SEGUNDA EDIÇÃO DE DOMINGO, 06 DE JANEIRO DE 2019

NO O ANTAGONISTA
Com Força Nacional, ataques recuam no Ceará
Domingo, 06.01.19 10:39
Diminuíram os ataques no Ceará na quarta noite de ações criminosas.
Segundo a polícia, ao menos quatro atentados foram registrados em Fortaleza na noite de sábado.
Nos três primeiros dias da onda de violência, passavam de dez ataques por noite.

As mãozinhas de Michelle
06.01.19 09:39
Na primeira semana de governo Jair Bolsonaro, sua mulher, Michelle, emplacou nomes na Esplanada.
Priscila Gaspar, amiga da primeira-dama, é surda e ativista da causa, e foi escolhida para um cargo na Secretaria Nacional da Pessoa com Deficiência.
“Além dela, outros surdos ocuparão postos no Ministério da Educação graças a Michelle”, relata O Globo.

O pente-fino de Bolsonaro no INSS
06.01.19 09:22
Jair Bolsonaro quer fazer um pente-fino em todos os benefícios pagos pelo INSS.
Para isso, o governo deve mandar ao Congresso Nacional uma medida provisória que revê regras previdenciárias.
A MP estabelecerá, por exemplo, o pagamento de um bônus de R$ 57,50 a técnicos do seguro social que identificarem irregularidades em aposentadorias e pensões.
A expectativa é que as novas regras possam gerar uma economia de R$ 9,3 bilhões em um ano, já descontados os pagamentos dos bônus.

Juízes criminais emitem nota em apoio à proposta de Moro
06.01.19 08:57
O Fórum Nacional de Juízes Criminais (Fonajuc) emitiu um nota em apoio à proposta de Sérgio Moro de adaptar o chamado “plea bargain” — usado nos Estados Unidos — para desafogar o Judiciário brasileiro, relata Frederico Vasconcelos.
O acordo permite que os acusados confessem seus crimes ao Ministério Público em troca de uma pena menor.
Segundo o fórum, “a ausência de efetividade/celeridade da Justiça Criminal contribui para insegurança jurídica e principalmente para a impunidade, que deve ser combatida, e por isso apoia a ideia central da proposta do ministro da Justiça”.

NO BLOG DO JOSIAS
Bolsonaro aparelha máquina estatal à moda do PT
Por Josias de Souza 
Domingo, 06/01/2019 | 03h50
Sob Jair Bolsonaro, o governo organiza o preenchimentos dos chamados cargos de confiança guiando-se por uma estranha lógica: invoca o aparelhamento promovido pelas administrações do PT para justificar o aparelhamento a ser feito pela nova gestão. Horroriza-se tanto com a ocupação predatória do Estado que deseja alastrá-la. Pratica o que abomina. Considera a ideologização do serviço público tão inaceitável que pretende impor sua própria ideologia.
Não ocorreu ao novo governo a ideia de realizar concursos públicos ou processos seletivos baseados em currículos —algo que permitisse a aferição não da ideologia, mas do mérito intelectual e funcional de cada candidato. Ou seja: diante da possibilidade de produzir algo realmente novo, o governo preferiu repetir velhas práticas. 
Na última quarta-feira, o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) iniciou a "limpeza" de sua pasta, exonerando 320 ocupantes de cargos comissionados. Onyx chamou a demissão coletiva de "despetização". Deu de ombros para o fato de que seu antecessor na Casa Civil não foi um petista, mas Eliseu Padilha, do MDB de Michel Temer. 
Na sexta-feira (04), em sua primeira reunião ministerial, Bolsonaro referiu-se à canetada de Onyx como um "exemplo" a ser seguido por todos os ministros. 
"Não há nenhum sentido termos num governo com o perfil do nosso pessoas que defendem outra lógica, outro sistema político", diz o chefe da Casa Civil. 
No Brasil, a alternância de poder virou um outro nome para aquilo que Cazuza chamou de "museu de novidades". Os devotos de Bolsonaro que aplaudem o reaparelhamento estatal querem apagar a diferença entre o certo e o errado para que tudo se resolva no plano de uma reciprocidade abjeta, num torneio de predadores dividido apenas entre os direitistas que defendem o seu direito de usurpar as repartições públicas e os esquerdistas que querem retomar as trincheira$ perdidas. 
Onyx diz não excluir a hipótese de recontratar um ou outro assessor exonerado. O critério da "competência" se dilui em meio a outros requisitos: 
"Vai ser feita uma análise de quem é que indicou, como é que chegou ao posto." A despeito da referência petista, Onyx enxerga o Brasil do ciclo pós-redemocratização como um um país rendido a um imaginário regime comunista hipertrofiado. 
"A sociedade brasileira decidiu, por maioria, dar um basta nas ideias socialistas e comunistas que, por 30 anos, nos levaram a esse caos que vivemos hoje — de desemprego, de desestruturação do Estado, de insegurança das famílias, de má prestação do serviço de saúde e de escola que, em vez de educar doutrina. A sociedade fez uma escolha muito clara. E nos cabe respeitar." 
Autoconvertido em porta-voz da sociedade, Onyx talvez se surpreendesse se encomendasse uma pesquisa para saber o que pensa o brasileiro cuja opinião ele imagina ecoar. Sem bilheteria, como se sabe, não há circo. E quem está em dia com suas obrigações tributárias não há de conviver bem com a ideia de financiar a remontagem de um velho espetáculo, que reserva à plateia o papel de boba. A usurpação de cargos públicos não tem ideologia.

NO BLOG DO WANFIL
Domínio das facções no Ceará não é crise, é rotina
Por Wanderley Filho
Sexta-feira, 04 de Janeiro de 2019
Muito antes, mas muito antes mesmo, de o secretário da Administração Penitenciária, Luís Mauro Albuquerque, dizer que o Estado é quem deve mandar no sistema prisional, as ondas de ataques organizados desde dentro das cadeias cearenses por facções criminosas já eram comuns. 
No atual contexto, sempre haverá um motivo para esses grupos pressionarem o governo estadual da forma que vem dando certo. Não é ruptura da ordem, é a ordem estabelecida. Desagradou o crime, tome fogo em ônibus e ataques a prédios públicos e privados. Qual a novidade? Nenhuma.
Foi assim durante todo o primeiro governo de Camilo Santana (PT), encerrado não por acaso com as mortes de seis reféns em Milagres, e que agora inicia o segundo mandato em meio a mais uma onda de ataques. 
É incrível como, diante da certeza de que facções estão dispostas a agir do mesmo modo quando contrariadas, não se tenha um procedimento emergencial nos presídios e nos locais onde esses bandos atuam.
A única esperança de que essa rotina não continue por mais quatro anos está no pedido de socorro feito pelo governador ao Ministério da Justiça, de Sérgio Moro (a quem Camilo acusou publicamente de ser parcial enquanto juiz). Claro que eventuais disputas políticas devem ser colocadas de lado, porém, é preciso entender que, administrativamente, o novo desenho institucional da pasta ainda está se concretizando. Em outras palavras, ao contrário das políticas estaduais de segurança pública, com os resultados conhecidos, a nova gestão federal ainda será testada. Que o Ceará seja o local para esse teste, infelizmente, também não é surpresa.
Aos leitores, informo que estou em final de férias, interrompidas brevemente para dividir essas reflexões com vocês.


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