TERCEIRA EDIÇÃO DE 08-5-2018

NO O ANTAGONISTA
Os 20 milhões de reais de Haddad
Brasil Terça-feira, 08.05.18 14:57
O plano B do PT está sendo enterrado neste momento.
Como dissemos, Feira e Dona Xepa prestam depoimento sobre os repasses à campanha de Fernando Haddad.
Leia o que os marqueteiros já relataram sobre o caso:
Fernando Haddad, o poste de Lula, elegeu-se em 2012 com 20 milhões de reais em depósitos clandestinos no exterior.
João Santana e sua mulher confirmaram esse fato em novo depoimento à PF.
O departamento de propinas da Odebrecht repassou 15 milhões de reais para a campanha de Fernando Haddad.
Os outros 5 milhões de reais foram pagos por Eike Batista, a pedido de Lula.

Segunda Turma recebe denúncia contra Dudu da Fonte
Brasil 08.05.18 14:43
Por maioria, a Segunda Turma recebeu a denúncia contra o deputado federal Dudu da Fonte por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O parlamentar do PP, que recentemente foi alvo da PF por obstrução à Justiça, é investigado no inquérito 4118 por receber propina da UTC nos contratos da Repar.

STF não vai julgar este ano a prisão em segunda instância
Brasil 08.05.18 14:15
O STF não vai julgar este ano nenhuma das ações sobre a prisão dos condenados em segunda instância.
Foi o que disse à Reuters uma fonte do STF com conhecimento direto do assunto.
O Antagonista já havia publicado que Dias Toffoli, futuro presidente do Supremo, recusava-se a pautar a questão.
Só um indulto poderá tirar Lula da cadeia.

Inquérito sobre Aécio vai para a primeira instância
Brasil 08.05.18 14:15
Alexandre de Moraes baixou à primeira instância seis inquéritos – entre eles, um sobre Aécio Neves – e uma ação penal contra parlamentares, informa Daniela Lima, do Painel da Folha.
O inquérito remetido por Moraes à Justiça mineira é baseado nas delações da Odebrecht e apura se o senador tucano participou da montagem do cartel que teria fraudado licitações para construir a Cidade Administrativa do governo de Minas.

Messer teve ajuda de ex-ministra do STF paraguaio ligada a Cartes
Brasil 08.05.18 14:11
O jornal paraguaio ABC Color publica que o doleiro Dario Messer, “hermano del alma” do presidente Horacio Cartes, teve uma ajudinha na hora de obter a cidadania paraguaia.
Foragido da Justiça brasileira, Messer foi naturalizado paraguaio em 25 de abril do ano passado. Oito ministros da Suprema Corte acolheram o pedido, entre eles Alícia Pucheta, que renunciou ao cargo dias atrás para assumir como vice-presidente do país.






Argentina pede socorro ao FMI
Mundo 08.05.18 14:09
Mauricio Macri jogou a toalha.
Em um vídeo de três minutos, o presidente da Argentina anunciou que vai pedir ajuda ao FMI para tirar o país da crise.
É a primeira vez em mais de dez anos, desde que pagou a dívida com o Fundo e renegociou com a maior parte dos credores, que o país recorre à instituição financeira.

'DÉJÀ VU' APURA PARTE DE PROPINA DA ODEBRECHT A TEMER
Brasil 08.05.18 11:16
Embora investigue apenas alvos sem foro privilegiado, a 'Operação Déjà Vu' trata do pagamento da propina de US$ 40 milhões negociada pela Odebrecht com Michel Temer em 2010.
Em seu acordo de cooperação, Márcio Faria, ex-presidente da Odebrecht Engenharia, deu detalhes do encontro com Michel Temer em que negociou o pagamento de propina do contrato PAC-SMS, que envolvia certificados de segurança, saúde e meio ambiente em nove países onde a Petrobras atua.
Na reunião, estavam presentes os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves. A Odebrecht entregou extratos com os repasses feitos entre 2010 e 2011, totalizando US$ 54 milhões.
O PMDB teria ficado com 4% e o PT, 1%. A Lava Jato recebeu da PGR a parte da investigação referente aos alvos sem foro privilegiado.
Raquel Dodge precisa explicar o que houve com a parte referente a Temer.

Tacla Durán e o doleiro chinês
Brasil 08.05.18 10:59
A 'Operação Déjà Vu' descobriu que parte do dinheiro desviado do contrato da Odebrecht com a Petrobras foi parar nas contas de Tacla Durán.
O advogado-doleiro que atacou Sérgio Moro repassou a grana para outro doleiro, um chinês, que remeteu o montante ao operador Angelo Lauria, que atuava para o PMDB.

Mais de R$ 2,8 bilhões bloqueados na Suíça
Brasil 08.05.18 10:54
A 'Operação Déjà Vu' contou com a colaboração das autoridade suíças, pois parte do dinheiro desviado do contrato da Petrobras com a Odebrecht foi parar em contas naquele país.
Essa propina a agentes do PMDB é parte dos R$ 2,8 bilhões que estão bloqueados em contas na Suíça.

'Déjà Vu' pega dois operadores conhecidos do PMDB
Brasil 08.05.18 10:30
Roberson Pozzobon informa que os operadores do PMDB pegos na investigação da 'Operação Déjà Vu' são o lobista João Augusto Henriques e seu motorista Angelo Lauria.
O diretor da Petrobras envolvido é Jorge Zelada.

NO BLOG DO JOSIAS
Joaquim Barbosa é o presidente mais surpreendente que o Brasil jamais terá
Por Josias de Souza
Terça-feira, 08/05/2018 12:40
Joaquim Barbosa não dispunha de experiência política. Não tinha vivência partidária. Nunca havia participado de nenhum governo. Com esse perfil, amealhou no último Datafolha até 10% das intenções de voto. Foi como se desse um salto triplo sem sair da cadeira. Candidato, Barbosa seria a melhor opção para o Brasil que fez o asfalto roncar e deu voz às panelas. Fora do jogo, tornou-se um alívio para a oligarquia que oferece ao eleitorado em 2018 mais do mesmo.
O que fazia de Barbosa um presidenciável viável era justamente a improbabilidade. No inconsciente do eleitor, sua inexperiência política o distanciava do profissionalismo à moda da trinca Temer-Moreira-Padilha. Sua inapetência para a vida partidária era um indicativo de que ele se manteria longe dos conciliábulos com personagens como Jucás e Valdemares, Sarneys e outros azeres. O fato de jamais ter integrado governos dava à sua eventual Presidência o frescor do novo.
Eleito, Barbosa poderia se converter num desastre. Seu pavio de fácil combustão tanto serve para brigas como as que travou no plenário do Supremo com Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, quanto para os xingamentos que dirigiu a um repórter que tentou entrevistá-lo na porta do elevador. Não seria improvável que, num dia em que a coluna lhe doesse, um hipotético presidente Joaquim Barbosa colocasse porta afora do gabinete presidencial uma autoridade estrangeira ou um líder político, provocando uma indesejável crise internacional ou política.
Barbosa talvez não concluísse o mandato. Num país em que um presidente já renunciou (Jânio) e dois foram mandados de volta para casa mais cedo (Collor e Dilma), não seria uma surpresa se um presidente tão improvável explodisse ou fosse implodido.
Alçado ao Planalto, Barbosa seria uma resposta do eleitorado à falência da política — com todas as consequências do gesto, os prós e os contras. Como ministro do Supremo, o personagem relatou o julgamento do Mensalão, precursor da Lava Jato. Ex-eleitor de Lula, Barbosa iniciou a ruína do PT. Sintomaticamente, subiu nas pesquisas num instante em que Lula, poupado no primeiro escândalo, desceu às profundezas como o preso mais ilustre do Petrolão.
O jogo perdeu sua peça mais perturbadora. Com sua desistência, Joaquim Barbosa entra para a crônica da sucessão de 2018 como o presidente mais surpreendente que o Brasil jamais terá.

Aproximação de Alckmin com Temer é bombardeada dentro do próprio PSDB
Por Josias de Souza
08/05/2018 03:57
O presidenciável tucano Geraldo Alckmin confirmou a correligionários que telefonou para Michel Temer na semana passada. Disse que deve se encontrar com o presidente nos próximos dias. A aproximação gerou duras críticas dentro do próprio PSDB. Até mesmo tucanos próximos a Alckmin classificam o movimento como equivocado. Receia-se que o candidato, já às voltas com dificuldades para se firmar na campanha, seja contaminado pela impopularidade radioativa de Temer. Sete em cada dez brasileiros desaprovam o presidente, segundo o Datafolha.
As relações entre Alckmin e Temer viviam uma fase glacial havia mais de seis meses. O presidente não se conformava com o fato de a bancada federal do PSDB de São Paulo ter votado majoritariamente a favor das duas denúncias da Procuradoria da República contra ele, no ano passado. Em contraposição, os apoiadores de Alckmin enxergavam o distanciamento em relação a Temer como um “ativo eleitoral”, algo a ser trombeteado na campanha. O plano ficará comprometido se a fase do degelo resultar num acordo formal do PSDB com o (P)MDB.
O aceno de Alckmin em direção a Temer foi precedido de uma visita de Fernando Henrique Cardoso à casa do presidente, em São Paulo, no feriado de 1º de Maio. O grão-mestre do tucanato ouviu do anfitrião uma vigorosa defesa da unificação dos partidos ditos de centro em torno de uma única candidatura presidencial. Até então, Alckmin não cogitava atrair o MDB para sua coligação, à qual se juntaram apenas o PPS, o PSD e o PTB. Estimulado por FHC, o candidato tucano optou por abrir diálogo com Temer. Diz aos críticos que não há, por ora, vestígio de acerto.
Integrantes da ala do PSDB que faz a apologia da candidatura de Alckmin enxergam na mudança de estratégia um quê de desespero. Atribuem o ajuste ensaiado por Alckmin ao avanço de Marina Silva (Rede), Joaquim Barbosa (PSB) e Jair Bolsonaro (PSL) sobre o eleitorado de São Paulo. Estacionado abaixo dos dois dígitos nas pesquisas, Alckmin estaria apostando suas fichas na propaganda eleitoral no rádio e na TV. Uma aliança com o MDB aumentaria sua vitrine eletrônica.
Embora não desprezem a importância da propaganda, os aliados do candidato temem que o preço a pagar seja alto demais. Um deputado tucano disse: 'Vamos passar a campanha arrastando o governo Temer como uma bola de ferro.' Um senador declarou: 'Já vi muito político acompanhar governante impopular até a beirada da cova. Mas ainda não tinha visto um candidato que se dispusesse a pular no buraco.'
O pedaço do tucanato que torce o nariz atribui o interesse de Temer à sua precariedade penal. Nessa versão, o presidente estaria empenhado em unificar o centro apenas porque sua candidatura à reeleição derreteu e ele precisa de aliados no poder capazes de suavizar seu encontro com a Justiça, a partir de 1º de janeiro de 2019. Imagina-se que Temer e seu séquito de auxiliares encrencados estejam sofrendo uma recidiva da alucinação que leva poderosos impotentes a imaginar que ainda é possível estancar, de cima para baixo, a sangria da Lava Jato. Até aqui, todo mundo que fez essa aposta perdeu.



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