QUARTA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 02/3/2020
NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Não se mexe com a mulher de um homem
Segunda-feira, 02/03/2020 às 13:24
O presidente e a 1ª Dama
Na Máfia, um dos códigos de honra é NÃO MEXER COM AS FAMÍLIAS.
Os mafiosos, entre si, podem se estripar. Se um tiver que ser morto, provavelmente será pelas mãos do seu melhor amigo. Mas AS FAMÍLIAS SÃO SAGRADAS. Jamais usam a esposa de um homem para atingi-lo. JAMAIS!
Eis, então, que abro a internet, hoje, e deparo com um factoide nojento, criado por uma revista que teoricamente deveria oferecer jornalismo sério, atacando a dignidade da Primeira-Dama para atingir o Presidente.
Honestamente, principalmente sabendo de seu sangue italiano, me espanta a tolerância de Bolsonaro.
Este que a mesma imprensa chama de fascista, machista e totalitário, mas reconhece sua permissividade e mansidão, ao publicar uma matéria tão vergonhosa, com a certeza de que não haverá retaliação.
Não tenho a menor ideia se, um dia, seguirei ou não pela vida pública. Mas, caso positivo, se um editorzinho de meia pataca utilizasse da imagem da minha esposa e atacasse-lhe a dignidade, na tentativa de me expor, juro que o visitaria, com um taco de beisebol ou uma boa barra de ferro, e dar-lhe-ia uma manchete bem mais interessante para publicar. Só garanto que não lhe sobraria um dedo inteiro para escrever a notícia.
NÃO SE MEXE COM A ESPOSA DE UM HOMEM!
Vivemos, no Brasil, uma situação tão abominável, que até o crime organizado de outros lugares tem mais decência do que a nossa imprensa.
"É bem mais seguro ser temido do que amado." (MAQUIAVEL, Nicolau)
Por Felipe Fiamenghi
"O Brasil não é para amadores."
NO GAZETA DO POVO
STF determina que BNDES divulgue “segunda caixa-preta
Por Gazeta do Povo
Segunda-feira, 02/03/2020|08:25h
O STF determinou que o BNDES abra a “segunda caixa-preta” e torne pública as informações que o banco tentava manter em sigilo desde 2013, após ação movida pelo Ministério Público, apesar da nova direção prometer abrir os dados e orientação do novo governo. De acordo com o Painel, da Folha, o Supremo determinou ao banco que divulgue as remunerações de todos os colaboradores - e não apenas de diretores. A estatal alegava que tornar pública as remunerações poderia aumentar a rotatividade de funcionários e o aliciamento de concorrentes. O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, recebe, por mês, R$ 80,8 mil. O banco afirma que a mudança ocorrerá a partir de abril.
Ministério da Saúde faz compra direta de 20 milhões de máscaras cirúrgicas
Por Estadão Conteúdo
02/03/2020 10:05
O Ministério da Saúde anunciou a compra de 20 milhões de máscaras cirúrgicas e 600 mil aventais hospitalares diante do aumento do número de casos suspeitos e confirmados de coronavírus no Brasil. A informação foi publicada em edição extra do Diário Oficial a União (DOU) de sexta-feira (28). Os chamamentos públicos convocam empresas interessadas em fornecer os produtos, via contratação direta, e também abrangem a contratação emergencial de outros equipamentos. O prazo de entrega das propostas para as máscaras é terça-feira (3) e, para os demais casos, sexta-feira (6). Os produtos devem ser distribuídos para unidades de saúde entre duas a três semanas.
“Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida”, diz Moro, ao rebater Ciro
Por Juliano Pedrozo
02/03/2020 09:53
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que, "apesar dos Gomes, a crise [no Ceará] foi resolvida". A afirmação foi feita no Twitter ao rebater Ciro Gomes que chamou Moro de "capanga" do presidente Jair Bolsonaro.
"A crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança", escreveu Moro. O ministro ainda ressaltou que o governo federal atuou no estado em janeiro de 2019 para "debelar os atentados dos grupos criminosos organizados". O motim dos policiais militares terminou no domingo após 14 dias.
NO BLOG DO PERCIVAL PUGGINA
QUANDO SÓ SE FAZ POLÍTICA
Por Percival Puggina
Artigo publicado domingo, 01.03.2020
O começo foi muito, muito difícil. Cansativo, mesmo. Exigia dedicação exclusiva e intensa. Não era moleza fazer política andando de ônibus, em cima de um Lada com pneus carecas, distribuir panfletos de dia e pichar muros à noite, vender distintivos e bandeirinhas para arrumar dinheiro, fazer reunião para programar reunião para organizar reunião, imprimir propaganda em mimeógrafo, infiltrar-se nos seminários, nos jornais, nas escolas e nas universidades, conquistar os sindicatos, cativar um músico aqui, um escritor ali. Difícil!
Havia padres que cuidavam das paróquias e rezavam missa e padres que faziam política. Professores que davam aula e professores que faziam política. Jornalistas que relatavam fatos e jornalistas que faziam política. Juízes e promotores que operavam a Justiça e outros que faziam política. Em quaisquer organizações da sociedade havia os que faziam as coisas acontecer e outros que só faziam política. Com tanta gente fazendo apenas política era inevitável que ela acabasse feita. De fato, ficou tão bem feita que o partido chegou ao poder. E aí, para espanto geral, deixou o governo de lado e continuou fazendo política.
Os companheiros trocaram os ônibus por aeronaves, abandonaram os Ladas e acorreram às concessionárias de veículos importados do maldito mundo capitalista. Substituíram os mimeógrafos pela policromia das máquinas rotativas e o papel reciclado pelo mais primoroso couché. Montaram uma estrutura capaz de cobrir o Brasil com propaganda em apenas vinte e quatro horas. E dê-lhe política. E veio o Mensalão, e veio o Petrolão. Fazer tanta política exigia muito dinheiro, exigia comprar os adversários.
De fato, olhando aquilo, os adversários chegaram à conclusão de que a política consistia em fazer política e que o sucesso dependia de só fazer política. E aderiram à fórmula: que se danem o País, o governo, as necessidades das pessoas, o bem comum. O negócio é fazer política! O País ficou muito mal, mas a política andava bem, pagava bem e – melhor de tudo – assegurava sucessivos mandatos.
Observando o comportamento do Congresso Nacional em relação a um presidente que se elegeu sem dinheiro e sem tempo de TV, que quer governar, que escolheu peritos nas respectivas áreas para compor o governo, pilotar a administração e pôr o País nos trilhos, ocorre-me formular a máxima que registro para a ponderação dos leitores: na política nacional se pode contrariar o interesse de todos, contanto que não se contrarie interesse de quem faz política. Aí a casa cai.
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Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
O Juiz dos Juízes socorre o Pavão de Tatuí
Gilmar já treina para virar decano daqui a um ano e meio
Por AUGUSTO NUNES
Do R7
Segunda-feira, 02/03/2020 - 10h00 (Atualizado em 02/03/2020 - 03h59)
A agenda de Gilmar Mendes é espaçosa, diversificada e estafante. Além de liderar a bancada dos ministros da defesa de culpados no Supremo, ele administra uma fábrica de habeas corpus que funciona até no recesso, comanda a instituição de ensino anabolizada por lucrativos seminários internacionais, desdobra-se em operações que livram de processos ou da cadeia seus bandidos de estimação em apuros, dá entrevistas para reafirmar que no faroeste à brasileira é o vilão que tenta prender o xerife, almoça e janta com parceiros de conspiração, planeja pessoalmente viagens a Portugal e orienta os assessores encarregados de preparar o voto que lerá na próxima sessão do STF, fora o resto.
É compreensível que tanta trabalheira invada o fim de semana. Neste sábado, por exemplo, Gilmar gastou a manhã adulando Celso de Mello no Twitter. Sem citar o nome do autor, mostrou-se indignado com o artigo publicado na véspera aqui no R7. "Cem anos depois de Rui Barbosa, o Brasil tem de conformar-se com Celso de Mello", resumia a frase que amparava o título: O Águia de Haia e o Pavão de Tatuí. Já treinando para virar decano em julho de 2021, esforçou-se para produzir um palavrório à altura do juridiquês castiço que Celso de Mello tanto aprecia.
“As manifestações odiosas dirigidas ao decano do STF só revelam a face oportunista e embusteira de um jornalismo manipulador e descomprometido com a verdade", caprichou o Juiz dos Juízes. “Curiosamente, em 2012, o autor das críticas de hoje encabeçou a campanha "Fica, Celso de Mello".
Verdade. Há oito anos, Celso de Mello teve um belo desempenho no julgamento do Mensalão — até tropeçar nos capítulos finais. Foi ele, por exemplo, o primeiro a constatar que a roubalheira obscena arquitetada por Lula e seus comparsas embutia "um projeto criminoso de poder". Confrontado com a informação de que o ministro pretendia encerrar a longa passagem pelo STF para cuidar da saúde, pedi que lá permanecesse.
Aquele Celso de Mello não existe mais. Começou a mostrar a face turva quando desempatou votações que resultaram na soltura de alguns delinquentes e no abrandamento das penas aplicadas a outros parteiros do projeto criminoso de poder. E escancarou a lastimável metamorfose quando se juntou ao grupo liderado por Gilmar Mendes.
É divertido ler Gilmar Mendes proibindo alguém de mudar de opinião. O tuiteiro que hoje sonha com a morte da Lava Jato foi um ardoroso defensor da maior operação anticorrupção da História, como atesta o vídeo abaixo. Minha opinião sobre Celso de Mello mudou por vê-lo mudar para pior. Gilmar tornou-se inimigo da Lava Jato porque as investigações se aproximaram perigosamente do Congresso e do Judiciário.
Pelo que Gilmar escreveu, o decano ficou no Supremo para atender ao pedido que fiz. Se é assim, faço outro apelo: vai pra casa, Celso de Mello.
NO BLOG DO RODRIGO CONSTANTINO
Moro é zen budista, mas não tem sangue de barata
Por Rodrigo Constantino (*)
[Segunda-feira, 02/03/2020] [10:46]
Tem "jornalista" do Pravda, digo, da Folha de SP que acusou o ministro Sergio Moro de "Mussolini de Maringá" e "líder da extrema direita brasileira". Tem político de extrema esquerda que o chama de "capanga". Tem ministro do STF que o trata como bandido e chefe de quadrilha.
E tudo isso é tratado como algo normal pelo grosso da mídia, sendo que a população, fora da bolha "progressista", considera Moro uma espécie de herói nacional.
Quando tentam ser mais sutis nos ataques, fazem como esse outro colunista da Folha:
Eis como ele começa a coluna:
"Em seus primeiros dias no cargo, Sergio Moro disse que não cabia ao ministro da Justiça agir como advogado de integrantes do governo. A ideia era fustigar seus antecessores e, principalmente, fugir de perguntas incômodas sobre os gabinetes da família presidencial ou sobre o laranjal da sigla de Jair Bolsonaro.
O ex-juiz se livrou de alguns desses abacaxis, mas começou a se sentir mais confortável no papel de defensor do chefe. A mudança de comportamento coincidiu com o aumento das tensões entre Moro e Bolsonaro."
Talvez a "mudança de comportamento" tenha outra razão: o ministro percebeu o jogo sujo do establishment, com a cumplicidade de boa parte da imprensa. Derrotados nas urnas, eles querem vencer no tapetão, já falam até em impeachment, e os ataques são exagerados, muitas vezes fabricados, e o escancarado viés ideológico exala de cada reportagem sobre o governo.
Moro, que não tem sangue de barata, apesar de ser Ph.D. em Zen Budismo, começa a reagir um pouco, sem porém perder a elegância, e a mídia vai fazer um escarcéu, apontar para a "politização" do ministro, sua mudança de postura etc. É complicado...
Há clara insinuação de que Moro passou a "defender o chefe" para permanecer no cargo, sendo que Moro é mais popular do que Bolsonaro e este depende mais daquele do que o contrário.
Vejam, por exemplo, a resposta "política" que Moro deu ao descontrolado Ciro Gomes:
"A crise no Ceará só foi resolvida pela ação do Governo Federal, Forças Armadas e Força Nacional que protegeram a população e garantiram a segurança. Explorar politicamente o episódio, ofender policiais ou atacá-los fisicamente só atrapalharam. Apesar dos Gomes, a crise foi resolvida."
Em vez de os jornalistas tratarem a acusação absurda do coronelzinho do Ceará, vão preferir focar na "mudança de tom" do ministro. Querem que ele apanhe calado sempre? Politizaram sua gestão técnica desde o começo e acharam que ele nunca adotaria qualquer reação política?
A cada nova investida ideológica contra o ministro extremamente popular, por motivos óbvios para quem vive fora da bolha, o povo reage desconfiando ainda mais da mídia. Os jornalistas cantam uma eventual saída de Moro do governo desde o primeiro mês, porque no fundo nunca engoliram bem sua ida para a equipe de Bolsonaro.
Mas o fato desesperador para a turma é que Moro segue ministro, apresentando bons resultados, elogiando o chefe, e rebatendo um tiquinho mais forte os ataques chulos de que é alvo. Não deve ser fácil a vida de quem torce tanto contra o País...
(*) Economista pela PUC com MBA de Finanças pelo IBMEC, trabalhou por vários anos no mercado financeiro. É autor de vários livros, entre eles o best-seller “Esquerda Caviar” e a coletânea “Contra a maré vermelha”. Contribuiu para veículos como Veja.com, jornal O Globo e Gazeta do Povo.
Preside o Conselho Deliberativo do Instituto Liberal."
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