SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 09 DE FEVEREIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro diz que pretende sair do hospital na terça-feira
Sábado, 09.02.19 11:48
Jair Bolsonaro pretende sair do hospital Albert Einstein na próxima terça-feira.
A declaração foi dada ao jornalista Carlos Nascimento, que disse na edição de ontem do SBT Brasil ter recebido uma ligação de Bolsonaro na manhã de sexta-feira.
“O presidente não está apenas vivo, bem vivo, mas como disse o porta-voz, muito bem disposto”, afirmou o jornalista.
"Um abraço a todos os brasileiros, ministros, integrantes do governo, Comandantes de Força,... Amanhã nos orgulharemos do que estamos fazendo hoje pelo nosso País".

Corregedor recebe gravações para apurar fraude em eleição do Senado
09.02.19 10:57
O corregedor do Senado, o tucano Roberto Rocha, afirmou nesta sexta-feira ter recebido as imagens da TV Senado para apurar a suspeita de fraude na eleição para presidente da Casa.
“São centenas de horas de inúmeras câmeras filmando aquele sábado. Nós estamos investigando, estamos olhando todas as imagens, todos os momentos dos votos dos 81 senadores”, disse.
No sábado passado, os senadores descobriram 82 votos na urna, mas só existem 81 parlamentares na Casa.

“A única saída que vejo é a de uma ação militar”
09.02.19 08:56
Steven Levitsky, que se tornou o xodó do PT durante a campanha presidencial, esperneando contra Jair Bolsonaro, agora defende um golpe militar para arrancar Nicolás Maduro do poder.
Ele disse para O Globo:
“Muito lamentavelmente, a única saída que vejo é a de uma ação militar. Nenhum defensor da democracia se sente confortável com essa opção, mas não vejo outra. Os militares precisam retirar o apoio a Maduro e dar esse apoio a Guaidó. Não vejo Maduro renunciando, como o ex-presidente argentino Fernando de la Rúa, por exemplo. Este governo já deixou claro que vai se agarrar ao poder. Tampouco vejo uma invasão de marines americanos, nem outro tipo de intervenção externa. A única força capaz de provocar a renúncia de Maduro é a dos militares venezuelanos.”
Gleisi Hoffmann vai ficar chateada.

NO BLOG DO JOSÉ NÊUMANNE
A tragédia Brasil
Às vítimas só resta reclamar, em vez de apoiar, aplaudir, glorificar, eleger e até endeusar os vilões que as massacram
Por José Nêumanne *, para o O Estado de S.Paulo
Sábado, 09 Fevereiro 2019 | 03h00
Os antigos diziam que quando Deus criou o mundo juntou num pedaço da América do Sul um país com uma costa gigantesca e belas praias, ouro nas montanhas e sol nos dias de verão. Sem terremotos, vulcões, tsunamis nem outros acidentes naturais. Então, o anjo Gabriel chamou Sua atenção para a injustiça de tal privilégio. Consta que o Criador explicou: “vais ver o povinho que porei lá”. 
É uma piada preconceituosa e inominável diante de tudo o que tem acontecido ultimamente nestes tristes trópicos, neste País do carnaval e do futebol, a superar em tragédia o teatro grego antigo, culminando com a coincidência de mesclar paixão coletiva e dor pessoal.
O incêndio do Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, com 10 mortos e 3 salvados do fogo, parece mais um castigo divino, mas não é. É conjunção de canalhice com descaso, desídia e desumanidade, que já se haviam manifestado no incêndio do Museu Nacional e no estado lastimável que impede visitas ao Museu da Independência, no Ipiranga. 
Essa mistura transforma nosso passado num monturo onde enterramos nossas oportunidades de aprender com erros e acertos que já cometemos. Os rejeitos minerais da Vale em Mariana, que mataram o Rio Doce, num descomunal assassinato ambiental, não serviram de alerta e três anos depois a lama seca de Brumadinho apodrece o Paraopeba e se prepara, de forma lenta, mas incansável, para emporcalhar Três Marias e trucidar o Rio São Francisco, o Velho Chico, “rio da unidade nacional”.
Os rejeitos minerais da Vale em Mariana, que mataram o Rio Doce, num descomunal assassinato ambiental, não serviram de alerta Foto: Gabriela Biló/Estadão
O Estado brasileiro, controlado por burocratas e políticos corruptos, se acumplicia a empresários gananciosos que exploram nossas riquezas e massacram nossos pobres à jusante de represas, expondo-os por cupidez às ondas de dejetos que sufocam humanos, bovinos e peixes. 
O Criador poupou-nos de vagalhões e lavas, mas os beneficiários do uso e furto dos bens públicos os substituem pela mortandade por susto, bala ou vício. Essa Medusa, que nunca encontra Ulisses de volta a Ítaca, reproduz em sua saga milhões de cabeças vorazes que despedaçam a ventura dos humildes.
Os meninos do Flamengo são talentosos e quase todos pobres, mais do que arrimos, o que resta de fé para seus parentes e amigos. Quando sucumbem à indiferença de dirigentes de má-fé, que usam a paixão do povo como combustível para sua fortuna, fundida num bezerro de ouro insaciável, levam para a morada final as esperanças de seus entes queridos.
O pior de tudo é que os dirigentes de Vale, Museu Nacional, Museu da Independência e Flamengo, e prefeitos que escorcham os munícipes com vultosos impostos (casos do Rio de Janeiro inundado e desprovido de programas públicos eficientes contra inundações e desta Piratininga de viadutos rachados caindo aos pedaços), são beneficiários da pior de todas as ofensas, a impunidade. 
Os mandachuvas do popular rubro-negro da Gávea, os mesquinhos da mineração que não gastam com segurança nem pagam multas e os gestores públicos e privados que se escondem das penas que deviam pagar em capas de pleonasmos nunca purgarão os seus crimes com vil metal ou perda de liberdade.
A tragédia Brasil tem a agravante de não contar com o deus ex-machina do teatro grego, aquela solução final implausível em que os justos são recompensados e os culpados, punidos. E às vítimas só resta reclamar, em vez de apoiar, aplaudir, glorificar, eleger e até endeusar os vilões que as massacram.

NO BLOG DO JOSIAS
Supremo enfrenta processo de dessacralização
Por Josias de Souza 
Sábado, 09/02/2019|05h24min
Ministros do Supremo Tribunal Federal costumavam ser vistos como semideuses. Depois do julgamento do Mensalão, época em que o pretório excelso viveu seu mais doce momento, o brasileiro convenceu-se de que as togas estavam sentadas à mão direita de Deus. Essa percepção mudou dramaticamente. Desde a explosão do Petrolão, a Suprema Corte vive um processo de dessacralização. 
Um dos supremos ministros entregou-se nos últimos dias a um inusitado passatempo. Desperdiçou nacos do seu tempo percorrendo as caixas de comentários de blogs e sites noticiosos. Impressionou-se com a virulência dos ataques dos internautas no rodapé das notícias sobre o Supremo e seus ministros. "É um violento massacre", constatou o magistrado, nesta sexta-feira. 
O que mais chamou a atenção do ministro, que conversou com o blog sob a condição do anonimato, foi a percepção de que alguns dos seus colegas igualaram-se em desmoralização ao que há de mais desprestigiado na política. A constatação é verdadeira. Mas há uma diferença: os políticos foram arrastados para o caldeirão pela Lava Jato. As supremas togas pularam no melado quente por conta própria.
Nos seus passeios pela Internet, o ministro impressionou-se com a acidez dos comentários postados abaixo de duas notícias. Numa, informou-se que o senador Alessandro Vieira (PPS-SE), um delegado civil às voltas com seu primeiro mandato, protocolou junto à Mesa diretora do Senado um pedido de CPI para investigar os tribunais superiores, sobretudo o Supremo. (...)
Noutra notícia, revelou-se que auditores da Receita Federal abriram procedimento para investigar alegados "focos de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência' do ministro Gilmar Mendes e sua mulher, a advogada Guiomar Mendes. 
O navegador supremo não encontrou na Web um mísero comentário em defesa de Gilmar. Não foi por falta de aviso. É certo que bons juízes não devem aderir cegamente aos clamores da comunidade. Mas também não precisam virar as costas para a sociedade. 
Generaliza-se no País a percepção de que não há local mais seguro para os corruptos do que o Supremo. Juízes de primeira instância aprenderam a prender. Certos ministros do Supremo especializaram-se em soltar. O Supremo coleciona decisões que favoreceram minorias e grupos sociais vulneráveis. Por exemplo: a validação da Lei Maria da Penha, a interrupção da gravidez em casos de fetos anencefálicos, o direito ao aborto no primeiro trimestre da gravidez, o reconhecimento da união homoafetiva e as cotas para negros e deficientes em universidades. Mas nada disso atenua a má repercussão da política de celas abertas patrocinada por ministros como Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski. 
Por vezes, o Supremo adota comportamento de risco, com forte tendência à autodesmoralização. Os ministros insultam-se diante das câmeras. Um deles julga casos de amigos. Outro decide sobre ex-chefes. E os demais fingem não ver. Há na Corte duas turmas. Uma, notabilizou-se por prender. Outra, solta a granel. A primeira e a segunda instância condenam larápios. O Supremo os protege. Quando pune, de raro em raro, transfere ao Legislativo a prerrogativa de perdoar.
Aos pouquinhos, vai se solidificando a impressão de que um pedaço do Supremo opera com o deliberado propósito de oferecer proteção a malfeitores. Foi à lata do lixo todo o prestígio social que a Corte amealhara no julgamento do Mensalão.
A corrupção reincidente transformou todo brasileiro em magistrado do Supremo. Além de se familiarizar com o juridiquês, a língua dos juízes, o País se deu conta de que o vocábulo justiça está contido na palavra injustiça. E percebeu que certos julgadores não são necessariamente julgadores certos. Empenham-se em demonstrar que, na arte da absolvição e da omissão, o possível também cabe no impossível.

NO BLOG DO GABEIRA
ADEUS ÀS VELHAS RAPOSAS
Sexta-feira, 08.02.2019 EM BLOG
As eleições no Senado marcaram o fim de uma hegemonia de décadas do velho MDB. Nesse aspecto, houve uma renovação. Ela não veio com o melhor espetáculo possível. Nem se pode afirmar ainda a amplitude dessa renovação. O consenso é que as reformas ficaram mais fáceis. Acredito ser essa uma das vantagens da renovação.
Mas minha alegria com um Senado propenso às reformas é limitada. Isso significa que pode respaldar ou mesmo melhorar as reformas vindas do governo, mas não demonstrou ser capaz de dar uma contribuição singular, que, além das reformas, é capaz de nos dar grandes projetos.
Mal conheço o presidente Davi Alcolumbre. Vi o senador Randolfe Rodrigues compará-lo a Rui Barbosa porque suportou em silêncio as críticas dos adversários. Em silêncio todos se parecem com Rui Barbosa. O problema é quando começam a falar.
A eleição no Senado foi num momento em que os corpos ainda estão sendo retirados da lama, num desastre com cerca de 350 mortos, lastimado no mundo inteiro, do papa a Theresa May. Houve poucas menções a isso, na verdade havia até uma certa pressa, confessada nos microfones, de comemorar a posse com as famílias. Será que nos trabalhos centrais, reforma da Previdência e pacote contra o crime, vão encontrar um espaço para a segurança nas barragens?
O governo mandará um projeto nesse sentido. Mas o Congresso tem papel vital na formulação de um marco regulatório.
A Vale decidiu fechar as barragens que têm o mesmo modelo de construção das de Mariana e Brumadinho. Está fechando por contra própria. Se o desastre de Mariana tivesse inspirado os parlamentares, elas deveriam ter sido proibidas no Brasil, como já o são em alguns outros países.
Naquela gritaria insana dos senadores, pensei, como todo mundo, que o nível estava baixo. Mas não me alonguei nesse sentimento. Não sou um turista sueco. Esse é o nível e é com ele que temos de trabalhar.
A grande inspiração para seguir a política no Brasil vem dos bombeiros de Minas, rastejando na lama em busca dos corpos e sobreviventes. Não importam a paisagem nem o cheiro.
A possibilidade de obter um avanço no controle da indústria é real depois desses dois grandes desastres. As chances são maiores porque a influência da indústria foi menor nas eleições de 2018. A anterior, de 2014, foi a última financiada por empresas. A Vale destinou então cerca de R$ 75 milhões aos candidatos.
Senadores que me parecem bem-intencionados, como o próprio Randolfe e Simone Tebet, para citar alguns, vão ter um papel importante neste processo de renovação do Senado. Muitas vezes declararam que seu objetivo era aproximar o Senado da sociedade. Para dizer a verdade, a própria sociedade se aproximou do Senado e deu um empurrão final em Renan Calheiros.
O mandato que começa é muito diferente dos anteriores. Talvez a pressão social sobre os eleitos seja mais intensa e isso muda o jogo. Votações abertas criam um vínculo com os eleitores. Eles cobram e agora sabem com clareza quem votou o quê.
Existem, evidentemente, alguns raros momentos em que a pressão social se choca com a consciência do parlamentar. Mas isso se revolve, são perdas e ganhos. Rui Barbosa jamais foi presidente.
Não será apenas na segurança de barragens que eles podem ter um papel. Também na segurança pública, algo que move mais a população do que a reforma da Previdência.
No texto de Moro, as milícias são consideradas organizações criminosas, ao lado do tráfico de drogas. Ambos dominam grande parte do território no Rio de Janeiro e, em menor escala, em outras cidades.
O ex-ministro Raul Jungmann percebeu bem o que chamou de coração das trevas, a inevitável associação dos donos do território com políticos eleitos ou ainda em busca de voto. De modo geral, esse nó se desata fora do Parlamento, a partir das investigações policiais. Mas se parlamentares não reconhecerem essa limitação da democracia, essa impossibilidade de votar e ser votado em todo o espaço urbano, aí, então, a tarefa será mais difícil.
O quadro geral na imprensa é de que a coisas começam bem para a agenda do governo. Mas sempre existe algo que não aparece na agenda, a não ser em sobressaltos. É o caso do meio ambiente. De nada adianta argumentar nesse campo, porque os desastres, naturais ou provocados, são de uma eloquência cada vez mais poderosa.
Da mesma maneira, não é possível um Parlamento ignorar que um país vizinho ao Brasil vive uma grande crise e que o governo Maduro agoniza. No caso de uma guerra civil sangrenta, certamente haverá mais gente na fronteira. A Venezuela tornou-se um problema internacional. Isso não significa que o papel do Brasil se tornou supérfluo. Discute-se em todo o mundo, mas é em alguns países vizinhos que sofreremos as consequências.
São apenas algumas ideias inspiradas nesta estreia do Senado. Na verdade, não teria espaço ainda para discuti-las. Se estivesse lá, certamente eu manteria silêncio, não ia perder esta única chance de ser como Rui Barbosa.
O jogo político começa agora. De janeiro para cá, apenas o governo apareceu. Agora é mais amplo. A sensação que tive inicialmente é de que não há blocos organizados.
Continuo achando que o número de surpresas será grande. Mas nesta altura, o melhor é garimpar alguns avanços no que às vezes parece um caos, um circo, um botequim.
O velho grupo caiu. São as consequências das eleições. Renan achou que era um produto da novidade eleitoral só porque se elegeu. Engano. Os ventos continuam soprando e o levaram para o espaço. Onde, aliás, já estão todos os seus colegas derrotados. Renan apresentou-se como um falso novo. Até que ponto o novo que venceu representa mesmo uma novidade? Os tempos não estão favoráveis às manipulações.
(Artigo publicado no Estadão em 08/02/2019)

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
O fiasco do evento “Lula Livre” em São Paulo e a torpeza dos 500 militantes presentes (Veja o Vídeo)
Da Redação
Sábado, 09/02/2019 às 08:35
O PT perdeu totalmente a sua capacidade de mobilização. Sua mais recente tentativa foi mais um fiasco.
O evento realizado esta semana em São Paulo sequer repercutiu na própria mídia comprometida com o partido, aquela que se chafurdou no mar de lama da corrupção e da propina durante as gestões de Lula e Dilma.
Segundo O Globo o evento esvaziado reuniu menos de 500 pessoas. Algo realmente insignificante. Um vexame.
Todavia, causa espécie ver que essa pequena militância ainda permanece extasiada, com fé na inocência do presidiário...
De qualquer forma, esses incautos já diminuíram sensivelmente...
Veja o vídeo: (no link: https://youtu.be/vOKK2GOILIM)


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