SEGUNDA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 26/05/2020
A responsabilidade pelo combate ao coronavírus é dos governos estaduais e municipais, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas para a maior parte dos brasileiros (31,2%) o governo federal é que mais trabalha contra a pandemia, segundo pesquisa exclusiva do Instituto Orbis para o site Diário do Poder. Mas 43% dos entrevistados afirmam “não saber responder”, enquanto para 11% é a Câmara é a que mais trabalha, seguida do STF com 10,8% e o Senado, com apenas 4%.

Sobre o uso da cloroquina no estágio inicial do tratamento contra a covid-19, 39,9% disseram ser contra e 39,1%, a favor; 21% não sabem.

Norte e Centro-Oeste estão empatadas como o maior apoio ao uso da cloroquina: 46,5% a favor. No Sul, 50,6% são contra o medicamento.

Márcio Pinheiro, do Orbis, disse que as entrevistas são anteriores ao vídeo polêmico, e não é possível avaliar se impactariam nos números.

O Instituto Orbis ouviu 2.681 pessoas no dia 22 de maio, em todo o País. A margem de erro, para mais ou para menos, é de 1,89%

O ex-ministro da Cidadania e deputado Osmar Terra (MDB-RS), que tem experiência no combate à gripe H1N1, afirmou em entrevista ao site Diário do Poder e a esta coluna, que o novo coronavírus “não é o fim do mundo”, como setores da imprensa “venderam” a doença. Ele considera que a quarentena imposta pelos governantes pode ter piorado a infecção da covid-19. Segundo ele, “estamos sendo vítimas de uma experiência”, a experiência do isolamento pela primeira vez em situação de pandemia.

“Já tivemos dezenas de pandemias, e nunca se fez isso”, diz Osmar Terra, ex-secretário de Saúde gaúcho durante o surto do H1N1.

Sobre a chance de assumir o Ministério da Saúde, o médico Osmar Terra desconversa, e diz que “já ajuda o governo de qualquer forma possível”.

“Sou eternamente grato pelo reconhecimento (de ter sido ministro de Estado). Não tem homenagem maior que essa”, revelou.

Relator da Lei de Abuso de Autoridade, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) acha que o artigo 28 enquadra de fato o ministro Celso de Mello, do STF, por divulgar vídeo “sem relação com a prova que se pretendia produzir (...), ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado”.

É vergonhosa a decisão do TRT-10 que protege de demissão por justa causa quem for flagrado fumando maconha no intervalo do expediente, mesmo se concluindo o retorno do sujeito ao serviço sob efeito da droga.

Em Brasília, há torcida nos meios jurídicos pela indicação de Valdetário Monteiro, ex-conselheiro do CNJ e secretário da Casa Civil do governo do DF, para eventual vaga de ministro do Superior Tribunal de Justiça.

Espantam credores da encrencada Rodovias do Tietê os honorários de R$10 milhões dos advogados da recuperação judicial. Casos assim, de uma dívida de R$1,6 bilhão. pulverizada entre 19 mil credores, honorários advocatícios usuais giram em torno de R$3 milhões. Aí tem coisa.

O ex-governador José Roberto Arruda está fora do poder, mas sempre dá sinal de vida. Tentou emplacar um apadrinhado na Caesb, estatal de águas e saneamento do Distrito Federal, mas não conseguiu.

É tão desonesto comparar o número de casos da covid-19 do Brasil, que está em alta, com os da Europa, em baixa (porque lá começou primeiro), quanto não citar os números de óbitos: 22 mil no Brasil, 29 mil na Espanha, 37 mil no Reino Unido, 33 mil na Itália e 100 mil nos EUA.

O novo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso atribuiu a onda de fake news a “milícias digitais”, que chamou de “terroristas digitais”. Aproveitou e cobrou “jornalismo responsável”.

Grandes redes e planos de saúde, como a Unimed, criaram aplicativos de “telemonitoramento”, que é o primeiro passo para pacientes com suspeita de coronavírus. Antes de ir ao hospital, a consulta é via app.

...na frase “ainda bem que a natureza criou o coronavírus”, onde deveria estar o sujeito? Preso, é claro.

Poder sem Pudor
Às vésperas da escolha do interventor de Minas Gerais, em 1934, Benedito Valadares se encontrou no Rio de Janeiro com José Maria Alkmin: “Se você for o escolhido, me convida para secretário?” Alkmin respondeu com bom humor: “Você está louco, Benedito?” Dias depois, Getúlio Vargas anunciaria a escolha de Valadares, que logo recebeu um telegrama: “Parabéns. Retiro a expressão. Ass., Zé Maria”. José Maria Alkmin acabou nomeado secretário do Interior.


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