PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-5-2018

NO BR18
Domingo, 27.05.2018 | 08h22
SP tem redução de obstruções em estradas
O primeiro relatório deste domingo da Artesp, a agência de transporte de São Paulo, aponta paulatina redução dos pontos de bloqueio no Estado. Eram 40 às 19h de sábado, às 22h passaram a 35, às 3h deste domingo eram 31 e, agora, são 28.
O Governo recebem monitoramento hora a hora das estradas. A avaliação política do Palácio dos Bandeirantes é que o Governador Márcio França se saiu bem ao anunciar a disposição de rever o ICMS que incide sobre o diesel e que a crise, ao menos esta dos caminhoneiros, deve ser debelada nos próximos dias. / V.M.

27.05.2018 | 08h37
Perdas de mais de R$ 10 bi em 5 dias
As perdas com a paralisação do escoamento da produção de vários setores da economia nos cinco primeiros dias da greve dos caminhoneiros superam os R$ 10 bilhões.
O número foi calculado pela Folha a partir da estimativa de entidades representativas de diversos setores. O valor é o dobro do que o Governo vai gastar para compensar a Petrobras pelo subsídio ao preço do diesel.

27.05.2018 | 08h05
Ensaio sobre a cegueira
O ódio ao governo Michel Temer uniu a esquerda e a direta no apoio à greve dos caminhoneiros. Diante das cenas de caos nos últimos dias, tracei na minha coluna no Estadão neste domingo um paralelo entre a situação do País e a descrita por José Saramago no livro Ensaio sobre a Cegueira.
“Como na escalada da irracionalidade construída por Saramago à medida que avançava o desespero dos cegos com sua nova condição, pessoas que estão sendo coagidas por grevistas movidos por interesses sectários defendem a greve como se fosse uma reação à corrupção, aos privilégios dos políticos, aos altos salários do Judiciário e aos impostos abusivos.” / V.M.

27.05.2018 | 07h00
A Opinião do Estadão: Informação clara ao eleitor
“Não há escapatória: o próximo Presidente da República terá de enfrentar batalhas muito difíceis para reduzir o desequilíbrio fiscal. No entanto, tem sido comum ouvir pré-candidato criticar até mesmo os passos já dados nesse complicado itinerário de redução de despesas. É o caso da Emenda Constitucional (EC) 95/2016 que impede por um período de 20 anos o Governo Federal de realizar despesas acima da inflação do ano anterior”, diz trecho do editorial do Estadão neste domingo, 27.

Sábado, 26.05.2018 | 19h13
Lula pode virar assombração
O documentarista João Moreira Salles afirmou que a prisão de Lula vai deixar uma espécie de “fantasma” para os futuros presidentes. “Seja qual for o resultado das eleições de 2018, ficará sempre o fantasma de que Lula não poderá disputá-las e, portanto, não poderá ser eleito nem derrotado pelos votos.”, disse ao El País.
O diretor de Entreatos acha “que a questão da culpabilidade de Lula é uma questão à parte. Há elementos que podem ser discutidos, mas não se pode dizer que não existem”. Para ele, o atual contexto político está propício para a eleição de um “caudilho”.

NO BLOG DO JOSIAS
Barroso critica libertação de corruptos ‘a granel’
Por Josias de Souza
Domingo, 27/05/2018 04:31
O Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse que os corruptos tornaram-se “uma minoria muito bem protegida no Brasil.” A despeito de desviarem milhões e manterem contas no exterior, essas pessoas “são libertadas a granel”, declarou Barroso neste sábado, num congresso de magistrados, em Maceió. Embora não tenha mencionado nomes, Barroso soou como se criticasse o colega Gilmar Mendes. Adepto da política de celas vazias, Gilmar mandou soltar dez presos envolvidos em casos de corrupção apenas neste mês de maio.
Falando para uma plateia de juízes, Barroso empilhou decisões do Supremo que favoreceram minorias e grupos vulneráveis. Citou a validação da Lei Maria da Penha, a interrupção da gravidez em casos de fetos anencefálicos, o direito ao aborto no primeiro trimestre da gravidez, o reconhecimento da união homoafetiva e as cotas para negros e deficientes em universidades. De repente, o Ministro engatou na sua lista a minoria dos corruptos, insinuando que ela também é beneficiária da suprema proteção.
“Existe uma minoria muito bem protegida no Brasil, atualmente: são os corruptos. Pessoas que desviaram milhões e mantêm suas contas no exterior e são libertadas a granel”, disse Barroso (...) São “liberações que expõem e desprestigiam os juízes de Primeiro Grau, que enfrentam essa cultura de desigualdade que sempre protegeu os mais riscos, essa cultura de compadrio. E as pessoas que ousam corajosamente romper com esse círculo vicioso da História brasileira são frequentemente desautorizadas, quando não humilhadas, por decisões judiciais de tribunais mais elevados.”
Barroso solidarizou-se com os juízes que prendem os corruptos libertados posteriormente por decisões superiores. “Sou solidário com quem se dispõe a fazer esse trabalho. Ele é difícil, tem um custo pessoal alto, mas a História está do nosso lado. Há uma velha ordem sendo transformada. Essa é a minha convicção. Os aliados da corrupção no Brasil fazem um discurso libertário, quando na verdade é uma leniência com uma velha ordem e uma cultura de desvio de dinheiro público.”
As palavras de Barroso chegam nos últimos dias de um mês em que seu desafeto Gilmar Mendes frequentou o noticiário como uma espécie de libertador-geral da República. Soltou uma dezena de presos. Enviou ao meio-fio, por exemplo, Hudson Braga, secretário de Obras do multicondenado Sérgio Cabral, ex-Governador do Rio. Soltou também Carlos Miranda, principal operador de Cabral.
Gilmar mandou para casa Milton Lyra. Vem a ser um lobista ligado a caciques do MDB do Senado — todos investigados em inquérito sobre desvios no Postalis, o fundo de pensão dos Correios. Na sequência, Gilmar estendeu o habeas corpus a outros quatro presos enrolados no mesmo caso: Marcelo Sereno, ex-Secretário Nacional de Comunicação do PT; Adeilson Ribeiro Telles, do Postalis; Carlos Alberto Valadares Pereira, do Serpro; e Ricardo Siqueira Rodrigues, operador financeiro.
Outro beneficiário de um alvará de soltura expedido por Gilmar foi Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Trata-se de um suspeito de intermediar o recebimento de propinas destinadas a políticos do PSDB de São Paulo. De resto, o ministro mandou abrir as celas do empresário Sandro Alex Lahmann e do delegado Marcelo Luiz Santos Martins, ambos enrolados em inquérito que apura irregularidades no sistema prisional do Rio de Janeiro.
A rivalidade entre Barroso e Gilmar costuma eletrificar as sessões do Supremo. Eles integram Turmas diferentes. Barroso tem assento na Primeira Turma. Mais rigoroso no julgamento de pedidos de habeas corpus, esse colegiado foi apelidado de “Câmara de Gás”. Gilmar compõe a Segunda Turma, cuja generosidade no deferimento de pedidos de liberdade inspirou a denominação de “Jardim do Éden.” A divergência entre os dois magistrados aflora no plenário da Suprema Corte.
Num dos embates que travaram em plenário, no dia 26 de outubro de 2017, Barroso e Gilmar escancararam as visões distintas que cultivam sobre a prisão de integrantes da minoria dos corruptos. Estava em julgamento uma ação sobre a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará. Ao votar, Gilmar criticou a forma como o Rio de Janeiro, Estado de origem de Barroso, aplicava dinheiro de terceiros depositado na Justiça para pagar dívidas discutidas em processos pendentes de julgamento.
Abespinhado com a menção ao Rio, Barroso mencionou o Mato Grosso, Estado de Gilmar, “onde está todo mundo preso''. Gilmar indagou: “E no Rio não estão?” Barroso emendou: “Nós prendemos, tem gente que solta.” (...). A certa altura, irritado, Barroso foi à canela de Gilmar: “Não transfira para mim essa parceria que vossa excelência tem com a leniência em relação à criminalidade de colarinho branco.”
Noutro ponto, Gilmar respondeu: “Quanto ao meu compromisso com o crime de colarinho branco, eu tenho compromisso com os direitos fundamentais. Fui o Presidente do STF que foi, inicialmente, quem liderou todo o mutirão carcerário. São 22 mil presos libertados e era gente que não tinha sequer advogado. Não sou advogado de bandidos internacionais.”
E Barroso: “Vossa excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é Estado do Direito, é Estado de compadrio. Juiz não pode ter correligionário.” No discurso deste sábado, Barroso disse coisas muito parecidas, com outras palavras: “Os aliados da corrupção no Brasil fazem um discurso libertário, quando na verdade é uma leniência com uma velha ordem e uma cultura de desvio de dinheiro público.” Além de Barroso, participaram do encontro de juízes em Maceió outros três ministros do Supremo: a Presidente Cármen Lúcia, o Vice-Presidente Dias Toffoli e Marco Aurélio Mello.

NO O ANTAGONISTA
“O embrião de uma rebelião tributária”
Brasil Domingo, 27.05.18 08:13
Eduardo Gianetti disse à Folha de S. Paulo que o motim dos caminhoneiros pode desencadear uma revolta fiscal:
“O risco é que outros setores percebendo a fragilidade do Governo fiquem animados a tentar chantageá-lo também. Eu acho que os setores organizados da sociedade sentiram o gosto de sangue, porque perceberam a vulnerabilidade deste final de Governo Temer (…).
Esta revolta dos caminhoneiros é o embrião de uma rebelião tributária.”
A reportagem perguntou-lhe o que é uma rebelião tributária.
Ele respondeu:
“É uma insubordinação que começa quando a população não aceita mais a legitimidade do governo para tributá-la. A revolução americana começou com o lema No taxation without representantion.”

Petroleiros convocam greve
Brasil 27.05.18 09:41
A Federação Única dos Petroleiros e sindicatos do setor divulgaram uma nota dizendo que entrarão em greve de 72 horas no dia 30 de maio.
A categoria pede a redução dos preços de gás de cozinha e dos combustíveis e a saída de Pedro Parente da Presidência da Petrobras. E diz ser contra a privatização da empresa.
Neste domingo, os petroleiros farão atrasos e cortes de rendição em Abreu e Lima, Repar, Refap, Araucária Nitrogenados, Rlam e Fafen Bahia.

A condenação de Meurer
Brasil 27.05.18 07:35
A conversa no STF é que o Deputado Nelson Meurer, o primeiro político pego na Lava Jato na Corte, será condenado pela Segunda Turma por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, publica a Coluna do Estadão.
Edson Fachin e Celso de Mello votaram pela condenação. Faltam votar Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

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