PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-4-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 18 DE ABRIL DE 2018
O presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, tem sido pressionado a promover a expulsão do senador Aécio Neves (MG) do partido, como forma de reduzir os danos causados às candidaturas tucanas em outubro, principalmente a presidencial, após a decisão unânime da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), tornando o político mineiro réu por corrupção passiva e também obstrução à Justiça.

Alckmin até gostaria de ver Aécio pelas costas, nunca foram grandes amigos, mas o político paulista é avesso a atitudes incisivas.

A História política recente registra vários casos de políticos expulsos dos respectivos partidos por fatos semelhantes ou até menos graves.

Quando presidia o PSDB, em 2006, Tasso Jereissati não hesitou em expulsar três deputados tucanos citados na CPI dos Sanguessugas.

Em 2012, o DEM tomou a decisão em poucos dias de expulsar o então senador Demóstenes Torres (GO), acusado na Operação Monte Carlo.

A decisão da Polícia Federal de investigar o crime de invasão do edifício Solaris, onde fica a cobertura tríplex que o ex-presidente Lula recebeu de propina da empreiteira OAS, representa uma mudança animadora de atitude de órgãos de segurança em relação a ações violentas desse tipo. Em Brasília, são frequentes as invasões de prédios públicos, seguidas de depredação, sem qualquer punição.

Em diversas manifestações, delinquentes tentaram incendiar e destruir sedes de ministérios, incluindo móveis e equipamentos, impunemente.

Casos de esbulho possessório seguido de depredação, como no tríplex de Lula, são consideradas resolvidos após os vândalos irem embora.

Raros detidos são liberados após “termo circunstanciado”, prometendo comparecer em juízo se intimados, como se pudessem não fazê-lo.

A decisão por 5x0 dos ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) réu, é prenúncio devastador do julgamento que vem por aí.

Os senadores que visitaram um único criminoso comum em Curitiba poderiam dar uma olhada no presídio de Belém, cujos detentos amotinados não têm banho quente e nem TV na sala. Ops, na cela.

Nota do sindicato de servidores do Itamaraty diz que “foguete atingiu a embaixada do Brasil em Damasco”, capital síria. Não é verdade. Atingiu prédio próximo. Escombros danificaram dois carros da embaixada.

A Segunda Turma do Supremo cancelou a inelegibilidade do goiano Demóstenes Torres (PTB), por 3 votos a 2, autorizando-o a tentar recuperar seu mandato de senador cassado em 2012.

Quem chegou de fora e viu o Maracanã com 50 mil pessoas faltando ao trabalho e à escola para ver treino do Flamengo, concluiu que o Brasil, como a Suécia, já não tem qualquer problema sério a superar.

Como se vivêssemos uma ditadura e não ano de eleições, petistas e seus partidos puxadinhos, que só admitem democracia na vitória, decidiram criar uma “Frente Ampla em Defesa da Democracia”.

A apresentação do parecer sobre o novo Código de Processo Penal foi adiada para esta quarta por não haver deputados suficientes. O projeto libera a prisão de condenado em órgão colegiado (segunda instância).

Em outra lei que será ignorada, os senadores aprovaram projeto, já aprovado na Câmara, obrigando instalação de detectores de metal em estádios com mais de 10 mil lugares e ginásios (5 mil lugares) do País.

...teve senador “vistoriando” a prisão de Lula só para dar uma olhada nos futuros aposentos.

NO DIÁRIO DO PODER
CRIMES NA TRANSPETRO
AÇÃO POLÍTICA E OMISSÃO DE RENAN PERMITIRAM CORRUPÇÃO, DIZ PGR
RAQUEL DODGE REBATE DEFESA DE QUE RENAN NÃO FEZ 'ATO DE OFÍCIO'
Publicado terça-feira, 17 de abril de 2018 às 14:05 - Atualizado às 18:15
Da Redação
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu, nesta segunda-feira (16), que está configurado o ato de ofício que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) alega não haver praticado em contrapartida ao suposto recebimento de R$ 32 milhões em propina. Para Dodge, tal ato de ofício diz respeito à omissão e atuação política de Renan em favor de vários crimes investigados no âmbito da Operação Lava Jato.
A posição de Raquel Dodge foi exposta ao Supremo Tribunal Federal (STF), entre os argumentos para tornar réus os acusados de crimes de corrupção passiva e ativa, e lavagem de dinheiro, entre 2008 e 2012, por meio da estatal Transpetro, que atua na área de logística e transporte da Petrobras.
Ao contestar as defesas do senador alagoano na denúncia que aguarda desde agosto de 2017 pela análise do STF, a PGR rebateu a afirmação de Renan de que “não estava demonstrado categoricamente o ato de ofício praticado em contrapartida ao recebimento da suposta vantagem indevida”.
“O ato de ofício inerente ao crime de corrupção consiste nessa sustentação política ao presidente da Transpetro [Sérgio Machado] e na omissão ao dever parlamentar de fiscalização da administração pública federal, o que viabilizava a prática dos vários crimes de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da empresa estatal”, rebateu Raquel Dodge.
A PGR rechaçou ainda as alegações da maioria dos investigados de que a denúncia se baseia somente em delações. “Os fatos narrados na denúncia amparam-se em provas independentes, obtidas durante a investigação, aptas a confirmar as declarações dos colaboradores. Há, pois, justa causa para deflagrar a ação penal”, garantiu Dodge, na réplica.
O documento também repele a argumentação de diversos envolvidos de que a denúncia seria genérica e inconsistente. “Pela leitura da peça apresentada, é possível compreender com clareza os fatos narrados”, afirma Dodge, ao contestar ainda as defesas dos senadores do MDB, Garibaldi Alves Filho (RN), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO); do ex-presidente da República, José Sarney, bem como dos administradores da NM Engenharia e da NM Serviços, Luiz Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo e do executivo da Odebrecht Ambiental, Fernando Reis.
A ACUSAÇÃO
Em delação premiada, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, relatou o repasse de R$ 100 milhões em propinas para a cúpula do então PMDB (hoje MDB) a diretórios do partido. A propina teria origem na NM Engenharia e na Odebrecht Ambiental (braço do grupo Odebrecht que administra concessões na área de saneamento), com a contrapartida de que essas empresas fossem privilegiadas em contratos com a Transpetro.
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, pivô do esquema investigado, não fez contestações à denúncia da PGR, justificando que o fará durante o interrogatório judicial, além de reafirmar “integralmente as declarações prestadas até o momento e o seu compromisso de cooperar com as investigações em curso”.
O Diário do Poder entrou em contato com a assessoria de imprensa do senador Renan, em Alagoas, e aguarda um posicionamento de sua defesa. (Com informações da PGR)

CORRUPÇÃO NO RIO
SÉRGIO CABRAL É DENUNCIADO PELO MPF NA OPERAÇÃO PÃO NOSSO
EX-GOVERNADOR É ACUSADO DE CORRUPÇÃO, LAVAGEM E ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
Publicado terça-feira, 17 de abril de 2018 às 18:50
Da Redação
A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro ofereceu mais duas denúncias à Justiça Federal contra 26 pessoas, incluindo o ex-governador Sérgio Cabral, por corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) é resultado da Operação Pão Nosso, deflagrada no mês passado, que revelou ramificação da organização criminosa em contratos da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap). Cabral já tem outras 23 acusações do Ministério Público contra ele.
De acordo com os procuradores, “o esquema criminoso instalado na Seap reflete mais um dos inúmeros braços dessa imensa organização criminosa instalada no Estado do Rio de Janeiro, e chefiada pelo então governador Sérgio Cabral”. As investigações apontam que as irregularidades iniciaram no projeto Pão-Escola, cujo objetivo era a ressocialização dos presos. A empresa Induspan foi inicialmente contratada para executar o projeto, mas o contrato foi rescindido porque havia desequilíbrio financeiro, já que o Estado fornecia os insumos necessários para a produção dos pães, enquanto os presos eram responsáveis pela mão de obra com custo baixíssimo para a empresa, que por sua vez fornecia lanches para a Seap a preços acima do valor de mercado.
Nesta denúncia, Cabral responde por corrupção passiva por ter aceitado promessa e recebido pelo menos R$ 1 milhão do então secretário da Seap, coronel reformado da Polícia Militar, César Rubens Monteiro de Carvalho, e do ex-subsecretário Marcos Vinicius Lips. Mesmo com diversas irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o então secretário renovou o fornecimento de refeições para os presídios com a empresa Induspan, de propriedade de Carlos Felipe Paiva, denunciado no esquema. 
Na denúncia, os procuradores indicaram que, após a rescisão do contrato, Paiva criou, por meio de laranjas, a Oscip Iniciativa Primus, que sucedeu a Induspan no fornecimento de lanches em presídios do Rio de Janeiro. No entanto, inspeção do TCE identificou que o esquema prosseguiu, já que a organização utilizava a estrutura do sistema prisional e a mão de obra dos detentos para fornecer alimentação acima dos valores de mercado. Mesmo com a identificação das irregularidades, o ex-secretário autorizou prorrogações de contrato com a Iniciativa Primus. Estima-se que o dano causado à Seap seja de pelo menos R$ 23,4 milhões.
O MPF aponta ainda que a Iniciativa Primus foi usada em uma série de transações de lavagem de dinheiro. Estima-se que, por meio de uma complexa rede de empresas com as quais a Oscip celebrou contratos fictícios de prestação de serviços, Paiva tenha lavado pelo menos R$ 73,5 milhões. Neste braço do esquema, o principal doleiro de Paiva era Sérgio Roberto Pinto da Silva, preso na Operação Farol da Colina. 
Propina para Cabral
Um dos operadores financeiros de Sérgio Cabral revelou, em colaboração premiada, que parte da propina recebida na Seap era repassada ao ex-governador, mas sem a definição de percentual fixo como identificado em outras secretarias já investigadas. Para receber a propina, César Rubens utilizava duas empresas das quais era sócio, a Intermundos Câmbio e Turismo e a Precisão Indústria e Comércio de Mármores. O sócio de César Rubens na Precisão é Marcos Lips, apontado como responsável pela entrega de dinheiro em espécie ao núcleo central da organização criminosa que operava no Estado do Rio de Janeiro na gestão do ex-governador Sérgio Cabral. (ABr)

NÃO VAI TER 'LOTERIA'
TJ DO RN DESISTE DE PAGAR A JUÍZES LICENÇA-PRÊMIO RETROATIVA A 1996
CADA JUIZ RECEBERIA ATÉ R$ 300 MIL POR TER TRABALHADO HÁ 22 ANOS
Publicado terça-feira, 17 de abril de 2018 às 12:34 - Atualizado às 12:36
Da Redação
Um dia depois de a Corregedoria Nacional de Justiça abrir procedimento para investigar o caso, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) recuou, nesta terça-feira (17), da decisão de pagar licenças-prêmio não usufruídas por magistrados. A Corte estadual havia reconhecido, na quinta-feira (12), o direito retroativo ao prêmio a contar a partir do ano de 1996. O valor embolsado poderia chegar a cerca de R$ 300 mil, por juiz que trabalhou há 22 anos.
As regras chegaram a ser fixadas pela Resolução 11/2018. Após a repercussão da notícia, nesta segunda-feira (16), o Tribunal determinou que sejam indeferidos e arquivados todos os pedidos de licença-prêmio ou conversão em dinheiro quando o benefício não foi utilizado no período adequado.
Segundo a Portaria 506/2018, agora publicada pela presidência do TJ-RN, a medida deve valer até o julgamento de um recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, com relatoria do ministro Alexandre de Moraes, que analisa o direito dos juízes à premiação por tempo de serviço ou a indenização por sua não fruição (RE 1.059.466). 
Na última quinta-feira, o TJ-RN concedeu a licença-prêmio por tempo de serviço aos membros do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Norte. A norma afirma que, a cada cinco anos de trabalho ininterruptos, os juízes têm direito a três meses de licença, além das férias, a título de prêmio.
De acordo com a Resolução 11/2018, o marco temporal para requerimento retroativo de licenças não usufruídas seria o de 9 de fevereiro de 1996, quando foi publicada a Lei Complementar Estadual 141.
Os juízes potiguares, caso preferissem, poderiam solicitar o pagamento do prêmio em dinheiro, a serem pagos de uma só vez. Além disso, a medida também havia possibilitado o pagamento da licença-prêmio aos aposentados ou familiares de magistrados que já morreram.
O presidente da Corte, Expedito Ferreira de Souza, afirmou nesta segunda que as regras mudaram. “O Tribunal de Justiça do Rio do Norte editou a Portaria 84/2018, de 26 de janeiro deste ano, que estabelece a contenção de gastos no Poder Judiciário potiguar. Neste momento, não está em pauta a possibilidade dessa conversão”, declarou em nota. (Com informações do Conjur)

TERRORISTA ITALIANO
CESARE BATTISTI VIRA RÉU POR FALSIDADE IDEOLÓGICA E PERDE PASSAPORTE
MEDIDAS CAUTELARES FORAM DETERMINADAS CONTRA O ITALIANO E A ESPOSA
Publicado terça-feira, 17 de abril de 2018 às 12:32
Da Redação
O terrorista italiano Cesare Battisti, exilado no Brasil, virou réu por falsidade ideológica e teve de entregar seu passaporte às autoridades. O ex-ativista de esquerda e sua esposa ainda terão de obedecer a medidas cautelares. 
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o italiano fez inserir em documento público uma declaração falsa, com o objetivo de alterar documentos judiciais. A denúncia refere-se a informações declaradas em cartório na ocasião do casamento dele com uma brasileira, em junho de 2015, em Cananéia, no litoral paulista.
O promotor Olavo Evangelista Pezzotti apurou que o italiano mentiu à Justiça brasileira ao informar que morava em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo, enquanto residia em Cananéia. Para a Promotoria, a esposa dele também mentiu, pois disse que morava em Belford Roxo, no Rio de Janeiro.
A Justiça determinou, ainda, que o casal não circule pelas ruas após às 22h, e permaneça somente em casa. Proibiu, também, que ambos frequentem casas noturnas ou boates, e obriga os dois a comparecerem todo dia 10 de cada mês, a partir de maio, ao Fórum da Comarca de Cananéia, para informarem e justificarem as atividades no País.
Os réus, ainda conforme decisão, estão proibidos de sair de Cananéia. Qualquer movimentação pelas cidades da região deve ser informada previamente à Justiça. A Polícia Federal foi informada sobre a decisão de recolher o passaporte do italiano. Em caso de desobediência às medidas, ele poderá ser preso.
Na decisão, o magistrado lembra que Battisti também está sendo processado perante a Justiça Federal por evasão de divisas. Em outubro de 2017, ele foi preso em flagrante tentando sair do Brasil com U$ 6 mil e € 1.300, sem a declaração obrigatória, e acabou detido por policiais na fronteira com a Bolívia.
Por meio de nota, a defesa do italiano informou que está tomando as providências cabíveis em relação à acusação.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Stédile precisa reprisar no campo o que Boulos fez na praia
Depois da invasão do triplex pelo MTST, os sem-terras precisam acampar no sítio de Lula que não é de Lula em Atibaia
Por Augusto Nunes
Terça-feira, 17 abr 2018, 21h04
O manual do cinismo inclui uma recomendação bastante útil aos generais de cordão carnavalesco: quando a derrota é iminente, o melhor a fazer é proclamar-se vitorioso e bater em retirada. Foi o que fez nesta segunda-feira, por exemplo, Guilherme Boulos, comandante da invasão do triplex do Guarujá.
A batalha na praia virou piada no momento em que Boulos, assustado com o ultimato da Polícia, deu o fora do prédio. Descambou para o terreno da galhofa quando o guerreiro sem teto enxergou na capitulação a prova definitiva de que o triplex não é de Lula. Caso fosse o dono, explicou, o corrupto engaiolado em Curitiba teria pedido a reintegração de posse do imóvel.
Se é assim, o chefão do MST, João Pedro Stédile, está obrigado a repetir no campo a fórmula inaugurada na praia. Lula vai fazer de conta que o sítio em Atibaia não lhe pertence. Fernando Bittar, o proprietário oficial que nunca deu as caras por lá, continuará distante da zona de perigo.
Como o punhado de alqueires vai parecer terra de ninguém, a reforma agrária sonhada por Stédile pode começar por Atibaia. Antes disso, contudo, os camponeses de araque precisam aprender pelo menos os nomes dos instrumentos de trabalho. Por enquanto, só sabem o que são foices e martelos.
São aquelas coisas desenhadas nas bandeiras que os condutores do rebanho hasteiam em dia de comício.

NO BLOG DO JOSIAS
Aécio fugiu de Fachin e caiu na ‘Câmara de Gás’
Por Josias de Souza
Terça-feira, 17/04/2018 23:48
Se Deus tiver de aparecer para um parlamentar em conflito com a moralidade, Ele não se atreverá a surgir de outra forma que não seja na de um processo com tramitação na Segunda Turma, o Jardim do Éden do Supremo. Aécio Neves estava no Paraíso. Quis dar uma de esperto. E despencou na Primeira Turma, a Câmara de Gás da Suprema Corte. Convertido em réu pela primeira vez, Aécio experimenta uma sensação de asfixia com a qual não estava acostumado.
Aécio pediu e recebeu de Joesley Batista, da JBS, R$ 2 milhões em verbas de má origem. Seu processo subiu para o Éden. Foi à mesa de Edson Fachin, um ministro que serve aos encrencados o pão que o Tinhoso amassou. Assustado, Aécio autorizou seus advogados a requisitarem a troca do relator do seu processo. Mas a esperteza saiu pela culatra.
Para fugir de Edson Fachin, o rigoroso relator do Petrolão, Aécio alegou que o processo sobre o capilé da JBS não tinha relação com a Lava Jato. Por sorteio, o processo foi à mesa de Marco Aurélio, ministro da outra Turma. Aécio e seus advogados não levaram em conta que Fachin é minoritário na Segunda Turma. Ali, não estava descartada a hipótese de que o senador fosse brindado com um arquivamento da denúncia por 3 votos a 2.
Na Primeira Turma, amargou derrotas de 5 a 0 na acusação corrupção passiva e 4 a 1 na de obstrução da Justiça. O novo réu não pode se queixar da má sorte. Aécio escolheu seu próprio caminho para a Câmara de Gás. É a sorte ajudando o Brasil.

Em sua maior crise, o PSDB derrete com Aécio
Por Josias de Souza
17/04/2018 18:21
O PSDB vive uma crise. É a pior crise da história da legenda. A conversão de Aécio Neves em réu aprofunda a encrenca. Mas não é sua única causa. Em termos monetários há coisa até pior. Afora o que está por vir em outros oito processos, Aécio é acusado de extorquir R$ 2 milhões da JBS. Menos do que os R$ 10 milhões que a Odebrecht diz ter borrifado na caixa das campanhas de Geraldo Alckmin. Muito menos do que os R$ 23 milhões que a empreiteira de Emílio e Marcelo Odebrecht sustenta ter despejado nas arcas eleitorais de José Serra.
Com tudo isso e algo mais, o tucanato perdeu a aura de diferente. Ficou muito parecido com o PMDB, a legenda gelatinosa da qual Franco Montoro, Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso bateram em retirada no ano de 1988 para fundar um partido limpo e arejado. Hoje, o que está estampado na vitrine do PSDB é algo que em linguagem aeronáutica seria chamado de cansaço de materiais. Nada que é associado ao ninho decola.
O que há de mais saudável no Brasil dos dias que correm é que pela primeira vez desde a chegada das caravelas o Estado investiga e pune a oligarquia político-empresarial. Diante dessa novidade, o PSDB decidiu ficar do lado do atraso. Fez isso ao proteger seus encrencados. A prisão de Lula elevou o patamar de exigência da sociedade, empurrando o Judiciário para novas fronteiras. A invulnerabilidade do tucanato tornou-se um escárnio. E o envio de Aécio para o banco dos réus é pouco para saciar a fome de limpeza que está no ar.
Enquanto as punições judiciais não chegam, o eleitor emite os primeiros sinais de intolerância. Aécio tem enorme dificuldade para colocar em pé uma candidatura à reeleição para o Senado. A nova condição de réu deve condená-lo a ser candidato a deputado federal. Quanto a Geraldo Alckmin, o presidenciável do PSDB, os humores detectados pelo Datafolha indicam que o eleitorado resiste em retirá-lo da frigideira onde ardem os sub-Bolsonaros, candidatos com índices de intenção de voto abaixo dos dois dígitos.

NO O ANTAGONISTA
O circo de Lula tem de ser desmontado
Brasil Quarta-feira,18.04.18 06:39
O circo de Lula tem de ser afastado do centro de Curitiba.
Depois que militantes do MST foram agredidos por torcedores do Império Alviverde, o presidente do PT paranaense, Dr. Rosinha, disse que as “pessoas que passam pelo acampamento ameaçam e xingam os manifestantes”.
O PT tem todo o direito de protestar, mas a cidade não pode ficar refém do presidiário.

Militantes do MST agredidos em Curitiba
Brasil 18.04.18 06:14
Militantes do MST foram agredidos ontem à noite perto do acampamento de Lula.
Segundo o PT, eles apanharam com barras de ferro de torcedores do time do Coritiba, do Império Alviverde.
Segundo o Valor, o ataque “pode não ter sido motivado por desavenças políticas. O maior rival do Coritiba, o Atlético Paranaense, usa vermelho no uniforme, cor que também identifica os partidários de Lula.”

O peso das palavras
Brasil 18.04.18 06:24
As leituras de Lula na cadeia renderam notas em jornais e intenso deboche nas redes sociais.
A Folha de S. Paulo finalmente esclareceu o mistério:
“Lula disse aos senadores que o visitaram na prisão em Curitiba que fez musculação usando seus livros”.

Aécio e o carinho da torcida nas redes sociais
Brasil Terça-feira, 17.04.18 21:18
Aécio Neves, agora réu por corrupção passiva e obstrução à Justiça no STF, não recebeu apoio nas redes sociais, segundo levantamento encomendado pelo jornal Valor.
Em sua grande maioria, as manifestações na internet comemoraram a aceitação da denúncia contra o tucano –às 19h, Aécio ocupava o quinto lugar entre os assuntos mais discutidos no Twitter em todo o mundo.
Estima-se que o apoio ao senador nas redes tenha sido inferior a 1%.

Morre Barbara Bush, ex-primeira-dama dos EUA
Mundo 17.04.18 20:50
Barbara Bush, mulher de um ex-presidente dos EUA (George Bush pai) e mãe de outro (George W. Bush), morreu hoje aos 92 anos, informa a imprensa americana.
Após uma série de internações, Barbara estava com a saúde frágil. No domingo, um porta-voz da família Bush já anunciara que ela desistira de continuar com o tratamento médico.
A ex-primeira-dama deixa marido, 01 irmão, 05 filhos, 17 netos e 07 bisnetos.

Lulistas vão para a frente da Globo reclamar da ‘mídia má
Brasil 17.04.18 20:45
Cerca de 300 pessoas foram hoje até a sede da Rede Globo, na zona sul de São Paulo, culpar o “golpe político-midiático” pela “prisão política” de Lula.
No ato, organizado pela turminha de Guilherme Boulos, os manifestantes fecharam as duas faixas da direita da marginal Pinheiros e cultuaram a personalidade do presidiário de Curitiba (“Lula não se prende, Lula é a gente”).
Segundo a Folha, uma das manifestantes transmitiu o protesto no Facebook, com narração em inglês para os “amigos de fora”. Ela queria mostrar como a Polícia dava uma hora para depois “unleash hell” (tocar o terror).
Outro quis empurrar um dos portões de acesso à Globo para invadir o prédio, mas foi desestimulado pelos líderes do protesto.
A Polícia não tocou o terror, e o ato terminou às 19h30, com a multidão de 300 se dispersando.

Dodge pede fim de inquérito das algemas aberto por Gilmar
Brasil 17.04.18 20:25
Raquel Dodge pediu hoje ao STF que arquive o inquérito aberto por Gilmar Mendes para investigar supostas irregularidades na transferência de Sérgio Cabral da cadeia no Rio para o Paraná.
Segundo a manifestação de Dodge, além de ser atribuição do MP pedir a abertura de investigações, o ato de Gilmar violou o princípio do juiz natural – porque ele abriu o inquérito para si mesmo –, e não é competência do STF investigar pessoas sem foro (como os agentes da PF que algemaram Cabral nas mãos e nos pés).
As razões do pedido da procuradora-geral da República são basicamente as mesmas que O Antagonista apontou no post “Juízo de exceção”, na última sexta-feira, 13.
Clique no link abaixo para ler a íntegra da manifestação da PGR.

Acampamento lulista é desmontado
Brasil 17.04.18 20:16
Apesar das bravatas de Lindbergh Farias e Gleisi Hoffmann, o acampamento dos fiéis de Lula na frente da sede da PF em Curitiba foi desmontado no início da noite de hoje, informa o G1.
Os acampados, porém, vão se instalar num terreno vazio de 1.600 metros quadrados a 800 metros de distância dali. Segundo o PT, o terreno foi alugado por 30 dias.

PALOCCI FALA
Brasil 17.04.18 19:55
O Antagonista apurou que Antonio Palocci não estava na carceragem da Polícia Federal durante a visita dos senadores.
O italiano passou a tarde em audiência sigilosa sobre as negociações de seu acordo de colaboração.
Fala, Palocci!

A surpreendente decisão de liberar Demóstenes para se candidatar
Brasil 17.04.18 19:51
Índio da Costa, relator da Lei da Ficha Limpa, disse a O Antagonista que a decisão da Segunda Turma do STF de afastar a inelegibilidade de Demóstenes Torres surpreende.
“Desconheço fundamentos jurídicos para essa decisão. O Brasil não aguenta mais impunidade.”

SEGURANÇA DE LULA ROUBADO FOI O MESMO QUE COMPROU PEDALINHO
Brasil 17.04.18 19:35
O Antagonista descobriu que o assessor de Lula assaltado nesta madrugada, em Curitiba, é o militar Edson Antônio Moura Pinto, subtenente do Exército cedido ao GSI para fazer a segurança do ex-presidente.
Moura Pinto, como revelamos anos atrás, foi o responsável por comprar os pedalinhos de cisne para o sítio de Atibaia, a pedido de Marisa Letícia.
Ele também comprou material de construção em seu nome para a reforma da propriedade e foi grampeado pela PF em diálogos com interlocutores de Lula.
Desta vez, o assessor foi flagrado com um frigobar – que acabou roubado pelos assaltantes.






























































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