PRIMEIRA EDIÇÃO DE 1º-12-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 1º DE DEZEMBRO DE 2016
Ao menos uma centena de advogados criminalistas vivem expectativa de nova fase da Operação Lava Jato, mas desta vez os alvos seriam eles próprios. É que, em sua delação premiada, a Odebrecht finalmente esclareceu um grande mistério: quem paga a milionária defesa dos acusados na Lava Jato. Executivos revelam que empreiteiras enroladas na investigação bancam a defesa milionária de políticos enrolados.
Ainda não se sabe o que empreiteiras como Odebrecht gastaram (e ainda gastam) com advogados de políticos, mas pode chegar ao bilhão.
Por meio de quebra de sigilo e rastreamento, a Lava Jato pode chegar à origem eventualmente ilícita de honorários advocatícios
A investigação da origem dos pagamentos aos mais caros criminalistas do País deve ser cuidadosa, para não ofender a lei e melindrar a OAB.
Os escritórios e o exercício da advocacia são protegidos por legislação que garante aos profissionais direitos e prerrogativas especiais.
Poderia ter sido pior a decisão da Câmara dos Deputados, interpretada como vingança, de aprovar a proposta responsabilizando procuradores e juízes que promovam perseguição a investigados. Na madrugada desta quarta-feira (30), chegou a ser considerado no plenário o fim do privilégio de ambas as categorias de terem como punição máxima, por eventuais malfeitorias, a aposentadoria com vencimentos integrais.
A impressão é que não só a Lava Jato provoca urticária na Câmara: é antigo o contencioso, sobretudo, entre parlamentares e procuradores.
Deputados não afetados pela Lava Jato relataram na Câmara casos de suposta perseguição de membros do MPF desde o governo FHC.
Lideres partidários argumentam que os procuradores e juízes não têm por que se preocupar: “A lei pune apenas os que agem mal”, dizem.
Os procuradores protestaram contra o fato de o pacote anticorrupção ter sido desfigurado, e ameaçam até mesmo abandonar a Lava Jato. Agindo assim, eles fariam exatamente o que os corruptos desejam.
Num primeiro momento, cedo da manhã, terça-feira (29), muito comovido, o presidente Michel Temer queria viajar para o local do acidente do time da Chapecoense, em Medellín. Mas as votações tão essenciais ao futuro do País, no Congresso, acabaram por segurá-lo em Brasília.
O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta quinta (1º) o julgamento que vai decidir se Renan Calheiros vai virar réu no escândalo em que a empreiteira Mendes Júnior é acusada de pagar a pensão de uma filha.
Se virar réu por decisão do STF, Renan Calheiros pode ter o mesmo destino de Eduardo Cunha na Câmara: a destituição da presidência do Senado. Faltam 62 dias para o fim do seu mandato como presidente.
O paranaense Rodrigo Rocha Loures, amigo pessoal de Michel Temer é considerado para a vaga de Geddel Vieira Lima, no governo. Mas o presidente ainda prefere Loures na presidência de Itaipu.
Pelo 10º ano consecutivo, a Paixão Côrtes Advogados, de Brasília, figura como um dos escritórios de advocacia mais admirados do Brasil, segundo a edição de 2016 do prestigiado anuário Análise Advocacia.
A assessoria de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) parece acreditar nos críticos que acham o deputado arrogante. Com salários de até R$ 16 mil, são grosseiros no trato, principalmente com servidores mais humildes.
A Associação dos Juízes Federais do Brasil foi premiada com o Selo de Participação Legislativa, da Câmara dos Deputados, na categoria “Entidades que realizaram atividades relevantes à sociedade”.
CUT, MST, UNE e etc, que se associaram a bandidos para tocar o terror em Brasília, vão se oferecer para pagar os prejuízos milionários?

NO DIÁRIO DO PODER
'PACOTE ANTICORRUPÇÃO'
SENADORES DERROTAM TENTATIVA DE RENAN DE VOTAR ÀS PRESSAS 'MONSTRENGO' DA CÂMARA
RENAN QUERIA VOTAR VAPT-VUPT 'PACOTE ANTICORRUPÇÃO' DA CÂMARA
Publicado: quarta-feira, 30 de novembro de 2016 às 20:00 - Atualizado às 20:14
Redação
O presidente do Senado, Renan Calheiros, foi derrotado pelos senadores na tentativa de por em votação, apressadamente, o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados, na calada da madrugada desta quarta-feira (30), que desfigurou a proposta original de Dez Medidas Contra Corrupção. O requerimento de urgência, pretendido por Calheiros, foi derrotado por 44x14 votos.
A tentativa de Calheiros, considerada "um golpe" por diversos senadores, aconteceu na véspera da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre se o presidente do Senado será réu na ação de corrupção que trata do caso em que a empreiteira Mendes Junior é acusada de pagar a pensão de uma filha que ele teve fora do casamento.
Senadores como Cristovam Buarque (PPS-DF) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES) classificaram a tentativa de Renan Calheiros como "abuso de autoridade", na medida em que, se aprovado o requerimento de urgência, o plenário correria o risco de votar um projeto que nem sequer discutiu o estudou.
Ferraço e Ronaldo Caiado, além de Ataídes Oliveira, destacaram que o objetivo do projeto aprovado na Câmara é retaliar o Ministério Público e a Justiça, por investigar vários políticos, incluindo o presidente do Senado. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) defendeu que o Senado aprovasse a proposta original das Dez Medidas.

DEU CHABU
METADE DOS QUE VOTARAM PELA URGÊNCIA DO PACOTE ANTICORRUPÇÃO ESTÁ NA LAVA JATO
ELES APOIARAM A MANOBRA DE RENAN, MAS FORAM DERROTADOS
Publicado: quarta-feira, 30 de novembro de 2016 às 22:46
Redação
Metade dos senadores que patrocinaram a manobra para agilizar votação do pacote anticorrupção está na Lava Jato. Dos 14 senadores que votaram em favor da urgência, 7 são investigados na Lava Jato. Dentre esses, a Polícia Federal pediu o arquivamento dos inquéritos de dois senadores do PT, mas o pedido ainda não foi respondido pelo Supremo.
O senador Roberto Requião (PMDB-PR), que votou a favor da urgência, não é investigado na Lava Jato, mas foi citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado. Na noite desta quarta-feira, 30, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), coordenou uma manobra para votar o pacote que veio da Câmara dos Deputados sem espaço para discussão nas comissões da Casa. O requerimento acabou derrotado em plenário.
Confira a lista dos senadores investigados na Lava Jato:
-Valdir Raupp (PMDB-RO) - Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em setembro.
-Ciro Nogueira (PP-PI) - Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; cabe à PGR decidir se denuncia o senador.
-Fernando Collor (PTC-AL) - Investigado por corrupção passiva e desvio de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em 2015.
-Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) - Investigado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em outubro.
-Benedito de Lira (PP-AL) - Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro; PGR apresentou denúncia contra o senador em 2015.
Humberto Costa (PT-PE) - Investigado por corrupção; Polícia Federal pediu arquivamento do inquérito por falta de provas em agosto.
Lindbergh Farias (PT-RJ) - Investigado por corrupção e lavagem de dinheiro; Polícia Federal pediu arquivamento do inquérito por falta de provas em novembro.
Roberto Requião (PMDB-PR)* - Senador não é investigado na Lava Jato, mas é citado na delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, por ter recebido vantagem indevida.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A conspiração dos corruptos será sufocada pelas manifestações de rua
Neste 4 de dezembro, os espertalhões do Congresso vão constatar que a tentativa de assassinar a Lava Jato malogrou
Por: Augusto Nunes 
Quarta-feira, 30/11/2016 às 22:18
Na madrugada desta quarta-feira (30), enquanto a Nação inteira abraçava as vítimas do horror em Medellin, a Câmara dos Deputados aproveitou a redução da vigilância para desferir punhaladas na Constituição, pontapés no sentimento da vergonha e bofetadas na cara do País que presta. Das 10 medidas de combate à corrupção endossadas por mais de 2 milhões de brasileiros, apenas quatro não foram desfiguradas por malandragens urdidas pela grande bancada dos fora da lei.
O triunfo ilusório dos gigolôs de empreiteira logo estará confirmando que medo de cadeia anula o instinto de sobrevivência eleitoral e encurta o caminho que acaba no suicídio político. Para livrar-se do perigo de despertar com batidas na porta às seis da manhã, a bancada dos fora da lei ousou desafiar a imensidão de gente exausta de roubalheira, cinismo e cafajestagem. O troco virá no próximo domingo, 4 de dezembro. 
A voz das ruas dirá aos espertalhões do Congresso que o povo continua acordado. Avisará ao presidente Michel Temer que a promessa de vetar a anistia articulada pelos vigaristas do Caixa 2 tem de estender-se a todas as canalhices que transformaram o projeto original numa declaração de amor à corrupção. Os envolvidos na conspiração criminosa saberão que ninguém conseguirá impedir o avanço da Lava Jato.

NO BLOG DO JOSIAS
Governo sonha com pedido de vista que postergue conversão de Renan em réu
Josias de Souza
Quinta-feira, 1º/12/2016 06:08
O Supremo Tribunal Federal julga nesta quinta-feira (1º) uma denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Renan Calheiros. Nela, o presidente do Senado é acusado de receber propinas da construtora Mendes Júnior para pagar a pensão de uma filha que teve fora do casamento. O escândalo estourou em 2007. Após a formalização da denúncia, o processo aguarda por uma deliberação do Supremo há cerca de 4 anos. E o Palácio do Planalto sonha com um pedido de vista que produza um adiamento a perder de vista.
O processo contra Renan é o primeiro da pauta. Se aceitar a denúncia da Procuradoria, o Supremo abrirá uma ação penal, enviando o senador para o banco dos réus. E o governo de Michel Temer receia que a mudança de status de denunciado para réu transforme Renan num aliado de dois gumes, dividido entre as prioridades legislativas do governo e a agenda litigiosa que mantém o senador em pé de guerra com juízes e procuradores.
O problema é que a realização do sonho de Temer e seus operadores mergulharia o Supremo num pesadelo. Os magistrados recorrem ao pedido de vista quando avaliam que precisam de mais tempo para analisar os autos. Como explicar à plateia que um processo que está na fila de julgamento há quase quatro anos ainda não foi digerido por Suas Excelências?
Há um mês, o ministro Dias Toffoli acudiu Renan. Estava sobre a mesa uma ação que questiona a presença de réus em cargos situados na linha de sucessão da Presidência da República. Num instante em que a maioria dos ministros do Supremo já havia decidido que réus não podem ocupar funções como a de presidente do Senado, Toffoli pediu vista do processo, empurrando com a barriga a formalização do veredicto. Um novo adiamento agora deixaria a Suprema Corte mal com a opinião pública.

Renan teve surto de Cunha e emboscou Temer
Josias de Souza
Quinta-feira, 1º/12/2016 04:42
Alguma coisa subiu à cabeça de Renan Calheiros na noite passada. O presidente do Senado tentou, sem sucesso, enfiar goela abaixo do plenário o pacote de medidas anticorrupção que a Câmara convertera em pantomima horas antes. O circo armado pelos deputados provocara reações ácidas da chefia do Supremo Tribunal Federal e dos procuradores da Lava Jato. E Renan, em vez de munir-se de um extintor, convidou os senadores a tocarem fogo na lona, aprovando às pressas medidas que reintroduziram a batida das panelas na trilha sonora da crise.
Houve pânico no Palácio do Planalto. Ao saber que Renan colocaria em votação um pedido para que o pacote desfigurado fosse votado com urgência, um auxiliar do presidente disse ao blog: “Isso parece coisa do Eduardo Cunha, personagem dado a rompantes, não do Renan, um político sempre muito calculista.” Líder de Temer no Senado, o tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP) endereçou um apelo aos colegas:
“Estou me dirigindo ao plenário desta Casa”, disse Aloysio, achegando-se ao microfone. “Não nos coloquemos hoje na contramão da opinião pública brasileira. Vamos verificar que existe vida lá fora. E falo também em nome do governo, porque eu não quero que essa matéria chegue na mesa do presidente da República, para sancionar ou vetar.” Mais cedo, Aloysio escalara a tribuna do Senado para tachar de “cretinice parlamentar” a desfiguração do pacote anticorrupção.
Renan não se deu por achado. Informou que recebera um pedido de urgência subscrito pelos líderes de quatro partidos: PSD, PTC, PMDB e PP. E não lhe restava senão submeter a questão à deliberação do plenário. Lorota. “Foi tudo um grande escárnio. O regimento do Senado foi rasgado”, diria ao blog, mais tarde, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). “É o avesso, do avesso do avesso”, completou, evocando a célebre canção.
Em privado, Renan disse a senadores que lhe são próximos que os signatários do pedido de urgência não eram os únicos partidários da pressa. Outros colegas teriam endossado a ideia de votar ainda na noite de quarta-feira o pacote tóxico. Citou os nomes de Roberto Requião (PMDB-PR), Jorge Viana (PT-AC), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) e até Aécio Neves (PSDB-MG). Levado a voto, o pedido de urgência foi rejeitado por 44 votos a 14. Curiosamente, apenas dois dos nomes citados por Renan estavam na lista dos 14 que votaram a favor: Roberto Requião e Fernando Bezerra.
De duas, uma: ou Renan vendia uma mercadoria de que não dispunha ou foi traído. A matéria desceu à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde terá, para sossego momentâneo de Michel Temer, uma tramitação lenta e convencional. Os temores evocados por Aloysio Nunes foram pintados com cores ainda mais fortes pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
“Quero falar para os meus pares”, disse Cristovam em intervenção feita antes da proclamação do resultado que frustrou Renan. “Se nós votarmos e aprovarmos isso, não acredito que o presidente Temer tenha a coragem de sancionar. Ele estará caminhando para o fim do mandato dele. Um fim antecipado pela desmoralização completa que ele vai sofrer.”
Organiza-se na internet a volta às ruas de brasileiros insatisfeitos. O protesto está agendado para este domingo (4). As panelas da noite passada soaram como prenúncio do que pode vir pela frente. E o grande receio do Planalto é o de que o slogan ‘Fora, Temer’ apareça ao lado de ‘Fora, Renan’ nas faixas que antes eram compartilhadas pelo 'Fora, Dilma' e pelo ‘Fora, Cunha’.

Moro não faz perguntas a Lula na 1ª audiência
Josias de Souza
Quarta-feira, 30/11/2016 19:24
Lula encarou Sergio Moro pela primeira vez nesta quarta-feira. Ainda não foi pessoalmente. Avistaram-se por vídeo-conferência. O ex-presidente petista foi intimado porque Eduardo Cunha, preso em Curitiba, o arrolou como testemunha de defesa. Moro se absteve de fazer perguntas. Apenas os advogados de Cunha inquiriram a testemunha.
Lula disse desconhecer a participação de Cunha na nomeação do ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada. Declarou que ignora também o envolvimento do ex-mandachuva da Câmara na compra de uma reserva petrolífera em Benin, na África. Cunha é acusado de patrocinar a nomeação de Zelada e de receber propina pelo negócio fechado pela Petrobras na África.
Por mal dos pecados, Lula declarou o que Cunha desejava que ele dissesse. Deixou o prédio da Justiça Federal em São Bernardo sem falar com a imprensa. Não parou nem para cumprimentar a claque que o PT e seus aliados levaram para a frente do imóvel.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 1º de dezembro de 2016
Renan espera que Toffoli peça vista de processo, impedindo que STF o transforme em réu
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Em meio à tensa guerra emocional de todos contra todos os Poderes, vaza tudo em Brasília. Renan Calheiros tem uma esperança de não se tornar réu por decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal, nesta quinta-feira 1º. Alvo de 11 inquéritos no STF, o poderoso presidente do Senado tem confidenciado a amigos que “espera que o ministro José Dias Toffoli peça vistas de seu processo, e adie, novamente, uma decisão sobre o caso”. Renan é um dos muitos beneficiados pelo absurdo uso indevido do foro privilegiado para parlamentares.
Renan Calheiros estará hoje, frente a frente, com o juiz Sérgio Moro. Mas tudo será numa boa, a convite do próprio presidente quase-réu do Senado. Moro já antecipou que apresentará a Renan Calheiros uma sugestão de artigo para ser incluído no projeto de abuso de autoridade. Para evitar que a divergência entre decisões de juízes seja criminalizada, o artigo explicitaria: “Não configura crime previsto nesta lei a mera divergência na interpretação da lei penal e por si só penal, ou na avaliação de fatos e provas”.
O Juiz da Lava Jato é contra a impunidade, inclusive de seus pares: “Nenhum juiz é conivente com a prática do crime. O juiz que comete um crime, seja de corrupção, de abuso de autoridade, certamente deve ser punido. O problema é eventualmente, a pretexto de se coibir abuso de juízes venais, promover um ataque contra a independência do Judiciário. O Direito não é Matemática. Pessoas razoáveis divergem razoavelmente sobre a interpretação do Direito, sobre a avaliação de fatos e provas”.
Sérgio Moro é bem claro em seus argumentos sobre o assunto: “Os juízes já são responsabilizados na forma da lei penal como qualquer outro agente público. Há um questionamento que compreendo sobre um juiz punido ficar sujeito apenas à sanção de aposentadoria compulsória; então vamos debater essa questão. Tem que se discutir esses assuntos com objetividade, pragmatismo, sem entrar nessas armadilhas retóricas, utilizadas para caracterizar os juízes como privilegiados irresponsáveis”.
Os absurdos parlamentares prosperam e irritam ainda mais a opinião pública. A desfiguração completa das medidas contra corrupção não foi à toa. O Globo informa que o grupo de 28 deputados investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposto envolvimento na Lava-Jato votou em peso contra as medidas de combate à corrupção. A exclusão da figura do “reportante do bem” — que previa recompensa para quem denunciar casos de corrupção — contou com os votos de 24 desses parlamentares.
Vale repetir por 13 x 13: domingo, dia 04-12-2016, o jogo será outro. Quem volta às ruas é o cidadão em movimento espontâneo de descontentamento contra os políticos, com pautas bem definidas: o fim do foro privilegiado, a defesa das medidas anticorrupção e toda força para a Lava Jato. A crescente pressão popular será fundamental na luta contra os corruptos sistêmicos e institucionalizados.
Combater o “Status Quoruptiones” une a maioria dos brasileiros de bem. Por isso, como bem lembra o sociólogo e político profissional peemedebista, Wellington Moreira Franco: “Você não pode afrontar a vontade das ruas”...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Reação proporcional à ameaça
Brasil 01.12.16 08:13
O gesto dos procuradores da Lava Jato, que prometeram renunciar caso Michel Temer sancione o AI-5 do crime organizado, foi atacado por quase toda a imprensa.
Só O Globo publicou um excelente editorial sobre o assunto:
"A reação dos promotores da Lava Jato foi proporcional à ameaça que passou a pairar sobre qualquer investigação de corrupção (...).
Não tem sentido que poderes tentem atrapalhar outros poderes, como acontece nesta tentativa de aprovação de projetos que criminalizam juízes e procuradores.
É indiscutível que a legislação sobre abuso de autoridade está defasada. Mas o momento não é este de reformá-la".
Zelotes no Itaú e no BankBoston
Brasil 01.12.16 08:02
A 8° fase da Zelotes tem como alvos o Itaú e o BankBoston.
São 34 mandados em São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco.
Comandante ou quadrilha?
Brasil 01.12.16 07:50
Jarbas Vasconcelos votou a favor do AI-5 da ORCRIM.
E defendeu seu voto com o argumento mais desonesto de todos.
Ele disse à Folha de S. Paulo que os procuradores da Lava Jato querem apenas “sustentar privilégios”.
Quais privilégios?
“Em um país onde juízes vendem sentença e o castigo é receber uma aposentadoria integral, isso não pode funcionar”.
Os procuradores da Lava Jato, portanto, estão preocupados sobretudo em garantir suas aposentadorias.
Zelotes nas ruas
Brasil 01.12.16 07:33
A PF está nas ruas para uma nova fase da Zelotes.
A Zelotes é aquela de Luleco.
STF julga Fernando Pimentel
Brasil 01.12.16 07:24
Depois de julgar Renan Calheiros, o STF vai julgar o caso de Fernando Pimentel.
Renan Calheiros se refugiou no Senado, Fernando Pimentel se refugiou no governo de Minas Gerais.
Ambos têm de ser afastados de seus cargos. Imediatamente.
Os votos pró-propina
Brasil 01.12.16 06:48
Os 28 deputados investigados pela Lava Jato votaram em peso a favor do AI-5 do crime organizado, disse O Globo.
A conta exclui, porém, o principal bloco de apoio ao golpe, formado pelas bancadas do PT e do PCdoB, que aprovaram unanimemente as medidas pró-propina.
Como mostrou ontem O Antagonista, o PT foi o partido que deu mais votos para o pacote aprovado pelos deputados.
O Globo precisa reconhecer o mérito dos petistas.
Odebrecht pronta para assinar
Brasil 01.12.16 06:39
Acorde, Lula. Acorde, Renan Calheiros.
Lauro Jardim, em O Globo, informa que "o imbróglio entre as autoridades judiciais dos EUA e Brasil, que impedia a assinatura do acordo de leniência da Odebrecht, já foi solucionado".
O Congresso Nacional pode perseguir os procuradores da Lava Jato. Mas não pode alterar as planilhas da propina da Odebrecht.
"A retomada da economia fica para depois"
Brasil 01.12.16 06:29
Prepare-se para o pior.
O PIB vai continuar caindo enquanto Michel Temer e seus parceiros no Congresso Nacional não desistirem de golpear a Lava Jato.
A retomada da economia depende da estabilidade institucional.
Diz o Estadão:
“Não há como ignorar que se desenrolou no Congresso mais uma batalha da guerra entre Legislativo e Judiciário. Com um enorme potencial de riscos para a estabilidade política do País (…).
Há incertezas agora sobre a capacidade do governo de controlar a pressão que vem das ruas e de dentro de casa – ou seja, das suas próprias bases.
Nesse quadro, imagine-se então na pele de um investidor. O mais provável é que ele respire fundo e aguarde para ver onde tudo isso vai dar. E a retomada da economia fica para depois”.
Custo Renan
Economia 01.12.16 06:10
O golpe contra a Lava Jato chegou ao Financial Times.
A economia brasileira, que já está quebrada, agora terá de cobrir também o rombo provocado por Renan Calheiros e Weverton Rocha.

"Aécio não participou da suposta reunião"
Brasil Quarta-feira, 30.11.16 21:47
Aécio enviou a seguinte nota ao site:
"O senador Aécio Neves não participou da suposta reunião citada pelo jornal Estado de S. Paulo. Sobre a posição do PSDB, basta dizer que o partido votou por unanimidade contra a urgência no Senado e, na Câmara, majoritariamente contra as modificações das medidas anticorrupção."
O presidente que não existe
Brasil 30.11.16 20:35
Michel Temer continua calado.
Seu governo vai afundar sem que ele abra a boca.
Os mosqueteiros do pacote salva-Orcrim
Brasil 30.11.16 20:09
O Estadão confirmou informação que O Antagonista publicou mais cedo de que a tentativa de golpe na Lava Jato foi articulada por Renan Calheiros com Eunício Oliveira, Aécio Neves e Roberto Requião.
Requião, que já é o relator do projeto de abuso de autoridade, deve ser designado também para relatar o pacote salva-Orcrim.
Delator pagou 22 milhões a Jucá, Renan e Eunício
Brasil 30.11.16 18:50
O Buzz Feed diz que Claudio Mello Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht contou em sua delação ter pago R$ 22 milhões a Romero Jucá, Renan Calheiros e Eunício Oliveira.
Segundo o delator, o grupo pagou por projetos e medidas provisórias, como as MPs 613 e 627. Os senadores citados por Mello negam as acusações.

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