura fila
no Sírio Libanês
- 23/04/2012 | 00:00
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Simpatia
- 23/04/2012 | 00:00
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Governo paralelo
- 23/04/2012 | 00:00
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A festa é nossa
- 23/04/2012 | 00:00
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Jogatina
- 23/04/2012 | 00:00
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Brasil larga
diplomatas em
países conflagrados
- 23/04/2012 | 00:00
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Falta estrutura
- 23/04/2012 | 00:00
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Em campanha
- 23/04/2012 | 00:00
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Vítima fatal
- 23/04/2012 | 00:00
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Novo fazendeiro
- 23/04/2012 | 00:00
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Burrocracia
- 23/04/2012 | 00:00
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Põe na conta
BLOG DO NOBLAT
FRASE DO DIA
"O Lula queria tanto a CPI que pode até ser sorteado com um depoimento para explicar o dinheiro do Cachoeira na sua campanha." [de 2002].
Deputado Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara
Enviado por Ricardo Noblat -
23.4.2012
| 8h02m
Comentário
CPI do Cachoeira sai do papel, por Ricardo Noblat
Um veterano senador procurou o colega José Sarney (PMDB-AP) tão logo se convenceu da criação da CPI que investigará eventuais crimes cometidos pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira e sua gang. “Aqui no Senado somos os mais experientes em matéria de CPIs. Essa vai dar no quê?” – perguntou.“Em merda. E nos caberá limpá-la”, ouviu de Sarney.
CPI é instrumento de luta da oposição. Governo é exterminador de CPIs. O que as CPIs apuram é remetido ao Ministério Público.
A do Cachoeira será uma CPI pelo avesso.
A oposição jamais cogitou dela. O PT cogitou e conseguiu montá-la. Tudo o que a polícia e o Ministério Público apuraram desde 2009 servirá para dar partida à CPI.
Não lembro de político conhecido, filiado a qualquer partido, que tenha feito uma defesa entusiasmada da CPI do Cachoeira. Há um silêncio ensurdecedor a respeito, principalmente dos governadores.
É como se todo mundo pensasse assim: “Com toda a certeza vai dar merda”. É da natureza das CPIs.
Lula é o pai da CPI do Cachoeira. Dilma recusou-se a ser a mãe.
A CPI foi concebida para alcançar dois objetivos. O primeiro: enlamear a biografia do maior número possível de políticos e de administradores públicos no ano em que a Justiça poderá julgar o Caso do Mensalão. Assim, a conta do Mensalão ficará menos pesada para o PT.
Lembra daquele personagem de Chico Anísio dono do bordão “Sou, mas quem não é?”
No passado remotíssimo, o PT se dizia um partido imaculado – os outros é que eram sujos. Uma vez que chegou ao poder acabou ficando tão sujo quanto os outros.
Hoje, o PT se esforça em demonstrar que os outros são iguaizinhos a ele.
O segundo objetivo da CPI inventada por Lula em parceria com José Dirceu e o PT: disputar com o julgamento do Mensalão a atenção do distinto público.
Desse ponto de vista, reconheça-se, o objetivo foi alcançado antes mesmo de a CPI deslanchar de vez. Por ora, fala-se mais dela do que do julgamento dos mensaleiros. Em compensação...
Em compensação, o processo do Mensalão se arrastava preguiçosamente no Supremo Tribunal Federal (STF).
O voto do relator, ministro Joaquim Barbosa, está pronto. Mas para que o julgamento comece falta o voto do ministro-revisor Ricardo Lewandowski.
O barulho provocado pela CPI obrigou Lewandowski a trabalhar mais rápido.
Ainda não é certo que o STF julgue neste ou no próximo semestre os 38 réus do Mensalão. Porém, já foi mais incerto.
Um denso clima de pressa se impõe nos gabinetes dos 11 ministros. E na maioria deles se aposta que o destino dos mensaleiros será definido por um ou dois votos de diferença. Talvez três. A depender.
A depender do ministro Antonio Dias Toffoli, que ainda não sabe se votará.
Toffoli foi assessor do líder do PT na Câmara dos Deputados entre 1995 e 2000. Advogado do PT nas duas campanhas presidenciais de Lula, trabalhou com Dirceu na Casa Civil de 2003 a 2005. Lula o nomeou Procurador Geral da República e ministro do STF. Talvez ele se declare impedido de votar.
Embora ainda se mexa, a primeira vítima da CPI do Cachoeira jaz estendida no chão – a empreiteira Delta de Fernando Cavendish, dona de obras de porte em todos os Estados.
Cautelosa, Dilma autorizou a Controladoria-Geral da União a abrir processo para avaliar se a Delta deve ser declarada inidônea e proibida de participar de licitações oficiais.
Dilma finge que não se mete com a CPI. Diz que é assunto afeito unicamente ao Congresso. Fatura a imagem de boa moça que não teme a apuração de malfeitos.
Menos, menos! À sombra, Dilma influencia na indicação de nomes para a bancada do governo na CPI. E exige ser ouvida sobre qualquer coisa que se passe por lá.
Compreensível que se comporte assim.
O que fascina numa CPI é que nem o presidente da República, por mais forte que seja, pode dormir em paz enquanto ela durar.
Um boy, uma secretária ou um motorista são capazes de tirar o sono do presidente e deixar o país com a respiração suspensa.
Enviado por Ricardo Noblat -
23.4.2012
| 3h19m
Política
Mesmo denunciada por corrupção, Delta continua a fechar contratos
André de Souza, O GloboApós ser apontada como líder de um esquema de corrupção que desviou milhões de reais dos cofres da União e veio a público em agosto de 2010 — na Operação Mão Dupla, feita pela Controladoria-Geral da União (CGU) com a Polícia Federal (PF) — a construtora Delta continuou assinando contratos de alto valor com órgãos federais.
Desde que o governo tomou conhecimento das graves irregularidades cometidas pela empreiteira em obras de rodovias no Ceará, foram assinados 31 novos contratos com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no valor total de R$ 758 milhões.
Obras da Delta na Transcarioca Foto: Paulo Nicolella / O Globo
A Operação Mão Dupla identificou fraudes em licitações, superfaturamento, desvio de verbas, pagamentos de propina, pagamentos indevidos e uso de material de qualidade inferior ao contratado em obras de infraestrutura rodoviária sob o comando do Dnit feitas pela Delta e outras 11 empreiteiras.
A investigação resultou na prisão do então superintendente do Dnit no Ceará, Joaquim Guedes Martins Neto, que, segundo a CGU, tinha, em 2008, “rendimento incompatível com a renda auferida pelo agente público”, e do diretor da Delta Aluízio Alves de Souza.
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