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PRIMEIRA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 05/06/2020
A passagem 'vapt-vupt' de Alexandre Cabral pela presidência do Banco do Nordeste (BNB), por apenas um dia, mostrou que “fake news” são frequentes na imprensa formal. É que Cabral não foi indicado pelo “Centrão” e nem mesmo pelo PL do ex-deputado Valdemar Costa Neto (SP): foi uma escolha de Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado e, especialista em arrumar boquinhas para apadrinhados, agiu rápido antes de o “Centrão” emplacar seu indicado. O amigo do senador tinha ficha suja, acusado de irregularidades, e foi logo demitido. O nome do PL para presidir o BNB é o diplomata Flávio Cals Dolabella, que atuou nos ministérios das Cidades e da Fazenda. O governo ainda faz um levantamento sobre a vida pregressa de Dolabella. Ele chegou a ser acusado por um delator da Odebrecht, Antonio Almeida, por receber mesada de R$15 mil para vazar cópias das atas de reuniões do Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações, do Ministério da Fazenda.

No governo ninguém explica como Bezerra driblou o sistema que checa a vida pregressa de indicados para entronizar o enrolado Cabral no BNB.

Fonte do Planalto diz que Bezerra teve ajuda de Salim Mattar, secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, para a troca no BNB.

A presidência do BNB era uma antiga aspiração do líder do governo, que já tinha no banco alguém de sua confiança em uma das diretorias.

Bezerra sabia que a troca era questão de tempo: o presidente do BNB foi indicado por Eunício Oliveira, que não é senador desde o final de 2018.

Bastou uma visita de inspeção de deputados estaduais de São Paulo para descobrir que é praticamente cenográfico o “hospital de campanha” instalado pelo governo estadual no Anhembi. Só a montagem custou R$12 milhões, além dos R$10 milhões mensais para sua “manutenção”. Pareciam esconder alguma coisa: tentaram impedir o acesso dos deputados à força. Márcio Nakashima (PDT), chegou a ser empurrado.

Uma das observações mais graves, feita pelo deputado Coronel Telhada, é que nesse festejado “hospital de campanha” não há um só respirador.

O hospital de campanha do Anhembi foi montado para receber 1.800 pacientes, mas os deputados conferiram: só havia 10% disso.

Os deputados quase não viram camas e, quando as encontraram, estavam sem colchões. Viram também geladeiras ainda embaladas.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rego Barros, retornou ontem ao trabalho após duas semanas se recuperando da covid-19. Foi recebido com regozijo por sua equipe.

Circulava nos corredores do Planalto, ontem, a história de um suposto encontro, fora da agenda, na manhã de sexta (29), entre Rodrigo Maia, João Dória, e Alexandre de Moraes (STF), na casa do ministro. Humm...

O governo estuda autorizar a cessão de trabalhadores entre empresas privadas, como acontece entre órgãos públicos. Antes de sair do papel, a ideia já sofre ataques de quem parece preferir que sejam demitidos.

A reabertura dos shoppings em Brasília revelou uma surpresa pouco agradável: em vez de caírem, os preços subiram, e muito. Comerciantes tentam recuperar as perdas em prazo curtíssimo, explorando a clientela.

Em um período de dois dias, o PSB convocou atos contra Bolsonaro, comemorou protestos de torcida organizada, condenou queimar a bandeira e depois se arrependeu: “não é hora de tomar as ruas”.
Resiste à pandemia com bravura o tradicional restaurante francês La Chaumière, de Brasília, tocado pelo pernambucano Severino (“Severrã”). Clientes fazem fila na porta à espera dos pratos solicitados por telefone.

Desde a adoção do trabalho remoto, em março, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais já executou 11,5 milhões de atos processuais. Até 2 de junho, o TJMG registrou 571.436 sentenças e decisões.

A B3 revelou que a queda no índice Bovespa atraiu investidores de olho em uma futura recuperação. Foram 223 mil novas pessoas investindo pelo menos R$ 500, apenas em março. De lá para cá, alta de 30%.

...a boa notícia para 2020 é que a propaganda eleitoral só começa em agosto.

PODER SEM PUDOR
Consumidor distraído
Participando de uma excursão parlamentar a Nova Iorque, o deputado Germano Rigotto (PMDB-RS) chamou os colegas para acompanhá-lo à conhecida loja Macy's. Queria comprar umas roupas. Vaidoso, ele acabou impacientando os deputados com a demora na escolha. Decidiu ir embora. Já de saída, ele se voltou para o atônito vendedor, cheio de roupas penduradas nos braços, e gritou em bom sotaque gaúcho: “Guarda tudo que volto amanhã, tchê!” O vendedor nada entendeu, nem os colegas de Rigotto, que até hoje não sabem se ele brincava ou esqueceu que ali o idioma era outro.

NO PORTAL FOCUS.JOR

NO BLOG DO GUSTAVO NEGREIROS


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