PRIMEIRA EDIÇÃO DE 27-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
DOMINGO, 27 DE NOVEMBRO DE 2016
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero pode ter gravado conversas com outros ministros e assessores, segundo informações levadas ao governo por colegas. Além de cair na Lei de Segurança Nacional, por supostamente haver gravado de maneira clandestina sua conversa com o presidente da República, ele burlou a regra que há anos proíbe a entrada de equipamentos eletrônicos no gabinete presidencial.
Calero levou gravador para conversas com Temer, Geddel e Padilha, mas a gravação é ruim e há dificuldade de identificar interlocutores.
Diplomatas que conhecem a alma de Marcelo Calero dizem que ele espalha brasas por ter ficado inconformado com a perda do cargo.
Quem vai a audiência com o presidente é solicitado por seguranças do Exército a deixar celular, smartphone etc na ante-sala do gabinete.
Celular ou gravador recolhido é guardado na gaveta de uma pequena escrivaninha do segurança, que fica a 2 metros da porta do gabinete.
O ex-presidente da CBF José Maria Marin cumpre prisão domiciliar, com tornozeleira, no seu belo apartamento da Trump Tower (TT), na Quinta Avenida de Nova York, exatamente onde mora o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Poucos andares separam os apartamentos de Marin e Trump, mas não há registro de contato entre os dois. Exceto, talvez, em reuniões de condomínio, naturalmente.
Ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marin está preso em seu apartamento há um ano, desde novembro de 2015.
Marin foi extraditado da Suíça para Nova Iorque e é acusado de receber propina em negociações de marketing da Fifa, investigada pelo FBI.
Além de Marin, já moraram na TT Felix Slater, preso por esfaquear um homem no rosto, e Joe Weichselbaum, preso por tráfico de cocaína.
Anda intensa a discussão sobre o próximo líder da bancada do PMDB no Senado, em 2017. A maioria dos senadores não quer Renan Calheiros como líder. Mas ele está de olho na vaga.
Após a divulgação de vídeo de Lula admitindo ser seu o tríplex, organizadores do evento onde ele cometeu a “gafe” fizeram edição do discurso do ex-presidente, mas o trecho cortado está no YouTube.
O Ministério dos Transportes, ao contrário dos Estados e do próprio governo federal, está de cofres cheios. Com mais de um mês para o fim de 2016, as receitas já superaram em 23% a previsão para o ano.
No EUA, onde greves no funcionalismo são proibidas, há 2,6 milhões de servidores no Executivo. No Brasil, onde o rombo de contas públicas é de R$ 170 bilhões, são mais de 2 milhões só no governo federal.
O deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA) afirma que os políticos estão com insônia após delação da Odebrecht. “Uma parcela só encosta a cabeça no travesseiro à base de Lexotan”, disse ele ao site Diário do Poder.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) chamou o ex-vice-líder do governo Dilma, Sílvio Costa (PTdoB-PE) de Sílvio Tosta, que não gostou da piada. ‘Poderia trocar por outra consoante’ ironizou o baiano.
Candidato a vice da Câmara, na eleição de fevereiro, o deputado José Priante (PMDB-PA) acredita que “a amizade com o presidente Michel Temer fortalece” sua candidatura. Vai ter que combinar com os russos.
A defesa de Lula já fez oficialmente duas reclamações junto ao Supremo Tribunal Federal contra Sérgio Moro, o juiz federal de primeira instância responsável pela Lava Jato. Todas negadas pelo STF.
...com o volume de ex-ministros, aliados e amigos presos até a expressão “cerca Lourenço” mudou. Virou “cerca Lula”.

NO BLOG DO JOSIAS
Temer ajustou posição sobre anistia três vezes
Josias de Souza
Domingo, 27/11/2016 03:35
No intervalo de apenas 13 dias, Michel Temer promoveu três ajustes em suas manifestações sobre a pretensão dos congressistas de aprovar algum tipo de anistia para o crime de Caixa Dois. Como presidente da República, Temer tem o dever constitucional de deliberar sobre projetos aprovados no Legislativo. Pode sancioná-los ou vetá-los. Daí a relevância de saber o que pensa sobre o tema.
No início, Temer trazia sua opinião sobre a anistia na coleira, evitando soltá-la em público. Em entrevista ao programa Roda Viva, exibida pela TV Cultura em 14 de novembro, fugiu do assunto: “Esta é uma decisão do Congresso. Eu não posso interferir nisso.”
Reiterou sua posição em conversa com o blog, veiculada aqui em 16 de novembro: “Se eu dou uma opinião desde já, quando surgir a hipótese de sanção ou veto, já estou comprometido com a opinião que eu dei, sem ter uma discussão final do Congresso Nacional. Tenho uma cautela extraordinária, até um pouco exagerada em relação a isso. Quero evitar qualquer espécie de autoritarismo do tipo: ‘eu estou decidindo assim ou assado’.”
No início da semana, Temer foi consultado por seus aliados na Câmara. Privadamente, sinalizou que não teria dificuldades em sancionar um artigo perdoando os políticos que receberam verbas para suas campanhas via Caixa Dois, diferenciando-os daqueles que embolsaram propinas.
Súbito, Temer passou a difundir posição oposta. Autorizou seus interlocutores a espalharem que vetará qualquer tipo de anistia que lhe chegue à mesa. Simultaneamente, combinou com Renan Calheiros e Rodrigo Maia, presidentes do Senado e da Câmara, um esforço para tentar matar o assunto no próprio Congresso. Assim, Temer não precisaria passar pelo desgaste do veto.
Deve-se o posicionamento mais incisivo de Temer a um fenômeno que um de seus ministros chamou de “Efeito Geddel.” Acusado de se envolver no esforço para liberar a construção do prédio onde seu ex-coordenador político Geddel Vieira Lima tem um apartamento, Temer é malhado no noticiário e nas redes sociais.
O endurecimento da posição sobre a anistia do crime de Caixa Dois, outro foco de desgaste, é uma tentativa de Temer de atenuar a pancadaria que transforma a crise atual no pior momento de sua curta gestão de seis meses.

NO O ANTAGONISTA
Temer e Dilma são um só
Brasil 27.11.16 09:44
Lauro Jardim confirmou a notícia do Momento Antagonista de que Herman Benjamin não pretende separar as contas de Michel Temer e Dilma Rousseff no processo de cassação da chapa.
Pimentel não vai escapar
Brasil 27.11.16 09:08
O Antagonista também apurou que a tendência do plenário do Supremo é derrubar o entendimento do STJ de que Fernando Pimentel só poderá ser processado após autorização da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.
Lula e o caçador de comunistas
Brasil 27.11.16 09:08
José Roberto Batochio, que chamou Sérgio Moro de nazista, é citado numa reportagem da revista O Cruzeiro, de 1968, como integrante do Comando de Caça aos Comunistas (CCC).
Se não for um homônimo, Lula deve explicações à militância petista e, Batochio, desculpas a Moro.
Avisem o Aécio
Brasil 27.11.16 08:54
O STF decidiu em 2009 que é legal a gravação realizada por um dos interlocutores de uma conversa, mesmo sem conhecimento do outro, informa o Painel.
Renan vai escapar
Brasil 27.11.16 08:44
O Antagonista apurou que a tendência do plenário do Supremo é rejeitar a denúncia contra Renan Calheiros no caso Mônica Veloso, que vai à julgamento no dia 1º.
"É de anistia que se trata"
Brasil 27.11.16 08:43
Carlos Ayres Britto atacou a emenda salva-ORCRIM em dois jornais.
À Folha de S. Paulo, ele disse:
“O projeto é uma parafernália. É mistura de figuras penais e crimes eleitorais com uma serventia, autoanistiar membros do Legislativo. E a Constituição não admite isso em se tratando de membros de Poder. A anistia foi versada pela Constituição como perdão legal de infrações, mesmo no campo penal, protagonizadas por particulares”.
E:
“Se for aprovado, o projeto já nascerá vocacionado para o seu desvantajoso questionamento em juízo. Esse tema é uma pecinha de cristal, nuançado. É imbricado com outras figuras delituosas. O Caixa Dois pode ser produto de corrupção, de propina, meio de lavar dinheiro”.
Para o Estadão, ele escreveu:
“O primeiro questionamento em torno dessa mal disfarçada anistia decorre da consideração de que ela, emenda, propõe a despunibilização de um tipo omissivo de conduta que a cabeça do artigo 350 do Código Eleitoral expressamente veda: omitir, em documento público ou então particular, declaração que deles devia constar (a exemplo da aceitação de doações para o financiamento de campanha eleitoral). Conduta tipificada pelo parágrafo único desse mesmo artigo 350 como ‘falsidade documental’ ou ideológica. Sancionada, além do mais, com ‘reclusão até 5 anos e pagamento de (...) multa (...). Logo, é de anistia mesmo que se trata”.
E também:
“Há mais o que dizer em desfavor da mal inspirada emenda. Muito mais, pois o que ela termina por fazer é anistiar o inanistiável. Explico. Primeiro, ela faz um estranho (pra não dizer temerário) corte radical entre doação e sua matriz subjetiva. Ou entre doador e donatário, se se prefere dizer, para assim poder despunibilizar os dois. Mesmo que o doador esteja a abrir a mão para o donatário depois de enchê-la com o produto de crime (peculato, corrupção, conluio em licitações, superfaturamento de obras e serviços públicos, tráfico de drogas, administração fraudulenta de instituição financeira, etc.). Com o que assume o risco de perdoar, de uma só cajadada, o crime atual e o antecedente. Explosiva mistura de malfeitorias de vários ramos ou disciplinas jurídicas que pode ter por efeito o ampliado favorecimento do número dos malfeitores”.
Supersenadores
Brasil 27.11.16 07:53
O feitiço de Renan Calheiros pode virar contra o feiticeiro. O Globo descobriu que ao menos dez senadores ganham supersalários - acima do teto constitucional.
São eles Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Edison Lobão (PMDB-MA), Garibaldi Alves (PMDB-RN), João Alberto (PMDB-MA), Jorge Viana (PT-AC), José Agripino (DEM-RN), José Maranhão (PMDB-PB), Otto Alencar (PSD-BA), Roberto Requião (PMDB-PR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
É um crime perseguir um criminoso como Lula
Brasil 27.11.16 06:30
Domenico de Masi é um italiano que só existe no Brasil.
Neste domingo, ele foi entrevistado pela Folha de S. Paulo.
Ele disse que a denúncia contra Lula “é a grande vitória dos ricos sobre os pobres do Brasil. Desmitificar Lula é um crime. Mesmo que ele fosse um criminoso. Mandar policiais levarem Lula para depor é tolher um mito. É um crime”.
Isso mesmo: é um crime perseguir um criminoso como Lula.
O Brasil tem tantos imbecis, é inútil importar mais um.
Uma pergunta para a Lava Jato
Brasil 26.11.16 21:54
Com faturamento de quase R$ 350 milhões, por que Lulinha mora de favor?
Releia o que publicamos mais cedo AQUI e AQUI.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA