PRIMEIRA EDIÇÃO DE 17-8-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 17 DE AGOSTO DE 2017
Obrigado a parcelar salários do servidor talvez já a partir de setembro, o governo do Distrito Federal elabora um arrojado pacote de medidas de corte de gastos que só em salários representam R$1,7 bilhão por mês. O “Pacote Salvação”, como foi batizado internamente, a ser lançado até o fim de agosto, extinguirá cargos, órgãos, gratificações e medidas que oneram os cofres públicos, e promoverá privatizações.
A única empresa controlada pelo governo do DF que não será passível de privatização é o BRB, o Banco de Brasília.
Um PDV (Plano de Demissão Voluntária) só não vai sair no DF por falta de dinheiro. A menos que o governo federal pague as indenizações.
Além de “gratificações mandrake” que oneram a folha em mais de 30%, o DF ainda sustenta regalias já extintas em boa parte dos Estados.
O governo do DF é dono de um shopping, de imóveis “funcionais” e até inúmeros lotes residenciais em áreas nobres, como o Lago Sul.
O plano de trabalho da CPI do BNDES prevê “análise minuciosa” de vantagens para a Justiça das informações obtidas em depoimentos de beneficiários de acordos de delação premiada, como Joesley JBS e cia. O plano é assinado pelos senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente, e Roberto Rocha (PSB-MA), relator da CPI. Alguns acordos não protegeram o interesse público, suspeitam os senadores.
A CPI do BNDES cita o caso da J&F/JBS como um dos exemplos de acordos “exageradamente benéficos” aos criminosos.
O documento da CPI lembra que acordos sequer resultaram em prisão, e acordos “exageradamente benéficos” para os bandidos.
O plano da CPI do BNDES prevê trabalhos até o fim de setembro, quando serão ouvidos depoimentos de testemunhas e investigados.
Para o senador Randolfe Rodrigues, a CPI do BNDES deve investigar empréstimos “a partir de 1997”. O objetivo é proteger os governos do PT e alcançar os anos FHC. Já analisar delações sobre o banco...
Especialista em contas públicas, Raul Veloso ficou espantado ao ouvir o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) afirmar que inflação menor “causará perda de arrecadação”. Para ele, “isso é maluquice”.
Ganha cada vez mais adeptos o projeto da senadora Maria do Carmo (DEM-SE) que regulamenta o artigo da Constituição que prevê avaliação regular de servidores e a demissão dos incompetentes.
Tramita na Câmara projeto que pretende punir com prisão, sem direito a fiança, quem cria “páginas ofensivas e difamatórias” contra políticos na internet. A autora é Soraya Santos (PMDB-RJ), ligada a Eduardo Cunha. Ela e o líder certamente se acham reservas morais da Nação.
Jornalões, especialmente de São Paulo, souberam ontem o que os leitores desta coluna já sabem há dias: há suspeita de sabotagem na queda do avião do ex-senador boliviano Roger Molina, que morreu.
Na lista das empresas que mais lucraram em 2017, cujas ações são negociadas na Bovespa, chama atenção a Eletrobras: no 2º semestre de 2016 lucrou R$12,7 bilhões. Este ano, apenas R$305 milhões.
O Conselho Nacional de Justiça promete agir, recebendo denúncia contra a juíza do Trabalho, Elisângela Smolareck, de Brasília. Ela exigiu do Banco do Brasil, em uma ação, reduzir sua defesa de 113 para 30 páginas, e ainda ameaçou com multa de R$30 mil. O advogado tem o direito de escrever o que e quanto considerar necessário.
Circula nas redes sociais e Whatsapp um aviso aos alagoanos sobre o próximo dia 20: “Feche a porta, tranque o portão, solte os cachorros, ligue a cerca elétrica e alarme, guarde economias e cartões de crédito, feche seu comércio: Lula estará em Penedo, Arapiraca e Maceió”.
...Dilma trataria diferente a meta fiscal: “Vamos deixar a meta aberta. Quando nós atingirmos a meta, dobramos a meta”.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
EX-MINISTRO PETISTA, PALOCCI TEM OUTRO PEDIDO DE LIBERDADE NEGADO
É O SEGUNDO PEDIDO DE LIBERDADE DE PALOCCI NEGADO PELO TRF-4
Publicado: quarta-feira, 16 de agosto de 2017 às 17:31 - Atualizado às 17:50
Redação
Nesta quarta-feira (16) o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, negou mais um pedido de liberdade para o ex-ministro Antonio Palocci.
Esse é o segundo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro petista e negado pelo TRF4. Além do tribunal, o STF e o STJ também negaram a liberdade ao ex-ministro.
Palocci foi preso em setembro de 2016, durante a deflagração da 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Omertá.
O juiz federal Sérgio Moro condenou Palocci a 12 anos, 2 meses e 20 dias pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

GEDDEL VIEIRA LIMA
EX-MINISTRO DE TEMER É DENUNCIADO POR OBSTRUÇÃO DE JUSTIÇA
GEDDEL VIEIRA LIMA TERIA PRESSIONADO LOBISTA PARA NÃO FAZER DELAÇÃO
Publicado: quarta-feira, 16 de agosto de 2017 às 15:47
Redação
O ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo do presidente Michel Temer), foi denunciado pelo Ministério Público Federal nesta quarta-feira, 16, pelo crime de obstrução de Justiça no âmbito das operações Sépsis e Cui Bono?. A acusação tem como base a suposta pressão exercida pelo peemedebista para que o corretor Lúcio Bolonha Funaro permanecesse em silêncio e não partisse para um acordo de colaboração premiada.
Na denúncia, os procuradores Anselmo Lopes Cordeiro e Sara Moreira citam as ligações de Geddel para a esposa de Funaro, Raquel Pitta. Para os investigadores, as ligações “declaradamente amigáveis” intimidavam indiretamente o corretor apontado como operador financeiro do grupo político do qual Geddel faz parte, o PMDB da Câmara.
Segundo o MPF, ao realizar essas ligações, Geddel tentou embaraçar as investigações contra a organização criminosa alvo da Sépsis e Cui Bono? – a primeira apura corrupção na liberação de valores do Fi-FGTS e a segunda mira irregularidades na vice-presidência de Pessoa Jurídica da Caixa.
Em depoimento à PF, a mulher de Funaro disse que Geddel passou a fazer ligações ‘insistentemente’ após a prisão do marido, querendo saber do ‘estado de ânimo’ dele, e que esses contatos feitos em horários noturnos “passaram a incomodar”.
Raquel Pitta disse ter ouvido do marido que “ele [Geddel] está sendo homem e cumprindo o combinado”. Mas ela não explicou que combinado era esse, apenas imaginava que seria alguma “assistência à família”.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES 
O Exterminador sem Futuro
Por Eliziário Goulart Rocha
Lula, em seus delírios de imperador do pântano, coloca entre suas prioridades na sonhada volta ao poder justamente o fim da liberdade de expressão
Quarta-feira, 16 ago 2017, 19h07
Riscos de linchamento moral nas redes sociais à parte, todos os brasileiros são livres para expressar sua opinião. Em uma democracia, pensamentos divergentes não são apenas permitidos, mas altamente desejáveis. Redes sociais abrigam pessoas de diferentes classes econômicas, níveis culturais, regiões, credos, etnias e estilos de vida. É natural, portanto, que as opiniões colidam e nem sempre se pautem pela lógica, pelo bom senso e pela compostura.
Mas, quando se trata de gente muito bem informada – sobretudo jornalistas –, espera-se um discernimento acima da média. Pessoas assim não podem alegar falta de informação para embarcar em papo furado de empresários malandros e políticos enrolões. Cair na conversa mole da viva alma muito viva é como acreditar no patriotismo de wesleys safadões. Neste caso, quem sobe voluntariamente a bordo de uma canoa afundada por excesso de safadeza está consciente do que faz.
Jornalista defendendo com fervor um homem com vários processos por corrupção nas costas já soa bastante estranho. Mas o que torna tal atitude um ato da mais absoluta sandice é o fato de que o personagem em questão, ainda em seus delírios de imperador do pântano, coloca entre suas prioridades na sonhada volta ao poder justamente o extermínio da liberdade de expressão.
Em discurso na Faculdade de Direito da UFRJ no último fim de semana, Lula retomou um de seus temas prediletos: calar a imprensa. “Eu errei quando não fizemos a regulação da mídia. Eles têm que saber que têm que trabalhar muito para não deixar eu voltar a ser candidato. Se eu for candidato, eu vou ganhar e vou fazer a regulação da mídia”, ameaçou o exterminador sem futuro. “Não vou morrer até voltar a governar com vocês este País”, exaltou-se o homem sempre embriagado de poder.
“Eles”, no caso, são todos os jornalistas que não se curvaram à seita, nem estão a soldo de projetos pessoais de poder. Para estes, censura e perseguição. Para a mídia amestrada, verbas e cargos. Talvez alguns sejam apenas ingênuos, mas ingenuidade está longe de ser virtude neste ofício.

NO BLOG DO JOSIAS
Câmara troca superfundo por cheque em branco
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 17/08/2017 04:44
Sempre prontos a sofrer na própria pele insuportáveis vantagens, os parlamentares encontraram uma saída honrosa para a desonra que se abateria sobre eles caso insistissem na ideia de borrifar R$ 3,6 bilhões do contribuinte no financiamento das eleições de 2018. Discute daqui, negocia dali, entraram no lugar do superfundo eleitoral as palavras mais belas da Língua Portuguesa: “Cheque em branco”.
Ficou acertado que o relator Vicente Cândido (PT-SP) passará a borracha no trecho da proposta que destina 0,5% das receitas líquidas da União para a caixa registradora das campanhas. Assim, o superfundo será criado, mas permanecerá vazio até que a Comissão de Orçamento do Congresso defina a cifra que irá recheá-lo. Amanhã, quando a opinião pública não estiver olhando, nada impede que a esperteza se junte ao cinismo para elevar ainda mais o valor do Bolsa Eleição.
Finalmente, uma boa notícia: não houve nas últimas horas nenhum aumento na taxa de desfaçatez dos congressistas que negociam a suposta reforma política. Continua nos mesmos 100%. A votação foi adiada para a semana que vem. Falta chegar a um acordo quanto a outros pontos da proposta.

Em vez de trocar nome, PMDB deveria considerar hipótese da autodissolução
Por Josias de Souza
Quinta-feira, 17/08/2017 03:17
O PMDB decidiu que vai voltar a se chamar MDB. O truque é antigo. Foi ensinado pelos portugueses. Chama-se o Cabo das Tormentas de Cabo da Boa Esperança e imagina-se que tudo está resolvido.
“Queremos ganhar as ruas”, disse Romero Jucá, presidente da sigla. Se o objetivo é esse, há uma fórmula infalível: o partido de Michel Temer poderia aprovar em convenção nacional um requerimento de autodissolução, a bem da moralidade pública. As ruas bateriam palmas.
Em 1966, um paradoxo deu à luz o MDB: após extinguir todos os partidos, a ditadura militar autorizou o funcionamento de apenas dois — um contra o regime, outro a favor.
Enrolados na bandeira do combate à tirania representada pela Arena (Aliança Renovadora Nacional), ficou fácil para os fundadores do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) transformar sua logomarca num ativo politicamente atraente.
Na transição para a democracia, com o ‘P’ já incorporado ao nome, o PMDB recepcionou em seus quadros José Sarney, apoiador e grande amigo da ditadura até seis meses antes. Desde então, uma maldição persegue a legenda. Sarney viraria presidente da República graças a uma cilada das bactérias que invadiram o organismo de Tancredo Neves, para impedir que assumisse o trono obtido em eleição indireta.
Em meio século de existência, o PMDB foi à sorte das urnas em eleições para a Presidência da República apenas duas vezes. Numa, em 1989, Ulysses Guimarães amealhou irrisórios 4,7% dos votos válidos. Noutra, em 1994, Orestes Quércia arrebanhou ínfimos 4,4%. O partido tornou-se prisioneiro de uma contradição: gigante no Legislativo, optou por ser subalterno no Executivo. Virou sócio minoritário dos governos do PSDB e do PT. Manteve com ambos um matrimônio político lastreado pelo patrimônio público.
O PMDB percebeu que, no Brasil, o dinheiro do Orçamento sai pelo ladrão porque os ladrões entram no Orçamento. A legenda fez dos cofres públicos seu habitat natural. De repente, decorridos 31 anos da vitória de Tancredo no Colégio Eleitoral, um raio caiu no mesmo lugar pela segunda vez. Com Temer, outro vice com destino de versa, o PMDB chegou ao Planalto novamente sem passar pela pia batismal das urnas. Achou que podia plantar bananeira no Tesouro Nacional.
O MDB representava os ideais da Humanidade. O PMDB pode ser a favor de tudo ou absolutamente contra qualquer outra coisa. Basta que paguem o seu preço. A troca de nomes não fará do Cabo das Tormentas um Cabo da Boa Esperança. Seja qual for a sigla, todos sabem que dessa moita não sai mais coelho. Sai víbora, Sarney, jacaré, Temer, abutre, Renan, morcego, Jader, escorpião, Jucá, hiena, Cunha…
Em situações assim, tão desesperados, só a autodissolução pode promover um reencontro com o meio-fio. A morte costuma atenuar os julgamentos negativos. No caso do PMDB, o único inconveniente é que o partido talvez tenha que morrer uma dúzia de vezes.

NO O ANTAGONISTA
A delação adiada
Brasil Quinta-feira, 17.08.17 07:06
A delação de Antonio Palocci só deve ser negociada por Raquel Dodge, diz Matheus Leitão.
“A avaliação de hoje na Lava Jato é que, provavelmente, não dará tempo de o Ministério Público Federal examinar se aceita ou não a proposta antes do fim do mandato de Rodrigo Janot”.
Isso é bom para Michel Temer.
Lula, o principal alvo de Antonio Palocci, vai ficar na mão de sua PGR.
Raquel Dodge não quer auxílio-moradia
Brasil 16.08.17 20:37
A futura PGR, Raquel Dodge, enviou ofício ao atual, Rodrigo Janot, pedindo a suspensão imediata de seu auxílio-moradia, informa Lauro Jardim.
A ideia era suspendê-lo até que fosse analisada a LDO de 2017, mas a possibilidade de a futura procuradora-geral abrir mão do benefício alvoroçou outros procuradores.
A consultoria jurídica da PGR, a quem Janot encaminhou o caso, disse não ver razão para sustar o pagamento.
Dodge toma posse na PGR no dia 18 de setembro.
COMO LULA DERRUBOU AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS E GEROU EMPREGO NOS EUA
Brasil Quarta-feira, 16.08.17 18:00
Não bastassem todas as ilegalidades envolvendo o financiamento do BNDES à JBS, a auditoria do TCU descobriu algo ainda mais grave: nosso dinheiro financiou a recuperação do setor de carnes nos EUA, derrubando as exportações brasileiras para o mercado americano.
No relatório de auditoria, sintetizado no voto do ministro Augusto Sherman, os técnicos ressaltam que as operações que favoreceram a JBS tinham por objetivo oficial "o aumento da participação do Brasil nas exportações mundiais", para consolidar o País como "maior exportador mundial de proteína animal".
Mas a análise dos números mostra, justamente, "uma evolução em sentido contrário".
Dizem os auditores:
"De 2007 a 2011, o volume de exportações de carne caiu 80,4% e, mesmo tendo havido recuperação nos últimos anos, os volumes exportados em 2014 ainda se encontravam aproximadamente 66% abaixo dos níveis de 2007."
Ou seja, o Brasil vivenciou a partir daquele ano "uma redução da participação no mercado mundial, com crescimento de seus principais competidores, EUA, Austrália e Índia, culminando em 2014 com a perda a posição de maior exportador mundial de carne para essa última".
A conclusão é espantosa:
"As aquisições pela JBS com apoio do BNDESPar, da terceira e da quinta maiores empresas de carne bovina nos Estados Unidos, em 2007 e 2008, não evitaram a queda no volume de exportações de carne bovina brasileira nos anos seguintes, mas foram importantes para consolidar a recuperação dos Estados Unidos no aludido mercado de exportação."
Na prática, a política de Lula tirou emprego de brasileiros para dar a americanos. Dá para entender por que Obama adorava "o cara".

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