PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-8-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE AGOSTO DE 2016
A Operação Lava Jato, que este mês completou um ano e cinco meses, já recuperou mais de R$ 2,9 bilhões aos cofres públicos, segundo dados do Ministério Público Federal. O levantamento aponta 574 buscas e apreensões autorizadas pelo juiz Sergio Moro e 118 pelo Supremo Tribunal Federal. No 1º grau, houve 5 prisões em flagrante, e expedidos 155 mandados de prisão e 152 de condução coercitiva.
Dos mandados de prisão, foram 70 prisões preventivas e 85 prisões temporárias, todas depois confirmadas nas instâncias superiores.
No âmbito do Supremo, houve 126 quebras de sigilo fiscal, 146 de sigilo bancário e 115 quebras de sigilo telefônico.
O STF autorizou 2 quebras de sigilo telemático, uma de sigilo de dados, 17 sequestros de bens e de valores e 5 prisões preventivas.
“Realizamos 74 acordos durante a operação, sendo que 59 foram feitos com pessoas em liberdade e 15 com detidos”, diz Rodrigo Janot.
Autoridades olímpicas avaliam denunciar abuso de autoridade de funcionários do Ministério do Trabalho, que, alegando estarem a serviço, chegam em bandos, às vezes de mais de trinta pessoas, para assistir de graça às competições dos Jogos Rio2016. Aplicam carteirada para terem acesso às arenas do Parque Olímpico, a pretexto de “fiscalizar”, e se acomodam como se fossem torcedores pagantes.
Fiscais também utilizam o expediente da carteirada para ter acesso a restaurantes reservados a atletas e funcionários, para comer de graça.
Para justificar a presença delas nos Jogos em grupos ruidosos, fiscais procuram a imprensa para denunciar “irregularidades na Olimpíada”.
As supostas irregularidades não são da Olimpíada, mas de empresas que venceram licitação para vender produtos. Mas elas não são notícia.
A força-tarefa da Lava Jato aposta em condenação de Lula, do seu amigo Bumlai e do ex-senador Delcídio Amaral, na Justiça Federal de Brasília, no caso da tentativa de comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, com objetivo de obstruir a Justiça.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia e o filho Lulinha brincam com fogo: insinuaram que não vão prestar depoimento na Polícia Federal porque permaneceriam calados. Correm o risco de serem levados na marra...
É um tapa na cara dos brasileiros beneficiar a criminosa Susane Von Richthofen com o “saídão” do Dia dos Pais. Ela já havia recebido o benefício no Dia das Mães. Logo ela, que mandou matar os dois.
Pela primeira vez na História, foi decretada nesta sexta (12) greve dos profissionais de saúde do Hospital das Forças Armadas, em Brasília. O HFA é referência de excelência, mas paga salários irrisórios.
O MP capixaba quer aumentar de 7 para 10 anos a cadeia de Geraldo Ribeiro Filho, ex-presidente da Câmara Municipal de Nova Venécia. Ele fez compras expressivas de cervejas, cachaça, carnes e linguiça.
O secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência, Moreira Franco, vai dar boas notícias neste sábado (13), às 14h, no Rio Media Center, sobre a retomada dos investidores, e vai detalhar as prioridades para concessões e projetos de investimentos.
Sensação da Olimpíada, as “casas” dos países participantes têm feito sucesso entre os torcedores e, principalmente, os sem-ingresso. A Casa do Brasil já teve mais de 100 mil visitantes em uma semana.
Após 89 dias de uma greve marcada por agressões, sabotagens e até poluição proposital do lago Paranoá, funcionários da estatal de águas Caesb, de Brasília, ganharam aumento de 9,8% e abono das faltas, em uma decisão TRT que deixou a população em estado de choque.
A demora na carta aos senadores, que tenta redigir há mais de 30 dias, é porque falta alguém que escreva de carreirinha?

NO DIÁRIO DO PODER
COAÇÃO A TESTEMUNHA
SÓCIO DE ADVOGADO LIGADO A PAULO BERNARDO É PRESO PELA PF
PF PRENDEU MARCELO MARAN POR COAGIR TESTEMUNHA A MUDAR DEPOIMENTO
Publicado: sexta-feira,12 de agosto de 2016 às 19:56 - Atualizado às 21:47
Marcelo Maran foi preso pela Polícia Federal em São Paulo pela acusação de coagir uma testemunha. Maran é sócio de Guilherme Gonçalves, ligado ao ex-ministro Paulo Bernardo.
A testemunha coagida procurou o Ministério Público Federal (MPF) contando que Maran lhe procurou e pediu que ela mudasse seu depoimento. No depoimento a testemunha afirmou que o dinheiro do Fundo Consist pagava as despesas pessoais de Bernardo, e afirmou que Maran havia dito que o dinheiro também era desviado para as campanhas políticas.
De acordo com o MPF, Bernardo, Maran e Gonçalves juntos com outras dez pessoas criaram, entre 2009 e 2015, uma organização criminosa dentro do Ministério do Planejamento.
Todos foram investigados durante a Operação Custo Brasil da Polícia Federal e viraram réus no começo deste mês.

PETROLÃO
NOTÍCIA DE DELAÇÃO DE ODEBRECHT FAZ MORO SUSPENDER AÇÃO PENAL
JUIZ DECIDIU AGUARDAR A DELAÇÃO PARA SEGUIR COM AÇÃO PENAL
Publicado: sexta-feira, 12 de agosto de 2016 às 19:39 - Atualizado às 21:59
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processo em primeiro grau da Operação Lava Jato, suspendeu nesta sexta-feira, 12, por duas semanas a ação penal contra executivos da Odebrecht após “notícia de que acusados” estariam “negociando alguma espécie de acordo de colaboração”. O presidente do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht, e executivos discutem com o Ministério Público Federal uma delação em que vão confessar envolvimento na corrupção descoberta na Petrobras.
“Encerrada a instrução, é o caso de designar os interrogatórios dos acusados. Ponderou porém o juiz que há notícia de que alguns acusados, inclusive todos os presos por este processo, estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração, o que pode ser determinante para a posição que adotarão em seus interrogatórios nesta ação penal”, registrou Moro. “Nesta condição, com a concordância das defesas, resolvo suspender a Ação Penal por duas semanas.”
Moro suspende ação delação
A decisão de Moro foi dada em termo de audiência de três testemunhas da acusação no processo em que Odebrecht e executivos do grupo são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, decorrente da descoberta de um departamento oficial de propinas na empresa. O marqueteiro do PT João Santana também é réu nesse caso.
Moro afirma que embora o MPF “tenha se manifestado no sentido de que suspensão não seria necessária”, o processo que está em fase final ficará suspenso. “Ao cabo de duas semanas, reavaliarei.”

ATIBAIA
PF DESTACA DIVERGÊNCIA DE VALORES NO REGISTRO DE COMPRA DE SÍTIO
VALOR REGISTRADO NAS VENDA SÃO DIFERENTES DOS EFETIVAMENTE PAGOS
Publicado: sexta-feira,12 de agosto de 2016 às 18:46 - Atualizado às 21:53
Um novo laudo da Polícia Federal aponta que os valores de registros dos dois terrenos que compõem o Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP) – que a Operação Lava Jato suspeita ser do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – são distintos dos valores pagos. Enquanto o de maior valor de mercado foi registrado R$ 655 mil abaixo do preço pago, o de menor valor foi declarado como R$ 655 mil acima.
Com 180 mil metros quadrados de área e composto por duas propriedades com matrículas distintas (19.729 e 55.422), o Sítio Santa Bárbara foi comprado no fim de 2010, no mesmo dia, pelo valor total de R$ 1,5 milhão. O laudo diz que o valor informado pelo antigo dono e pelo compradores é compatível com o preço de mercado.
Os dois imóveis foram adquiridos no mesmo dia e registrados em nome dos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna. Ambos são sócios dos filhos do ex-presidente Lula. O primeiro, dono oficial do sítio, segundo a defesa do ex-presidente, é filho do ex-prefeito de Campinas Jacó Bittar, amigo de Lula desde a época de sindicalismo e da fundação do PT.
“As estimativas periciais demonstram que parte do sítio em nome de Fernando Bittar foi registrada por um valor cerca de R$ 655.000,00 abaixo da avaliação de mercado. Por sua vez, parte correspondente em nome de Jonas Leite Suassuna Filho foi registrada por um valor cerca de R$ 655.000,000 acima da avaliação de mercado”, informa o laudo 1474/2016, da Polícia Federal, em Curitiba.
Para os investigadores da Lava Jato, o sítio foi registrado em nome de terceiros, mas pertenceria ao ex-presidente Lula. O petista nega. A propriedade passou por duas reformas que teriam sido executadas pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, com participação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, em 2011 e 2014. Os gastos seriam propina do esquema de corrupção na Petrobrás, oculta em benfeitorias no imóvel.
Os dois terrenos encravados em uma região de montanhas e dentro de remanescentes de Mata Atlântica, tem tamanhos distintos. O menor deles, registrado em nome de Bittar (matrícula 55.422), é o de maior valor. Essa propriedade já era chamada de Sítio Santa Bárbara. O terreno registrado em nome de Suassuna (matrícula 19.720) é maior que o dobro do primeiro, mas sem benfeitorias nele, seu preço de mercado é de um terço do preço total do bem. Antes, ele era denominado Sítio Denise.
“Pode-se deduzir que o imóvel da matrícula 55.422 representa cerca de 77% do valor da propriedade conjunta das matrículas. Considerando valor negociado de R$ 1.500.000,00, para ambas as matrículas, avaliação mais adequada para cada propriedade seria de RS 1.155.000,00 (um milhão, cento cinqüenta cinco mil reais) para imóvel adquirido em nome de Fernando Bittar R$ 345.000,00 (trezentos e quarenta cinco mil reais) para o imóvel adquirido em nome de Jonas Leite Suassuna Filho”, registra o laudo.
O documento de perícia contábil foi anexado nesta sexta-feira, 12, ao inquérito da PF sobre o sítio de Atibaia. O laudo é subscrito pelos peritos criminais federais João José de Castro Vallim, José Antônio Schamne e Ior Canesso Juraszek.
O delegado Márcio Anselmo, que recebeu o documento, mandou intimar na semana passada Bittar e Suassuna para prestar esclarecimentos sobre a propriedade e as reformas executadas no local. (AE)

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
J.R. Guzzo: Obras nossas
O Brasil mostrou diante do mundo inteiro o relacionamento doentio que existe entre governos, construtoras, bancos estatais e políticos na hora de construir qualquer obra pública
Por: Augusto Nunes 
Sábado, 13/08/2016 às 8:02
Publicado na edição impressa de VEJA
Está garantido que vai errar, sempre, quem disser que “o grande problema do Brasil” é este ou aquele, por mais tenebroso que seja. O Brasil, sendo o Brasil, não trabalha com essa mercadoria – “o grande problema”. Não há por aqui a possibilidade prática de separar uma calamidade bem definida ou mesmo duas, três ou meia dúzia que consigam ficar claramente acima de todas as demais em matéria de perversidade em estado puro. São tantas, e de índole tão ruim, que nossos melhores esforços para escolher uma prioridade capaz de inserir o Brasil no mundo desenvolvido, caso existissem, dariam bem pouco resultado no mundo das coisas reais. Bons tempos os da saúva, por exemplo, que nos fazia a gentileza de oferecer a qualquer momento a explicação comprovada para tudo o que dava errado neste país. Na verdade, era tão simples eleger na época “o grande problema” nacional que praticamente ninguém tinha dúvida: ou o Brasil acabava com a saúva, ou a saúva acabava com o Brasil. Vá tentar alguém, hoje em dia, dizer alguma coisa parecida. Só conseguirá produzir ruído de motor que não pega – e deixar todo mundo com a certeza de que falou bobagem. Melhor ficar quieto, e dar a impressão de que você não tem preparo para falar de assuntos sérios, do que abrir a boca e eliminar as dúvidas a respeito, como nos aconselhava Mark Twain.
Em certos momentos, porém, um desses “grandes problemas” que impedem o Brasil de ir adiante como deveria é exposto de maneira realmente espetacular, em plena luz do meio-dia – e em tais momentos é apenas lógico, além de humano, que a calamidade exibida na frente de todos chame mais atenção que quaisquer outras. É o caso, justo agora, da Olimpíada do Rio de Janeiro, que joga para o primeiro plano o problema fatal que o Brasil tem com as suas obras públicas. É de fato um fenômeno: fora as aberrações que acontecem nos países mais desgraçados do mundo, não há nada parecido com as misérias das obras públicas brasileiras. Quase nunca ficam prontas no prazo, com a qualidade e no preço que foram escritos no contrato – ou, pior ainda, como ocorre com alta frequência, não ficam prontas nunca. Há as que não podem ser usadas depois de entregues. Há as que simplesmente desabam; o Brasil deve ser um dos campeões mundiais em matéria de viadutos, pontes ou ciclovias elevadas que vêm abaixo de uma hora para outra. Há as que não servem para nada, como hospitais sem equipamento, açudes sem água ou museus para a recepção de extraterrestres. Todas produzem rigorosas investigações que não impedem que tudo continue igual na obra seguinte. São nossas obras. São obras nossas.
A Olimpíada do Rio, naturalmente, é uma celebração. Uma vez em andamento, o foco se concentra na magia do esporte – o público está mais interessado em Usain Bolt do que no prefeito Eduardo Paes, quer ver medalhas de ouro para os atletas brasileiros em vez de discutir os encanamentos da Vila Olímpica. Além disso, a cidade ganhou com os Jogos, de forma indiscutível, melhorias que enriquecem os seus extraordinários encantos, desde que não sejam abandonadas logo após o fim dos Jogos. Mas o fato é que o Brasil mostrou mais uma vez, diante do mundo inteiro, o relacionamento doentio que existe entre governos, construtoras de obras, bancos estatais, políticos, partidos e mais um monte de gente com carteirinha de autoridade na hora de construir qualquer obra pública – nada, simplesmente nada, é normal quando eles se juntam. É como se todos trocassem de personalidade. Quando uma empresa privada contrata uma empreiteira para a construção de um galpão com tantos metros quadrados de área e com tais ou quais itens de acabamento, vai receber exatamente o que contratou, não vai ter de pagar mais do que o combinado e receberá a obra pronta no dia previsto. Quando a mesma empreiteira faz uma obra para o poder público, tudo fica diferente – o poder público aceita qualquer absurdo em matéria de atraso, estouro no orçamento, qualidade da construção e por aí vai. É claro: o governo não paga nada, nunca, porque nada produz. Quem paga é o contribuinte de impostos, a quem não se permite um minuto de atraso na hora de pagar, e quem paga mais são justamente aqueles a quem o dinheiro faz mais falta.
A Olimpíada chegou no exato momento em que os processos de Curitiba expõem a corrupção e a inépcia sem freio que marcaram nos últimos treze anos de governo a contratação de obras e a compra de equipamentos públicos no Brasil. Ninguém, pelo jeito, aprendeu nada.

Minuto Olímpico: O Brasil festeja como se fossem suas as medalhas conquistadas por heróis que maltrata
Se tivesse nascido nos EUA, Felipe Wu não precisaria treinar tiro no quintal da própria casa
Por: Augusto Nunes 
Sexta-feira, 12/08/2016 às 18:00
As medalhas contabilizadas pelo Comitê Olímpico Brasileiro desde os Jogos da Antuérpia, em 1920, não foram obtidas pelo País. Foram conquistadas por atletas que conseguiram subir ao pódio apesar do país em que vieram ao mundo. Se tivessem nascido nos Estados Unidos, por exemplo, todos eles mereceriam desde a pré-adolescência o tratamento dispensado a possíveis campeões pela mais eficaz política esportiva do Planeta.
Nunca houve no Brasil um programa que estimulasse consistentemente a prática de todas as modalidades olímpicas. Se algo parecido existisse nestes trêfegos trópicos, por exemplo, o extraordinário Felipe Wu ─ medalha de prata no tiro com pistola ─ não treinaria no quintal da própria casa, nem gastaria parte do salário em munição. A federação que supostamente cuida desse esporte não pôde ajudá-lo por falta de verba: não lhe coube um só centavo da dinheirama distribuída pelo COB.
O país do futebol menospreza esportes individuais e maltrata os atletas que teimam em praticá-los. Mas festeja como se lhe pertencessem façanhas com as quais pouco ou nada teve a ver. Foram todas protagonizadas por heróis que, como Felipe Wu, seriam vitoriosos mesmo se nascidos nas Ilhas Fiji. Ou no Burundi. Ou no Brasil.

NO BLOG DO JOSIAS
Governo nomeia para o Incra condenado indicado por deputado réu no Supremo
Josias de Souza
Sábado, 13/08/2016 05:51
A pretexto de reorganizar a base congressual do governo, Michel Temer arrisca-se a ser acusado de plágio por Dilma Rousseff. Aplica o fisiologismo na sua forma mais primitiva. O Planalto já anunciou a intenção de recriar o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Nos salões, alega-se que Temer se deu conta de que o drama de famílias de assentados que dependem do Governo para cultivar suas terras impõe a ressurreição da pasta extinta há apenas três meses. Nos porões, o Planalto distribui sem recato cargos no Incra, órgão que executa a reforma agrária.
Na gestão de Dilma, o setor agrário era um latifúndio do PT. Sob Temer, trama-se converter o Ministério redivivo numa lavoura do Solidariedade, partido do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulino da Força Sindical. Vem da Paraíba um exemplo eloquente do que isso pode significar em termos éticos. Companheiro de legenda de Paulinho, o deputado paraibano Benjamin Maranhão, réu numa ação penal que corre no STF, plantou na Superintendência do Incra no seu Estado o próprio sogro, Solon Alves Diniz, que carrega sobre os ombros condenações por desvio de verbas públicas.
O deputado Benjamin é réu na ação penal 616, que tem como relatora no Supremo a ministra Rosa Weber. Ele é acusado de corrupção passiva. Segundo a Procuradoria da República, participou de um esquema que ficou conhecido nacionalmente como Máfia das Sanguessugas. Funcionava assim: parlamentares penduravam no Orçamento da União emendas destinando verbas para prefeituras comprarem ambulâncias. Uma empresa chamada Planan vendia as ambulâncias com preços superfaturados. E distribuía propinas aos autores as emendas.
Há um mês e meio, no dia 29 de junho, o deputado Benjamin esteve no STF. Foi intimado por Rosa Weber para prestar depoimento. Ela alega inocência. Porém, seu nome foi mencionado pelos sócios da empresa que fornecia as ambulâncias superfaturadas: Luiz Antônio Vedoin e Darci José Vedoin. A dupla tornou-se colaboradora da Justiça.
Vinte dias depois de ser interrogado no STF, o deputado Benjamin festejou a publicação no Diário Oficial da União do ato de nomeação do sogro, Solon Diniz, para chefiar o Incra na Paraíba. Ganhou o posto apesar de carregar na biografia um par de condenações. Em ambas foi tachado de culpado por participar de esquema que fraudou licitações no município de Barra de Santa Rosa. Encarregava-se de indicar empresas de fachada para simular uma concorrência que não existia.
Num dos casos, fraudou-se a licitação para a construção de uma quadra esportiva com verbas federais da Educação. A pena imposta a Solon foi de 2 anos e 6 meses de prisão. Noutro caso, burlou-se a licitação de uma obra de ampliação de um posto de saúde. Mais 2 anos de reclusão.
Contestadas por Solon Diniz, as sentenças são de primeiro grau. Sujeitas a recursos, ainda não transitaram em julgado. Mas um personagem com esse histórico talvez tivesse dificuldades para obter na iniciativa privada um emprego qualquer — um cargo em nível de chefia, nem pensar. Só na máquina pública, onde o fisiologismo e falta de ética vão deixando de ser percebidos como parte do sistema para se transformar no próprio sistema, fichas como as de Solon e seu genro-deputado Benjamin passam despercebidas.
Nesse ambiente, como declarou o senador Hélio José (PMDB-DF) dias atrás, numa reunião com servidores da Superintendência do Patrimônio da União no Distrito Federal, um parlamentar pode pendurar nos organogramas do Estado até uma “melancia”.
Corre no Ministério Público Federal, em João Pessoa, um pedido de providências contra a nomeação de Solon Diniz para a superintendência estadual do Incra. Chamado tecnicamente de “Notícia de Fato”, o procedimento ganhou o número 1.24.000.001339/2016-10. Foi distribuído em 29 de julho para o gabinete do procurador da República, José Guilherme Ferraz da Costa, a quem caberá decidir se há ou não algo a fazer.
O documento a ser analisado pelo procurador faz menção à ação penal número 0001880-66-2012.4.05.8201. Nesse processo, Solon Diniz foi condenado a dois anos de detenção por ajudar a fraudar a licitação da ampliação de um posto de saúde. Foi enquadrado no artigo 90 da lei 8666/96: “Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combinação ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação.”

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, agosto 13, 2016
'ESTADÃO' QUALIFICA O ASSASSINO FIDEL CASTRO COMO LÍDER QUE MARCOU O SÉCULO
O site do Estadão qualifica o assassino Fidel Castro como um 'líder que marcou o século'. Parece gozação, mas não é. 
Impressionante. E a grande mídia continua endeusando 

Fidel Castro, o ditador mais velho do mundo, que está completando 90 anos. Velho na idade e, muito mais, velho no poder. A ditadura assassina que esse psicopata implantou em Cuba, destruindo um país que foi dos mais prósperos da América Latina e Caribe, por meio de uma revolução sangrenta em que opositores eram fuzilados no famigerado "paredón".
O fotograma acima é de um vídeo que já está há pelo menos três dias no site do jornal O Estado de S. Paulo. 
Os jornalistas da grande mídia nacional e internacional são comunistas e controlam com mão de ferro as redações. Por isso esses jornalões mantêm em seu plantel alguns poucos profissionais que não são comunistas que é para passar a impressão de que são "imparciais".
Dia desses fui conferir numa da principais bancas de revistas e jornas aqui de Florianópolis para saber quantos exemplares desses veículos chegam à banca. No máximo meia dúzia de Estadão e mais meia dúzia de Folha de S. Paulo. O jornal O Globo há anos já não circula mais em Florianópolis na versão impressa.
A verdade é que ninguém mais compra esses papelórios vagabundos. Essas empresas vão desaparecer. E não adianta tentarem o jornalismo pela internet. A tendência no médio prazo é o desaparecimento - ainda bem - desses jornais, ou melhor, desses valhacoutos de comunistas.
Igualmente as revistas semanais como Veja, IstoÉ e Época também desaparecerão. A internet, os sites e blogs independentes, bem como as redes sociais se encarregarão de jogar a pá de cal sobre esse lixo que dão o nome de "grande mídia".
Se não fossem porta-vozes do movimento comunista internacional teriam futuro na internet. Como continuam a chafurdar no deletério esquerdismo tecendo loas e dando importância a assassinos como Fidel Castro e sua corriola, desaparecerão. 
Ninguém irá lastimar.

Sexta-feira, agosto 12, 2016
Um dos capítulos do acordo de delação premiada que o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, vem negociando com a Lava Jato trata especificamente dos favores prestados pela empreiteira a Lula. É nele que Pinheiro vai relatar aos procuradores como foi montada e executada uma operacão destinada a comprar o silêncio de Rosemary Noronha, a protegida do ex-presidente petista. Detalhará como a empreiteira envolvida no Petrolão a socorreu após ela ser demitida do gabinete da Presidência em São Paulo, em dezembro de 2012, e ter se tornado alvo da Polícia Federal na Operação Porto Seguro pelo envolvimento com uma organização criminosa que fazia tráfico de influência em órgãos públicos. Conforme Léo Pinheiro já adiantou aos integrantes da Lava Jato, uma das maneiras encontradas pela OAS para ajudá-la foi contratar a New Talent Construtora, empresa do então cônjuge de Rose, João Vasconcelos. A contratação, disse Pinheiro, atendeu a um pedido expresso de Lula. Documentos em poder da força-tarefa da Lava Jato e de integrantes do Ministério Público de São Paulo, aos quais ISTOÉ teve acesso, confirmam que a New Talent trabalhou para a OAS.
Rosemary Noronha e Lula: Uma história de amor e propinas

Mensagens trocadas por executivos da OAS no fim de 2014 interceptadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato mostram a pressa dos dirigentes da empreiteira em “resolver o problema de João Vasconcelos e Rose.” Nas conversas, em que chegaram até a mencionar os telefones da protegida de Lula e do ex-marido dela, os executivos narram a pressão do “amigo”, possivelmente o ex-presidente Lula, para que fosse encontrada logo uma solução. Pudera. Fora do cargo, respondendo criminalmente na Justiça e sem o prestígio de outrora, Rosemary Noronha fazia chegar à cúpula do partido que se sentia abandonada. Não escondia o descontentamento com integrantes da gestão Dilma. Acreditava que o Palácio do Planalto nada fez para protegê-la da Operação Porto Seguro. Rose atemorizava os petistas com uma possível delação. Os petistas temiam que ela contasse o que testemunhou graças à proximidade de décadas com o ex-presidente Lula. Os dois se conhecem desde 1988. Na época, ela trabalhava na agência em São Bernardo do Campo onde o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC possuía conta. Pouco depois, passou a gerenciar as contas do próprio Lula e recebeu um convite para secretariá-lo no escritório do PT em São Paulo. Ficou doze anos no cargo. Nos bastidores do partido, comentava-se que uma opinião dela poderia viabilizar ou encerrar de vez as chances de alguém se reunir com o futuro presidente. Quando o PT chegou ao Palácio do Planalto em 2003, Rose logo recebeu um cargo. Foi designada assessora do gabinete do executivo federal em São Paulo e, depois, chefe do escritório da presidência da República na capital paulista. Não raro, ausentava-se da cidade para acompanhar as comitivas do petista em eventos e viagens ao exterior. Seu poder era tanto que poucas pessoas arriscavam se indispor com Rosemary. Mesmo com a posse de Dilma, Rose se manteve no posto na cota de Lula.
Com a delação da OAS em mãos, não será difícil para as autoridades comprovarem como foi, de fato, colocado em prática o plano para comprar o silêncio de Rosemary Noronha via contratação da empresa do seu ex-marido. A primeira prova que estabelece o elo entre a New Talent e a OAS já foi fornecida aos promotores paulistas e procuradores do Petrolão. Diz respeito à recuperação judicial da própria empreiteira. Denunciada na Lava Jato, a OAS viu os seus caixas secarem com o cancelamento de contratos e o atraso de pagamentos de obras suspeitas de superfaturamento. Precisou ingressar com um pedido na Justiça para ganhar tempo para pagar bancos e fornecedores. É justamente no edital em que constam as empresas que dizem ter créditos a receber da OAS que a empresa do ex-marido de Rosemary figura. Não se sabe quanto João Vasconcelos recebeu da empreiteira no total, mas a New Talent Construtora reclama R$ 15,4 mil que teriam ficado pendentes.
Os procuradores federais e os promotores paulistas tiveram mais surpresas ao esquadrinharem a empresa. Apesar de se dizer uma companhia de engenharia de “construção de edifícios” na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), a New Talent sequer possui um veículo. Sua sede fica em uma pequena sala de um prédio simples de quatro andares em cima de uma farmácia na zona sul da capital paulista. Possui capital social de R$ 120 mil, valor irrisório se comparado ao de outras firmas do mesmo ramo. No papel, a New Talent tem outras duas pessoas como donas. A primeira é o genro de Rose, Carlo Alexandro Damasco Torres. A segunda, Noemia de Oliveira Vasconcelos é mãe do ex-marido de Rose. Clique AQUI para ler TUDO


É IMPRESSIONANTE: ZÉ DIRCEU CONSIDERA UMA NINHARIA PROPINA DE R$ 11 MILHÕES
Sexta-feira, agosto, 12, 2016
A defesa do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, recorreu a uma comparação para rebater a acusação do Ministério Público Federal na qual ele é apontado como um dos chefes do esquema de corrupção na Petrobras. Em documento apresentado à Justiça, Dirceu sustenta que jamais ocupou posição de liderança ou de comando no petrolão.
“Ainda que se admita que houve pagamentos de propinas não se poderia explicar que o ex-ministro receberia ‘pixulecos’ enquanto pessoas quase que anônimas recebiam valores expressivos, inclusive devolvendo valores exorbitantes, como se deu com o delator e corréu Pedro José Barusco”, escreveram os advogados.
Para reforçar a tese de que o ex-ministro não é o cabeça da organização criminosa, a defesa fez cálculos: “Os valores supostamente recebidos por ele (valor de 11.884.205,50 de reais) não chegam perto nem de 2% do montante desviado pelo corréu e colaborador Pedro Barusco”. O ex-diretor da Petrobras, em acordo de delação premiada, se comprometeu a devolver quase 100 milhões de dólares em propinas.
Os defensores do ex-ministros recorrem a outras comparações financeiras para justificar a tese: “Justamente José Dirceu teria recebido valores menores, quase que inexpressivos se comparados aos recebidos por Barusco, um gerente executivo? E perto dos 80 milhões de reais que o corréu Milton Pascowitch admitiu ter ganhado?”. Dirceu já foi condenado a 20 anos e 10 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro. Do site da revista Veja


NO O ANTAGONISTA
Brasil 13.08.16 08:34
Mônica Bergamo diz que Dilma resolveu dividir sua carta sobre o impeachment em duas partes. A primeira será enviada ao Senado nos próximos dias e a segunda parte será divulgada no dia do seu afastamento...
Brasil 13.08.16 08:59
A carta-manifesto de Dilma Rousseff já estaria pronta se João Santana não tivesse caído na Lava Jato.
Brasil 13.08.16 08:23
A Justiça Federal do Rio determinou que os governos federal e municipal se abstenham de repassar qualquer recurso público para o comitê organizador da Olimpíada, segundo a Folha...
Brasil 13.08.16 08:17
A notificação de Dilma para comparecer ao julgamento final do impeachment.
Brasil 13.08.16 08:13
A Coluna do Estadão diz que os técnicos do TSE estão trabalhando no fim de semana, assim como o plantonista de O Antagonista, para concluir até a segunda-feira, 15, a perícia contábil das gráficas fantasmas...
Brasil 13.08.16 08:03
O governo Michel Temer estima já ter substituído 60% dos cargos comissionados ocupados por petistas, segundo a Coluna do Estadão...
Brasil 13.08.16 07:58
Dilma perderá o foro privilegiado até o fim do mês. Depois disso, será processada em Curitiba por seus crimes no petrolão, ao lado de Lula e Marcelo Odebrecht...
Brasil 13.08.16 07:43
Os investigadores estão "irritados com as seguidas tentativas de Lula de intimidá-los", segundo a Época. Mas não devem pedir sua prisão agora...
Brasil 13.08.16 07:40
A Época diz que Lula será denunciado pela força-tarefa da Lava Jato assim que a Olimpíada terminar...
Brasil 13.08.16 07:33
Na auditoria sobre os bens extraviados, o TCU descobriu que sumiram até com a faixa presidencial...
Brasil 13.08.16 07:33
No pente-fino dos bens surrupiados por Lula e Dilma na Presidência da República, o TCU descobriu que o petista recebeu 568 presentes de autoridades estrangeiras ao longo de seus dois mandatos e deixou no Planalto "só nove deles"...
Brasil 13.08.16 07:17
Dilma Rousseff vai para a cadeia.
É o que diz a Veja, a partir de relatos sobre a delação premiada de Marcelo Odebrecht...
Brasil 13.08.16 07:17
Guido Mantega "passou para o grupo de protagonistas" da Lava Jato, de acordo com a Veja.
A Odebrecht e Dona Xepa contaram aos investigadores que "ele pedia às empresas com contratos no governo que recebessem os emissários do PT"...
Brasil 13.08.16 07:00
Guido Mantega, o homem das pedaladas, foi também o operador de propinas da campanha de 2014, segundo os delatores da Lava Jato.
Essa é a prova mais gritante de que as falcatruas fiscais de Dilma Rousseff foram muito além do estelionato eleitoral...
Brasil 12.08.16 22:25
Luiz Gonzaga Belluzzo foi arrolado como testemunha de defesa de Dilma Rousseff na etapa final do processo de impeachment.
É um especialista em contas rejeitadas:
Brasil 12.08.16 20:43
A TV e os jornais noticiam que Hélio Andrade, o soldado da Força Nacional morto com uma bala na cabeça, entrou "por engano" na favela onde foi alvejado...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA