PRIMEIRA EDIÇÃO DE DOMINGO, 02 DE SETEMBRO DE 2018

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 02 DE SETEMBRO DE 2018

Na reunião do Palácio Alvorada com os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux, o presidente Michel Temer disse que havia provocado o encontro para informar que apoiava o aumento de 16,3% do Supremo Tribunal Federal (STF), e até cancelaria reajustes de diversas categorias, como Polícia Federal. Só precisava que os ministros “segurassem” as ações para obrigar o governo a pagar os aumentos cancelados. Os ministros “piscaram”. E perceberam que estavam numa mesa de negociação.

Os ministros não poderiam assumir o compromisso de barrar liminares contra o adiamento dos reajustes, por isso tiveram de negociar.

Mas, feitas as contas, exatamente uma semana após o acordo, Temer recuou. Vai dar os 16,3% do STF e adiar os demais aumentos.

O acordo fechado entre o presidente Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal para concretizar o aumento salarial de 16,3%, com o consequente cancelamento do auxílio-moradia, inclui outras áreas do setor público. Além dos vencimentos na Justiça, todos os ramos do Ministério Público da União (MPU) e servidores dos três poderes. O desafio será convencer o Legislativo a abrir mão desse privilégio.

O pacto com o STF aumenta juízes estaduais em 16,3%, seis vezes mais que a inflação anual, mas acaba a regalia do auxílio-moradia.

O ministro Luís Roberto Barroso mostrou que a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo são claras sobre as candidaturas “sub judice”: se uma dessas Cortes decidiu, está decidido.

… a ONU não manda no Brasil.

NO BLOG DO JOSIAS
PT prefere desconstruir TSE a construir Haddad
Por Josias de Souza
Domingo, 02/09/2018 05:44
“O PT se rende à decisão do TSE. (…) Nós perdemos hoje aqui”, disse, na madrugada de sábado, o advogado de Lula, Luiz Fernando Casagrande. Com sua rendição, o doutor convenceu os ministros da Corte máxima da Justiça Eleitoral a manter a propaganda do PT no ar. O advogado deu o braço a torcer: “Lula está fora. Ele não pode mais aparecer como candidato a presidente. O partido vai cumprir a decisão.'' Os ministros deram-lhe crédito. E fizeram papel de bobos.
Nos seus programas inaugurais no horário político do rádio e da TV, o PT manteve Lula como cabeça de sua chapa. E ainda aproveitou o tempo de propaganda que o TSE autorizou a usar para espinafrar o próprio Tribunal. “…A vontade do povo sofreu mais um duro golpe com a cassação da candidatura de Lula pelo TSE”, afirma um locutor na abertura do programa petista. (...).
Relator do voto que prevaleceu no caso Lula, o ministro Luis Roberto Barroso, além de barrar a candidatura do presidiário, retirara o PT do ar. Enquanto não fosse providenciada a troca do candidato, o tempo do partido na TV seria preenchido apenas por uma tela azul. Graças ao advogado Casagrande, esse pedaço da decisão foi revertido numa reunião dos ministros do TSE a portas fechadas.
A acidez da campanha petista tem efeitos negativos no campo jurídico e também na seara política. Juridicamente, as críticas do partido ao Judiciário transformaram Lula num colecionador de derrotas. Já amargou infortúnios na primeira instância (Sérgio Moro), na segunda (TRF-4), na terceira (STJ) e também na quarta (STF).
Politicamente, o PT retarda a eletrificação do seu novo poste. O verbo preferido do partido na campanha é desconstruir. Conjugando-o, o petismo desperdiça um tempo que poderia utilizar na construção da imagem de Fernando Haddad, cuja foto substituirá a de Lula na urna. Hoje, Haddad frequenta as pesquisas com um percentual de intenção de votos nanico: 4%).
É grande a capacidade de Lula de transferir votos, indicam as pesquisas. Mas a campanha é curta (apenas 45 dias) e o cabo eleitoral está preso. O slogan “Lula livre” serve para acender os devotos já convertidos. Isso pode levar Fernando Haddad para o segundo turno. Mas é insuficiente para devolver o PT ao Planalto.
A retórica azeda talvez não traga de volta os votos da classe média. Uma gente conservadora que acreditou na Carta aos Brasileiros, o documento em que Lula renegou o receituário radical que o impedia de chegar à Presidência da República. Sem esse pedaço do eleitorado, será mais difícil vencer. Nesta segunda-feira, 03, Haddad visitará Lula na cadeia, em Curitiba. Vão discutir a estratégia da campanha.

Lula tornou-se candidato ao posto de assombração do próximo presidente
Josias de Souza
02/09/2018 03:02
A sociedade brasileira está traumatizada e dividida. A sucessão presidencial seria um remédio para sarar os dois flagelos. Mas é improvável que algo seja remediado. São pequenas, muito pequenas, diminutas as chances de as urnas de 2018 produzirem a superação de traumas e a reunificação do País.
Na origem da turbulência política atual há três encrencas degenerativas:
1) A reeleição de Dilma, seguida de uma ruína — ética e econômica — que inoculou na vitória o veneno do estelionato eleitoral;
2) O impeachment de Dilma, cujas fraturas demoram a calcificar;
3) A ascensão de Temer e seu grupo, tão viciados em verba suja quanto os outros zumbis da 'dinheirolândia' petista.
Há um quê de Lula no DNA da crise. É dele a autoria do mito da gerentona. Foi no governo dele que o PT converteu-se na máquina coletora de fundos que deu em Mensalão e Petrolão. Foi com o seu beneplácito que Temer tornou-se vice.
Para complicar, a Lava Jato fez de Lula um líder de pesquisas inelegível. E o TSE, ao aplicar o antisséptico da Lei da Ficha Limpa, guindou-o à condição de candidato imbatível ao posto de assombração do próximo presidente da República.
Elegendo-se um poste petista, Lula irá tutelá-lo. Vencendo outro candidato, Lula irá infernizar-lhe a gestão. Em qualquer hipótese, a cizânia nacional sobreviverá à abertura das urnas.

NO O ANTAGONISTA
E-mails de Marcelo Odebrecht citam campanha de Haddad em 2012
Domingo, 02.09.18 09:23
Entre os mais de 3 mil e-mails que Marcelo Odebrecht entregou à Lava Jato desde sua prisão domiciliar em 2017, há mensagens que tratam de suposto caixa 2 à campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.
Diz o Estadão:
“Uma das mensagens de Marcelo Odebrecht é de 24 de outubro de 2012. O documento indica que o e-mail foi enviado a executivos da Odebrecht, que depois se tornaram delatores. ‘Avalie se não deve dizer para seus 2 amigos que a pedido do meu amigo já adiantamos 15 dos 23 para o parceiro local deles.’
Durante a noite, um dos então dirigentes da empreiteira respondeu ao empreiteiro. ‘Marcelo, já os avisei que só tinha autorização para a primeira parcela (4) e que qualquer liberação posterior precisaria de liberação do dono da caneta. Acho que só deveria voltar ao assunto após a assinatura (próxima semana), concorda? Abs, PM.’
Cinco minutos depois, Marcelo Odebrecht escreveu e citou outro executivo da empresa, Benedicto Júnior, o BJ. “A avaliação é sua, mas depois que falamos notei que vai ficar difícil vc dizer que não sabia da antecipação dos 15 para o daqui. Acho que até o amigo de BJ sabe da onde veio estes recursos. A menos que vc depois diga que eu fiz sem te avisar, mas vai passar pouca credibilidade.’”
Os e-mails, segundo Marcelo Odebrecht, corroboram pagamento com recursos de caixa 2 para a campanha de Haddad. As mensagens são de outubro e novembro de 2012 e não citam o nome petista.

Os presidenciáveis que querem censurar a Imprensa
02.09.18 08:46
A Folha publicou um levantamento da Abraji sobre as propostas dos presidenciáveis em relação à liberdade de imprensa ou expressão.
Entre os candidatos que fazem menção ao tema em seus programas estão Lula/Haddad, Guilherme Boulos, Jair Bolsonaro, Marina Silva e Álvaro Dias.
O plano de governo do PT, por exemplo, defende “regulação da mídia” para “impedir todo e qualquer tipo de censura” e a “dominação de alguns poucos grupos econômicos”.
“Regulação da mídia” é o eufemismo petista para a censura.
O plano de Boulos também defende mecanismos de controle da Imprensa e propõe “impedir o controle de outorgas por deputados e senadores” e diz que atuará contra o “monopólio e o oligopólio da radiodifusão”.
O plano de Bolsonaro se diz contra “qualquer regulação ou controle social da mídia” e a favor da “liberdade de opinião, informação, imprensa, internet, política e religiosa”.
Os outros candidatos que tratam da liberdade de imprensa não falam em regulação.

Planilha de delator cita Marun, Jovair e Telmário
02.09.18 08:15
Renato Araújo Júnior, ex-secretário de Relações do Trabalho, entregou em sua delação uma planilha com todos os pedidos políticos do Ministério do Trabalho “relacionados a sindicatos”, registra Lauro Jardim.
Carlos Marun, Jovair Arantes e Telmário Mota estão listados entre os políticos que fizeram as demandas.
A planilha pode ser um norte para os próximos passos da Registro Espúrio.

Sem chance para Lula
02.09.18 07:11
Mesmo com a discordância exibida na última sexta-feira pelos três ministros do STF que compõem o TSE, as chances de o Supremo conceder uma liminar favorável ao presidiário Lula são remotas.
Os ministros da Corte, lembra a Folha, já desclassificaram nos bastidores e em público a tal “liminar da ONU” a favor de Lula.

O juramento do poste
02.09.18 06:34
O PT zomba do TSE e, em seu programa de TV, só fala em tirar Lula da cadeia.
Fernando Haddad, em frente à PF, faz um “juramento de lealdade” ao criminoso (não, não é a máfia) e promete “libertar o povo”.
É isso que o poste tem a oferecer: uma anistia ao corrupto e lavador de dinheiro.

Caminhoneiros anunciam nova paralisação depois do feriado
Sábado, 01.09.18 18:55
A UDC (União dos Caminhoneiros do Brasil) divulgou uma nota neste sábado dizendo que fará uma paralisação em todo o País depois do feriado de 7 de setembro.
Os caminhoneiros, registra a Folha, protestam contra o aumento de 13% do preço do diesel e a falta de fiscalização para preço mínimo do frete rodoviário.

Candidatura de Lula já aparece como ‘indeferida’ no site do TSE
01.09.18 17:37
A candidatura de Lula já aparece como “indeferida” no site DivulgaCand, do TSE.
O saite foi atualizado na tarde deste sábado e Fernando Haddad ainda aparece como vice da chapa petista.
Apesar da decisão do TSE que barrou a candidatura do presidiário, o poste de Lula afirmou nesta manhã que a chapa será mantida.

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