PRIMEIRA EDIÇÃO DE 07-6-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 07 DE JUNHO DE 2017
O Brasil terá de exercitar a paciência, após o julgamento da chapa Dilma-Temer: caso os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anulem o registro da candidatura e, portanto, o mandato hoje exercido por Michel Temer, a novela terá vários outros capítulos até a sentença ser considerada transitada em julgado. A começar pelos embargos de declaração, primeira medida a ser adotada pela defesa dos acusados.
Se houver condenação, o TSE terá de julgar embargos de declaração. Mas ainda restará recursos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes de julgar o recurso extraordinário ao STF, será concedida vista à Procuradoria Geral da República.
O STF definirá a data de julgamento do recurso, mas são comuns os pedidos de vistas. E ainda haverá embargos de declaração no STF.
Em caso de condenação, Temer teria tantas chances de recurso que muitos apostam em solução definitiva só após o fim do seu mandato.
O ministro Edson Fachin está indignado com os ataques que tentam afastá-lo da relatoria da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, se ficou triste, também está tranquilo. Ele é o que os amigos e auxiliares definem como “um homem de bem”, cuja trajetória pessoal e profissional jamais seria afetada por um delator tentando desqualificar quem o denunciou ou julgará seus vários crimes.
Exatamente por estar tão tranquilo, o próprio Fachin transferiu ao plenário do STF a decisão de mantê-lo ou não na relatoria.
Aos desavisados, convém lembrar que Fachin tem muito tempo pela frente: ele permanecerá no STF nos próximos 16 anos.
Dentro de quatro anos, o ministro Fachin vai presidir o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, em oito, o próprio STF.
Foi uma auditora da Receita, e não procuradores ou policiais federais, que vazou a busca e apreensão na casa do ex-presidente Lula para um namorado, que repassou a informação a um blogueiro petista.
Solicitados a palpitar sobre o julgamento do TSE, 49,2% dos brasileiros acham que Michel Temer vai perder o mandato e 48,4% dizem que ele fica no cargo. O levantamento nacional foi do Paraná Pesquisas.
O Paraná Pesquisa quis saber dos entrevistados como o TSE deveria decidir com a chapa Dilma-Temer: 79,6% querem a condenação dos acusados, mas 16,8% gostariam que Michel Temer ficasse.
A JBS de Joesley Batista não está apenas vazando do Brasil, onde tem apenas 20% da sua operação, atualmente, após levar tudo o que podia do BNDES. Está vendendo à rival Minerva S.A unidades do grupo na Argentina, Paraguai e Uruguai por US$280 milhões (R$1,3 bilhão).
Curiosamente, as boas notícias na economia teimam em aparecer, apesar da crise política, por isso cresce a certeza que a taxa Selic vai sinalizar positivamente, caindo um ponto, na reunião do Copom.
O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo, prevê que o texto da reforma trabalhista, aprovada ontem na comissão de assuntos econômicos, irá à sanção do presidente antes do recesso de julho.
Conversa animada de juristas esta semana, no restaurante “Bloco C”, em Brasília, sobre a gravação de Temer com Joesley, concluiu que o presidente estaria sujeito no máximo à acusação de prevaricação.
De acordo com a revista americana Forbes, especializada no mercado financeiro e negócios, “Wall Street (a sede de todos os grandes bancos e grupos de investimento) adora uma boa crise no Brasil”.
A ex-freira enroladíssima na Lava Jato assumindo a presidência do PT não lembra a piada da ex-religiosa na gerência do bordel?

NO DIÁRIO DO PODER
VAZAMENTO CONFIRMADO
AUDITORA CONFIRMA QUE VAZOU DADOS SOBRE OPERAÇÃO CONTRA LULA
AUDITORA CONFIRMA VAZAMENTO DE AÇÃO CONTRA LULA PARA BLOGUEIRO

Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 19:03 - Atualizado às 19:05
Por André Brito
A auditora da Receita Federal, Rosicler Veigel confirmou em depoimento que contou ao então namorado Francisco José de Abreu Duarte, classificado por ela mesma como "muito petista", que haveria uma "bomba" na operação Lava Jato com relação ao ex-presidente Lula e ele repassou as informações porque "tudo vaza na Operação Lava Jato", revelou o Antagonista.
No relato, Rosicler explica como conheceu o namorado e tenta se esquivar de qualquer culpabilidade até que desiste e conta que, no dia 24/2/2016, Francisco foi até a sua casa e devido à intimidade comentou "uma 'bomba' relacionada a Lula estava se desenrolando no âmbito do seu trabalho". Em seguida, Francisco teria pedido mais detalhes e Rosicler revelou que haveria uma "busca em endereços vinculados a Lula" e que, inclusive estava com uma cópia da decisão judicial.
Segundo Rosicler, Francisco pegou "de modo furtivo" a decisão e fez inúmeras ligações enquanto ela estava no quarto. Rosicler afirma que, quando descobriu e questionou Francisco ele teria dito que "queria noticiar sobre o teor da decisão" e que "tudo vaza na Operação Lava Jato".
A auditora explicou que não imprimiu a decisão com a intenção de mostrá-la ao namorado, mas por não gostar de ler documentos na tela de computador. Ela explicou que só teve certeza da divulgação quando apareceu a publicação no Blog da Cidadania. Rosicler afirmou que não procurou seus superiores "por medo e vergonha" e que "nunca teve a intenção de divulgar isso".
Confira o trecho em que a auditora resolve contar a verdade sobre o vazamento.
LAVA JATO
RENATO DUQUE QUER FALAR A MORO SOBRE PROPINA PAGA AO PT
EX-DIRETOR DA PETROBRAS PEDIU PARA COLABORAR COM A LAVA JATO

Publicado: terça-feira, 06 de junho de 2017 às 17:43
Redação
O ex-diretor de serviços da Petrobras, Renato Duque quer “colaborar com a Justiça”. A defesa do réu da Operação Lava Jato protocolou nesta segunda-feira, 05, um pedido ao juiz Sergio Moro para que ele seja ouvido novamente no processo em que é acusado de receber propina do cartel de empreiteiras que atuava na estatal.
A defesa de Duque afirmou que seu cliente quer colaborar com as investigações da Lava Jato “independente de formalização de acordo de colaboração”.
“O ora Peticionante deseja ser reinterrogado, pois deseja colaborar espontaneamente com a Justiça. Ao final o requerente manifesta seu interesse de continuar colaborando com todas as investigações das quais tenha conhecimento de fatos relevantes sobre a Petrobras”, escreveu o defensor do ex-diretor.
Nas primeiras vezes em que ficou diante de Moro, Duque pediu para ficar calado.
Agora, no entanto, ele está em tratativas com a Lava Jato para fechar acordo de delação premiada. Ao romper o silêncio, no início do mês passado, o indicado pelo PT ao cargo na Petrobras disse que Lula tinha conhecimento do esquema de propinas na estatal e que comandava tudo. Afirmou ainda que Lula teria dito a ele, num encontro em Congonhas, em julho de 2014, que não poderia ter contas no exterior e que se tivesse algo, deveria destruir.
Em sua delação, Duque deve falar sobre a propina recebida pelo PT em contratos da Sete Brasil, empresa criada para a construção de sondas de exploração de petróleo da estatal.
Duque já foi condenado a 57 anos de cadeia, em diversas ações na Lava Jato.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Só a morte da Justiça Eleitoral pode salvar Dilma e Temer
A chapa vitoriosa em 2014 só escapará do castigo se a maioria dos ministros do TSE mandar às favas à lei e submeter a Justiça aos interesses dos réus
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 07 jun 2017, 00h27 - Publicado em 6 jun 2017, 21h11
Os brasileiros saberão nesta semana se o Tribunal Superior Eleitoral ouve exclusivamente o que diz a lei ou também ouve os sussurros de quem acha que a Justiça deve subordinar-se ao quadro político e econômico que aflige o Brasil. A resposta será dada pelos sete ministros que, a partir desta terça-feira, 06, escreverão o epílogo do julgamento da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014, acusada de abuso de poder político e econômico na campanha presidencial.
Essa dupla não teria quaisquer chances de salvação se os julgadores se ativessem apenas a critérios jurídicos ─ e, na hora de votar, não fechassem os olhos à montanha de provas que incriminam a dobradinha que fez o diabo para ganhar a eleição. Os fatos berram que os dois parceiros foram financiados por dinheiro sujo. Ambos sempre souberam de onde vinha a enxurrada de doações multimilionárias, ambos sempre desfrutaram sem remorso das relações promíscuas entre larápios com foro privilegiado, figurões do Executivo e bandidos de estimação premiados com o segredo do cofre do BNDES. .
Dilma já é carta fora do baralho: caso preserve os direitos políticos e se atreva a disputar uma vaga no Senado, será aposentada com humilhação, e definitivamente, pelas urnas de 2018. O protagonista da novela em curso no TSE é Temer. Se o julgamento não for interrompido por outro pedido de vista, formulado por algum cúmplice desprovido do sentimento da vergonha, Temer só escapará do castigo se a maioria dos ministros mandar às favas à legislação eleitoral e agarrar-se à falácia segundo a qual o mundo político e a política econômica não sobreviverão a mais uma troca de guarda no Planalto.
Nessa hipótese, o Tribunal Superior Eleitoral se transformará em mais uma corte reduzida a puxadinho dos podres poderes, habitado por juízes sem juízo e, por isso mesmo, prontos para submeter-se aos interesses de empresários com medo de falência ou pais da pátria com medo de cadeia. Nem por isso a esperança estará revogada. Os que sonham com a rendição do Brasil decente primeiro precisam conseguir a capitulação da República de Curitiba. É tarde demais para paralisar a Lava Jato personificada não por Rodrigo Janot, mas por Sérgio Moro.

NA VEJA.COM
TSE decidirá nesta quarta sobre delação da Odebrecht como prova
Advogados de Dilma Rousseff e Michel Temer pedem que depoimentos sejam desconsiderados por 'alargarem' objeto de ação que pode cassar chapa
Por João Pedroso de Campos
Terça-feira, 06 jun 2017, 23h40 - Publicado em 6 jun 2017, 23h33
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu a primeira das quatro sessões que definirão, nesta semana, se a chapa formada pela ex-presidente Dilma Rousseff(PT) e o presidente Michel Temer (PMDB) na eleição de 2014 será cassada por abuso de poder econômico e político. A sessão desta terça-feira começou às 19h, com a leitura de um resumo da ação até o momento pelo relator, ministro Herman Benjamin, à qual se seguiram as manifestações das defesas do PSDB, autor da ação, e de Dilma e Temer.
Ao final do dia de julgamento no TSE, foram negadas quatro questões preliminares dos advogados da ex-presidente. O mais importante dos questionamentos, no entanto, apresentado pelos defensores da petista e do peemedebista, será decidido na sessão desta quarta-feira: a inclusão ou não das delações premiadas da Odebrecht e do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura nos autos considerados no julgamento.
Foi este um dos pontos centrais das sustentações orais de Flávio Caetano, advogado de Dilma Rousseff, e de Marcus Vinícius Coelho e Gustavo Bonini Guedes, que defendem Michel Temer. Os três pedem que as delações premiadas sejam descartadas como provas por supostamente “alargarem” o objeto inicial da ação proposta pelo PSDB contra a chapa reeleita em 2014.
No recurso apresentado pelos tucanos para pedir a cassação da chapa, os argumentos de abuso de poder econômico e político envolviam temas como o uso de palácios, a ocultação de dados econômico-sociais negativos e a realização de comícios supostamente irregulares. Na época, o partido anexou ao processo apenas os depoimentos de dois dos primeiros delatores da Lava Jato, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Nenhum dos dois, porém, relatou repasses irregulares da Petrobras à campanha de Dilma e Temer em 2014. Paulo Roberto Costa deixou a petroleira em 2012.
Para o advogado de Dilma, que dividiu sua fala entre “pré-Odebrecht” e “pós-Odebrecht”, um “novo processo” foi aberto a partir das delações de executivos da empreiteira. Caetano alega que os depoimentos da Odebrecht, além das colaborações premiadas de Santana e Mônica, “extrapolam os fatos da ação proposta e devem ser desconsiderados”.
Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Furtado Coelho disse que “estamos diante de uma matéria clara de alargamento da causa”, enquanto Bonini Guedes afirmou que “se forem aceitas provas não alegadas na inicial, será uma mensagem a toda Justiça Eleitoral em todas as instâncias, que passarão a aceitar provas fora da inicial”. A respeito da delação da empreiteira, Gustavo Guedes ainda declarou que “não é possível que o presidente Michel Temer pague a conta da história da corrupção no Brasil”.
Em sua manifestação, o vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino reforçou seu pedido pela cassação da chapa e disse, a respeito das delações premiadas, que “parece estar havendo uma confusão entre o que seria fato novo e provas que foram detectadas em relação aos fatos detalhados no processo judicial”. “Não há alargamento [do objeto da ação]”, completou. Os advogados do PSDB, José Eduardo Alckmin e Flávio Costa Pereira, também defenderam a validade das colaborações como prova.
Separação da chapa
Unidas contra o aproveitamento das provas das delações da Odebrecht e na negação de irregularidades na contratação de gráficas pela chapa Dilma-Temer, as defesas da petista e do peemedebista estão em lados opostos em relação à separação da chapa no julgamento.
O advogado de Dilma Rousseff disse que a “prestação de contas é única” e que Temer, como integrante da chapa de Dilma, não pode tentar separar seu destino do dela. “Se entrarmos no site do TSE e pedirmos prestação de contas de Michel Temer, não vamos encontrar. Vamos encontrar que não foi prestado. Claro que não foi. A prestação é única, foi prestada junto com Dilma, [com] assinatura de Dilma, Michel e Edinho Silva, que foi o único tesoureiro. Aquilo que a Constituição uniu não cabe ao candidato a vice desunir”, afirmou o advogado de Dilma.
Flávio Caetano concluiu argumentando que “se Michel Temer quisesse votar apenas em si próprio, ele iria à urna, apertaria o 13 e votaria em Dilma Rousseff também”.

NO RADAR ON-LINE
Em um mês, Palocci vai se encontrar 19 vezes com Moro
Agenda disputada
Por Pedro Carvalho
Terça-feira, 06 jun 2017, 19h30
A agenda de Antonio Palocci está para lá de concorrida. Em um mês (12/06 a 12/07), o ex-ministro vai se encontrar um total de 19 vezes com Sergio Moro.
Além de um encontro diário em nove datas, em 12, 19 e 23 de junho, e 3 e 7 de julho, o ex-ministro da Fazenda vai comparecer a sala de audiência duas vezes no mesmo dia.
Quando disse em uma das audiências com Moro que tinha material para um ano de investigação, Palocci não estava brincando.

NO BLOG DO JOSIAS
No TSE, o tucanato finge que Temer não existe
Josias de Souza
Quarta-feira, 07/06/2017 05:24
Autor das ações que resultaram no processo contra a chapa Dilma-Temer, o PSDB foi representado na reabertura do julgamento por dois advogados: José Eduardo Alckmin e Flávio Henrique Costa Pereira. Dividiram ao meio os 15 minutos destinados à acusação. Revelaram-se capazes de quase tudo, menos de citar o nome de Michel Temer, cujo mandato está, em tese, sob risco.
Relator do processo, o ministro Herman Benjamin ajudou a explicar por que a acusação do tucanato perdeu o nexo e passou a fingir que Temer não existe. O ministro explicou que a cena política mudou profundamente desde que o PSDB moveu quatro ações para tentar impugnar a chapa eleita em 2014.
“De lá até agora, mudou-se por impeachment parlamentar o presidente da República”, disse Benjamin, evocando a deposição de Dilma Rousseff. “Além disso, o partido que iniciou os processos (PSDB) virou o principal parceiro da coalizão de sustentação do novo presidente (Temer), que continua réu nas quatro ações”, unificadas pelo TSE num único processo.
José Eduardo Alckmin, o primeiro advogado a falar pelo PSDB, disse ser “indubitável” que os “ilícitos” cometidos pelo comitê vencedor “configuram o abuso do poder econômico, abuso do poder político e também a falta de observância das regras de arrecadação e despesas das campanhas eleitorais.” Para ele, ficou provado que Dilma sabia das ilegalidades. O doutor não disse palavra sobre a hipótese de cassação do mandato de Temer.
Flávio Pereira ecoou o colega: “Nossos adversários disseram que estaríamos iniciando um terceiro turno, desfazendo da ação do PSDB como se ela nascesse natimorta. O tempo passou. As provas vieram sendo coligidas, os fatos foram surgindo. E o que é inquestionável, hoje, é que a eleição de Dilma Rousseff como presidente se deu de modo abusivo.” De novo, nada sobre Temer, o número 2 da chapa.
A plateia do TSE estava apinhada de estudantes de Direito. Dirigindo-se à rapaziada, Herman Benjamin recomendou que não cometessem o equívoco de imaginar “que todos os malfeitos éticos e eleitorais” se esgotam no PT e no PMDB, os dois maiores partidos da coligação de Dilma. O relator do processo insinuou que o PSDB e seu presidente, Aécio Neves, só não estão no caldeirão da Justiça Eleitoral porque a lei não permite incluir os acusadores no processo em que figuram como autores.
“Importante esclarecer, de início, que o foco dos presentes autos se concentra na coligação ‘Com a Força do Povo’ (de Dilma) simplesmente por uma questão formal”, disse Benjamin. “Movida a ação por uma coligação ou partido, não pode no curso da instrução incluir ilícitos praticados pelos autores ou por outros partidos que tenham participado do pleito.”
O ministro chegou a sugerir mudança na legislação — uma “alteração legislativa” que permita o processamento de acusadores que se revelarem suspeitos no curso da investigação. “O objetivo maior das ações eleitorais, além de punir candidatos vencedores, vem a ser garantir a normalidade das eleições como um todo, contra a influência do poder político ou econômico.” Benjamin lembrou que delatores ouvidos no processo disseram que o Caixa Dois e a corrupção são práticas antigas e generalizadas.

TSE não pode ignorar a fome de limpeza no ar
Josias de Souza
Terça-feira, 06/06/2017 20:54
Quem quiser alcançar a dimensão do que está acontecendo no TSE precisa levar em conta o seguinte: o julgamento da chapa Dilma-Temer interessa muito mais ao País do que aos envolvidos. Para o Brasil, diante das provas reunidas em dois anos de investigação, uma absolvição da chapa pareceria um absurdo incompatível com a fome de limpeza que está no ar. Para Dilma e Temer, a condenação seria apenas mais uma escala rumo ao fundo do poço.
Transformada em lavanderia de verbas sujas pelos partidos que roubaram dinheiro da Petrobras e de outros cofres, a Justiça Eleitoral revelou-se incompetente para fiscalizar. Socorrido pela Lava Jato, o TSE tem a oportunidade de se redimir. Valente na hora de cassar prefeitos dos fundões do Brasil e governadores do Norte e do Nordeste, o tribunal julga pela primeira vez uma chapa presidencial. Pode construir uma pirâmide ou assar pizzas.
Dilma está sujeita a perder os direitos políticos. Ficaria proibida de pedir votos por oito anos. Como suas chances eleitorais são mínimas, o prejuízo é próximo de zero. Temer pode perder o mandato. Nessa hipótese, vai recorrer ao próprio TSE e ao STF. São tantas as encrencas em que se meteu que ninguém sabe se ainda será presidente quando os recursos forem julgados. A conjuntura pessoal de políticos que não se deram ao respeito é volátil. A história de um país merece mais consideração. Um tribunal não tem o direito de negar no presente provas tão evidentes sobre a eleição passada. Sob pena de esculhambar o futuro.

NO O ANTAGONISTA
Temer empesteia a economia
Economia 07.06.17 07:06
Michel Temer se tornou um fator de instabilidade.
Empresários e banqueiros querem tirá-lo do governo mantendo a economia no lugar.
Leia o que disse Vinicius Torres Freire, na Folha de S. Paulo:
"Quase ninguém menciona o nome de Temer, como se fosse a peste. Mas há uma tentativa de organizar uma frente ‘business as usual’, tudo como dantes no quartel de Abrantes reformista (…).
Não se quer deixar a peteca cair, enquanto não se arruma uma solução político-judicial para:
1) tirar Temer, problema cada vez mais enrolado;
2) caçar recalcitrantes do Congresso e convencê-los a cumprir o programa da regência liberal, missão quase impossível;
3) garantir que a equipe econômica permaneça a mesma, um acordo tido quase como certo entre os donos do dinheiro."
Provas valem como provas?
Brasil 07.06.17 06:46
O TSE retoma hoje o julgamento de Dilma Rousseff e Michel Temer às 9.
Os jornais dizem que os ministros precisam decidir, antes de tudo, se os depoimentos dos delatores valem como provas.
Na verdade, o TSE tem de decidir se provas valem como provas.
Marcelo Odebrecht e João Santana já foram condenados pelos pagamentos de propina à offshore do marqueteiro do PT, e as planilhas, os contratos forjados e os extratos das contas bancárias no exterior foram anexados ao processo do TSE.
Bom dia, Temer
Brasil 07.06.17 06:42
Michel Temer acordou de bom humor.
Já são 6h42m e, até agora, nenhum de seus operadores foi preso.
Temer é o maior fator de instabilidade do Brasil
Brasil 07.06.17 06:29
Gilmar Mendes disse no TSE:
“Temos uma situação bastante singular, que não deve se tornar comezinha: a impugnação de uma chapa presidencial, num grau de instabilidade que precisa ser devidamente considerado”.
Se é assim, o TSE tem de cassar o mandato de Michel Temer. Ao lado de Lula, ele se tornou o maior fator de instabilidade do País.
A verdade o condenará
Brasil 07.06.17 06:11
O advogado de Lúcio Funaro disse à Folha de S. Paulo:
"Sob a luz da Bíblia, Lúcio está convencido de que só a verdade o libertará".
Michel Temer planta na imprensa que, depois de setembro, quando tiver instalado um subordinado na PGR, poderá governar sem sobressaltos.
Mas ele está enganado: a verdade de Lúcio Funaro o condenará.
EXCLUSIVO: TEMER VIAJOU COM MARCELA NO JATINHO DE JOESLEY
Brasil Terça-feira, 06.06.17 16:22
O Antagonista descobriu que Michel Temer usou ao menos duas vezes o jatinho de Joesley Batista, para viajar com Marcela, para a Bahia e Porto Alegre.
Uma da viagens ocorreu em janeiro de 2011, logo que Temer assumiu o mandato de vice-presidente. Eles foram para Comandatuba (BA) no Learjet de matrícula PR-JBS.
Na recepção ao casal, Marcela ganhou um buquê de flores - o gesto de cortesia de Joesley despertou ciúmes no peemedebista.
O desmentido do desmentido
Brasil Quarta-feira, 07.06.17 06:08
Michel Temer pode tentar desmentir a imprensa, como no caso de suas viagens no jatinho de Joesley Batista.
Mas a verdade dos fatos vai persegui-lo até o fim do mandato.
Verdades e mentiras
Brasil 07.06.17 06:04
O Palácio do Planalto, ontem à tarde, encaminhou nota a O Antagonista desmentindo as viagens de Michel Temer no jatinho de Joesley Batista.
Depois que o Jornal Nacional, Folha de S. Paulo e O Globo confirmaram o fato, porém, foi preciso inventar outra lorota.
Segundo O Globo, a assessoria do presidente da República “informou não ter sido possível levar o assunto na noite de ontem a Temer”.

O pedido do MPE pela cassação da chapa
Brasil Terça-feira, 06.06.17 23:06
Confiram aqui a íntegra do pedido do Ministério Público Eleitoral pela cassação "como um todo" da chapa Dilma-Temer.
Quem cassa mais?
Brasil 06.06.17 21:53
Gilmar Mendes e Herman Benjamin travaram o primeiro embate respeitoso do julgamento.
Gilmar, ao interromper o relator, disse que o TSE cassa mais do que a ditadura.
Benjamin completou:
"A ditadura cassa quem defende a democracia. A Justiça Eleitoral cassa quem a viola."
Andrezinho está foragido
Brasil 06.06.17 21:07
Alvo de mandado de prisão hoje na nova fase da Operação Sépsis, André Luiz de Souza, o Andrezinho, foi colocado pelo PT no conselho do FGTS.
O Antagonista já falou de Andrezinho antes.
Chegaram no "Andrezinho"
Brasil 21.03.16 18:50
O Globo informa que delatores da Carioca Engenharia revelaram o pagamento no exterior de propinas desviadas das obras do Porto Maravilha a André Luiz de Souza, o Andrezinho, que foi do conselho do FGTS e do FI-FGTS.
O Antagonista já revelou detalhes da atuação de Andrezinho, que trabalhou diretamente com Clara Ant no Instituto Cidadania, o precursor do Instituto Lula.
Andrezinho é uma espécie de ideólogo do "Minha Casa Minha Vida". Ele liberou dinheiro do FGTS para obras da Odebrecht e da OAS, inclusive autorizando a compra de debêntures emitidas para erguer o edifício Solaris, onde Lula tem seu triplex no Guarujá.
EXCLUSIVO: FGTS BANCOU OAS NA ARENA DO GRÊMIO
Brasil 05.02.16 12:19
O Antagonista já mostrou aqui que André Luiz de Souza, homem de Lula no conselho curador do FGTS, atuou na liberação de recursos para a construção do edifício Solaris, onde Lula tem seu triplex.
Agora, descobrimos que André Luiz de Souza também atuou na liberação de recursos do FGTS para a construção da Arena do Grêmio. A operação foi modelada pela empresa Nova Advisors, de Andrezinho.
A OAS gosta de dizer que construiu o estádio com recursos privados e um pequeno empréstimo do BNDES. Mas a maior parte do dinheiro que a OAS colocou na obra saiu de um fundo de investimento imobiliário cujas cotas foram adquiridas pelo FGTS.
Um dos diretores da OAS que comprou as cozinhas de Lula na Kitchens é Roberto Moreira Ferreira, membro do conselho de administração da Arena Porto-Alegrense, a empresa constituída pela OAS para construir a Arena do Grêmio.
Veja mais em:
ANDREZINHO DO PT MOVIMENTOU US$ 12 MILHÕES EM CONTAS NO EXTERIOR
Brasil 06.06.17 21:26
No despacho do juiz Vallisney de Oliveira, obtido por O Antagonista, André Luiz de Souza, o Andrezinho, é acusado de movimentar US$ 12 milhões em contas no Bradesco Grand Cayman, UBS A6 Zurich e Credit Suisse.
Segundo o MPF, os depoimentos de diversos colaboradores "apontam condutas criminosas de corrupção de André Luiz de Souza, constituindo, ainda, indícios contundentes de crimes de lavagem de dinheiro, pela manutenção de contas bancárias no exterior, não declaradas às autoridades brasileiras que eram destinatárias dos valores recebidos de propina, além de beneficiar, ilicitamente, as empresas do grupo Odebrecht".
O MPF diz ainda que "existem indícios de condutas ilícitas em curso, de lavagem e ocultação em valores milionários a André Luiz de Souza, que ainda precisam ser melhor elucidados, o que torna no presente momento a imprescindibilidade de sua preventiva".
O Antagonista sabe que Andrezinho era o operador do PT no conselho curador do FGTS. Antes, trabalhou diretamente com Clara Ant no Instituto Cidadania, de Lula. O MPF está no caminho certo.

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