PRIMEIRA EDIÇÃO DE 31-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
31 DE AGOSTO DE 2016
Após reunião em que concluíram ser irreversível o impeachment, aliados de Dilma Rousseff passaram a defender que ela somente saia do Palácio da Alvorada à força, transformando a residência oficial em “símbolo de resistência”. A ideia era que ela entregasse o palácio 30 dias após a destituição, como prevê a lei, mas aliados radicais acham que a “ocupação” chamará a atenção do mundo para o “golpe”.
Como Dilma ainda resiste a essa presepada, aliados radicalizados pretendem que ela só deixe o Alvorada no fim do prazo de um mês.
Em protesto contra Dilma, o Solidariedade mandará, nesta quarta (31), um caminhão de mudança para a porta do Alvorada.
Petistas acreditam na fantasia de que o Supremo Tribunal Federal seria instância de recurso do impeachment, e querem que fique no palácio.
Petistas dizem que é de Lula a ideia de “ocupar” o Alvorada, criando um fato capaz de minimizar os efeitos do impeachment nas eleições.
O presidente Michel Temer não fará reforma ministerial, caso venha a ser confirmado na presidência da República em substituição a Dilma Rousseff, também não editará pacotes econômicos. “Não penso nisso”, disse ele a esta coluna, ao ser indagado sobre esses assuntos. Temer tampouco pretende enxugar mais a máquina administrativa, como esperam aliados como o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves.
Aécio Neves afirmou ontem, entre um discurso e outro no julgamento de Dilma, que espera de Michel Temer a redução do peso do Estado.
Michel Temer afirmou a esta coluna que considera suficiente o enxugamento que já promoveu na maquina administrativa.
O presidente propôs e o Congresso aprovou a redução de ministérios, o corte de 4.200 cargos de confiança e 10 mil funções gratificadas.
O deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) coletou 200 assinaturas para a criação de nova CPI do Carf. Mesmo com apresentação do relatório, Rodrigo Maia não prorrogou a CPI, que caminha para acabar em pizza.
Como é advogado, José Eduardo Cardozo deveria saber que seria um verdadeiro golpe contra o artigo 52 da Constituição excluir a perda dos direitos políticos, por 8 anos, de presidente que sofre impeachment.
A vice de Janot, Ela Wiecko, que caiu após protestar contra o “golpe”, é mulher de Manoel Volkmer Castilho, ex-assessor do ministro Teori Zavascki (STF) demitido pelo mesmo motivo: ativismo político.
Kátia Abreu (PMDB-TO) cochichou com José Eduardo Cardozo, referindo-se à jurista Janaína Paschoal, musa do impeachment: “Não aguento mais a voz desta mulher”. A recíproca deve ser verdadeira.
A senadora indiciada Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que a “ditadura da comunicação” seria culpada pelo impeachment. Paulo Bernardo, seu marido também indiciado, comandou as Comunicações até 2015.
Ao tentar se defender, Dilma se disse vítima de “golpe”, de Eduardo Cunha, das articulações de Michel Temer, do banco central americano, do preço do petróleo e da crise mundial de 2008. Culpa dela? Zero.
Nas sessões de julgamento da presidente afastada, no Senado, o número de deputados federais era maior do que o de senadores. Todos queriam aparecer na foto e diante das câmeras de televisão.
Candidatos em outubro pressionam deputados a apresentarem emenda aumentando o valor do Fundo Partidário. Alegam que falta dinheiro para campanha após o fim do financiamento privado.
...a Esplanada dos Ministérios vazia é prova de que sem mortadela, sem transporte e sem cachê para manifestantes, a rua fica rouca.

NO DIÁRIO DO PODER
IMPEACHMENT
ALIADOS DE RENAN JÁ SINALIZAM QUE ELE VOTARÁ CONTRA DILMA
RENAN SINALIZA CHANCE DE APOIAR A DESTITUIÇÃO DA PRESIDENTE
Publicado: quarta-feira, 31 de agosto de 2016 às 00:29 - Atualizado às 00:56
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mantém o mistério sobre o seu voto no impeachment, mas interlocutores do político alagoano, que antes apostavam na abstenção, agora já apostam que ele vai votar pela destituição definitiva de Dilma Rousseff.
O presidente Michel Temer chegou a afirmar ao Diário do Poder que alimentava a esperança de que Renan apoiasse a continuação do seu governo. Essa expectativa cresceu com o embate que ele travou no plenário com os senadores Lindberg Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR), quando esta o xingou de “canalha”.
No início do processo, o senador havia sinalizado que preferia se manter neutro. Como presidente do Senado, ele foi o responsável por conduzir as primeiras etapas da tramitação na Casa. Nesse meio tempo, porém, seus laços com governo do presidente em exercício Michel Temer foram estreitando. 
Um dos nomes que esteve com Renan nesta terça-feira, 30 foi Moreira Franco, um dos auxiliares mais próximos de Temer.
Desde que o impeachment se tornou o cenário mais provável, Renan vem sofrendo pressão de outros peemedebistas para se posicionar. Senadores petistas, porém, pedem para que ele mantenha a neutralidade.
Na última sexta-feira, o peemedebista protagonizou uma cena que foi entendida por muitos como um sinal de que iria votar contra Dilma. Após um bate-boca com a senadora petista Gleisi Hoffmann (PR), se disse arrependido, mas acusou o PT de fazer “provocações” e de “ingratidão”. 
Nesta quarta-feira, Renan irá fazer um “balanço institucional” do processo, que chegou ao Senado em abril. Deve usar o momento para se posicionar a favor do impeachment.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
15 ANOS DEPOIS DE CRIADA A PALAVRA, OS PETRALHAS ESTÃO NO OLHO DA RUA
A resistência venceu. Ao longo dos anos de contínua depredação da verdade e da lógica, soubemos manter as nossas instituições e reagimos com a devida presteza todas as vezes em que eles tentaram mudar os códigos do regime democrático. Não estão mortos. Não estão acabados
Por: Reinaldo Azevedo 
Quarta-feira, 31/08/2016 às 5:11
Quinze anos depois de eu ter criado a palavra “petralha” para designar as práticas dos petistas em Santo André, lá se vão eles. Morrem com retrato e com bilhete, mas sem luar, sem violão. Sei muito bem o peso de enfrentá-los ao longo dos anos. Hoje é fácil. Felizmente, os grupos de oposição ao petralhismo se multiplicaram. E ninguém corre o risco de morrer de solidão por enfrentar a turma. Alguns o fazem até por oportunismo. Outros, ainda porque farejam uma oportunidade de negócios. O tempo que depure as sinceridades, as vocações, as convicções. Não serei eu o juiz.
Sinto-me intelectualmente recompensado. A razão é simples. Desses 15 anos de combate, 10 estão no arquivo deste blog, vejam aí. Houve até um tempo em que um blogueiro petista sugeriu à grande imprensa que tentasse investigar quem eram e como viviam os leitores desta página. Afinal, integrávamos o grupo, dizia ele, dos apenas 6% que achavam o governo Lula ruim ou péssimo. E é claro que os companheiros tentaram transformar a repulsa ideológica ao partido num crime.
A recompensa intelectual não se confunde, nesse caso, com vaidade. A minha satisfação não decorre de ter antevisto a queda dos brutos. Isso seria fácil. Em algum momento, claro!, eles cairiam, ainda que fosse pelas urnas. O meu conforto deriva do fato de que, então, eu não via fantasmas quando apontava a máquina formidável de assalto ao Estado que se havia criado. Ela se destinava não só a enriquecer alguns canalhas como a assaltar as instituições.
Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu exagerava! Ah, quantas vezes tive de ouvir que a palavra “petralha” designava, na verdade, um preconceito! Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu criminalizava no PT o que considerava normal e corriqueiro nos outros partidos! Ah, quantas vezes tive de ouvir que eu estava a serviço do tucanato! Essa última acusação, diga-se, em tempos mais recentes, também ganhou as hostes da extrema direita caquética, que precisava que o PT fosse um monstro invencível para que sua ladainha impotente e escatológica continuasse a se alimentar da paranoia dos tolos.
E, no entanto, as coisas estão aí. Os petralhas foram derrotados por sua alma… petralha! Porque a maioria dos brasileiros pôde, afinal, enxergá-los como eles de fato são.
Não! A palavra “petralha” nunca designou apenas uma caricatura a serviço do embate ideológico. Os petistas adorariam que assim fosse. A máquina de propaganda esquerdista tentou até criar o contraponto à direita, que seriam os “coxinhas”. Mas foram malsucedidos no intento. Porque, afinal, de um coxinha, pode-se dizer o diabo. Mas uma coisa é certa: coxinha, em nenhuma de suas acepções, virou sinônimo de ladrão. Marilena Chauí, aquela, pode achar um coxinha reacionário, preconceituoso, abominável… Mas não tenho a menor dúvida de que ela confiaria sua carteira a um coxinha e jamais a deixaria à mercê de um de seus pupilos petralhas.
José Eduardo Cardozo e os demais petistas se zangam quando se diz que Dilma caiu pelo “conjunto da obra”. No seu entendimento perturbado do mundo, entendem que se está admitindo que ela não cometeu crime de responsabilidade. Trata-se, obviamente, de uma mentira. Sim, o crime foi cometido, mas é fato que ele não teria sido condição suficiente, embora necessária, para a deposição. Foi, sim, o jeito petralha de governar que derrubou a governanta, aliado a uma brutal crise econômica, derivada, diga-se, desse mesmo petralhismo: não fosse a determinação de jamais largar o osso, a então mandatária teria tomado medidas para evitar o abismo. Ocorre que ela não devia satisfações ao Brasil, mas ao projeto de poder, tornado realização, que havia se assenhoreado do Estado e que vivia de assaltá-lo.
A resistência venceu. Ao longo dos anos de contínua depredação da verdade e da lógica, soubemos manter as nossas instituições e reagimos com a devida presteza todas as vezes em que eles tentaram mudar os códigos do regime democrático. Não estão mortos. Não estão acabados. Estão severamente avariados, e cumpre aos defensores da democracia que sua obra seja sempre lembrada como um sinal de advertência. Até porque, a exemplo de todas as tentações totalitárias, também a petista tem seus ditos intelectuais, seus pensadores, seus…cineastas. As candidatas a Leni Riefenstahl do petismo, sem o mesmo talento maldito da original, não conseguiram fazer a epopeia do triunfo; então se preparam agora para fazer o réquiem, na esperança de que o ressentimento venha a alimentar o renascimento.
Vem muita coisa por aí. Não completamos nem o primeiro passo da necessária despetização do Estado. O trabalho será longo, vai durar muitos anos. Não temos como banir os petralhas da política, mas é um dever civilizacional combater suas ideias, enfrentá-los, resistir a suas investidas — e pouco importa o nome que tenham.
Publiquei “O País dos Petralhas I”.
Publiquei “O País dos Petralhas II”.
Anuncio aqui, para breve, fechando o ciclo, o livro “Petralhas Go”.
Acabou.
Eles perderam. A democracia venceu.

Instituto Lula é notificado sobre suspensão de isenção tributária do ano de 2011
Documentos apreendidos na 24a. fase da Operação Lava Jato demonstram que há total confusão entre os interesses pessoais do ex-presidente e os interesses do instituto
Por: Reinaldo Azevedo 
Terça-feira, 30/08/2016 às 23:16
No G1:
O Instituto Lula foi notificado nesta terça-feira (30) sobre a decisão da Receita Federal de suspender a isenção tributária referente ao ano de 2011. A Receita suspeita que houve “desvio de finalidade” – quando a entidade é usada para atividades que não têm a ver com seu propósito.
Em nota, o Instituto Lula afirmou que “age dentro da lei e todos os questionamentos serão esclarecidos”. “Não temos nada a esconder e sempre colaboramos com a fiscalização. É imprescindível que a Secretaria da Receita Federal do Brasil apure e puna os responsáveis por sistemáticas violações do sigilo fiscal da instituição. O desrespeito a essa garantia constitucional é uma ameaça a cada cidadão e uma ofensa ao estado de direito democrático.”
Os auditores entregaram a notificação no começo da tarde, na sede do instituto, na Zona Sul de São Paulo. O Jornal Nacional teve acesso a trechos do documento.
Os fiscais identificaram gastos que o Instituto não poderia ter feito por ser uma entidade sem fins lucrativos e porque é isento de impostos. Entre as despesas que a Receita considera ilegais estão: o pagamento de salários de dirigentes, de gastos pessoais do ex-presidente Lula, da mulher dele e de funcionários do Instituto em viagens internacionais e do aluguel de um avião.
Em setembro de 2011, o Instituto pagou R$ 18 mil à empresa Líder Táxi Aéreo. A companhia levou o ex-presidente à cidade de Araçuaí, em Minas Gerais, para ser patrono de formatura. O instituto também fez pagamentos, que somaram R$ 37 mil à Ginter Transportes. Os auditores dizem que a empresa guardou bens particulares do ex-presidente.
No documento, a Receita Federal afirma que o “Instituto, longe de se dedicar a defesa de direitos sociais, na verdade é um mero escritório de administração de diversos interesses particulares, financeiros ou mesmo empresariais do ex-presidente Lula”.
Os técnicos da Receita analisaram as contas do Instituto do ano de 2011 e compararam com as declarações de imposto de renda, com documentos entregues pelo próprio Instituto e com material apreendido na Operação Lava Jato.
Os auditores concluíram que a estrutura do Instituto era usada para a contratação de palestras do ex-presidente. Os técnicos analisaram e-mails que estavam em computadores apreendidos no Instituto Lula, durante a 24ª fase da Lava Jato.
Em fevereiro de 2011, o então vice-presidente da Andrade Gutierrez, Flávio Machado Filho, fala com Clara Ant, dirigente do Instituto, sobre uma palestra de Luís Inácio Lula da Silva num hotel em São Paulo. O endereço eletrônico usado por Clara Ant é do Instituto Cidadania, que, depois, deu lugar ao Instituto Lula.
Em setembro do mesmo ano, Milian Matsuda, diretora jurídica da construtora Camargo Correa, escreve para Paulo André Cangussu, apontado pela Receita como colaborador do Instituto. Num trecho, Milian diz: “Estou com o contrato de Prestação de Serviços a ser firmado entre a Camargo Correa e Luís Inácio Lula da Silva Palestras, já assinado pela Camargo Correa”.
Também em setembro, um outro e-mail registra a negociação de uma palestra do ex-presidente em Cuzco, no Peru. São mensagens trocadas por Clara Ant e um homem identificado como Santiago Zapata. Eles conversam sobre honorários, acomodações e acompanhantes.
Segundo relato dos fiscais, ao final, ficou combinado que o pagamento de US$ 250 mil seria feito a um aliado no Canadá, que repassaria uma comissão de US$ 25 mil a Zapata. Assim, diz a Receita, a tributação de imposto de renda seria reduzida de 33% para 5%.
Na notificação entregue nesta terça-feira, ao Instituto, os fiscais afirmam que os e-mails são exemplo da total confusão entre os interesses pessoais do ex-presidente e os interesses do Instituto. Os auditores falam em promiscuidade e afirmam que o próprio presidente do Instituto, Paulo Okamotto, participa das tratativas dos contratos de prestação de serviços da empresa do ex-presidente, da qual Okamoto é sócio.
“Sou apenas o presidente, não tenho nenhum contrato, não tenho nenhuma irregularidade nas coisas que eu faço com o Instituto”, disse Okamotto ao Jornal Nacional. “A Receita fiscaliza o IL como fiscaliza muitas outras empresas no País. É um procedimento. Como a Receita pode ter alguma dúvida sobre as nossas atividades, então ela pede esclarecimento pra ver se as atividades que nós estamos fazendo está de acordo com o objeto do IL, que nós acreditamos que esteja.”
Com a notificação desta terça-feira, está suspensa a isenção tributária do Instituto Lula referente ao ano de 2011. A Receita está calculando o valor dos impostos devidos e das multas. O instituto tem 30 dias para apresentar defesa.

NO BLOG DO JOSIAS
Pela segunda vez, PMDB conquista a Presidência sem o batismo das urnas
Josias de Souza
Quarta-feira, 31/08/2016 05:04
O PMDB demonstrou que um raio cai duas vezes no mesmo lugar. Pela segunda vez em três décadas, o partido chega à Presidência da República sem passar pela pia batismal das urnas. Em 1985, prevaleceu com Tancredo Neves na eleição indireta do Colégio Eleitoral. Decorridos 31 anos, vai ao trono com Michel Temer graças à vontade dos senadores que decidiram encurtar o mandato de Dilma Rousseff.
No caso de Tancredo, o vento da rua soprava a favor. Frustradas com a rejeição da emenda das Diretas Já, as multidões avalizavam o representante do PMDB como a melhor alternativa para livrar o País da ditadura. Mal comparando, Temer está mais para José Sarney, o vice que herdou o Planalto depois da morte de Tancredo. Assim como Sarney, Temer não viraria chefe do Executivo se dependesse do voto.
Temer chegou à Câmara em 1987. Mas só se elegeu com suas próprias pernas em 1995. Nas duas eleições anteriores –1986 e 1990 — seus votos só lhe renderam a suplência. Foi a Brasília porque os titulares deixaram os cargos. Em 2006, ano de sua última eleição para deputado, Temer amealhou cerca de 99 mil votos. Voltou à Câmara graças ao socorro do chamado quociente eleitoral, índice que contabiliza sobras das urnas da coligação partidária.
Temer expressa-se em Português requintado — com mesóclises e sem nomes feios. Tem uma dificuldade quase fonoaudiológica de elevar a voz. É lhano nos modos e cerimonioso no trato. Cavalgando essas características, chega à Presidência como líder partidário, não como líder popular. Presidiu a Câmara três vezes. Tem trânsito fácil em todas as legendas. Possui densidade política, não eleitoral.
Na certidão de nascimento, o PMDB era apenas MDB. Veio à luz em 1966, quando o governo militar decidiu dissolver a penca de partidos e autorizar o funcionamento de apenas dois — um a favor e outro contra. Em 50 anos de existência, a legenda disputou a Presidência da República em eleições diretas apenas duas vezes.
Numa, em 1989, Ulysses Guimarães amealhou irrisórios 4,7% dos votos válidos. Noutra, em 1994, Orestes Quércia arrebanhou ínfimos 4,4%. Desde então, o PMDB é prisioneiro de um paradoxo: maior partido do País, optara por ser subalterno. Há mais de duas décadas que não lança um candidato à Presidência da República. Virou sócio minoritário de presidências do PSDB e do PT.
No início do seu segundo mandato, Dilma encantou-se com um conselho do petista Aloizio Mercadante. Encomendou a dois ministros — Gilberto Kassab (Cidades) e Cid Gomes (Educação) — a costura de uma nova maioria congressual que não fosse tão dependente do PMDB. E instigou o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) a disputar o comando da Câmara com Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Deu no que deu.
Especializada numa modalidade pessoal de esporte, o tiro ao pé, Dilma inaugurou um novo sistema de governo: o presidencialismo sem presidente. Como poder vazio é algo que não existe, Eduardo Cunha ocupou os espaços. E a pupila de Lula foi apresentada a uma fatalidade histórica: no Brasil pós-redemocratização, sempre que um presidente achou que poderia engolir o PMDB, foi mastigado.
Quando joga a favor, a legenda fornece estabilidade congressual. Contra, vira uma força desestabilizadora. Temer virou presidente interino. Mercadante foi ao olho da rua. Kassab traiu Dilma, demitiu-se do ministério, jogou o seu PSD na trincheira do impeachment e voltou à Esplanada sob Temer. Cid Gomes virou pó bem antes, em março de 2015, numa queda de braço com Eduardo Cunha.
Lula tentou pacificar o PMDB. Mas Mercadante dinamitou a iniciativa. Aconselhada por seu padrinho politico, Dilma terceirizou a coordenação política do seu governo a Temer. Entretanto, esqueceu de retirar Mercadante do caminho do vice (ou lembrou de mantê-lo como estorvo). Temer deu por encerrada sua missão, endereçou uma carta desaforada a Dilma e trancou-se em seus rancores.
“…Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção”, anotou Temer em sua carta. Escrita em dezembro de 2015, essa carta funcionou como um spray de gasolina na fogueira do impedimento. Em oito meses, o PMDB triturou a presidência de Dilma. É golpe, gritam o PT e seus súditos. É o remédio constitucional, respondem Temer e Cia..

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Terça-feira, agosto 30, 2016
Wolckmer Castilho, Ela Wiecko e Teori Zavascki: aparelhamento comunista em altas esferas da República
A vice-procuradora Geral da República, a numero 2 de Rodrigo Janot, acaba de deixar o cargo de vice-procuradora-geral da República. Sua situação ficou insustentável depois de revelar que Michel Temer está sendo delatado na Lava Jato. A informação é do site O Antagonista.
Wiecko fez tal afirmação à Veja, após ser questionada sobre a participação num protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff, conforme postagem aqui no blog.
O Antagonista revela que em nota à imprensa, a PGR confirmou que "Ela Wiecko pediu dispensa das funções do cargo de vice-procurador-geral da República". Rodrigo Janot já assinou a portaria de exoneração da procuradora.
Como se vê ainda é muito pouco a renúncia dessa comunista do PT ao cargo de vice da PGR. Afinal ela continuará atuando como membro do Ministério Público. Essa comunista tem de ser exonerada a bem do serviço público e processada na forma da lei por se utilizar de cargo público para conspirar contra a Nação. Ela e seu marido, que até há pouco era assessor direto de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal, são o exemplo do grau de aparelhamento das instituições pelos tarados comunistas do PT. O Presidente Michel Temer tem de fazer uma limpeza geral.
O site da revista Veja suitou a notícia e explica a desenvoltura com que Ela Wiecko e seu marido Manoel Lauro Wolkmer de Castilho, desembargador aposentado, operavam dentro da PGR e do STF. Nesta altura está envolvido também o Ministro Teori Zavascki que mantinha o comunista como seu assessor direto dentro do STF. Leiam a reportagem do site de Veja para ter uma ideia do aparelhamento das mais altas instâncias do Judiciário pela canalhada comunista do PT:
APARELHAMENTO COMUNISTA
Um casal estrategicamente instalado, com posições políticas muito bem definidas e acesso privilegiado aos processos sigilosos da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Supremo Tribunal Federal (STF) que podem definir os derradeiros rumos das investigações sobre o Petrolão, o maior escândalo de corrupção da História do País. Ela Wiecko, vice-procuradora-geral da República, e Manoel Lauro Wolkmer de Castilho, desembargador aposentado e até recentemente um diligente assessor do ministro Teori Zavascki.
Ela, substituta imediata de Rodrigo Janot, e, ao mesmo tempo, militando contra o presidente em exercício Michel Temer, classificando o processo de impeachment como “golpe” e revelando que existem informações que comprometem Temer no escândalo. Ele, defendendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — alvo de investigações tanto no STF quanto na primeira instância da Justiça Federal, sob suspeita de ser um dos responsáveis pelo esquema de corrupção na Petrobras — e, ao mesmo tempo, assessorando Teori Zavascki, o relator do Petrolão no STF.
Historicamente alinhada a causas de esquerda, Ela Wiecko não resistiu ao recrudescimento da crise política. No fim de junho passado, como mostrou VEJA, ela participou em Portugal de um ato contra o presidente em exercício Michel Temer. Na manifestação, ela segurava uma faixa onde se lia “Fora Temer. Contra o golpe!”. Em entrevista na manhã desta terça-feira, 30, a procuradora subiu o tom na crítica: disse considerar que o processo de impeachment é, sim, um golpe (“Um golpe bem feito, dentro daquelas regras”) e atacou Michel Temer (“Não me agrada ter o Temer como presidente. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está”).
Eterna candidata a procuradora-geral, Ela chegou a integrar por várias vezes a lista tríplice enviada à Presidência da República pela associação que representa os procuradores. Mesmo preterida em todas as ocasiões, inclusive nos governos do PT, ela não rompeu os laços com o partido. Com a chegada de Rodrigo Janot ao posto, indicado por Dilma Rousseff em 2013, foi escolhida por ele para ser a número dois da instituição. Para o outro posto importante de livre escolha do chefe da PGR, o de vice-procurador-geral-eleitoral, Janot nomeou àquela altura Eugênio Aragão, mais tarde escolhido por Dilma Rousseff como ministro da Justiça.
Como vice-procuradora-geral, Ela Wiecko toca os principais processos da PGR no Superior Tribunal de Justiça (STJ) – é a responsável, por exemplo, pela tarefa de conduzir os procedimentos criminais contra governadores de estado, como o que investiga o mineiro Fernando Pimentel, do PT. Ela também tem a incumbência de substituir Rodrigo Janot no Supremo Tribunal Federal. A partir da cadeira de número dois da PGR, a procuradora tem acesso às informações mais sensíveis dos processos em curso na Procuradoria.
Há três semanas, o marido dela, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, se envolveu em polêmica similar. Só que por sair em defesa do ex-presidente Lula. Mesmo trabalhando no gabinete do ministro Teori Zavascki, relator de investigações do Petrolão que têm Lula como um dos suspeitos, Manoel Lauro Volkmer não viu problemas em assinar um manifesto em apoio à decisão do petista de recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da ONU para denunciar o que classifica como uma injusta “caçada judicial” contra ele. A polêmica o levou a pedir exoneração do cargo de assessor de Teori. Do site de Veja


NO O ANTAGONISTA
Brasil 31.08.16 07:28
Eliseu Padilha ainda está em dúvida: vai dar Jacaré (60) ou Leão (61)?
A resposta só depende de Renan Calheiros.
Brasil 31.08.16 07:25
Janaína Paschoal pediu desculpas a Dilma Rousseff.
O Antagonista pede sua prisão...
Brasil 31.08.16 07:04
Assim como O Antagonista, o Estadão defende o uso de cassetadas e algemas contra os milicianos do PT...
Brasil 31.08.16 07:00
Contagem regressiva para o impeachment.
Roberto Requião promete uma guerra civil. O Antagonista promete uma festa.
Brasil 31.08.16 06:46
Duzentos milicianos do PT, ontem à noite, marcharam da Avenida Paulista até a sede da Folha de S. Paulo, no centro da cidade, para protestar contra o impeachment.
Dez deles foram detidos, depois de atacarem a PM com paus e pedras...
Brasil 31.08.16 06:41
Roberto Requião disse que, depois do impeachment, teremos uma “guerra civil”.
E avisou:
“Entrincheirem-se. O conflito será inevitável”...
Brasil 31.08.16 06:28
Ontem perguntamos o que Lula ofereceu ao senador Roberto Rocha para tentar comprar seu voto.
Hoje chegou a resposta...
Brasil 31.08.16 06:18
Ricardo Lewandowski, às 11, fará um resumo do processo contra Dilma Rousseff.
Em seguida, teremos de aturar os discursos de 4 senadores: dois a favor do impeachment e dois contra...
Brasil 30.08.16 22:10
Lula e José Carlos Bumlai trocaram mais de mil telefonemas em cinco anos. Em julho de 2012, quando Bumlai obteve empréstimo de 101 milhões de reais no BNDES, eles se falaram 22 vezes...
Brasil 30.08.16 21:20
Petra Costa é a cineasta que dirige um dos documentários sobre o impeachment de Dilma Rousseff. Petra Costa é filha de Marília Andrade, herdeira da Andrade Gutierrez e amiga de Lula.
Petra Costa tem uma produtora (Busca Vida Filmes e Produções), mas não vive de cinema...

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