PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º-01-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
01 de Janeiro de 2018
Torquato foi afastado da crise de segurança no RN
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim, que comanda a Força Nacional, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal, foi colocado à margem do motim criminoso de policiais no Rio Grande do Norte. O ministro Raul Jungmann (Defesa) foi designado para representar o governo federal em declarações sobre a crise e outras iniciativas, inclusive anunciando o envio da Força Nacional.
Sinceridade demais
As declarações do ministro Torquato Jardim sobre essa área em geral são muito sinceras. Em política, sinceridade às vezes dá confusão.
Crise de autoridade
A crise de segurança decorre da crise de autoridade no Rio Grande do Norte, cujo governo hesitou em punir líderes do motim criminoso.
Sinceridade demais
Na crise de segurança do Rio de Janeiro, Torquato revelou que criminosos controlam batalhões da PM. Isso gerou outra crise, política.
Evitando marolas
No Planalto falam em “inexperiência política” de Torquato: em meio ao esforço para aprovar a reforma da Previdência, marolas atrapalham.
Partidos tomaram R$575 milhões do contribuinte
O Fundo Partidário, que aumenta ano a ano, rendeu aos partidos R$575,3 milhões, entre janeiro e novembro do ano não eleitoral de 2017. O PT do Lula, protagonista do maior escândalo de corrupção da História, é o maior beneficiado, R$76,4 milhões em 11 meses, seguido pelo PSDB do enrolado Aécio Neves, R$ 63 milhões. Entre 2007 e 2017, os partidos embolsaram R$3,85 bilhões com o fundo partidário.
Com nossa grana
O PMDB do presidente Michel Temer é o terceiro partido que mais verbas recebeu do Fundo Partidário em 2017: R$ 61,4 milhões.
Nós pagamos
PR, PSB e PP levaram, cada, mais de R$ 32 milhões do fundo no ano não-eleitoral de 2017. O DEM, R$ 23,8 milhões, o PTB R$22,8 milhões.
Valor triplicado
No apagar das luzes, em dezembro de 2014, o Congresso aprovou uma emenda que, na prática, triplicou o valor do fundo partidário.
Contagem regressiva
Em um ano, dia 1º de 2019, tomará posse o sucessor de Michel Temer no mais importante cargo da República. Antes, os eleitos em 15 de novembro eram empossados em 15 de março. O primeiro a assumir em 1º de janeiro foi FHC, em 1995, após emenda aprovada em 1994.
Otimismo continua
Produtores de etanol do Nordeste continuam otimistas com o programa RenovaBio, pelo qual tanto lutaram, apesar do vetos do presidente Temer aos incentivos previstos na lei aprovada no Congresso.
Fazendo pose
O deputado Rodrigo Maia (Câmara) faz pose de humildade afirmando ser apenas um dos “três ou quatro ” do DEM que podem disputar o Planalto. Lorota. Só ele tenta a indicação do partido, neste momento.
Apenas alguns passos
Após anular a prerrogativa do presidente de conceder indulto natalino, sob aplausos da platéia, a ministra Cármen Lúcia poderia atravessar a Praça dos Três Poderes e assumir de uma vez o Poder Executivo.
Saia justa no STF
Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) apresentaram a solidariedade ao ministro Gilmar Mendes que faltou do Supremo Tribunal Federal (STF). O STJ chamou de “leviano e irresponsável” o juiz que espalhou fofocas sobre Mendes, que também preside o TSE.
Oremos
Este 2018 será regido por vibrações de São Jerônimo, segundo estudiosos. Será um ano tutelado por Júpiter, por isso a diplomacia, a sociabilidade e a comunicação serão necessárias para resfriar a cólera. Que as vibrações de São Jerônimo nos cheguem com misericórdia.
Fatura bilionária
O Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira) já contabiliza R$1,3 bilhão pagos em faturas de cartões corporativos desde a criação. Foram gastos em média R$ 434 nas mais de três milhões de compras.
Brasil demorou
Foi em um 1º de janeiro, há 155 anos, que a escravidão foi abolida nos Estados Unidos pelo então presidente Abraham Lincoln. Por aqui, negros ainda foram tratados como mercadoria durante longos 25 anos.
Pensando bem...
...o rei Juan Carlos I, de Espanha, faz muita falta à cena internacional: era hora de ele soltar o brado “Por que não te calas, Trump?”

NO DIÁRIO DO PODER
Lava Jato pede inquérito sobre conta de propinas de Dirceu e Lula
Empreiteiro disse que conta em Madri era também de Zé Dirceu

Publicado domingo, 31 de dezembro de 2017 às 10:47 - Atualizado às 17:35
Da Redação
A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu ao juiz federal Sérgio Moro que a Polícia Federal investigue as novas revelações do empreiteiro Gerson de Melo Almada, da Engevix. A manifestação do Ministério Público Federal foi protocolada em 19 de dezembro do ano passado. Em depoimento prestado em julho deste ano, com sigilo levantado em 1.º de dezembro, Almada disse saber de uma conta em Madri, administrada pelo lobista Milton Pascowitch, abastecida por propinas de contratos da Petrobrás. Os beneficiários da conta seriam o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil).
O depoimento do empreiteiro foi anexado à denúncia do Ministério Público Federal sobre propinas de R$ 2,4 milhões das empreiteiras Engevix e UTC para Dirceu (Casa Civil – Governo Lula).
O petista teria recebido os valores durante e depois do julgamento do Mensalão – ação penal em que Dirceu foi condenado a 7 anos e onze meses.
Gerson Almada declarou ter feito contratos ‘dissimulados’ com o fim de pagar supostas vantagens indevidas a Dirceu.
No mesmo depoimento, Almada confessou que firmou ‘contratos dissimulados’ com a empresa de comunicação Entrelinhas com o fim de pagar propinas a Dirceu.
O empreiteiro afirmou que ‘o objeto dos contratos, anexados aos autos, nunca foi prestado à Engevix e que, mediante o fornecimento das notas fiscais pela Entrelinhas, a empreiteira pagou de 2011 a 2012, o valor de R$ 900 mil’.
Na manifestação enviada em 19 de dezembro, o Ministério Público Federal afirmou que as novas declarações de Gerson Almada ‘não possuem o condão de desconstruir a narrativa edificada na denúncia’.
“Ao contrário, em verdade, no que respeita ao presente feito, as circunstâncias por ele apresentadas apenas corroboram os fatos narrados na exordial acusatória, os quais, oportunamente, serão devidamente demonstrados de forma cabal no decorrer da instrução criminal”, anotou a força-tarefa.
“Especificamente quanto aos novos fatos trazidos por Gerson Almada, requer este órgão ministerial seja o Departamento de Polícia Federal intimado a fim de que proceda à instauração de inquérito policial para a sua apuração, instruindo-o, desde logo, com os depoimentos e documentos trazidos pelo representante da Engevix, assim como pela declaração de Milton Pascowitch ora encartada aos autos”, solicitou a Procuradoria da República, no Paraná.

NO BLOG DO JOSIAS
Atenção: O ano de 2018 não será feliz nem novo

Por Josias de Souza
Segunda-feira, 01/01/2018 05:05
Esqueça o brinde do Réveillon. O ano de 2018 não será feliz nem novo. A corrupção generalizou-se de tal modo que sumiu até a confiança. Você fará um favor a si mesmo se agir para reduzir os danos. Não há muitas opções. Ou você é otimista ou é inteligente. O desespero até que é uma boa. O que o País não aguenta mais é essa euforia que costuma inundar a alma do brasileiro entre a virada do ano e o Carnaval. No momento, a esperança é a última que mata.
O Brasil já foi, como se sabe, o país do futuro. Este é o título de um livro que Stefan Zweig, autor austríaco mundialmente conhecido, publicou em 1941: “Brasil, País do Futuro.” Nessa obra, Zweig anotou que o Brasil “quase não deveria ser qualificado de um país, mas antes um continente, um mundo com espaço para 300, 400 milhões de habitantes, e uma riqueza imensa sob este solo opulento e intacto, da qual apenas a milésima parte foi aproveitada.” As impressões de Zweig sobre o Brasil foram alvissareiras: “Percebi que havia lançado um olhar para o futuro do mundo.”
Decorridos 76 anos, Stefan Zweig não está mais entre nós. Suicidou-se. Suprema ironia: com os olhos voltados para o futuro, não suportou o presente. Vivo, talvez escrevesse outro livro: “Brasil, País do Faturo.” A opulência sob o solo já não está tão intacta. Prospecta-se até o óleo armazenado em alto mar, sob a camada do pré-sal. Mas o proveito é para poucos. Por ora, a riqueza chegou apenas aos bolsos daqueles que conseguiram plantar bananeira dentro de cofres como os da Petrobras.
O Brasil pós-Zweig ainda é um país por fazer. O que falta é gente verdadeiramente disposta a assumir a empreitada. Há quatro anos, em 2013, teve-se a impressão de que o brasileiro assumiria finalmente a incumbência de construir o futuro. Naquele ano, antes que os black blocs estragassem a festa, as pessoas pareciam ter descoberto na ocupação do asfalto um protagonismo impulsionado por reivindicações de menos roubalheira, mais seriedade por parte dos governantes e serviços públicos decentes. Sobreveio Dilma Rousseff, reeleita nas pegadas de uma campanha marcada pelo signo da mentira.
Aquecido pela Lava Jato, o asfalto ferveu até o impeachment. Súbito, os brasileiros que foram ao meio fio ou bateram panelas se deram conta de que Dilma, além de ser uma das piores presidentes que o Brasil já teve, deixara duas heranças macabras: os efeitos de sua administração empregocida e o Michel Temer, um substituto constitucional cercado de dois tipos de aliados: os culpados e os cúmplices. O tucano Aécio Neves, que emergira das urnas de 2014 como uma alternativa oposicionista, chafurdou junto com Temer na lama da Odebrecht e da JBS. Seguiu-se o desalento. O asfalto voltou para casa. Instalou-se a inércia.
A população do ''continente'' brasileiro ainda não roçou os 400 milhões de habitantes vaticinados por Zweig. Mas já somos 208 milhões, dos quais mais de 146 milhões dispõem de título eleitoral. Diante da tempestade de lodo, a providência mais óbvia a ser adotada por esse eleitorado seria abrir o guarda-chuva. Mas a inconsciência insinuada nas pesquisas eleitorais indica que o voto pode se tornar um apetrecho inútil como um guarda-chuva sem o pano que o recobre. A insensatez e todo tipo de intempéries têm livre acesso.
O número um das sondagens eleitorais é uma figura arquimanjada: Luiz Inácio Lula da Silva. Um detalhe dramatiza o papel do personagem no enredo trágico de 2018: em 24 de janeiro, sairá o veredicto da segunda instância sobre a condenação que Sérgio Moro grudou na biografia do ex-mito petista. Confirmada a sentença de nove anos e meio de cadeia, Lula se tornará inelegível. E o Brasil ficará na constrangedora situação de ter o líder nas pesquisas fazendo campanha para um cargo que a lei o impede de reocupar.
O número dois na preferência do eleitorado é Jair Bolsonaro. Trata-se de uma pseudo-novidade. Ou, por outra, é uma novidade com cheiro de naftalina. Parlamentar de cinco mandatos, o ex-tenente é pós-graduado nas mumunhas da política. Como jamais teve acesso à chave do cofre, jacta-se de não frequentar os inquéritos por corrupção. Mas foi filiado, entre 2005 e 2016, ao Partido Progressistas, que está no topo do ranking de envolvidos na Lava Jato. E responde como réu a duas ações no Supremo Tribunal Federal por apologia ao crime e injúria.
Uma das ações refere-se ao caso em que Bolsonaro declarou, da tribuna da Câmara, que não estupraria a colega Maria do Rosário (PT-RS) por falta de merecimento. Alegou que a deputada é muito feia. Tomado pelas declarações polêmicas, Bolsonaro seria um presidente temerário. Num eventual governo comandado por ele, policiais teriam licença para matar, terras indígenas seriam uma ficção jurídica, e brasileiros homos e trans mastigariam o pão que o Tinhoso amassou. Bolsonaro está de saída do PSC, Partido Social Cristão, uma legenda pouco social e nada cristã. Já entabulou negociações nada republicanas com Valdemar Costa Neto, dono do Partido da República. Flerta com o PSL, uma legenda nanica que se diz social e liberal.
Juntos, Lula e Bolsonaro amealham a preferência de algo como metade do eleitorado. Abaixo da dupla, acotovelam-se alternativas já preteridas pelo brasileiro em sucessões anteriores — Geraldo Alckmin (PSDB), alvo de inquérito que apura no STJ o recebimento de R$ 10 milhões da Odebrecht; Manuela D’Ávila (PCdoB), citada na delação da mesma construtora como beneficiária de R$ 360 mil no caixa dois; e dois ex-ministros de Lula que se mantiveram à margem da crise moral: Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).
Há, de resto, uma pretensão declarada dos apologistas do governo Temer de comparecer às urnas com um candidato “competitivo”. São duas as hipóteses mencionadas. Uma é impensável: a reeleição do próprio Temer, primeiro presidente da História a colecionar duas denúncias criminais por corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa. Outra é imponderável: a candidatura do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), um personagem que tem o carisma de uma pedra de gelo.
O que alimenta as pretensões de Temer e Meirelles é a perspectiva de que o déficit moral do governo seja atenuado pela lenta recuperação da economia. Alega-se que o PIB pode ser vitaminado em até 3% neste ano da graça de 2018. Admita-se, para efeito de raciocínio, que seja verdade. Nessa hipótese, o número de desempregados chegará ao dia da eleição, 7 de outubro, rodando na casa dos 11 milhões de brasileiros. E alguém sempre poderá recordar que a prosperidade não apaga a indignidade. O período do milagre brasileiro, de 1968 a 1973, com taxas de crescimento de 10% ao ano, foi também a fase em que a tortura do regime militar experimentou o seu apogeu.
Contra esse pano de fundo tóxico, o eleitor brasileiro, com seu guarda-chuva sem pano, trocou as ruas pelas redes sociais. Ali, em meio a ataques anônimos e iracundos, o dono do voto exercita seu esporte predileto: colocar a culpa pelas mazelas do País nos políticos, nas elites, na imprensa… É como se todo o mal do Brasil fosse uma responsabilidade do alheio.
Retorne-se, por oportuno, ao início: esqueça o brinde do Réveillon. O ano de 2018 não será feliz nem novo enquanto nós, os 146 milhões de eleitores, não abandonarmos o lero-lero segundo o qual todos são culpados pela desgraça nacional, menos nós.
Em 1985, no alvorecer da redemocratização, não havia no Brasil telefone celular, TV a cabo, antena parabólica e cerveja em lata. Hoje, em plena Idade Mídia, marcada pela explosão da internet, o mínimo que um eleitor deveria fazer é colecionar dados que lhe permitam exercitar o direito de escolher seus representantes sem o ânimo de um cidadão bêbado. Para que isso acontecesse, seria necessário perceber que todos os mandamentos da felicidade começam com “não”.
Não reduzir a democracia a um regime que oferece ampla liberdade para fazer tolices por contra própria; não transformar o voto num equívoco renovado de quatro em quatro anos; não acreditar em candidatos que prometem potes de mel sem mencionar os ferrões da abelha; não confundir certos postulantes com os postulantes certos; não votar, afinal, no herói que os pára choques de caminhão chamarão de ladrão 15 dias depois da posse…

NO O ANTAGONISTA
Ano Novo só em 24 de janeiro
Brasil Segunda-feira, 01.01.18 09:28
Os defensores de Lula pressionam o TRF-4 por meio da imprensa e de ministros do STJ e do STF.
A meta é adiar o julgamento do condenado, convencendo o desembargador Victor Laus a pedir vista do processo.
O Brasil depende dessa decisão.
Em 24 de janeiro, se a manobra da ORCRIM fracassar, poderemos finalmente pensar no futuro do País.
Caso contrário, teremos um 2018 atolado no passado.
Viaduto Marisa Letícia subiu no telhado
Brasil 01.01.18 06:25
João Doria mandou cancelar a inauguração do viaduto batizado Dona Marisa Letícia, marcada para quarta-feira próxima, informa o Painel da Folha.
O vereador Fernando Holiday apresentou projeto para cancelar a homenagem.
Ontem, noticiamos que o secretário interino de governo da Prefeitura de São Paulo, Milton Flávio, se recusou a assinar o documento que deu o nome de Marisa ao viaduto.
Temer está com infecção urinária
Brasil Domingo,31.12.17 22:34
Os médicos de Michel Temer foram ao Palácio do Jaburu neste domingo, 31, e diagnosticaram que o presidente está com infecção urinária, informa o G1.
Há 15 dias, Temer fez uma operação de desobstrução da próstata no Sírio-Libanês, em São Paulo.
O presidente desistiu de passar a virada do ano na base naval da restinga da Marambaia, no Rio, por falta de estrutura médica adequada.






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA