SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2018

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro e a pressão interior e exterior
Sexta-feira, 28.12.18 09:40
Os jornais dizem que integrantes do governo estão preocupados com as explicações pouco convincentes de Fabrício Queiroz, mas que a oposição acredita que o caso vai virar passado com a posse de Jair Bolsonaro.
A acreditar nisso, a pressão interior é maior para Jair Bolsonaro do que a exterior.
Talvez seja mais eficaz assim.

Sérgio Big Brother Moro
28.12.18 09:10
Durante a reunião de ontem com os seus colegas de ministério, Sérgio Moro recomendou a todos que ficassem de olhos no que ocorre nas vísceras das repartições e não apenas no que vai na superfície.
De qualquer forma, Sérgio Big Brother Moro estará de olho.

João dos 50 milhões
28.12.18 08:40
A TV Anhanguera informou que a Justiça de Goiás determinou o bloqueio de até 50 milhões de reais das contas de João de Deus, para eventual pagamento de indenização a suas supostas vítimas.

De Jucá para a Odebrecht
28.12.18 08:20
Raquel Dodge mandou anexar ao processo em que Romero Jucá é réu, e-mail's que mostram que, em 2014, o senador mandou para a Odebrecht o esboço de uma medida provisória que interessava à empreiteira antes de mandar o documento ao Senado.
Era uma prática comum. Aliás, não raro, era a própria empreiteira que fornecia os subsídios para as leis que iam ao encontro dos seus interesses.

A ordem é revisar tudo
28.12.18 08:00
O gabinete de transição comandado por Onyx Lorenzoni avisou, por escrito, que o governo de Jair Bolsonaro vai revisar as decisões tomadas nos últimos 60 dias de mandato de Michel Temer:
“Nos primeiros 10 dias, cada Ministério deverá elencar as políticas prioritárias dentro de sua área de atuação – incluindo a revisão de atos normativos legais ou infralegais publicados nos últimos 60 (sessenta) dias do mandato anterior, para avaliação de aderência aos compromissos da nova gestão.”

NO BLOG DO JOSIAS
Governo fala em cortar gastos e promete presente de R$ 17 bi aos ruralistas
Por Josias de Souza 
Sexta-feira, 28/12/2018 | 03h57
Jair Bolsonaro mandou distribuir aos ministros cartilha com orientações para os primeiros 100 dias de governo. O desafio primordial é cortar gastos. Para facilitar o entendimento da plateia, Onyx Lorenzoni, o futuro chefe da Casa Civil, recorreu à velha analogia doméstica. "A gente tem que ter um governo que faça como as famílias fazem. Se não dá para trocar o tênis, não troca o tênis. Tem que apertar o cinto, aperta o cinto. Se tem que negar o vestido para a filha, a gente tem que negar o vestido para a filha. É isso que esse governo vai fazer." 
Aplicado a um caso específico, o reducionismo didático de Onyx faz da bancada ruralista uma espécie de filha preferida de Jair Bolsonaro. Como chefe da nova família imaginária de Brasília, o capitão cogita dar um presente de R$ 17 bilhões aos ruralistas. É algo para deixar os outros filhos — de industriais a trabalhadores — traumatizados pelo resto da vida. Confirmando-se o mimo, existe também o risco de a plateia concluir que a família-modelo não leva a sério sua própria lição.
Prestes a assumir um governo quebrado, Bolsonaro informou aos líderes ruralistas que colocará o peso do Planalto a serviço da aprovação de projeto de lei que perdoa dívidas acumuladas do agronegócio com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, o Funrural. A providência permitiria que parte da arrecadação do governo saísse pelo ladrão. E transformaria a analogia hipertrofiada de Onyx — "não troca o tênis", "aperta o cinto" e "nega o vestido para a filha"— numa nova versão do mesmo papo furado de sempre.

Aliados são principais adversários de Bolsonaro
Por Josias de Souza 
28/12/2018 | 00h52
No próximo dia 2 de janeiro, passadas as festividades da posse, começa o governo de Jair Bolsonaro. O início da nova gestão será marcado por duas peculiaridades. A oposição está estilhaçada, eis o primeiro traço particular da atual conjuntura política. A segunda particularidade é complementar à primeira: com as forças rivais fragmentadas, os aliados de Bolsonaro assumem, paradoxalmente, a posição de principais adversários do novo presidente. Em condições normais, o Partido dos Trabalhadores seria um opositor duro de roer nesta largada do governo do capitão. Mas o PT tem outras três prioridades: Lula, Lula e Lula. Enrolado na bandeira do 'Lula Livre', o partido afugenta até velhos aliados no Congresso. 
O PSDB que, em tese, poderia se opor a Bolsonaro, está dividido. Um pedaço do tucanato apodrece junto com Aécio Neves. Outra ala, agarrada a João Dória, toma o atalho da direita, que conduz ao colo de Bolsonaro. 
Rodeado de inimigos frágeis, Bolsonaro convive com fortes adversários cordiais. São familiares e amigos que se dedicam a demonstrar o seu potencial destrutivo. No pelotão de frente estão os filhos do presidente: Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. Os três têm mandatos eletivos, influência junto ao pai e disposição para produzir encrencas. Fornecem ministros precários, assessores atípicos e ofensas típicas. Além de lidar com os membros de sua própria dinastia, Bolsonaro administra os humores do general Hamilton Mourão, um vice que pode virar versa; e toureia as primeiras reivindicações de seus aliados temáticos, como o pedido da bancada ruralista envolvendo a anistia de uma dívida de R$ 17 bilhões com o Funrural. 
De resto, líderes de partidos amigos, que julgam ter recebido de Bolsonaro menos atenção do que merecem, aguardam na curva pelos erros do capitão. Com aliados assim, o novo presidente dispensa adversários.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Cadê o Queiroz?
POR MERVAL PEREIRA
Sexta-feira, 28/12/2018 | 04:30
A pergunta, sonora e incômoda, vem atropelando a transição do governo Bolsonaro há mais de 20 dias, quando foi descoberta uma “movimentação atípica” do motorista Fabrício Queiroz, que trabalhava no gabinete do senador eleito Flavio Bolsonaro. É a maneira técnica que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encontra para definir movimentações financeiras incompatíveis com os ganhos oficiais de um cidadão.
Por ser motorista de um dos filhos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de quem é amigo há 40 anos, e ter depositado dinheiro na conta da futura primeira-dama, o caso ganhou dimensões políticas naturalmente escandalosas.
O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, futuro ministro-chefe da Secretaria de Governo, definiu ontem que o caso de Fabrício Queiroz “não é uma questão de governo”, protegendo assim a figura do presidente da República, delimitando o alcance do escândalo.
Tecnicamente, o General está certo. Se não é possível processar um presidente da República por fatos alheios ao seu mandato, muito menos um futuro presidente que nem mesmo assumiu o posto. Tecnicamente, no entanto, não quer dizer politicamente, e é aí que a porca torce o rabo.
Bolsonaro deu uma explicação plausível para os depósitos na conta de sua mulher. Seriam pagamentos de empréstimo particular que dera ao amigo. O filho 01 do futuro presidente, que gosta de numerá-los por ordem cronológica de antiguidade como acontece entre os militares (quem não se lembra de “pede pra sair 01”, famosa frase do Capitão Nascimento em “Tropa de Elite?”), disse desde o início do caso que a explicação deveria ser dada por Queiroz, deixando claro que não temia ser apontado como político que usava o motorista como laranja para ficar com parte do salário dos funcionários de seu gabinete, como parece ser comum na atividade parlamentar.
Jogando a bola para Queiroz, Bolsonaro e família passaram a imagem de que nada temiam da investigação. Aceitando que Queiroz desaparecesse por quase um mês, desgastaram-se, permitindo que os opositores incutissem em parte da opinião pública pelo menos a suspeita de que alguma coisa errada a família Bolsonaro fizera.
De tanto perguntarem, Queiroz afinal apareceu, para dar uma explicação marota sobre o dinheiro que circulou em sua conta. “Sou um homem de negócios, vendo carros usados”, disse ele singelamente, sem, no entanto, indicar para quem vendeu os carros, de quem os comprou e, sobretudo, porque os funcionários do gabinete de Flavio Bolsonaro depositavam todo início de mês dinheiro em sua conta. Será preciso provar que todos eles compraram carros de Queiroz.
Há um precedente famoso de explicações bizarras como essa. Durante a ditadura militar, um chefe de gabinete de um dos generais presidentes foi acusado de enriquecimento ilícito. Perguntado como explicava a súbita fortuna, o major explicou ao presidente que vendia cavalos de raça, e ainda recebeu elogios pelo “empreendedorismo”.
Acontece que os pangarés que o major vendia eram comprados a preço de puros-sangues por empresários interessados em se aproximar do gabinete presidencial. Como era tempo de ditadura, não houve investigação e a criação de pangarés continuou prosperando.
Dessa vez, Queiroz, mesmo sendo ex-militar, não terá proteção além do que a lei lhe confere. O próprio General Santos Cruz, que relativizou o caso tirando-o da alçada do governo, admitiu que merece ser investigado, a imprensa naturalmente se interessa por ele, e por ter sido funcionário da família Bolsonaro, juntamente com vários parentes, precisa ser esclarecido.
Vários presidentes tiveram a seu lado subordinados que assumiam o “lado sujo” da política, com ou sem o conhecimento do chefe, mas certamente embalados pela certeza da impunidade.
O mais famoso foi Gregório Fortunato, chefe da segurança de Getúlio Vargas que acabou criando uma milícia paralela responsável pela tentativa de assassinar Carlos Lacerda, o líder da oposição. Quem morreu foi o Major Rubem Vaz, que fazia a segurança de Lacerda. Foi o começo do fim de Getúlio.
Também Lula teve seu Gregório, sem graves consequências políticas, o segurança Freud Godoy por 20 anos, que acabou ocupando cargos de assessor especial do presidente da República e se envolveu em pelo menos dois grandes escândalos: o Mensalão e o Dossiê dos Aloprados.

NO PUGGINA.ORG
HÁ UMA ÉTICA PARA O GOVERNO E OUTRA PARA A OPOSIÇÃO?
Por Percival Puggina, em Revista Voto 
Artigo publicado sexta-feira,  28.12.2018
Os resultados da última eleição pontuaram fora da curva de nossa tradição mais recente e trazem novidades. Teremos um governo pela direita após 20 anos ao longo dos quais o poder transitou do PSDB para o PT. O primeiro, fundado durante o processo constituinte, reuniu a esquerda peemedebista; o segundo foi o partido, ainda mais à esquerda, que lhe fez vigorosa oposição. Essa relação confundiu os termos na política brasileira. Com dois partidos da mesma vertente disputando o poder, o País ficou sem direita. Durante mais de um quarto de século de pura insanidade política, um partido de esquerda representava a direita. Conservadores e liberais brasileiros não tinham pai nem mãe conhecidos na política nacional.
Numa entrevista logo após a escolha de Sérgio Moro para o ministério da Justiça, Rogério Forcolen, da RDC TV, perguntou-me sobre a reação que se podia esperar do PT a essa indicação. Respondi que não conseguia sequer imaginar o presidente Bolsonaro preocupado com a reação dos petistas ao tomar uma decisão qualquer. E acrescentei: “Esse não seria Bolsonaro. Esse foi o FHC”. Rimos juntos. De fato, Fernando Henrique Cardoso, sempre levou em grande conta o que dizia sua oposição petista. E nisso se distinguia de Lula que não costumava dar atenção ao próprio partido. Ademais, a oposição petista se caracteriza por uma conduta sistematicamente daninha.
Convém ouvi-la? Visando a enfatizar a legitimidade da tarefa oposicionista na dinâmica das democracias, um conhecido jornalista ensinava seus ouvintes de rádio, há alguns dias, que a oposição é detentora de um mandato popular. Imagino que empregasse a palavra como figura de linguagem porque mandato é atributo pessoal de governantes e parlamentares. Quem perdeu a eleição e não se integrou ao governo, adota, como regra, incumbência oposicionista Trata-se de uma consequência natural do jogo democrático.
Do governante se espera dedicação ao interesse público, ao bem comum. Seu mandato não é carta branca (para usar a expressão que está sendo gasta nestes dias) concedida ao vencedor do pleito para fazer o que bem entenda, como se observou nos quatro mandatos do PT. É extraordinário, também que, advertências no mesmo sentido já tenham sido afoitamente verbalizadas por ministros do STF e pela Procuradora Geral da República após a vitória de Jair Bolsonaro. No Brasil que eu conheço, quem quiser se preocupar com abusos de poder deve olhar prioritariamente para o STF (sem desatentar para os partidos providos de braços que agem à margem da lei).
Nessa dinâmica entre governo e oposição há uma questão ética que precisa ser enfatizada e em relação à qual a observação do petismo faz acender luzes de advertência. Os limites legais e os deveres morais serão diferentes entre governo e oposição? Há uma carta branca para a oposição? Parece óbvio que não. Há limites legais à atividade de todos em seus mandatos. No entanto, de nossa longa tradição, o compromisso com o bem comum parece ser atribuído exclusivamente ao governo, restando à oposição o exercício criativo e folgazão de atrapalhá-lo em suas atividades de gestão. Isso está moralmente errado.
O exercício do poder político – mandato popular é poder político – deve ser exercido, sempre, de modo responsável e tendo em vista o bem comum. Quem perdeu a eleição não recebeu uma autorização para, legitimamente, promover o caos. Agir para impedir o governo de governar, ampliar a crise, opor-se alguém a projetos que aprovaria se estivesse no poder é deslize moral, corrupção gravíssima: é corrupção no sentido do bem e da justiça!
Os meses por vir nos permitirão identificar quem são os radicais, em que consiste essa radicalidade e se a oposição, depois de lhe haver sido negado o governo, merece ser ouvida nessa tarefa.

NO BLOG DO GABEIRA
UMA PEQUENA DOSE DE JÂNIO
Sexta-feira, 28.12.2018 EM BLOG
Era mais confortável canalizar as atenções para o biquíni que para as finanças nacionais
O futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra, falou em proibir o álcool em algumas circunstâncias e provocou polêmica. Creio que as pessoas entenderam que Terra queria proibir o álcool de forma geral.
A experiência no Brasil, no entanto, já mostrou que em certos momentos é possível controlar o consumo com êxito na redução da violência. Para isso é necessário um mapa preciso dos incidentes violentos, indicando hora e lugares onde acontecem.
Não concordo com a visão geral de Osmar Terra sobre política de drogas. Mas também não concordava com a visão proibicionista do velho e saudoso Elias Murad. Uniam-me a Murad, assim como a Osmar Terra, não só a amizade cotidiana, mas uma certa humildade diante desse complexo problema, para o qual ninguém pode dizer que tenha todas as únicas respostas certas.
Basta ver, no momento, a devastação humana que o consumo de opiáceos está provocando nos Estados Unidos. É um desafio para o governo Trump, mas suas raízes o antecedem.
Mas a democracia nos faz experimentar. No Brasil, com a vitória conservadora, é razoável que a política de Terra seja desenvolvida. No Canadá, por exemplo, o governo rumou noutro sentido, legalizando a maconha. Dizem os jornais que a Marlboro entrou no negócio e suas ações subiram mais que as da Bombardier, a correspondente canadense da Embraer.
Não sou ingênuo a ponto de apresentar uma única variável, o sucesso econômico, como critério para analisar uma política dessa envergadura. Apenas registro: a democracia abre o caminho para diferentes experimentos.
Esse pequeno debate em torno do anúncio de Osmar Terra me fez refletir sobre o passado, mais especificamente o período Jânio Quadros. Sem querer comparar governos, registro apenas que naquela época havia também uma combinação entre temas conservadores nos costumes e medidas amargas na economia.
Nos costumes, os temas são muito mais voláteis do que a constância insuperável do preceito econômico que nos proíbe de gastar mais do que produzimos, ao longo de muito tempo. Nenhum governo federal se importaria hoje em proibir brigas de galo, como Jânio fez. Mesmo temas mais amplos, como as vaquejadas e os rodeios, deslocam-se para o Congresso e o STF.
O que diria, então, da proibição do biquíni? Isso provocaria um movimento maior que a revolta das vacinas nos tempos de Osvaldo Cruz. Talvez nem isso, apenas uma explosão nacional bem-humorada.
O interessante em Jânio não era a coexistência dessas duas pautas, que, em outro nível, existem também no governo Bolsonaro. O interessante era como Jânio as combinava.
Sempre que era forçado a tomar medidas econômicas impopulares, Jânio lançava uma dessas proibições que eletrizam a opinião pública. Era muito mais confortável canalizar as atenções para o biquíni do que para as combalidas finanças nacionais.
Não creio que Bolsonaro siga o mesmo caminho. Nada neste período preparatório sugere o cinismo e a sofisticação de Jânio. Além do mais, parece-me que Bolsonaro realmente acredita nos temas de comportamento que defende e vai brigar por eles com o entusiasmo de quem se batizou no Rio Jordão.
Mais que semelhanças, vejo no governo Bolsonaro o fim de algo que surgiu no governo Jânio: a chamada política externa independente, que estabeleceu relações diplomáticas com países socialistas, Cuba incluída. Ainda sem julgar o mérito dessas políticas, tudo indica que o peso ideológico na gestão Ernesto Araújo vai revolucionar as bases do trabalho de Afonso Arinos. Portanto, as comparações entre os governos Jânio e Bolsonaro não podem ignorar essa descontinuidade.
Por falar em Afonso Arinos, recebi nas vésperas do Natal o monumental livro de memórias, intitulado A Alma do Tempo. Um verdadeiro ato de heroísmo do editor José Mário Pereira, da TopBooks. O livro tem 1.790 páginas. Ainda não cheguei à metade do caminho. Cuidarei dele em outros textos.
Os últimos anos foram muito focados na experiência do PT, no máximo, no governo tucano, que lhe antecedeu. Com a ajuda de Arinos e, certamente, de Joaquim Nabuco, ambos atores e intérpretes da saga política familiar, é possível olhar um pouco mais para trás, puxar fios mais longos da meada histórica.
A primeira tarefa, e nisso creio que as memórias de Arinos ajudam, será examinar a experiência de Jânio. Não cheguei no livro plenamente a ela. Mas já no início há referências à instabilidade de Jânio.
Collor foi também uma experiência conservadora. Mas parecia voltado para a economia, para um consumo cosmopolita, uma clássica defesa do meio ambiente.
Bolsonaro pertence aos tempos modernos, em que, segundo Umberto Eco, se desenha um populismo qualitativo de TV ou Internet, no qual a resposta emocional de um grupo selecionado de cidadãos pode ser apresentada e aceita como a “voz do povo”. A diferença é que ele chegou ao poder não pela resposta emocional de um grupo selecionado, mas pela vontade da maioria do povo brasileiro. Em outras palavras, até aqui, tudo bem.
Até onde minha vista alcança, os primeiros sobressaltos estão ao norte. Maduro assume dia 10 e a Colômbia propõe que os outros países não reconheçam seu novo governo. Por sua vez, o próprio Maduro andou apreendendo um navio da Guiana, reavivando aquele velha querela em torno de Essequibo, problema que vem desde o século 19 e envolve uma região rica em minérios e um mar potencialmente com muito petróleo. E ainda por cima disse que o general Mourão tem cara de louco. Mourão serviu na Venezuela, conhece a gênese do bolivarianismo.
Vai ser preciso cabeça fria naquela fronteira, concentrar no trabalho humanitário. Provocações podem surgir. Maduro está precisando de inimigos para garantir a coesão interna.
O Brasil só precisa de paz para se reconstruir.
(Artigo de hoje (28), no Estadão).

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Candidatura de Lula na ONU é mais uma farsa que será defenestrada
Por Amanda Acosta
Sexta-feira, 28/12/2018 às 09:42
O perverso PT presentemente se debruça na cantilena de que o condenado Luiz Inácio Lula da Silva será candidato ao Prêmio Nobel da Paz em 2019.
Em seu site, o partido diz o seguinte: “o movimento internacional pela candidatura de Lula, liderada pelo Nobel da Paz de 1980 Adolfo Pérez Esquivel, é avalizada por personalidades exponenciais da contemporaneidade (...)”.
Pura e enfadonha mentira. Não existe qualquer movimento internacional nesse sentido e tampouco uma suposta candidatura de Lula será aceita pela ONU.
Lula é condenado pela prática de corrupção e lavagem de dinheiro, num processo legal, onde teve todas as oportunidades para se defender. Além disso, responde a inúmeros outros processos pela mesma prática delitiva.
Logo, com essas credenciais, jamais conseguirá sequer formalizar a sua candidatura.
Entretanto, o PT sempre irá precisar de uma ‘bandeira’ para carregar. Essa é a da vez.
Por isso que, para fulminar por completo tais aleivosias, é que, a partir de 2019, Lula precisa definitivamente deixar de gozar de absurdos privilégios, que só servem para alimentar esse tipo de insanidade.
Para tanto é que se impõe a necessidade imperiosa de que o meliante petista seja encaminhado para um presidio comum e, doravante, passe a receber o mesmo tratamento de todos os demais condenados nas mesmas condições.

Gastos secretos com cartão corporativo, outra bomba da era PT
Da Redação
28/12/2018 às 08:05
Durante os governos petistas os malfadados cartões corporativos se proliferaram.
É fatalmente mais um rombo astronômico a ser apurado e investigado a partir da posse do novo governo.
Interesses particulares e atividades partidárias se confundiram com o 'trabalho' de uma infinidade de militantes infiltrados no serviço público.
Nesse quesito, a questão da transparência foi abolida e os gastos com o uso de cartão corporativo se tornaram ‘secretos’, sob a alegação de ‘garantia para a segurança do estado’.
Estima-se que o total do rombo pode atingir o montante de R$ 600 milhões.
Sem dúvida, uma época marcada pelo total desprezo ao dinheiro público, tratado sempre com absoluta irresponsabilidade e desdém.

A nota falsa de Pezão que a PM apresentou como verdadeira
Por Helder Caldeira
Terça-feira, 25/12/2018 às 11:09
Sabe aquela história da apreensão de moeda estrangeira na cela do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que o fez parecer a mais nova casa de câmbio do sistema prisional fluminense?
Pois é... entre os dólares, euros, moedas colombianas, dinheiro chinês, etc, havia uma interessantíssima nota de US$ 16 (canto superior esquerdo da imagem). Isso mesmo: uma nota de 16 dólares americanos!
Como quem faz essas "batidas" não é qualificado para eventos dessa natureza, tampouco aqueles que registram a ocorrência, a nota falsa de US$ 16 acabou sendo registrada como original e computada na soma apreendida na cela do governador.
Pior: assim foi divulgada à imprensa! A imagem que ilustra esta matéria é de divulgação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
Enfim... não espantaria se aparecessem também umas notas do Banco Imobiliário, do Monopoly e até aquelas antigas que vinham nos pacotes de Elma Chips...
#ÉaLama!


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