PRIMEIRA EDIÇÃO DE 07-01-2018 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Domingo, 07 de Janeiro de 2018
Presidentes das aéreas negociaram privilégios
Os presidentes das companhias aéreas participaram pessoalmente de reuniões a portas fechadas com o Ministério do Planejamento, no governo Dilma, para combinar a exclusão das agências de viagens e a compra direta de passagens aéreas, sem licitação, segundo denúncia da associação das agências de viagem no DF (Abav). As aéreas exigiram pagamento por cartão a fim de evitarem a “inadimplência”.
Isso não pode
Contrariando o princípio constitucional da impessoalidade, as aéreas são o único setor fornecedor do governo pagos com cartão corporativo.
Lista de presença
Pelas atas, participaram os presidentes Paulo Kakinoff (Gol), Claudia Sender (TAM), José Efromovich (Avianca) e David Neeleman (Azul).
Filme antigo
O esquema no Ministério do Planejamento para favorecer as empresas aéreas faz lembrar o “clube de empreiteiras” na Lava Jato.
Vai dar rolo
Ato administrativo da então ministra Mirian Belchior, considerado ilegal e inconstitucional, dispensou as empresas aéreas de licitação pública.
PT na Câmara encolheu quase à metade de 2002
O Partido dos Trabalhadores (PT) jamais conseguiu repetir o sucesso da eleição de 2002, a primeira do ex-presidente Lula, quando foram eleitos 91 deputados federais petistas. Desde então, a bancada vem diminuindo a cada legislatura. Neste ano de 2018, por exemplo, o PT terá 57 deputados, cerca de 10% de toda a Câmara. E quase metade daquela bancada eleita no rastro da primeira eleição de Lula.
É bom lembrar
O PT tinha 68 deputados, eleitos em 2014, na mesma disputa que reelegeu a ex-presidente Dilma Rousseff.
Debandada
A atual bancada do PT perdeu cerca de 16,2% dos deputados que elegeu, mesmo sem ter enfrentado uma eleição.
Contágio
O PMDB, que indicou o vice do PT em 2014, perdeu 4 deputados (6,1%). Na eleição de 2010, o PT levou 86 cadeiras e o PMDB, 78.
‘Meu nome é Bolsonaro’
À medida em que se aproxima a disputa presidencial, Jair Bolsonaro se aproxima do encontro com a realidade. A candidatura deve ter menos tempo do que a caricata campanha de Enéas, pelo Prona, em 1989.
A vida como ela é
Caso se mude para o PSL ou para o PEN (Patriota), Jair Bolsonaro (PSC-RJ) terá cerca de 0,3 segundo de tempo de TV, nos blocos de 30 segundos. E no máximo 12 segundos nos blocos de 12m30s.
Amontoado de beócios
O “dia de ódio” ou “dia de fúria” convocado pelo presidiário José Dirceu para Porto Alegre, dia 24, mostra que, para o PT, democracia só vale quando o partido vence e Justiça só é respeitada quando os absolve.
PSDB menor
O PSDB de Aécio perdeu menos deputados desde a eleição de 2014, em relação ao PT. Foram 7 defecções, 13%. Em 2018, a Câmara dos Deputados terá a menor bancada tucana (47) desde 1990 (38).
Resultado conveniente
No primeiro sorteio após a “Mega da Virada” que distribuiu mais de R$306 milhões, a Caixa Econômica anunciou que o “bolão acumulou” e pode pagar até R$ 4,5 milhões no fim de semana.
Medo em queda
O ano novo começou com mais uma diminuição do medo do brasileiro de perder o emprego. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), revelou queda de 2% no índice durante o mês de dezembro.
Cadastro positivo
Com as constantes quedas nos juros, o cadastro positivo pode incluir 22 milhões de pessoas no mercado de crédito. “Isso deve injetar R$1,1 trilhão na economia”, diz o deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT).
Sem confusão
A Advocacia-Geral da União (AGU) publicou a 6ª edição da cartilha “Condutas Veladas aos Agentes Públicos Federais em Eleições”. Explica o passo a passo como o setor público deve se comportar.
Pensando bem...
...o livro sobre os bastidores da Casa Branca de Donald Trump mostra que as semelhanças com Dilma não param na cabeleira.

NO BLOG DO JOSIAS
PF volta a tratar Temer como um reles suspeito

Por Josias de Souza
Domingo, 07/01/2018 04:16
Após bloquear duas denúncias criminais na Câmara, Michel Temer afirma que “a verdade prevaleceu” e acha que merece respeito. Mas a Polícia Federal avalia que o presidente da República, seu superior hierárquico, continua merecendo interrogatório. Nas 50 perguntas que endereçou ao inquilino do Planalto no inquérito que apura a troca de propinas por um decreto sobre setor portuário, o delegado Cleyber Malta Lopes tratou a autoridade máxima do Poder Executivo como um reles suspeito.
Há três meses, no despacho em que autorizou a PF a inquirir Temer, o ministro Luis Roberto Barroso, relator do processo no Supremo Tribunal Federal, anotou: “…Mesmo figurando o senhor presidente na condição de investigado em inquérito policial, seja-lhe facultado indicar data e local onde queira ser ouvido pela autoridade policial, bem como informar se prefere encaminhar por escrito sua manifestação, assegurado, ainda, seu direito constitucional de se manter em silêncio.''
O questionário do delegado, divulgado pela revista Época, é aflitivo e constrangedor. Aflige porque mantém sobre a cabeça do presidente a espada de Dâmocles representada pelo risco de ser alvejado por uma terceira denúncia. Constrange porque as indagações associam Temer e seu séquito de amigos, assessores e ex-auxiliares a um tenebroso elenco de crimes.
Resta agora saber se Temer oferecerá respostas ou exercerá a prerrogativa constitucional de se manter calado. A opção pelo silêncio seria tragicamente embaraçosa. Na hipótese de optar pelo fornecimento de explicações, é preciso saber se o presidente ainda reúne condições de reagir à PF como superior hierárquico ou se adotará as tergiversações típicas de um suspeito clássico.
Na pergunta de número 5, o delegado direciona sua mira para as arcas eleitorais de Temer: “Tem conhecimento de uso de recursos não contabilizados, conhecidos como caixa dois eleitoral, em suas campanhas? Se sim, explicar as circunstâncias e motivos.” Pelo menos dois delatores da Lava Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o doleiro Lúcio Funaro, disseram em depoimentos que borrifaram verbas ilegais nas caixas registradoras de campanhas de Temer.
Na quesito de número 11, o doutor empilha interrogações sobre um dos mais intrigantes mistérios da gestão Temer: “Vossa Excelência teve conhecimento sobre o caso no qual Lúcio Funaro mandou entregar recursos financeiros para José Yunes? Se sim, José Yunes foi orientado por Vossa Excelência para recebimento de tais valores? Qual a origem destes recursos entregues por Lúcio Funaro? Os valores foram utilizados por Vossa Excelência? Se sim, qual a destinação dada a estes valores?”
Amigo de Temer há quatro décadas, o advogado José Yunes bateu em retirada da assessoria pessoal do presidente no final de 2016. Saiu de cena nas pegadas da delação em que Marcelo Odebrecht revelou o seguinte: nas eleições de 2014, a pedido de Temer, o departamento de propinas da Odebrecht repassou R$ 10 milhões a pessoas da confiança do então vice-presidente da República. Desse total, R$ 6 milhões desceram ao caixa da campanha de Paulo Skaf, então candidato do PMDB ao governo de São Paulo. O restante do pagamento foi feito “via Eliseu Padilha”, hoje chefe da Casa Civil de Temer. Parte desse dinheiro foi entregue no escritório de Yunes. Outro delator da Odebrecht, o ex-executivo da empreiteira, Cláudio Mello Filho, confirmou o relato em seu depoimento à Procuradoria-Geral da República.
Depois de se demitir da Presidência, Yunes declarou, em entrevista à revista Veja, que foi “mula involuntário” de Padilha. Apresentando-se como um inocente útil a serviço do chefe da Casa Civil, revelou que, em setembro de 2014, recebeu um telefonema: “Padilha me ligou falando: ‘Yunes, olha, eu poderia pedir para que uma pessoa deixasse um documento em seu escritório? Depois, outra pessoa vai pegar’. Eu disse que podia, porque tenho uma relação de partido e convivência política com ele.”
Na sequência, contou Yunes, sua secretária informou que um tal de Lúcio estava em seu escritório para deixar um documento. Vale a pena ressuscitar o relato do amigão de Temer: “A pessoa se identificou como Lúcio Funaro. Era um sujeito falante e tal. Ele me disse: ‘Estamos trabalhando com os deputados. Estamos financiando 140 deputados’. Fiquei até assustado. Aí ele continuou: ‘Porque vamos fazer o Eduardo presidente da Casa’. Em seguida, perguntei a ele: ‘Que Eduardo?’. Ele me respondeu: ‘Eduardo Cunha’. Então, caiu a minha ficha que ele era ligado ao Eduardo Cunha. Eu não sabia. Fui pesquisar no Google quem era Lúcio Funaro e vi a ficha dele”.
Na versão de Yunes, o doleiro Funaro, preso na Lava Jato, entre outras razões, por suas atividades como operador dos negócios escusos de Eduardo Cunha, “deixou o documento e foi embora. Não era um pacote grande. Mas não me lembro. Foi tudo tão rápido. Parecia um documento com um pouco mais de espessura. Mas não dava para saber o que tinha ali dentro.” Yunes acrescentou: “Depois disso, fui almoçar. Aí, veio a outra pessoa e levou o documento que estava com a minha secretária.”
Recordou-se a Yunes que Padilha dissera que a narrativa dos delatores da Odebrecht era fantasiosa. O que o senhor tem a dizer?, indagou-se. E ele: “Cada um com os seus valores. Tenho um apreço até pelo Padilha, porque ele ajuda muito o presidente. Mas não teria problema nenhum ele reconhecer que ligou para mim para entregar um documento, o que é verdade. Vamos ver o que ele vai falar. Estou louco para saber o que ele vai falar. Ele é uma boa figura. Mas, nesse caso, fiquei meio frustrado. Não sei. É tão simplório. É estranho, não é?”
A exemplo do amigo de Temer, o País inteiro “está louco para saber” o que Padilha tem a dizer. Mas o ministro acha que não deve nada a ninguém, muito menos explicações. E Temer parece concordar com ele, pois manteve Padilha no cargo, protegendo-o das investigações com o escudo do foro privilegiado. Em consequência, a versão de Yunes sobrevive no anedotário político como um manto diáfano estendido para proteger o amigo-presidente. Com suas indagações, o delegado Cleyber Lopes oferece a Temer uma nova oportunidade para acomodar a encrenca em pratos asseados.
No item de número 40 do interrogatório, o delegado pergunta a Temer se foi procurado por prepostos do setor de portos para ampliar o prazo das concessões para exploração de terminais localizados em Santos, incluindo as autorizações emitidas antes de 1993. “Vossa Excelência foi procurado por representantes de concessionárias de terminais portuários, em 2017, com demandas sobre o setor e interesse em edição de normativo que buscasse ampliar o prazo das concessões e ainda incluir solução sobre concessões pré-93? Se sim, quais empresários e quais empresas representavam? Qual o encaminhamento que Vossa Excelência deu ao caso?”
No quesito 49, o investigador da PF vai direto ao ponto, deixando claro como água de bica que a suspeita envolve a troca de propinas por um decreto vantajoso para as empresas: “Vossa Excelência recebeu alguma oferta de valor, ainda que em forma de doação de campanha eleitoral, formal ou do tipo caixa 2, para inserir dispositivos no novo decreto dos portos, mais benéficos para empresas concessionárias do setor? Se sim, explicitar as circunstâncias e quais providências tomou.”
Na última pergunta, o delegado soou ainda mais explícito: “Solicitou que Rocha Loures [ex-assessor da Presidência], João Baptista Lima Filho [um coronel aposentado que priva da amizade de Temer] ou José Yunes [o ‘mula involuntário' de Padilha] recebessem recursos em nome de Vossa Excelência, em retribuição pela edição de normas contidas no novo decreto dos portos, de interesse e mais benéficas para empresas concessionárias de terminais portuários públicos e privados? Se sim, apresentar justificativas e detalhar circunstâncias.”
O decreto a que se refere o delegado Cleyber Lopes foi editado por Temer em 10 de maio de 2017. Aumentou o prazo dos contratos de concessão de áreas portuárias de 25 anos para 35 anos. De resto, abriu a possibilidade de prorrogação das concessões por até 70 anos. A voz de Rocha Loures soou em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Nelas, o ex-assessor de Temer atua como lobista dos interesses das empresas portuárias. Num dos diálogos, Loures advoga junto a Gustavo Rocha, personagem ligado a Eduardo Cunha que trabalha como chefe da Assuntos Jurídicos da Casa Civil, em favor da empresa Rodrimar, cujos contratos de concessão em Santos são anteriores a 1993.
A PF enxerga Rocha Loures como intermediário do Planalto na negociação dos termos do decreto com as empresas portuárias. Os grampos revelaram que o ex-assessor de Temer tratava do tema, por exemplo, com Ricardo Mesquita, diretor da Rodrimar. “Vossa Excelência tem conhecimento se Rocha Loures recebeu alguma proposta de valores indevidos, para buscar melhores benefícios, inclusive inclusão de solução para os contratos em concessões pré-93, no novo decreto dos portos?”, indaga o delegado na pergunta de número 47.
O Planalto sustenta que a demanda da Rodrimar pela prorrogação dos contratos de concessão anteriores 1993 não foi contemplada no decreto de Temer. Num dos áudios captados pela PF, a voz de Gustavo Rocha, o amigo de Cunha que cuida da área jurídica na Casa Civil, refere-se à encrenca nos seguintes termos: “É uma exposição muito grande para o presidente se a gente colocar isso.” Nas suas palavras, as empresas “já conseguiram coisas demais nesse decreto”.
O delator Ricardo Saud, do grupo JBS, disse em depoimento que Rocha Loures indicou Ricardo Mesquita, o executivo da Rodrimar, como intermediário para o recebimento de propinas da empresa de Joesley Batista. Essa conversa tóxica ocorreu no mesmo encontro em que o ex-assessor de Temer recebeu a mala contendo propina de R$ 500 mil da JBS. Coisa registrada no célebre vídeo que exibe Rocha Loures saindo de uma pizzaria em São Paulo e executando a corridinha anedótica em direção ao táxi.
“Solicitou que Rocha Loures recebesse recursos de executivos do grupo JBS, destinados a Vossa Excelência?”, indaga o delegado no item 17 do interrogatório. “Se sim, justificar e explicitar os motivos, inclusive origem destes recursos e sua finalidade.”
Considerando-se o teor das suspeitas embutidas nas indagações da Polícia Federal, o respeito dispensado ao presidente é inversamente proporcional à sua condição penal. As perguntas do delegado são invariavelmente precedidas de um respeitoso tratamento. É Vossa Excelência pra cá, Vossa Excelência pra lá. Acontece que a excelência que está sob escrutínio não é vista pelo investigador como tal. Ao contrário, insinua-se no interrogatório que, dependendo do desfecho do inquérito, a excelência pode ser um personagem inexistente.
Na política, há três tipos de atores: os homens de bem, os homens que se dão bem e os homens que são flagrados com os bens. Temer considera-se um homem de bem. Mas o êxito que obteve no congelamento das duas primeiras denúncias criminais — uma por corrupção passiva, outra por obstrução à Justiça e organização criminosa — fez com que a plateia o enxergasse como um personagem que se deu bem. E o novo inquérito deixa no ar a hipótese do surgimento de uma terceira denúncia protagonizada por um suspeito de tomar posse de bens alheios. O Brasil, eterno país do futuro, merecia um enredo mais qualificado.

NO O ANTAGONISTA
TCU pode atrapalhar acordo da Petrobras
Brasil Domingo, 07.01.18 10:40
O Tribunal de Contas da União pode atrapalhar o acordo de US$ 2,95 bilhões fechado pela Petrobras com investidores americanos, que a processavam por perdas decorrentes da corrupção na estatal.
Há ministros do TCU considerando que houve açodamento e estudam uma reação, segundo Lauro Jardim, do Globo.
“O Tribunal não tem o poder de anular o acordo. Mas pode tomar medidas cautelares que impeçam os dirigentes da Petrobras de assinarem o que foi acordado pelos advogados da estatal — inviabilizando, assim, sua concretização.”
Preocupado, Pedro Parente telefonou para os ministros na quinta-feira e explicou que era necessário acabar logo com o processo, porque eram escassas as chances de vitória da Petrobras nas Cortes superiores dos EUA.
Desmentidos de Lula “ficam ainda mais patéticos”
Brasil 07.01.18 08:22
O Globo, em editorial, repete aquilo que publicamos na semana passada: a multa da Petrobras em Nova York só pode ser paga condenando Lula a nove anos e meio de cadeia.
Leia aqui:
“O acordo a que a Petrobras chegou com investidores que aplicaram em papéis da empresa no mercado americano, como indenização por perdas causadas pelos efeitos das falcatruas do lulopetismo na empresa, é outra forte chancela que sacramenta como verdadeiras as acusações contra políticos e diretores da estatal ligados ao PT, MDB e PP, que patrocinaram um assalto bilionário à companhia.
Por que a empresa proporia pagar US$ 2,95 bilhões em multas (cerca de R$ 9,5 bilhões) a participantes de uma ação coletiva instaurada na Justiça americana se não estivesse convencida de que inexiste alternativa? Ou seja, de que é impossível provar que não houve o petrolão. Provas e evidências são graníticas (…).
Esta multa histórica que a Petrobras deve pagar nos Estados Unidos desmente todo aquele que continua a negar o esquema. Vale, é claro, para o ex-presidente Lula com o apartamento triplex do Guarujá e o sítio em Atibaia, produtos, segundo provas e testemunhos, da corrupção na estatal, motivo que leva a empresa a desembolsar bilhões de reais para escapar de penas mais severas. Depois disso, se já eram, os desmentidos e negativas ficam ainda mais patéticos.”

A “tradição” de Gorete
Brasil 07.01.18 09:40
A deputada Gorete Pereira (PR-CE) disse ao Estadão que o financiamento do São João de Maracanaú com emenda parlamentar – como a de R$ 1,2 milhão que ela destinou para a festa em 2017 – já se tornou uma “tradição”.
“Maracanaú é considerado o segundo maior São João do Brasil. A cidade tem 260 mil eleitores. A festa junta de 30 mil a 40 mil pessoas por show. O que eu boto (no São João) é tradição. Já é o sexto ano seguido.”
A “tradição” de Gorete é votar a favor do governo.
Temer liberou R$ 10,7 bilhões em emendas parlamentares em 2017 Brasil
07.01.18 08:40
Em 2017, ano de delação do Grupo J&F e suspensão de duas denúncias criminais contra Michel Temer, o presidente liberou R$ 10,7 bilhões em emendas parlamentares, o maior valor dos últimos quatro anos, segundo o Estadão.
Em relação a 2016 e 2015 (quando a execução se tornou obrigatória), houve um crescimento de 48% e 68%, respectivamente,
“As emendas parlamentares são indicações feitas por deputados e senadores de como o governo deve gastar parte dos recursos previstos no Orçamento. Os parlamentares costumam privilegiar seus redutos eleitorais. Incluem desde dinheiro para obras de infraestrutura, como a construção de uma ponte, até valores destinados a programas de saúde e educação.
Embora impositivas – o governo é obrigado a pagá-las –, a prioridade dada a algumas emendas ainda é fruto de negociação política. Por isso, são usadas para barganhar apoio em votações importantes no Congresso.”
A emenda Wesley Safadão
Brasil 07.01.18 09:00
Embora a maior parte do dinheiro tenha sido destinada à saúde, a lista de emendas parlamentares pagas pelo governo de Michel Temer em 2017 inclui de show do cantor Wesley Safadão a campeonato de motocross no interior de Minas, registra o Estadão.
“Do total de R$ 2,27 bilhões liberados, pelo menos R$ 5,73 milhões serviram para quitar cachês de artistas.
Em junho, por exemplo, o Ministério do Turismo repassou R$ 1,2 milhão à prefeitura de Maracanaú, no Ceará, por indicação da deputada Gorete Pereira (PR-CE). A emenda havia sido empenhada no mês anterior e serviu para pagar a 13.ª edição da Festa de São João da cidade. O show de abertura coube a Wesley Safadão, famoso por hits como Aquele 1% e Ar Condicionado no 15. Ele cobrou R$ 246 mil pela apresentação.”
Gorete, claro, votou a favor de Temer nas duas denúncias.
Emenda Safadão também pagou duplas sertanejas e bandas de forró Brasil
07.01.18 09:20
O valor de R$ 1,2 milhão de emenda parlamentar repassado em junho à prefeitura de Maracanaú, no Ceará, por indicação da deputada Gorete Pereira (PR-CE), foi quase integralmente usado para pagar cachês da Festa de São João da cidade, informa o Estadão.
Além de Wesley Safadão (R$ 246 mil), apresentaram-se as duplas sertanejas Bruno & Marrone (R$ 250 mil), Victor & Léo (R$ 200 mil) e bandas como Aviões do Forró (R$ 180 mil).
“Ao todo, o governo pagou R$ 7,15 milhões para promoção e marketing de municípios, ação na qual se enquadra o repasse para artistas. Valor bem próximo do que foi destinado para universidades federais (R$ 7,38 milhões) e superior ao enviado para obras de infraestrutura hídrica (R$ 2,58 milhões).
Ao todo, foram 55 artistas, em 20 cidades, com cachês que variaram de R$ 30 mil aos R$ 250 mil de Bruno & Marrone. Ao menos outras sete prefeituras que receberam repasses via emendas usaram o dinheiro para contratar atrações artísticas para festas juninas.”
As acusações chavistas contra o brasileiro expulso da Venezuela Brasil
07.01.18 08:10
O brasileiro Jonatan Moisés Diniz, detido em Caracas no dia 27 de dezembro e expulso da Venezuela para os Estados Unidos no sábado (6), foi acusado pelo governo chavista de usar uma ONG como fachada para financiar críticos de Nicolás Maduro, registra o Estadão.
“Diosdado Cabello, homem forte do chavismo e ex-presidente da Assembleia Nacional venezuelana, sugeriu que a CIA estaria envolvida nas supostas atividades do brasileiro contra o chavismo. Segundo ele, a ONG que o brasileiro lidera entrega alimentos e itens básicos a moradores de rua para obter financiamento para grupos que o governo venezuelano classifica como terroristas.”
Diniz mora na Califórnia há pelo menos quatro anos, mas viajou pelo menos quatro vezes para a Venezuela nos últimos dois e chegou a viver em Caracas por dois meses, no início de 2017.
Sua mãe, Renata Diniz, que mora em Balneário Camboriú, disse ao jornal na noite de sábado que ainda não havia tido nenhum tipo de contato com o filho depois de sua libertação.
Eike queima Lula
Brasil 07.01.18 07:12
A delação de Eike Batista está praticamente fechada, diz O Globo.
Nela, “Lula e Sérgio Cabral ardem em fogo alto”.
“Entre o destino de um condenado e a reconstrução do País”
Brasil 07.01.18 08:04
Fernando Gabeira já está no pós-Lula.
Leia um trecho de sua coluna:
“Protestos, abaixo assinados, todos fazem parte do jogo político. Mas servem mais como um consolo para Lula do que propriamente uma visão apontando para o futuro. Em caso de confirmação da pena, como conduzir uma candidatura que se choca com a Lei da Ficha Limpa?
Não posso prever em detalhes esse primeiro grande momento do ano eleitoral. Na verdade, ainda o encaro como um incidente do passado. Lula resolveu se candidatar para fugir da Lava Jato pelos melífluos caminhos da política.
Baixando essa poeira de janeiro, será possível discutir um pouco mais amplamente uma agenda para a mudança. Entre o destino de um condenado e as tarefas de reconstrução do País há uma considerável mudança de foco.”

O preço dos reforços de Fux e Lewandowski
Brasil 07.01.18 07:10
Luiz Fux e Ricardo Lewandowski indicaram os nomes dos novos juízes instrutores que vão reforçar seus gabinetes, informa a Coluna do Estadão.
“Desde novembro, os magistrados estão autorizados a solicitar um profissional extra para dar maior rapidez ao andamento de investigações que tramitam na Corte, como a Lava Jato.
(…) O juiz que integrar a equipe do STF deve receber salário de R$ 32 mil, além de ter direito a benefícios, como auxílio-moradia e diárias para viagens a trabalho.”

Marco Aurélio Mello e Celso de Mello dispensaram os assistentes, mas Edson Fachin, relator da Lava Jato, que já conta com três juízes, poderá ganhar um quarto.
“Esse profissional extra ajuda o ministro do Supremo na participação de audiências e passa informações importantes obtidas em depoimentos, dando mais agilidade à coleta de provas dos processos.”
Façam jus aos salários, senhores.
Calote da Venezuela no BNDES “dificilmente” será pago
Brasil 07.01.18 07:50
Do calote de US$ 262 milhões da Venezuela no Brasil anunciado em setembro, US$ 115 milhões são com o BNDES, registra o Estadão.
O caso é o mais preocupante.
“O banco tem mais US$ 274 milhões a receber apenas neste ano, do saldo devedor total de US$ 814 milhões. O atraso da parcela deste ano implicaria gasto adicional de R$ 885 milhões no Orçamento federal de 2018.
A avaliação do governo é que dificilmente a dívida será paga normalmente, disse uma fonte.”

Lula, o apoiador do regime socialista erguido com dinheiro dos brasileiros e propinas da Odebrecht, deveria assumi-la.
O calote de US$ 2 bilhões no BNDES: mais um legado do PT Mundo
07.01.18 07:40
Após calotes de Venezuela e Moçambique, no ano passado, Angola pode ser a próxima a atrasar pagamentos de empréstimos do BNDES que financiaram obras de empreiteiras brasileiras, informa o Estadão.
“No total, o banco tem US$ 4,3 bilhões a receber de dívidas nessa modalidade, sendo US$ 2 bilhões de Venezuela, Moçambique e Angola. Desde 1997, o banco liberou US$ 10,5 bilhões para 15 países e obteve US$ 8,2 bilhões de retorno, incluindo juros.
A conta dos atrasos, na verdade, ficará com o Tesouro Nacional, pois as operações têm seguro, coberto pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE). (…) Novos calotes podem pressionar ainda mais as contas públicas, já deficitárias.
(…) O crescimento dos recursos para financiamentos de obras no exterior foi um dos pontos polêmicos das gestões do BNDES durante os governos do PT. O banco seguiu critérios políticos e ideológicos na escolha dos países que receberam crédito e ofereceu condições vantajosas demais, dizem os críticos.”

Em resumo: você continua pagando pela farra petista.
O desespero por comida na Venezuela
Mundo Sábado, 06.01.18 20:10
Multidões de venezuelanos se aglomeraram do lado de fora de alguns supermercados de Caracas, neste sábado, um dia após o governo de Nicolás Maduro obrigar estabelecimentos a reduzirem os preços a níveis de um mês atrás, informa O Globo.
Trata-se de uma redução drástica, dada a hiperinflação da Venezuela.
“Em um dos supermercados, centenas de pessoas, incluindo bebês, pensionistas e crianças com deficiências se reuniam em cenas caóticas.
‘Na minha casa, não comemos três vezes por dia’, disse Mileidy Acosta, de 28 anos, com três crianças. ‘As pessoas estão cansadas. Uma pessoa que ganha um salário mínimo não pode comprar nem molho de tomate.'”

Lula não vai agendar uma palestra em Caracas?











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