PRIMEIRA EDIÇÃO DE 20-10-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 20 DE OUTUBRO DE 2016
Mais do que demolir o discurso de “perseguição” ou “caçada judicial”, a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha abre caminho para a prisão do ex-presidente Lula, que, iminente, será “a cereja no bolo” da Lava Jato, segundo expressão de um dos investigadores. Preso por ordem do juiz Sérgio Moro, que Lula acusa de parcialidade, Cunha é para o PT o seu “inimigo nº 1”. Agora, os petistas terão de procurar outra explicação para as três ações de corrupção em que Lula é réu, na Justiça Federal.
A tendência, na Lava Jato, é “esgotar” o caso Eduardo Cunha, explorando todas as suas possibilidades, antes da “cereja do bolo”.
Lula e petistas repetiram tanto a lorota de “caçada judicial” que ontem ficaram mudos, surpresos com a prisão do inimigo Eduardo Cunha.
As alegações para a prisão de Eduardo Cunha, acatadas por Sérgio Moro, são “café pequeno” comparadas às acusações contra Lula.
Para cumprir a ordem de prisão expedida por Sergio Moro, policiais estudaram minuciosamente a rotina de Cunha, no Rio e Brasília.
Quem ainda tem duvida da necessidade de limitar os gastos públicos deveria examinar as contas do governo do Distrito Federal. Com folha de pagamento de R$1,6 bilhão mensais, o governo do DF consome só com os salários e benefícios de 214,6 mil servidores, ativos e inativos, R$26,5 bilhões dos R$31 bilhões de sua capacidade de arrecadação. No total, são 7% da população abocanhando 77% de todas as receitas.
O governo do DF decidiu não pagar a parcela do reajuste do servidor, previsto para outubro, que aumentaria a folha em R$1,5 bilhão.
Além de impostos, as receitas do governo do DF incluem transferências obrigatórias e voluntárias da União, repasses e fundo de participação.
Com 77% das receitas entregues aos servidores, sobram 20% para custeio, 1% para serviço da dívida e apenas 2% para investimentos.
No Japão, o presidente Michel Temer consertou lambança de Dilma, que, grosseira, cancelou duas visitas oficiais já confirmadas. Até deu chá-de-cadeira no príncipe Naruhito. Os japoneses estavam ofendidos.
Michel Temer fez tudo certo: visitou o imperador Akihito, recompondo-se com o Japão. E visitou o Keidanren, “mega-Fiesp” considerada mais importante e mais respeitada pelos japoneses que o próprio governo.
A prisão de Eduardo Cunha desautorizou, de vez, a fantasia de que ele negociava delação premiada. Cunha é considerado alvo final, por isso a força-tarefa não se interessa por acordo que o livre de longa punição.
Deve ter sido em claro a noite do ex-deputado Henrique Alves, o maior parceiro de Eduardo Cunha em Brasília. São muito ligados, mas Cunha tinha ascendência sobre Alves, mesmo quando este presidia a Câmara.
Na Câmara, o clima é de apreensão com a prisão de Eduardo Cunha. Consta que ele tinha o hábito de gravar conversas com aliados. Estima-se que cerca de duzentos deputados deviam favores a ele.
Na Câmara, deputados fizeram bolão sobre o tempo de prisão de Eduardo Cunha. A impressão geral é que ele será condenado, como o ex-senador Gim Argello, antes mesmo de deixar a carceragem da PF.
O governador de MT, Pedro Taques (PSDB), vive a expectativa da derrota em Cuiabá: no primeiro Ibope do 2º turno, seu candidato Wilson Santos registrou 32% contra 51% do adversário, Emanuel Pinheiro, do PMDB. É mais uma das muitas derrotas de aliados no Estado.
Cliente dos Correios no Rio postou em 26 de junho uma carta simples para Vitoria da Conquista (BA), pagando R$ 6,50. Não chegou até hoje, quase quatro meses depois. Tampouco retornou ao remetente.
...se Dilma caiu, Cunha caiu, inflação caiu, dólar caiu e os juros caíram, o tombo de Lula não deve estar muito distante.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Vlady Oliver: A Panela, a Cadeira e o Microondas
Antes que alguém mande eu me benzer, afirmo categoricamente que estou sofrendo de Brasil
Por: Augusto Nunes 
Quarta-feira, 19/10/2016 às 21:51
Premido pela crise, demorei mais que o necessário para ver que algumas coisas em minha casa estavam caindo pelas tabelas. E fui comprar os itens que listei acima. Três das melhores marcas que conheço, para que fique bem claro que trabalho dobrado para tentar colocar em casa apetrechos com um pingo de dignidade na parada. A panela quebrou em três cozidas, a cadeira quebrou o suporte das rodinhas, me derrubando em pleno escritório falando com meu chefe pelo telefone, e o microondas ronca mais que um Trabant subindo a ladeira e queimando todo o óleo pelo caminho.
Três das melhores marcas do mercado, eu repito. Deem uma rápida olhada nas compras de supermercado do mês e vocês verão que o mais novo mimo do nosso “capitalismo, pero no mucho” é um selinho vermelho num canto da embalagem, afirmando que a mesma agora vem com 10% a menos de produto embutido nela. A lei agora permite isso. Um mimo, não é mesmo? Essa sucata em que transformaram a indústria nacional, apoiada na muleta calhorda do vigarismo estatal que campeou todo esse tempo por aqui, é o resultado de uma ideologia bamba com o mais completo descuido com qualquer planejamento, mérito, controle e eficiência.
É o PT no poder. É o discurso safado de esquerda, que quando não vomita evacua na decência, como um bando de macacos acuados diante da evolução da espécie. Demorei para encontrar um Nêumanne, nos escombros do jornalismo de hoje, para dar às coisas os nomes que as coisas tem. Que bom que ainda existe um exemplar, no meio de tantos outros que professam mesmo é sua indignação com o 'savonarolismo' da Lava Jato. O país mais corrupto do mundo, nu e com as calças arriadas, bradando que é vítima de uma perseguição seletiva. Não dá pra encarar, não é mesmo? Eu já vinha dizendo aqui mesmo que, como engenheiro que sou, sei bem os resultados de se fazer uma obra com a metade do cimento, para pagar propina. No mínimo, durará a metade do tempo.
Antes que alguém mande eu me benzer, afirmo categoricamente que estou sofrendo de Brasil. Um ajuntamento de vigaristas que tenta sobreviver, dando uma tunga no consumidor e usando materiais dos mais vagabundos em seus produtos. Teremos ou não uma “colaboração premiada” também neste quesito? Passou da hora do país repatriar também sua vergonha na cara, irremediavelmente perdida entre o socialismo de pinga que nos impuseram e a saudade marreta que essa gente ostenta de uma realidade que jamais se consumou, porque foi arquitetada para ser a fraude que é.
Essa gente não me engana. Se aquele escritor, andares abaixo, pedisse emprestado um liquidificador para uma prima dele, lá nos Estados Unidos, e esta lhe apresentasse um troço que mói até pedra britada, aposto que ele entenderia finalmente a diferença entre o socialismo barato que nós condescendemos em experimentar por aqui e o capitalismo de resultados práticos e aferíveis. Nunca antes tinha visto este País com olhos tão abertos. É um lixo. Obrigado, Nêumanne. Obrigado, Augusto. Tá difícil.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
As perplexidades do Congresso e os medos
Oposição diz que governo Temer pode ser alvo de uma eventual delação do ex-parlamentar
Por: Reinaldo Azevedo 
Quinta-feira, 20/10/2016 às 0:45
O mundo político em Brasília ficou perplexo, claro!, com a prisão de Eduardo Cunha. Em primeiro lugar, porque ela era dada como certa, só não se se sabia a hora. Em segundo, porque aconteceu.
Fiquemos no primeiro aspecto. Como Sergio Moro havia dado, 48 horas antes, 10 dias para Cunha apresentar sua defesa prévia justamente nesse processo que o levou à cadeia, não se esperava que tal decisão fosse tomada nesse intervalo. Moro, no entanto, não tem compromisso com a ortodoxia.
E, e é evidente, começou o ciclo de especulações sobre a possível delação premiada do ex-deputado. O procedimento não foi descartado por Paulinho da Força (SD-SP), seu fiel escudeiro. Voltarei a esse assunto em outro post.
O governo e os governistas preferiram não comentar o episódio — no que, convenham, fizeram muito bem. Comentar o quê? Qualquer fala meio impensada vira um tsunami de problemas.
Quem saiu gazeteando pelos corredores e salões do Congresso que o governo Temer passou a ter uma corda no pescoço foram os oposicionistas, muito especialmente os petistas.
Essa gente é, a seu modo, curiosa. Antonio Palocci está preso sob a acusação, entre outras, de criar facilidades para a Odebrecht, e os companheiros não veem um Lula enrascado!?!?!? Mas anteveem a queda do governo com a prisão de Cunha e sua eventual delação premiada. É mesmo?
Pode ser que a realidade se complique para Temer? Até pode. Vamos ver. Uma coisa, no entanto, é certa: o então vice não tinha, como é sabido, instrumentos para aquinhoar este ou aquele. Que se tenha notícia, ninguém procurou envolvê-lo pessoalmente com safadezas. Se houver um ponto fraco, será o PMDB. Isso à parte, não existe razão para antever que o governo Temer cairá se Cunha botar a boca no trombone.
Com tudo o que se sabe e tudo o que vazou sobre a Lava-Jato até agora, o presidente, ele mesmo, não saiu arranhado. Mas, de fato, há o risco de que não se possa falar o mesmo sobre seus ministros. E se, em muitos casos, for até uma solução?
Se os auxiliares de Temer se complicarem? Bem, terão de ser trocados, essa é a regra. Por enquanto, o que se vê é muito foguetório. Acrescento: ainda que se queira ligar Cunha a Temer, o fato é que aquele nunca foi tão próximo deste como Palocci foi de Lula.
Talvez o senador Lindbergh Farias devesse comemorar a coisa com mais parcimônia e voltar as suas energias para o seu próprio partido. Até porque, vamos convir, uma eventual queda do governo Temer não teria o condão de levar o PT de volta ao poder.
As eleições deste 2016 evidenciaram o peso que tem a legenda. Está na lona.

NO BLOG DO JOSIAS
Cunha levou para cadeia muita mágoa de Temer
Josias de Souza
Quinta-feira, 20/10/2016 05:17
Desde que foi cassado, há 38 dias, Eduardo Cunha atribui sua derrocada a Michel Temer e aos auxiliares palacianos do presidente. Com o passar do tempo, Cunha evoluiu da lamentação para a execração. Vangloriava-se de ter “enxotado Dilma” da Presidência da República. Considerava-se credor de alguma “gratidão”. E queixava-se de ter recebido apenas “traição”. Ao ser preso, nesta quarta-feira, 19-10-2016, Cunha levou seus rancores para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Hoje, nas palavras de um amigo, Cunha nutre por Temer e pelo governo dele “uma profunda mágoa”.
A despeito da revolta, o ex-mandarim da Câmara dizia em privado que não se tornaria um delator. Fustigaria os “traidores” no livro que pretendia lançar antes do Natal. A julgar pela primeira manifestação do advogado de Cunha depois das últimas novidades — “Delação não está no nosso radar” —, a prisão não alterou a disposição do seu cliente. Mas o amigo que se dispôs a conversar com o blog comentou: “Dentro de um mês, o Eduardo Cunha será a mesma pessoa. Com uma diferença: ele terá passado 30 dias atrás das grades. E isso pode fazer uma extraordinária diferença.”
O que o interlocutor do novo prisioneiro da Lava Jato declarou, com outras palavras, foi o seguinte: depois do primeiro mês mastigando a quentinha da cadeia e dormindo no colchonete, Eduardo Cunha talvez se anime a delatar até a própria sombra. Sitiado pelas provas que a força tarefa de Curitiba reuniu contra ele em dois anos de investigação, o personagem terá de suar muito o dedo para se tornar um colaborador da Justiça. Sua sombra a Lava Jato já virou do avesso. Não lhe falta, porém, matéria-prima para desestabilizar a Presidência de Temer. Resta saber até onde vai a mágoa do novo hóspede da carceragem de Curitiba.
Gravado pelo correligionário Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, o senador e ex-ministro Romero Jucá, presidente do PMDB federal, dissera que a Lava Jato tinha que ser resolvida “na política”. Sem saber que falava para o gravador do celular de um delator, Jucá abriu seu coração: “Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria.'' A troca de governo ocorreu. Mas o pesadelo de Eduardo Cunha não é senão a continuidade da “sangria” que a oligarquia do PMDB não conseguiu “estancar”.
Eduardo Cunha nunca se iludiu com o Projeto Torniquete. Mas esperava que Temer e seus amigos do PMDB o ajudassem a empurrar com a barriga a apreciação do pedido da cassação do seu mandato. Achava que conseguiria manter a cabeça sobre pescoço se o encontro com a guilhotina fosse adiado para depois das eleições municipais. Por isso tentou, sem sucesso, acomodar um aliado na presidência da Câmara depois que renunciou ao cargo, num esforço tardio para salvar o mandato. O problema é que, apoiado pelo Planalto, elegeu-se Rodrigo Maia (DEM-RJ). Que marcou o encontro de Cunha com a guilhotina para as vésperas do primeiro turno da eleição. Daí a “mágoa profunda” de Cunha. Ele enxerga as digitais de Temer no triunfo de Rodrigo Maia, genro de Moreira Franco, chefe do programa de concessões do governo e alvo da ira de Cunha.
Ironicamente, na petição que encaminharam ao juiz Sergio Moro para fundamentar o pedido de prisão de Cunha, os procuradores da força-tarefa da Lava Jato fizeram anotações que indicam que a “mágoa” de Cunha não reduziu sua presença no governo. O ex-deputado “ainda mantém influência nos seus correligionários, tendo participado de indicações de cargos políticos do governo Temer”, anotaram os investigadores. Como exemplo, citaram a nomeação do deputado Maurício Quintella, líder do PR e membro da infantaria de Cunha, para o posto de ministro dos Transportes.
Na gravação feita à sorrelfa pelo delator Sérgio Machado, Romero Jucá lamentara que, àquela altura, na bica de concluir a tramitação do processo de impeachment, Renan Calheiros, presidente do Senado, ainda torcesse o nariz para a deposição de Dilma. Renan “não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha”, afirmara Jucá. “Gente! Esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.” De fato, a conjuntura parece ter jurado Cunha de morte. Mas os podres que ele conhece dos ex-aliados o fazem imaginar que continua cheio de vida.
Como sinal de sua vitalidade, Cunha fez circular pelos porões de Brasília nas última semanas um conjunto de ameaças. Vão do dinheiro de má origem que ele diz ter borrifado nas arcas da campanha de Temer à vice-presidência, em 2014, até denúncias que podem incendiar o Congresso num instante em que o Planalto precisa de tranquilidade para votar sua pauta de reformas.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 20 de outubro de 2016
As ameaças contra a Lava Jato e afins
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Eduardo Cosentino da Cunha passou sua primeira noite, sozinho, em uma cela da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Com bastante certeza, as primeiras reflexões insones de Cunha devem ter tirado o sono da maioria dos políticos corruptos que infestam Brasília e adjacências. Especialmente seus aliados do PMDB, todos ficaram tensos: alguns tristes, e muitos, apavorados. O encarceramento preventivo o do ex-deputado, absolutamente previsível, provocou ontem uma falta de quorum. Todos perguntam: o que vai acontecer a partir de agora que o mais influente ex-Presidente da Câmara foi preso pelo juiz Sérgio Moro?
O clima de insegurança entre os parlamentares é flagrante. O maior pavor é que Cunha faça um acordo de delação premiada, a fim de tentar aliviar a situação de sua esposa, Cláudia Cruz, e da filha Daniele, todas enroladas com ele no mesmo processo judicial. O governo peemedebista preferiu ficar quietinho, em silêncio forçado, sabendo que algo parecido pode acontecer, a qualquer momento, contra o Presidente do Senado e do Congresso, Renan Calheiros, alvo de vários processos que caminham, em passo de tartaruga, no Supremo Tribunal Federal. Renan já deve estar trancafiado em si mesmo, por medida preventiva... Cunha, o primeiro peixão grande do PMDB está vendo o Sol nascer quadrado. Outros tubarões entram na fila.
Depois de Luiz Inácio Lula da Silva, com certeza, Eduardo Cunha é um dos políticos que mais tem informações privilegiadas sobre o esquema político que opera a desgovernança do crime institucionalizado no Brasil. Por isso, sem qualquer dúvida, todos os aliados de Cunha – incluindo muitos inimigos dele – têm tudo a temer (sem trocadilho infame entre o verbo e o sobrenome do marido da Marcela Temer). A prisão de Cunha complica a governabilidade de Michel Temer – um presidente sub judice, já que o Tribunal Superior Eleitoral analisa um complicado processo, sem prazo para se resolver, para apurar flagrantes crimes nas contas de campanha da chapa presidencial Dilma-Temer.
Assim, se causa desconforto político, a prisão de Cunha volta a alimentar uma certa apreensão no mercado financeiro – que já vinha celebrando, com muita 'marketagem', aquela esperança de recuperação econômica menos demorada. O pragmatismo cínico rentista, baseado em resultados imediatistas a qualquer custo (preferencialmente os mais baixos possíveis para gerar mais lucratividade), pode se transformar em um fator psicológico contra as investigações sobre a corrupção institucionalizada no Brasil. Muitos tubarões gigantes do mercado, malandramente, já se dispõem a “investir” para que tsunamis como a Lava Jato parem de evoluir...
Magistrados que atuam no ritmo de Sérgio Moro e as diversas forças tarefas, sobretudo a da Lava Jato, devem ficar mais espertos que nunca, porque a previsão da meteorologia é de tempo fechando para o lado deles. Um Vórtice Ciclônico de Baixo Nível, vindo das profundezas infernais de nosso corrupto submundo político-empresarial, tem tudo para causar danos graves, nos bastidores, contra membros do Judiciário e do Ministério Público. A temporada da covardias e 'jagunçagens' está escancarada. 
O enfrentamento será inevitável. O crime institucionalizado leva vantagem pela organização. No entanto, a sociedade também reage de modo cada vez mais organizado, exigindo o aprimoramento das instituições falidas pela ação criminosa. Detonar os núcleos corruptos de vários partidos é fundamental e urgente, urgentíssimo. O passo seguinte é a mudança estrutural do Estado brasileiro. Sem isto, o crime continua ganhando o jogo antecipadamente.
Vale repetir por 13 x 13: Mais importante que as diferentes e destrutivas delações premiadas de políticos, empresários, empregados ou laranjas deles, é o movimento crescente de intolerância contra a corrupção sistêmica – um sentimento gerado e consolidado nos segmentos esclarecidos da sociedade brasileira.
Quem não agir e reagir vai rastejar para o crime. No entanto, todo cuidado é pouco com as “ameaças fantasmas”...
(...)

NO O ANTAGONISTA
O arsenal de Cunha
Brasil 20.10.16 08:11
A Folha de S. Paulo diz que, antes de ser preso, Eduardo Cunha “reuniu arsenal contra PT e PMDB”.
Mais precisamente:
“Cunha não se dedicou apenas às contas do PMDB, sigla para a qual atuou como um esmerado arrecadador.
Ele também fez uma série de estudos sobre o caixa petista.
‘O PT cobrava até comissão das doações. Repassava 95% [para os candidatos] e ficava com 5%. É só você olhar as entradas e saídas’”.
O arsenal de Eduardo Cunha deve ser bem mais pesado do que isso.
Cunha pode derrubar Temer?
Brasil 20.10.16 07:53
Eduardo Cunha pode delatar 100 deputados, segundo O Globo.
Quantos deles já são investigados pela Lava Jato? E quantos deles serão delatados nos próximos meses pela Odebrecht?
A única questão que importa, neste momento, é saber se Eduardo Cunha pode derrubar ou não Michel Temer.
O Globo não sabe a resposta:
"Os peemedebistas costumam repetir que Cunha não é amigo de Temer, mas não negam que, nos últimos anos, ele frequentou rodas de conversa importantes dos caciques da legenda. Outro aspecto que causa temor é o fato de Cunha ter atuado ativamente na arrecadação de recursos para campanhas de vários aliados, não só do PMDB, mas de partidos como PSC e PP. Ele próprio já admitiu que ajudava nos contatos com empresas para conseguir doações oficiais para o PMDB. Tudo isso na época em que Temer presidia a legenda".
Fuga uruguaia
Brasil 20.10.16 07:41
O Antagonista cita novamente o editorial do Estadão:
“A politização dos processos judiciais em que Lula está envolvido como réu ou apenas investigado faz parte da estratégia concebida pelo lulopetismo, com a assessoria de uma chusma de advogados, para desviar a atenção da opinião pública das fortes evidências de envolvimento do ex-presidente da República e sua família numa série de episódios suspeitos nos quais se teriam beneficiado de tráfico de influência, de recebimento de vantagens materiais e financeiras indevidas ou pura e simplesmente de propina”.
Vai adiantar?
Não. Mas vai oferecer um argumento para sua fuga.
O outro lado é sempre o mesmo lado
Brasil 20.10.16 07:29
Depois de dizer, mais uma vez, que Antonio Palocci pode delatar Lula, a colunista com crachá, muito premurosa, foi ouvir o outro lado:
“A defesa do ex-ministro nega que ele tenha intenção de fazer delação. E interlocutores de Lula afirmam que Palocci não teria como jogar no ex-presidente a culpa de fatos irregulares, sobre os quais ele não teria nenhuma responsabilidade”.
A colunista com crachá só se esqueceu de mencionar que o advogado de defesa do ex-ministro é também o advogado de defesa do ex-presidente.
O outro lado é sempre o mesmo lado.
Chuva espanta pelegos
O Financista 20.10.16 07:29
Em reunião ontem na sede da CUT em São Paulo, sindicalistas combinaram a greve geral de 11 de novembro, uma sexta-feira.
Ontem, a chuva forte que caiu na região central de Brasília espantou boa parte do "exército de Stédile" acampado na Esplanada dos Ministérios.
Os delatores Cunha e Palocci
Brasil 20.10.16 06:49
Eduardo Cunha foi trancado numa cela próxima à de Antonio Palocci.
Os jornais especulam sobre a possibilidade de que o peemedebista delate Michel Temer.
A Folha de S. Paulo especula também sobre a possibilidade de que Antonio Palocci delate Lula.
Diz a colunista com crachá:
“A possibilidade de Antonio Palocci fazer delação premiada na Operação Lava Jato causa alvoroço entre integrantes das equipes que acompanham as investigações.
A expectativa é que ele poderia fornecer uma ponte que ligaria, por exemplo, Marcelo Odebrecht e o ex-presidente Lula”.
Na verdade, a PF já tem essa ponte: a planilha “Amigo”, com os pagamentos de propina da empreiteira a Lula.
Em breve, terá também os depoimentos do próprio Marcelo Odebrecht e de seu pai, Emilio.
A Lava Jato não precisa de Antonio Palocci para pegar Lula.
O clímax
Brasil 20.10.16 06:36
Os lulistas, que inicialmente comemoraram a prisão de Eduardo Cunha, foram dormir apavorados.
Um deputado disse:
"Ou Moro quis pegar Cunha desprevenido ou quis apressar o clímax que sempre buscou na Lava Jato, a prisão do ex-presidente Lula".
Um blogueiro acrescentou:
"Se isso era o álibi que Moro precisava para prender Lula, como muita gente tem especulado na rede, só o tempo, senhor da razão, poderá dizer".
E outro concluiu:
“Também do ponto de vista político, a prisão, agora há pouco, do ex-deputado Eduardo Cunha é, de alguma forma, ‘preventiva’. Previne o questionamento, óbvio, que uma eventual ação contra o ex-presidente Lula teria se, ao ser desfechada, encontrasse Cunha ainda flanando por aí”.
O refúgio do "amigo" em "regime amigo"
Brasil 20.10.16 06:01
Luleco já está no Uruguai. Lula pode segui-lo.
O Estadão, em editorial, analisou o plano de fuga de Lula:
“A estratégia lulista contempla a necessidade de manter formadores de opinião e detentores do poder no exterior providos de argumentos políticos que sejam úteis para a eventualidade de que se torne premente a necessidade de preservar a liberdade de Lula.
Ou seja, condenado aqui, procuraria refúgio em regime amigo, apresentando-se, assim, como exilado político”.
Luleco planeja viver no Uruguai
Brasil 19.10.16 21:50
Luleco falou ao portal Ecos do Uruguai sobre o convite para trabalhar no Juventud de las Piedras. Ele diz que foi passar uma semana no Uruguai para conhecer a infraestrutura do clube, os jogadores e o corpo técnico, mas que avalia se mudar.
"Todavía estamos manejando la posibilidad de poder vivir aquí o poder hacerlo desde Brasil y viajar frecuentemente".
Ele disse também que o Brasil vive "um momento complicado e delicado" e que seu pai "nasceu para lutar".
"Es un momento complicado y delicado el que esta pasando el país en general. Lo mas importante es que mi padre nació para luchar y va a luchar para que su imagen no quede opacada ante la oposición".

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