PRIMEIRA EDIÇÃO DE 30-01-2017 DO "DA MÍDIA SEM MORDAÇA"

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 30 DE JANEIRO DE 2017
Dos 26 atuais ministros do presidente Michel Temer, 12 são réus, alvos de inquérito ou enrolados em algum escândalo. A acusação mais comum é a de improbidade administrativa, que atinge quatro deles: Eliseu Padilha (Casa Civil), Helder Barbalho (Integração), Gilberto Kassab (Ciência) e José Serra (Itamaraty). Os demais crimes envolvem corrupção, fraude de licitação, peculato e até falsidade ideológica.
Na delação, o ex-diretor da Odebrecht, Cláudio Melo citou Moreira Franco e Bruno Araújo (Cidades). Outros citados já não são ministros.
Atribuíram “peculato” a Raul Jungmann (Defesa), mas a acusação já prescreveu. Ricardo Barros (Saúde) é acusado de fraudar licitação.
Maurício Quintella (Transportes) até foi condenado por desvio de merenda, e Marx Beltrão (Turismo) responde por falsidade ideológica.
A lista de enrolados não inclui os demitidos, Romero Jucá, Henrique Alves, Geddel Lima, Fabiano Silveira, Fábio Medina e Marcelo Calero.
Após o luto pelo colega Teori Zavascki, ministros do Supremo Tribunal Federal voltam as atenções para a briga pela presidência da Câmara. Parte deles acha que o Judiciário não deve ser meter, mas há um número cada vez maior de ministros considerando que o STF não pode se omitir diante de “flagrante desrespeito à Constituição”, como disse um deles, representado na candidatura de Rodrigo Maia à reeleição.
A Constituição não prevê exceções ao proibir a reeleição do presidente da Câmara na mesma legislatura. O que a lei não prevê é proibido.
Orgulhoso da sua condição de constitucionalista, Michel Temer sabe que a candidatura de Rodrigo Maia é ilegal, por isso não se manifesta.
A reeleição de Maia atropela a Constituição, mas serve a acomodações políticas. Por isso poucos se importam com a sua clara ilegalidade.
Projeto do deputado Ronaldo Fonseca (Pros-DF), datado de 2011 e nunca votado, prevê a obrigatoriedade de construção de pelo menos uma cadeia pública em cada município com mais de 50 mil habitantes.
A ministra Grace Mendonça, chefe da Advocacia Geral da União (AGU), frequenta listas de prováveis substitutos de Teori Zavascki, tem a simpatia de ministros do STF, mas teria “pouca experiência”.
Enquete do site Diário do Poder sobre os mais citados para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, tem mais votos que o juiz Sérgio Moro.
Mais um presente da Anac para as empresas aéreas, a cobrança de bagagens entrará em vigor a partir de 14 de março, a menos que os deputados federais aprovem a resolução do Senado anulando o ato. Mas isso nem sequer é tema dos candidatos à presidência da Câmara.
Com 15,2 milhões de habitantes, a Bahia continua recebendo mais do Bolsa Família que São Paulo, cuja população de 44,01 milhões de pessoas é quase três vezes maior. Em 2016, foram R$1 bilhão a mais.
O governo federal banca a construção de presídios, mas a gestão deles tem custos altos e exigências gerenciais permanentes, insuportáveis para os Estados. Empreiteira e governador dividem louros pela obra que, inexoravelmente, vira um Alcaçuz da vida.
Dinheiro retirado das custas judiciais e das loterias financiam o Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), que ainda o aplica no mercado financeiro. Apesar de tanto dinheiro, o sistema prisional é medieval.
O governo federal distribuiu R$ 747,2 milhões em diárias pagas a funcionários públicos em todo o país. A conta até o fim do governo Dilma era de R$140 milhões. O restante vai na conta de Temer.
...investigados na Lava Jato voltarão à insônia que os atormenta: o juiz federal Sérgio Moro retorna de suas férias nesta semana.

NO DIÁRIO DO PODER
TRIPLEX
LULA CONFIRMA JOGADA DE PEDIR ANULAÇÃO DE PROCESSO APÓS TENTAR DESQUALIFICAR MORO
ELE TENTA TORNAR VERDADEIRA A MENTIRA SOBRE O JUIZ SER 'PARCIAL'
Publicado: domingo, 29 de janeiro de 2017 às 23:48- Atualizado às 00:13
Redação
Confirmando notícia avançada em primeira mão pelo colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, os advogados do ex-presidente Lula colocaram em prática o ato final de uma jogada para tentar livrá-lo do processo referente ao tríplex do Guarujá, que ele é acusado de receber da empreiteira OAS a título de propina.
Após uma sequência de ataques ao juiz, provocando-o inclusive durante as audiências, os advogados montaram um requerimento ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) pedindo a "anulação" do processo, "em virtude de diversos atos que mostram que o juiz Sergio Moro perdeu a imparcialidade para julgar Lula."
A defesa aponta para a existência de "provas pré-constituídas" de inúmeras situações em que o juiz teria atuado de forma parcial. A alegação é recebida como piada, nos meios jurídicos. Os advogados apontam como exemplos de "parcialidade" os mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em endereços do ex-presidente, considerado pelo Ministério Publico Federal o chefe do esquema de corrupção que roubou a Petrobras e o governo.
Na denúncia que deu origem ao processo, o Ministério Público Federal afirma que Lula se beneficiou de um conjunto de 'três focos'. O primeiro se refere a três contratos da empreiteira OAS firmados com a Petrobras. O segundo foco se refere à lavagem de 'parte milionária'de dinheiro por meio da reforma do triplex no Guarujá (SP). O terceiro foco, segundo a Procuradoria, ficou caracterizado com o pagamento da armazenagem de bens pessoais de Lula mediante contrato falso.
Segundo os procuradores, Lula recebeu "benesses" da empreiteira OAS - uma das líderes do cartel que pagava propinas na Petrobras - em obras de reforma no apartamento 164-A do Edifício Solaris. O prédio foi construído pela Bancoop (cooperativa habitacional do sindicato dos bancários), que teve como presidente o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto - preso desde abril de 2015. O imóvel foi adquirido pela OAS e recebeu benfeitorias da empreiteira.

CORRUPÇÃO
EIKE BATISTA EMBARCA EM NOVA YORK PARA O RIO, E SERÁ PRESO AO CHEGAR
ELE RECEBERÁ VOZ DE PRISÃO AO DESEMBARCAR NO GALEÃO, ÀS 10H30
Publicado: domingo, 29 de janeiro de 2017 às 23:20 - Atualizado às 23:31
Redação
Foragido da Justiça desde quinta-feira (26), quando sua prisão foi decretada, o empresário Eike Batista embarca em instantes na cidade de Nova York de volta ao Rio de Janeiro neste domingo (29). Ele receberá voz de prisão tão logo chegue ao destino.
Eike chegou sozinho ao aeroporto JFK, em Nova York, por volta de 21h50 (hora de Brasília) para fazer check-in e embarcar no voo 973 da American Airlines, que deve decolar à 0h45 e chegar ao Rio às 10h30 de segunda (30), pelo horário de Brasília.
O empresário disse a jornalistas, antes de embarcar, que está voltando “para responder à Justiça, como é meu dever”. E se diz disposto a colaborar com as investigações: “Está na hora de eu mostrar, ajudar a passar as coisas a limpo”.
Ele disse que viajou a Nova York a trabalho e negou que pretendesse se asilar na Alemanha, aproveitando-se da dupla nacionalidade.

AS LOUCURAS DE TRUMP
Carlos Chagas
Segunda-feira, 30-01-2017
Não há outra explicação: o homem endoidou. A referência é para o presidente Donald Trump, que através de um decreto executivo proibiu todo cidadão nascido em sete países de maioria muçulmana de entrar nos Estados Unidos. Tanto faz se tiver visto de entrada. Não entra mesmo. O argumento é de evitar que eventuais terroristas cheguem ao território americano.
Outra maluquice de Trump foi iniciar a construção de um muro na fronteira com o México, impedindo o ingresso de mexicanos ávidos de encontrar trabalho no vizinho.
O pior é que as duas iniciativas já estão valendo. Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen começaram a adotar a recíproca: americano também não entra nesses países. Se a moda pega no mundo, logo reverteremos à pré-história.
Nem todo muçulmano é terrorista, ainda que todo terrorista seja muçulmano, assim como nem todo mexicano é desempregado.
Por falar em desemprego, o milionário que exerce a presidência dos Estados Unidos também assinou outra diretriz, no sentido de proibir todos os funcionários públicos americanos de fazer lobby para países estrangeiros. Vai deixar muita gente sem trabalho, ao contrário do que prometeu em sua campanha, de voltar a criar empregos.
Não deixa de chocar a humanidade o prazo de 30 dias que Trump deu aos militares, para prepararem um plano de extinção do Estado Islâmico. A bomba atômica estará na lista, assim como guerras químicas e bacteriológicas.
A gente pensa que é brincadeira, mas não é. E mais triste parece saber que parte da população americana, claro que não a maioria, apoia as loucuras de seu presidente.

PEGADINHA EM PLENO VOO
Segunda-feira, 30-01-2017
O potiguar Flávio Rocha era candidato a presidente pelo PL, em 1994, quando ofereceu carona ao então líder do PT na Câmara, José Fortunati, entre Porto Alegre e Brasília. Após a decolagem, o petista puxou conversa:
- Bom avião, Flávio... De quem é?
- É do (deputado) João Alves – respondeu Rocha, referindo-se ao célebre “anão do orçamento” – Ele me emprestou enquanto passa a confusão da CPI do Orçamento...
- Dá para me arrumar um paraquedas? – gritou Fortunati ao piloto.
Depois das gargalhadas, Rocha explicou que o jatinho era seu havia dez anos.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O novo Brasil vai atropelar quem obstruir o caminho da Lava Jato
Ai do ministro que ceder à tentação de barrar o avanço da ofensiva contra a corrupção
Por Augusto Nunes
Domingo, 29 jan 2017, 23h02
Pouco importa o nome do próximo relator dos casos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, cujas atribuições incluem a homologação dos acordos de delação premiada. A ofensiva contra a corrupção sempre esteve acima dos humores e opiniões de Teori Zavascki. Da mesma forma, não estará subordinada aos impulsos e vontades da toga encarregada de substituir o ministro morto.
A operação que ontem decretou a prisão de Eike Batista e outros vigaristas sempre dependeu do apoio militante dos milhões de brasileiros decentes, todos fartos de ladroagem, cinismo e impunidade. Ai do ministro que ceder à tentação de obstruir a dedetização dos porões do país. Será varrido pela nação do país decidido a castigar exemplarmente a trupe de farsantes liderada por Lula.
Ninguém mais segura a Lava Jato. Palavra do novo Brasil.

NA VEJA.COM
Governo Trump recua e veto não vai atingir quem tem green card
Neste sábado, 28, autoridades federais americanas informaram que qualquer cidadão dos países proibidos pelo presidente seriam impedidos de entrar no país
Por Da redação
Domingo, 29 jan 2017, 15h58-Atualizado em 29 jan 2017, 17h00
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou atrás neste domingo e informou que portadores do green card, os vistos definitivos de residência, não se enquadram no veto imigratório imposto a cidadãos de sete países de maioria muçulmana. A informação foi dada pelo chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, em entrevista à rede NBC.
O decreto foi assinado por Trump na sexta-feira, 27, e alcança pessoas nascidas no Iraque, Iêmen, Síria, Irã, Sudão, Líbia e Somália. Trump também suspendeu o programa de recepção de refugiados durante 120 dias.
Priebus acrescentou que os cidadãos dos sete países que possuem green card podem passar por inspeção mais rigorosa ao chegarem aos Estados Unidos. Ele disse, no entanto, que a ordem executiva “não os afeta”. “A ordem executiva em si não traz mais problemas para pessoas que possuem green cards”, disse à rede de TV CBS.
De acordo com a ordem de sexta-feira, 27, refugiados ou cidadãos daqueles sete países, mesmo com visto, estão proibidos de entrar nos EUA por pelo menos 90 dias. No sábado, um porta-voz do Departamento de Segurança Interna dos EUA disse à Reuters que a ordem “barrava portadores de green card”.
Os comentários do chefe de gabinete da Casa Branca se seguiram a uma avalanche de críticas de legisladores de ambos os partidos. Enquanto republicanos e democratas questionaram a moralidade e a implementação da medida, a administração Trump tentou descrever os obstáculos legais, o inconveniente para viajantes e as questões diplomáticas como pequenos problemas que poderiam ser resolvidos. Priebus destacou que a ordem executiva não é uma “proibição a muçulmanos”.
Neste domingo, Trump postou no Twitter: “Nosso país precisa de fronteiras sólidas e inspeções extremas, AGORA”.

NO BLOG DO JOSIAS
Cabral pode perder para Eike corrida da delação
Josias de Souza
Segunda-feira, 30/01/2017 02:28
Unidos por uma amizade que evoluiu para a conivência, Sérgio Cabral e Eike Batista estão prestes a se tornar ex-amigos íntimos. Os dois travam nos porões da Lava Jato uma corrida que tem como ponto de chegada o funil da delação. Os investigadores sinalizam que não há espaço para dois delatores graúdos neste inquérito que corre no Rio. Ao retornar de Nova York para percorrer o seu calvário criminal no Brasil, o ex-bilionário saiu na frente do ex-governador.
As razões para que Cabral e Eike queiram suar o dedo são semelhantes. Cercados pelas evidências, ambos desejam encurtar o tempo de permanência no xilindró. Cabral está preso desde novembro. Entretanto, Eike dispõe de uma motivação adicional para preferir a colaboração à omertà mafiosa. Sem um canudo universitário, ele não tem direito senão à hospedagem numa cela comum de um presídio ordinário.
A conjuntura adversa provocou uma coceira na língua de Eike. Sentia comichões antes de embarcar no voo que o traria de volta ao Rio. 'Está na hora de eu ajudar a passar as coisas a limpo', disse, em entrevista exibida no Fantástico. Empresário, Eike desenvolveu com seus defensores uma análise do tipo custo-benefício. Concluiu que o retorno ao Brasil seria mais vantajoso do que encarar os riscos de uma fuga, com a Interpol no seu encalço.
Desde a semana passada, quando a laje da Operação Eficiência lhe caiu sobre a cabeça, Cabral passou a flertar com a delação. Contava com a fuga de Eike. E parecia disposto a colocar um deserto entre ele e o ex-amigo. A volta de Eike tirou do ex-governador a pretensão de se apresentar como palmeira solitária no jardim da perversão. Para complicar, Eike parece dispor de mais matéria-prima para oferecer aos investigadores. Suas relaçõe$ não se limitaram ao PMDB de Cabral. Pluripartidárias, abrangiam do PT ao PSDB.

Coerência do PT vira uma roleta-russa sem bala
Josias de Souza
Domingo, 29/01/2017 19:11
No PT, a coerência é apenas um outro nome para oportunismo. Há uma semana, o Diretório Nacional do PT aprovara resolução sobre a eleição para as presidências das duas Casas do Congresso. Por 45 votos a 30, o órgão partidário havia liberado suas bancadas para apoiar candidatos governistas: Rodrigo Maia (DEM) ou Jovair Arantes (PTB) na Câmara; Eunício Oliveira (PMDB) no Senado. Com isso, o petismo garantiria cargos nas Mesas que dirigem o Legislativo e nas comissões setoriais. A decisão foi bombardeada nas redes sociais pela militância petista, inconformada com a perspectiva de apoiar personagens que a legenda tacha de “golpistas”.
Acordado pela gritaria virtual, o presidente do PT, Rui Falcão, dobrou os joelhos neste domingo. Em artigo veiculado no site do PT, Falcão fez algo muito parecido com um cavalo de pau. Reconheceu que a decisão do diretório nacional, que ele próprio articulara, “provocou o movimento de contestação e de pressão” interna. Deu o decidido por não decidido. E rodopiou na pista: “Minha opinião pessoal é que nos unamos aos parlamentares da oposição (PDT, PC do B, Rede e PSOL) num bloco a ser encabeçado por alguém deste campo.” O petismo ensaia as candidaturas de Paulo Teixeira (PT-SP) na Câmara e de Lindbergh Farias (PT-RJ) no Senado.
A velocidade com que o PT muda de convicção torna divertido o acompanhamento do processo de autocombustão do partido. Num esforço para administrar seu instinto suicida, a legenda acaba de inventar um passatempo sui generis. No vaivém de suas posições contraditórias, os companheiros brincam de roleta-russa movidos pela certeza de que a coerência que manipulam está completamente descarregada.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Delações de Eike, que mexerão com a turma do Cabral, podem atingir bancos, corretoras e a bolsa
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O retorno de Eike Batista já apavora mais a cúpula do mercado acionário e financeiro que a turma da politicagem com quem ele fez “parcerias” que o Ministério Público Federal acusa serem “criminosas”. Além de ferrar com Sérgio Cabral, podendo até sobrar para Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, as revelações que Eike fará à Lava Jato tendem a provocar estragos em pelo menos dois grandes bancos transnacionais, duas agressivas corretoras e dirigentes da Bolsa de Valores (que é uma empresa privada, embora até pareça um cartório monopolista estatal).
No Aeroporto de Nova York, antes de embarcar, entre uma sacaneada e outra que era obrigado a suportar de algum passageiro, e também de alguns que tiraram selfies como “fãs” dele, Eike deu uma entrevista rapidinha à TV Globo. Enigmático, Eike deve ter apavorado muita gente poderosa com sua tranqüilidade e disposição de partir para a “colaboração premiada”: “Eu acho que o Ministério Público está passando a limpo o Brasil de maneira fantástica. O Brasil que está nascendo agora será diferente. Estou à disposição da Justiça. Se foi cometido um erro, você tem que pagar pelo erro que fez”.
Foragido internacional desde quinta-feira, 26, acusado principalmente de corrupção passiva, o empresário Eike Batista retorna ao Brasil. Como não tem curso superior completo, assim que for preso pela Polícia Federal no Aeroporto Tom Jobim, deverá ir diretamente do Instituto Médico Legal para o superlotado presídio Ary Franco, no bairro de Água Santa, no Rio de Janeiro. O plano pode ser mudado se, por motivos de segurança, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara, decidir que ele deve ser ouvido, imediatamente, pelo Ministério Público.
Por questão de segurança, alguém que tem tanto a revelar como Eike, não deveria ser hospedado, ao menos imediatamente, em uma cadeia medieval como é o padrão do presídio em Água Santa – que abriga os chamados “presos mequetrefes” não vinculados abertamente a facções carcerárias como o Comando Vermelho ou o PCC.
Tomara que Eike venha com a disposição de abrir o verbo e contar tudo que sabe, ajudando o Judiciário a passar o Brasil a limpo. A temporada de mega-delações está escancarada. A da Odebrecht, que a ministra Carmen Lúcia, pode homologar até amanhã, pode parecer fichinha perto da “colaboração” de Eike e de outras delações que vêm por aí...
(...)

NO O ANTAGONISTA
O quinteto explosivo
Brasil 30.01.17 08:30
O Estadão diz que os delatores mais explosivos da Odebrecht são Marcelo Odebrecht e Benedicto Júnior.
“Marcelo Odebrecht se concentrou na cúpula da política nacional: Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer puxam o bloco”.
Benedicto Júnior, por outro lado, “vai arrastar de roldão governadores de vários Estados e múltiplos partidos. Era ele que cuidava das obras estaduais”.
O Antagonista aguarda também os depoimentos de Emilio Odebrecht, Alexandrino Alencar e Pedro Novis.
O principal delator contra Lula
Brasil 30.01.17 08:16
Os procuradores da Lava Jato, os advogados da Odebrecht e o governo Michel Temer “nutrem a mesma expectativa: que Cármen Lúcia homologue até amanhã as 77 delações da empreiteira”, disse o Estadão.
A reportagem disse também:
“A pressa de Rodrigo Janot se justifica por dois motivos: a necessidade de desencadear novas fases da investigação com a divulgação de todo o conteúdo da explosiva delação e liberar procuradores que atuam full time nos depoimentos para as próximas missões — entre as quais a primeira deve ser a retomada da delação de Léo Pinheiro, da OAS”.
Léo Pinheiro é o principal delator contra Lula. Porque ele pagou diretamente ao comandante máximo da ORCRIM.
'Catuaba selvagem' para Eike
Brasil 30.01.17 08:33
Enquanto conversava com jornalistas no JFK, antes de embarcar ao Brasil, Eike Batista foi abordado por um passageiro brasileiro:
"E aí? Vai tomar 'catuaba selvagem' com teu colega Cabral?"
Ele sorriu.
Galeão quer 550 milhões de reais
Economia 30.01.17 08:13
A RioGaleão, concessionária do aeroporto do Galeão - controlado pela Odebrecht Transport e pela gigante de Cingapura, Changi, que detêm juntas 51% do negócio -, reivindica do governo o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato no valor de R$ 550 milhões, informa o Valor.
O presidente da RioGaleão, Luiz Rocha, destacou que a quantia se refere a compensações por investimentos já realizados e a obras a serem feitas no curto prazo no aeroporto.
A Anac analisa o pedido.
Que venha a público
Brasil 30.01.17 07:55
Cármen Lúcia tem de tornar públicos os depoimentos dos delatores da Odebrecht, disse O Antagonista, ontem à tarde.
Helio Gurovitz, do G1, defendeu a mesma coisa:
“A homologação da delação da Odebrecht é esperada para amanhã, quando termina o plantão de férias no STF, a cargo da presidente Cármen Lúcia. O poder de estrago dependerá não apenas do depoimento dos 77 executivos que firmaram o acordo com o Ministério Público, mas sobretudo das provas coletadas na investigação e apresentadas por eles.
É essencial que venha a público todo o conteúdo da delação. Enquanto ela está sujeita apenas a especulações, todos os citados vão para o mesmo balaio. Apenas a divulgação completa de depoimentos e documentos permitirá avaliar do que cada um é acusado concretamente e evitar a exploração política do sigilo”.
O colunista sugere um método para analisar esses depoimentos:
“As primeiras perguntas diante de cada nome serão: 1) ele tem alguma relevância política? 2) que tipo de vínculo está comprovado? 3) há apenas prova do dinheiro na campanha ou também da contrapartida oferecida pelo político? 4) há evidência do envolvimento direto do acusado ou só de assessores e tesoureiros de campanha?”
A fuga de Eike
Brasil 30.01.17 07:25
Eike Batista "sabia da ordem de prisão quando foi para os Estados Unidos", disse Ancelmo Gois, de O Globo.
Ele fugiu para poder negociar um acordo preliminar com os investigadores.
E, provavelmente, para movimentar seu dinheiro no exterior.
O chefe da quadrilha ainda está solto
Brasil 30.01.17 07:22
O Estadão é contrário a um acordo de Sérgio Cabral com a Lava Jato:
“No Brasil, qualquer um, mesmo que esteja na mais alta posição na cadeia do crime, pode delatar. É de perguntar: quem o chefe da quadrilha irá delatar? Vale a pena diminuir a pena do chefe da quadrilha em troca de informações menores? Corre-se o risco de que o desejo de que nenhum crime fique sem solução – fazendo mil e um acordos de delação premiada – leve a que nenhum criminoso cumpra por completo sua pena. Tal sistema não é muito racional.
Se os elementos probatórios obtidos contra o ex-governador Sérgio Cabral são tão sólidos que ele só vê meio de diminuir a pena com a delação premiada, quais informações tão relevantes ele terá a dar para que se firme um termo de colaboração e sua pena seja reduzida?
Até aqui a delação teve um papel essencial para o bom andamento da Lava Jato. Por que, então, banalizar seu uso?”
O Antagonista observa que o chefe da quadrilha, como diz o Estadão, ainda está solto.
PF negociou retorno de Eike
Brasil 30.01.17 07:04
A PF não pediu a prisão de Eike Batista nos Estados Unidos.
E foi uma escolha deliberada.
Diz O Globo:
“O objetivo era conseguir que Eike se entregasse de forma negociada, o que vai ocorrer hoje.
De acordo com autoridades brasileiras, a negociação é vantajosa, uma vez que a prisão do empresário no exterior exigiria um longo processo de extradição ou deportação, cujo trâmite poderia durar meses”.
Eike: "Vou mostrar como são as coisas"
Brasil 30.01.17 06:16
O Globo perguntou a Eike Batista se ele “vai levar a público fatos até agora desconhecidos”.
Ele respondeu:
“Olha, como estou nessa fase, me entregando à Justiça, melhor não falar nada. Agora não dá”.
Perguntado se os empresários são vítimas do esquema revelado pela Lava Jato, ele respondeu:
“São, né?”
E completou:
“Estou voltando porque, sinceramente, vou mostrar como são as coisas, simples assim”.
Superior incompleto
Brasil 30.01.17 06:10
Eike Batista confirmou a O Globo que não se formou.
Por isso, é provável que ele vá para o Presídio Ary Franco, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
“A unidade recebe presos provisórios envolvidos em crimes federais e abriga detentos com o mesmo perfil de Eike: detidos provisoriamente, sem ligações com facções do crime organizado e sem ensino superior”.











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