SEGUNDA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 12/05/2020
Após seis horas de depoimento do ex-diretor-geral da Polícia Federal, foi reduzida a pó a aposta de parte do Congresso e de parte da imprensa brasileira na queda do atual governo. Em depoimento, o delegado Maurício Valeixo desmentiu o ex-ministro Sérgio Moro ao garantir que “em nenhum momento” houve interferência ou tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação que dirigiu até abril.

Valeixo contou à PF que ficou sabendo da demissão em telefonema de Bolsonaro e não pelo Diário Oficial, como diz Moro.

Valeixo desfez a fantasia de que o governo inventou sua demissão “a pedido”. Ele contou haver concordado com essa forma de exoneração.

Maurício Valeixo disse também que Bolsonaro “nunca tratou diretamente com ele sobre troca de superintendentes”.

Amigos de Valeixo estão preocupados: por não haver confirmado os “crimes” de Bolsonaro, sofrerá ampla campanha de desqualificação.

Levantamento nacional do instituto Paraná Pesquisa mostra que 46,5% dos entrevistados acham acertada a decisão do ministro Alexandre de Moraes de impedir a posse do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal, contra 43,6%, que avaliam como errada a intromissão em assunto da exclusiva competência do Poder Executivo. Em razão da margem de erro, considera-se o resultado empate técnico. Dos entrevistados, 9,7% não quiseram opinar ou ignoram o assunto.

O STF tem anulado decisões de Bolsonaro quase diariamente, e a decisão de substituir o diretor da PF resultou em rumoroso inquérito.

A decisão de Moraes atende a pedido do PDT, partido de oposição que também tenta emplacar o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

O instituto Paraná Pesquisas entrevistou 2.267 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre os dias 4 e 6 deste mês.

Consternados com o teor do depoimento do ex-diretor da PF, canais de notícias de TV fechada não conseguiam concatenar o fato mais relevante do dia: Maurício Valeixo desmentiu o ex-chefe Sérgio Moro.

O governador Flávio Dino pregou “moderação”, em entrevista à Rádio Bandeirantes. Suas atitudes no Maranhão e o caráter stalinista do seu partido (PCdoB) não recomendam acreditar em sua sinceridade.

No Congresso, costuma-se dizer que o astronauta adorador de holofotes Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e etc) “está na Lua”. Mas não são poucos os parlamentares que discordam. Acham que está em Marte.

Preocupa tanto o fracasso do governo de São Paulo que não consegue barrar o avanço do coronavírus, que até o Papa Francisco ligou ao arcebispo para tentar entender a tragédia. Enquanto o governador do epicentro hesita, o lockdown já começou em diversas localidades.

A UBES aproveitou o escondidinho da quarentena para fazer nova eleição indireta, virtual, para “presidente provisória” da entidade. Como estava combinado, o PCdoB continuará aparelhando a entidade.

A entrevista coletiva – que já não merece transmissão ao vivo na TV, como nos tempos de Luiz Mandetta – revelou que o Ministério da Saúde já distribuiu 83 milhões de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

A Guarda Civil de Contagem (MG) acabou uma festa de 40 pessoas, no fim de semana. Organizadores foram avisados e mudaram o local. Os crimes na violenta área metropolitana de BH devem ter sido zerados.

Após quase dois meses de fechamento, os shoppings somam prejuízo de R$27 bilhões. Para o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, a situação é grave e o setor não sobrevive “a mais um mês de fechamento de lojas”.

...o novato Sérgio Moro se deu mal porque não sabia que, em política, quase sempre é preciso combinar com os russos.

NO PODER SEM PUDOR
Visitando Washington, em 1991, o ex-deputado baiano Benito Gama se deparou no Museu de História Natural com um genuíno “pele vermelha”, mostrando sua dança típica, ao som de tambor, e gritando “uh-uh-uh-uh”, como nos filmes do velho oeste. Ele já caminhava para outro setor, quando o índio se aproximou e cochichou, em perfeito Português: 
—Não vá embora sem falar comigo... 
Era um cearense que viveu na Bahia. Trabalhava em Washington como motorista do embaixador da Argentina e, à noite, fazia bico de índio.

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