PRIMEIRA EDIÇÃO DE 05-02-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 05 DE FEVEREIRO DE 2017
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, decidiu retirar qualquer prioridade do projeto do antecessor Renan Calheiros para punir “abuso de autoridade” contra quem o investiga. Eunício prefere buscar o diálogo com os demais Poderes “sem prepotência e sem embates”. Para ele, um projeto assim – que voltará à Comissão de Constituição e Justiça – “não pode ser usado como instrumento de retaliação”.
Eunício Oliveira é bem claro ao afirmar que o projeto de Renan contra abuso de poder não é pauta “premente ou urgente no Congresso”.
O presidente do Senado está muito empolgado com a ideia de liderar no Senado ações para desburocratizar o País e revogar leis obsoletas.
Para Eunício, é preciso “destravar o Brasil” removendo leis velhas para criar um ambiente favorável aos negócios e à geração de empregos.
Desde o discurso de posse, Eunício Oliveira faz questão de deixar claro que ele nada tem a ver com o antecessor na presidência do Senado.
As regalias no Senado parecem alheias à crise que desemprega 12 milhões de brasileiros. Dos 81 senadores, apenas 16 não recebem auxílio-moradia ou não ocupam imóvel funcional – sendo que três deles são os senadores da bancada do Distrito Federal. No ano passado, o Senado gastou quase R$1 milhão (exatos R$990 mil) só com auxílio-moradia, um acréscimo de R$ 5,5 mil aos vencimentos mensais.
Estão alojados em apartamentos funcionais em Brasília 50 dos 81 senadores. Cada unidade é avaliada, em média, em R$ 2,2 milhões.
Caso fossem vendidos, os apartamentos funcionais dos senadores renderiam R$107,8 milhões. Um alívio para as contas públicas.
Além de boa moradia, cada senador recebe R$ 45 mil por mês de verba indenizatória e R$ 33,7 mil de salário.
Não foram os policiais federais e ou os procuradores, nem muito menos o juiz Sérgio Moro, que se locupletaram do cargo ou aceitaram sítios ou apartamentos a título de propina, tampouco receberam “doações” milionárias das mesmas empreiteiras que roubavam o Brasil.
Faz a delícia de deputados do PT, na Câmara, a fofoca de suposto “clima” entre a ex-presidente Dilma e seu ex-advogado José Eduardo Cardozo, que também teria viajado à Europa. Coisa de gente perversa.
O PCdoB deu um baile no PT. Unindo-se a Rodrigo Maia, deixou os petistas sem cargos na Mesa da Câmara, assumiu protagonismo como partido de esquerda e tem a garantia de que a CPI da UNE será morta.
Azedou o clima entre os tucanos no Senado. Com a eleição de Paulo Bauer (SC) para líder da bancada, o senador Ricardo Ferraço (ES) saiu magoado. Aécio Neves (MG) trabalhou contra Ferraço, o favorito.
Massacrado na eleição para presidente da Câmara, o centrão perdeu força no Palácio do Planalto. Além da liderança do governo, o grupo não receberá mais espaço. Nem ministérios, nem diretorias.
Os jornalões descobriram esta semana o que os leitores desta coluna sabem desde 17 de dezembro. Contrariando as expectativas, Antonio Imbassahy (PSDB) virou mesmo ministro da Secretaria de Governo.
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) acredita que a reeleição de Rodrigo Maia para presidente da Câmara acalma DEM e o PSDB. “Há um entendimento de que vem turbulência por causa da Lava Jato”.
Humilhado na disputa para vice-presidente da Câmara, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) recebeu cumprimentos de deputados afirmando que votaram nele. “Agora todo mundo votou em mim”, ironiza.
Se o velório de Marisa Letícia foi anunciado na quinta, porque sua morte só foi oficializada na sexta?

NO DIÁRIO DO PODER
DISCURSO
LULA CHAMA DE 'FACÍNORAS' QUEM INVESTIGA CORRUPÇÃO EM QUE É REU
LULA APROVEITA MORTE DA MULHER PARA ATACAR QUEM O INVESTIGA
Publicado: sábado, 04 de fevereiro de 2017 às 17:52 - Atualizado às 00:36
Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez neste sábado, 4, um discurso emocionado, chorando em vários momentos, no fim do velório da ex-primeira-dama e sua esposa, Marisa Letícia, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo do Campo. Ao se referir à investigação contra eles no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, Lula se disse inocente e afirmou que ambos foram vítimas de injustiça. "Marisa morreu triste com a maldade que fizeram com ela. Quero que os facínoras que fizeram isso com ela tenham um dia a humildade de pedir desculpas."
Ainda sobre a investigação, Lula afirmou que não tem medo de ser preso. "Se alguém tem medo de ser preso, este que está aqui, enterrando sua mulher hoje, não tem. Não tenho que provar que sou inocente. Eles que precisam dizer que as mentiras que estão contando são verdadeiras", afirmou.
Lula começou agradecendo aos presentes, muitos deles antigos companheiros. "Neste sindicato pensamos em criar a CUT e o PT. Sou resultado da consciência política dos trabalhadores brasileiros."
Relembrou diversos momentos de seu casamento de mais de quatro décadas com Marisa Leticia, como quando se conheceram na sede do Sindicato, onde hoje acontece o velório. "Marisa foi mãe, foi pai, foi tia, foi tudo; eu e ela nunca brigamos."
Segundo ele, nos tempos em que foi presidente da República (2003-2010), "Marisa nunca pediu um vestido, um anel". "Desde 1975 minha conta bancária é da Marisa. Nunca admiti que ela mendigasse nada para o marido." Lula também relembrou os nascimentos de seus filhos e se emocionou.
Antes da fala de Lula, lideranças religiosas se revezaram ao microfone. Em sua fala, o bispo emérito de Blumenau (SC) D. Angélico Sândalo Bernardino, criticou as reformas trabalhista e previdenciária do governo de Michel Temer (PMDB). Ele chamou de "ameaça" a reforma trabalhista e fez um "alerta": "Atentem para que essas reformas sejam contra os pobres e os assalariados."
Terminada a cerimônia, Lula e os familiares foram para o Cemitério das Colinas, também em São Bernardo do Campo, onde o corpo de Marisa será cremado. Durante todo o dia, a fila para o velório deu a volta no quarteirão do Sindicato.

CANDIDATO A PATIFE?
Domingo, 05-02-2017
O sempre muito sincero senador Jefferson Peres (AM) decidiu disputar com o senador Cristovam Buarque (DF) a candidatura do PDT para a sucessão do então presidente Lula. Após um entusiasmo inicial com Lula, Peres estava intrigado com a transformação dos presidentes, depois de eleitos:
- Será que você vira patife ao chegar ao poder? Gostaria de ser testado...

NO BLOG DO JOSIAS
Lula discursa em velório como viúvo de comício
Josias de Souza
Domingo, 05/02/2017 04:42
A morte é um evento caprichoso e unívoco. Não segue regras. E não se presta a interpretações. A morte simplesmente mata. É sua função. E ela a exerce quando e da maneira que bem entende. A vingança mais eficaz contra a compulsoriedade da morte é o protesto do silêncio. E a melhor homenagem aos mortos é não os esquecer.
De resto, reza a praxe que, na vigília aos mortos, os vivos tenham sempre no bolso uma oração ou meia dúzia de parágrafos sobre sentimentos como amor e saudade. Mas os tempos estão mudados. No velório de Marisa Letícia, Lula tinha à mão um comício. Esguichou lágrimas de Lava Jato:
''Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade que fizeram com ela…”, declarou Lula. “Acho que ainda vou viver muito, porque quero provar para os facínoras… Que eles tenham um dia a humildade de pedir desculpas a essa mulher. Esse homem que está enterrando sua mulher não tem medo de ser preso.”
Considerando-se sua origem e trajetória, Marisa foi uma mulher notável. Na passagem por Brasília, deixou como legado a mais fabulosa marca que uma primeira-dama pode proporcionar: a invisibilidade. Por sorte, Lula ainda vai “viver muito”. Entre um e outro discurso contra os “facínoras”, há de encontrar tempo para explicar por que permitiu que sua mulher virasse matéria-prima para inquérito.
Numa das encrencas que lhe renderam indiciamento, Lula é investigado por ocupar uma cobertura vizinha à que mora, em São Bernardo. Para os investigadores da Lava Jato, o imóvel foi comprado com dinheiro de corrupção. A defesa de Lula alega que a cobertura foi alugada. O contrato de locação traz a assinatura de Marisa.
Um dia Lula talvez tenha “a humildade de pedir desculpas a essa mulher” por ter permitido que a assinatura dela fosse empurrada para dentro de papéis tóxicos. Nesse dia, o morubixaba do PT perceberá que o papel de viúvo de comício não combina com a imagem de marido zeloso. Marisa Letícia não merecia que, no seu velório, a virtude fosse transformada apenas num trissílabo como, digamos, eleitoral.

NO O ANTAGONISTA
Pimentel é urgente
Brasil Domingo, 05.02.17 08:16
Cármen Lúcia vai retomar o julgamento do caso de Fernando Pimentel, que foi suspenso por um ruinoso pedido de vista de Teori Zavascki.
Diz Merval Pereira, em O Globo:
“O futuro membro do STF a ser nomeado pelo presidente Michel Temer herdará todos os mais de 7 mil processos do ministro falecido, menos os da Lava Jato, que ficarão sob o ministro Luis Edson Fachin na Segunda Turma.
Mas aqueles com caráter de urgência terão tratamento diferenciado pela ministra Carmem Lucia (…).
O caso do governador de Minas, o petista Fernando Pimentel, é exemplar dessa urgência, pois já existem até mesmo movimentos políticos a favor de sua reeleição, sem que se saiba ainda se continuará à frente do governo. Essas articulações seriam uma maneira de criar um fato consumado, e pressionar o STF e o STJ”.
O sindicalismo de resultados
Brasil 05.02.17 07:04
No hospital, vimos o Lula pelego. No velório, vimos o Lula piqueteiro.
Um é a extensão do outro.
Lula adulou o patrão Michel Temer para poder quebrar as pernas da Lava Jato.
Cabral simulou empobrecimento
Brasil Sábado, 04.02.17 19:18
Do Estadão: Cabral chegou a simular que ficou mais pobre entre 1998, quando declarou à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 828 mil, e 2002, quando disse ter cerca de R$ 380 mil.
Era tudo jogo de cena. No exterior, por essa época, Zé Cabra já mantinha US$ 2 milhões na conta Eficiência, no Israel Discount Bank of New York.
Em 2006, quando informou patrimônio de R$ 648 mil à Justiça, já possuía US$ 6 milhões em outras contas rastreadas pelas Operações Calicute e Eficiência.

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