PRIMEIRA EDIÇÃO DE 20-6-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE JUNHO DE 2016
Ex-ministra da presidente afastada Dilma Rousseff, a petista Ideli Salvatti continua vivendo a vida boa longe do Brasil: ela e o marido vivem um exílio dourado nos Estados Unidos. Ela na Organização dos Estados Americanos (OEA) e ele na Junta Interamericana de Defesa (JID), cujas sedes ficam em Washington. Ideli e o marido se mudaram para lá há mais de um ano, após a reeleição e antes do impeachment.
Jefferson Figueiredo, marido de Ideli e músico de formação, ganha US$7,4 mil (cerca de R$ 25.300) por mês, desde abril de 2015.
Ideli foi nomeada para uma embromação chamada “Acesso a Direitos e Equidade” da OEA. Ela ganha US$11 mil (R$37.900) mensais.
No governo Dilma, Ideli Salvatti foi ministra da Pesca, das Relações Institucionais e até dos Direitos Humanos. Saiu-se mal nos três cargos.
O Itamaraty saiu de fininho, disse que nada tem a ver com a nomeação da ex-ministra petista ou do seu marido: “O tema não é afeto ao MRE”.
Em meio a pior crise econômica, moral e ética que o Brasil já enfrentou na História, um levantamento nacional do instituto Paraná Pesquisa constatou que 73,1% dos entrevistados consideram que o nível dos políticos brasileiros vem piorando a cada ano. Apenas desprezíveis 4,9% acreditam em melhoria de qualidade e do nível dos políticos do Brasil, nos últimos anos. A margem de erro da pesquisa é de 2%.
São 20,4% aqueles que dizem que o nível dos políticos brasileiros não sofreu qualquer alteração, nos últimos anos.
Só não souberam responder sobre os níveis dos políticos brasileiros 1,6% dos entrevistados. É a menor taxa de incerteza da pesquisa.
O Paraná Pesquisa entrevistou 2.044 eleitores, em 162 municípios de 24 estados brasileiros, entre 11 e 14 de junho.
Após jogar xadrez do celular, durante a comissão do impeachment, e citar o “jurista Tomas Turbando”, José Eduardo Cardozo, defensor de Dilma, desistiu de levá-la para depor. Sinal de quem entrega os pontos.
Líder da bancada pró-impeachment, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) não se conforma com a indicação de Antônio Patriota, ex-ministro de Dilma, à embaixada em Roma: “Ele foi conivente com todos os equívocos da política externa brasileira dos últimos anos”, disse ele.
Apontado pelo delator Sérgio Machado como o apanhador de dinheiro para Edison Lobão, ex-ministro de Dilma e seu pai, Márcio Lobão é o principal executivo da Brasil Seguros, subsidiária do Banco do Brasil.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) exortou: “Precisamos ter facas nos dentes para enfrentar o golpe!” Ela deveria estar mais preocupada com a revelação de que foi beneficiada pelo roubo na Transpetro.
O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) observa que testemunhas de acusação, no impeachment, são auditores do TCU concursados, apartidários. Já as de defesa são petistas, ex-assessores de Dilma.
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) passou vexame e acabou tomando uma aula de regimento, ao tentar encerrar sessão da comissão do impeachment. “Pedaladas”, só na finada era Dilma.
O deputado Mauro Mariani (PMDB-SC) diz que seu projeto proibindo foto oficial de autoridades nas repartições gera economia e será o fim do “culto à personalidade”. A ideia foi implantada em Santa Catarina no governo do falecido Luiz Henrique.
O tal plebiscito com vistas a novas eleições, proposto por Dilma para driblar a destituição definitiva, não tem a simpatia do PT e nem dos chefes dos “mortadelas”: MST e CUT não apoiam a saída.
…no Rio, a calamidade foi decretada, enquanto com Dilma a calamidade foi gerada por seus decretos ilegais.

NO DIÁRIO DO PODER
SEM PRAZO ESPECÍFICO
IMPREVISÍVEL, LAVA JATO NÃO TEM DATA PARA TERMINAR, DIZ PROCURADOR
DALLAGNOL DIZ QUE NOVOS ELEMENTOS AMPLIAM A OPERAÇÃO LAVA JATO
Publicado: 19 de junho de 2016 às 12:21 - Atualizado às 13:32
Redação
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A operação Lava Jato é "imprevisível" e, por isso, não é possível estabelecer um prazo para o fim das investigações. O recado foi dado pelo procurador da República Deltan Dallagnol em um evento na Universidade de Oxford.
— É difícil prever o fim, mas poderia dizer que, com certeza, não existe um marco próximo para acabar, disse após palestra no evento Brazil Forum 2016.
A declaração vai na contramão de recente discurso do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que defendeu que a operação tenha hora de parar.
Coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol não citou o nome do ministro do governo Michel Temer, mas disse que a investigação é dinâmica e delações têm acontecido frequentemente, o que pode expandir o campo de trabalho dos procuradores.
— As investigações são muito dinâmicas. Quando elas se expandem, não dá para colocar um marco. É uma investigação em andamento e as investigações são muito dinâmicas. Imprevisíveis, disse a jornalistas após palestra no evento organizado por alunos brasileiros da Universidade de Oxford e da London School of Economics.
O recado do procurador acontece dias após o ministro da Casa Civil cobrar o fim das investigações. Em evento em São Paulo durante a semana, Eliseu Padilha disse "ter certeza que as autoridades da Lava Jato saberão o momento de pensar em concluir".
Em Oxford, o procurador explicou que, quando os acordos de colaboração trazem novos elementos, a investigação avança. E como não é possível prever o rumo das investigações ou o conteúdo de eventuais novas delações, também não é possível prever o fim das investigações.
— Sempre que você encontra uma nova ligação, você pode expandir a investigação para novas frentes.
Uma dessas frentes é a Caixa Econômica Federal. O banco estatal já está no radar dos procuradores desde a delação de André Vargas, mas nesta semana o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, homologou a delação do ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, Fábio Cleto. Durante a palestra, Dallagnol citou que a investigação no banco federal está "em plena expansão".
— O grande esquema da Petrobras não é isolado. Não há razão para só existir na Petrobras.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O gatuno que comandou a roubalheira na Transpetro é mais um bandido de estimação de Lula e Dilma
Sérgio Machado e o quarteto insaciável não teriam feito o que fizeram sem a bênção da dupla de protetores de delinquentes
Por: Augusto Nunes 
19/06/2016 às 20:15
Todas as figuras citadas nos depoimentos de Sérgio Machado, sem exceção, devem ser incluídas na devassa conduzida pela Lava Jato. Se comprovada a veracidade da acusação, os culpados serão punidos. Caso contrário, o acordo de delação não terá validade e Machado vai envelhecer na cadeia. Simples assim. Nenhum meliante da classe executiva está fora do alcance da ofensiva apoiada irrestritamente pelo País que presta.
Brasileiros decentes não têm bandidos de estimação. Não se prestam ao papel de coiteiro desempenhado por Lula e Dilma Rousseff com muita aplicação e notável desfaçatez. Em 2003, a pedido de Renan Calheiros, o ex-senador cearense foi premiado por Lula com a presidência (e o cofre) da Transpetro. Nos anos seguintes, até as bombas dos postos de gasolina se assombraram com a roubalheira consumada por Machado em sintonia com os chefões do PMDB — sempre sob a proteção do Planalto.
Mantido no emprego por Dilma, o notório vigarista seguiu depenando em sossego o assalto à subsidiária da Petrobras. Deu no que deu. Os principais beneficiários das ladroagens descritas pelo delator foram os senadores José Sarney, Romero Jucá, Renan Calheiros e Edison Lobão, que acertaram com Lula o casamento do PT com o PMDB. Os casos de polícia protagonizados por Machado e por quatro vorazes pais da pátria não ocorreram depois da posse de Michel Temer, mas nos 13 anos de hegemonia da organização criminosa disfarçada de coligação partidária.
José Sarney, por exemplo, voltou a presidir o Senado por vontade de Lula, que retribuiu os bons serviços prestados pelo antigo dono do Maranhão com um título honorífico — Homem Incomum — e operações de socorro que mantiveram no cargo (e em liberdade) um prontuário de bigode. Romero Jucá foi ministro da Previdência e depois líder do governo Lula no Senado. Renan foi discípulo do palanque ambulante até virar conselheiro de um poste. Edison Lobão foi ministro de Minas e Energia da supergerente de araque.
Tão minucioso ao relatar bandalheiras envolvendo integrantes dos partidos que hoje se opõem ao PT, Machado evitou detalhar episódios de que participaram os principais responsáveis por sua longa temporada à frente da Transpetro. Mesmo assim, a revelação mais relevante está na soma dos depoimentos: conjugados, eles escancaram a paternidade da gangrena que consumiu durante 12 anos esse braço da estatal petroleira.
Como todos os participantes do maior esquema corrupto da história, Machado e o quarteto insaciável não teriam feito o que fizeram sem a bênção militante de Lula e Dilma. Todos roubaram impunemente graças aos dois coiteiros de meliantes. O resto é conversa de quadrilheiro apavorado com a expansão da República de Curitiba.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
20/6/2016 ÀS 6:00

20/6/2016 ÀS 5:57

20/6/2016 ÀS 5:20

20/6/2016 ÀS 4:12


NO BLOG DO JOSIAS
Supremo analisa prisão de Cunha e seus apoiadores tentam salvar-lhe mandato
Josias de Souza
20/06/2016 03:52
Quem assistiu à sessão do Conselho de Ética da Câmara na semana passada tinha todo o direito de se entusiasmar — ou pelo menos suspirar e dizer: “Agora vai!” Seria um sinal de sensatez. Depois de oito meses de manobra, aprovou-se por 11 votos a 9 o parecer que recomenda a cassação do mandato de Eduardo Cunha. Mas a reincidência do ilógico parece ser ilimitada na Câmara. E o grupo de Cunha insiste em articular a salvação do mandato dele no plenário da Casa. Simultaneamente, o STF analisa a hipótese de prender o deputado.
A ideia não é original: Cunha renunciaria à presidência da Câmara em troca da preservação do seu mandato. Membros de sua infantaria afirmam que ele já não é refratário à hipótese de abdicar da presidência. Por duas razões: 1) o risco de cassação no plenário tornou-se real; 2) na prática, Cunha não perderia nada, já que foi suspenso por tempo indeterminado de suas atividades parlamentares pelo Supremo. As conversas prosseguem nesta semana.
O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão preventiva de quatro morubixabas do PMDB. Os de Renan Calheiros, Romero Jucá e José Sarney foram indeferidos pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Mas o pedido relacionado a Eduardo Cunha permanece sobre a mesa do magistrado como uma granada que pode ser acionada a qualquer momento. Alega-se que Cunha, apesar de suspenso, continuou operando como se nada tivesse sido descoberto sobre ele. Se for decretada, a prisão terá de ser referendada pelo plenário da Câmara.
Adversários de Cunha dizem que já se formou no plenário da Câmara uma maioria folgada pró-cassação. Nessa versão, a oferta de renúncia ao comando da Casa teria chegado tarde demais. Pode ser. Mas não convém baixar a guarda. No Legislativo brasileiro, nada tem história e pouca gente tem biografia. Se permitirem que Cunha salve o mandato, ele acabará substituindo Paulo Maluf como símbolo da reabsolvição eterna.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Domingo, 19 de junho de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
"Tem muita coisa boa acontecendo no Brasil por causa de muita coisa ruim que está acontecendo no Brasil".
A frase tautológica (afirmativa contendo a negativa dela mesma) foi dita pelo bilionário (?) Eike Batista em recente café da manhã com alunos da prestigiada Harvard Business School interessados em ouvi-lo sobre sua ascensão e queda.
Uma figura como Eike deve saber perfeitamente o que diz. Afinal, o filho ricaço do gênio Eliezer Batista tem advogados que cobram peso em ouro para defendê-lo de mais variadas ações, movidas por credores nervosos e investidores lesados, mas consegue se manter ileso perante o Judiciário.
Analisando o profundo pensamento 'eikeano', um bilionário que sonhou ser nosso Donald Trump de olho no Palácio do Planalto em 2018, vale a pena tratar dos fenômenos causados pelas coisas boas e ruins aqui em Bruzundanga. Os acontecimentos mais importantes são resultados das pessoas (sábias ou ignorantes) interligadas em redes sociais.
O bando de andorinhas pode não fazer Verão, porém realiza um milagre comunicativo. Consegue se tomar conhecimento das coisas em tempo real, viraliza o conteúdo instantaneamente e, de um jeito ou de outro, viabiliza algum "debate" ou massa crítica sobre os mais variados assuntos, desde piadas preconceituosas até assuntos relevantes, de interesse individual e coletivo.
A massa brasileira em rede social se indignou com a corrupção levantada pela Lava Jato - que já nasceu com uma novidade: um site que torna públicas e transparentes informações judiciais certamente condenadas ao habitual e perigoso "segredo judiciário". A divulgação intensiva de tanta coisa ruim tem produzido coisas boas: protestos e mobilizações exigindo mudanças - mesmo que ainda não se defina, claramente, quais).
O fenômeno do combate à corrupção no Brasil (coisa boa) tem despertado atenção de estudiosos transnacionais. Não foi à toa que os membros da Força Tarefa da Lava Jato foram convidados a falar sobre suas experiências e vivências no "Brazil Forum", que ocorreu entre sexta-feira (17) e sábado (18), na London School of Economics e na Universidade de Oxford. A nata da globalização quer entender o que se passa no Brasil onde milionários ou bilionários transnacionais investem seu rico dinheirão.
Vale a pena também refletir sobre as palavras do procurador federal Deltan Dallagnol - participante desse evento internacional, e um dos "pensadores" práticos da Força Tarefa da tal "República de Curitiba" (o termo é do companheiro $talinácio, que poderia cobrar royalties por seu uso se não corresse risco de acabar como réu-condenado). Em entrevista ao jornal O Globo, Dallagnol repetiu que a Lava Jato ainda vai longe:
"A operação não tem um limite, seja temporal ou de fatos, dizendo que a operação acabou. O que existe, e é natural que exista, é que nós estamos há dois anos com a investigação e ela tem um escopo que é tudo o que surgir e pode ter acontecido nesse esquema que possa ser investigado. Depois de dois anos de investigação, nós já temos a possibilidade de antever um cenário, de perceber o que foi esse esquema. A gente está hoje em uma fase de expansão das investigações. Essa fase da investigação é que, talvez, dentro de mais alguns meses, que pode ser no final do ano ou no começo do ano que vem, pode ser que tenhamos expandido tanto que desse esquema não consigamos mais expandir".
Deltan Dallagnol praticamente resumiu o conceito que transmitiu aos estudiosos dos problemas brasileiros, sobretudo os relacionados à corrupção - sistêmica, institucional e ainda muito bem organizada, apesar do combate da Lava Jato. Dallagnol não quis discutir os atuais problemas enfrentados pelo governo provisório de Michel Temer, com ministros cotados para cair na teia da Força Tarefa, mas definiu muito bem o que acontece agora: “Sem entrar no caso concreto, eu diria que a corrupção não tem cor, não tem partido. Ela existe há séculos no Brasil. O nosso compromisso é apurar corrupção envolva quem for de modo cego, apartidário, técnico e imparcial. Esse é o compromisso que temos com a sociedade”.
Ainda falando da Lava Jato e do papel das redes sociais para apoiá-la e turbiná-la, vale citar outro fato recente. Sexta-feira (17) e sábado (18), não por coincidência em Curitiba, rolou o 1º Encontro Magistratura Free. O evento foi patrocinado pelo próprio bolso dos 180 participantes. São magistrados, na ativa e aposentados, que formaram um grupo fechado no Facebook: “Eu honro a minha toga — Apoio incondicional ao trabalho do colega Sérgio Fernando Moro”. Criado em março, o Magistratura Free já reúne 2631 membros - a maioria do Judiciário.
O nome do grupo faz alusão ao termo "free" - com liberdade de expressão conferida aos participantes. Um dos criadores e administradores do "Magistratura Free", o juiz Rogério de Vidal Cunha, de Foz do Iguaçu, destaca a importância da iniciativa: "Os participantes do grupo podem expressar opiniões sem o risco de serem banidos ou coibidos por moderadores da lista, que não interferem nas opiniões dos magistrados participantes. Por isso mesmo o espaço ganha novos adeptos diariamente”.
Partindo de uma ideia do juiz George Hamilton Lins Barroso, do Amazonas, o grupo promoveu, na sexta e no sábado, uma grande reunião de apoio ao juiz Sérgio Fernando Moro. Transformado em Herói Nacional porque cumpre seu dever funcional de servidor público do Judiciário, o titular da 13ª Vara Federal em Curitiba deu uma palestra fechada para juízes e desembargadores no Tribunal do Juri da capital paranaense. Na sexta houve um jantar e no sábado um almoço, exclusivo para o grupo, no no elegante restaurante italiano Madalosso, em Santa Felicidade, tradicional bairro gastronômico de Curitiba. Detalhe importante: Moro preferiu não falar com a imprensa tradicional...
Apenas uma mensagem estratégica de Sérgio Moro vazou das três ocasiões de encontro com seus colegas de toga: ele não está sozinho na briga contra os corruptos. Moro teria dito que o apoio dos colegas mostrava que entre erros e acertos, ele deveria estar acertando mais. Além disso, aquela mobilização lhe dava mais confiança ainda para seguir em frente. No jantar e no almoço, Moro circulou pelas mesas dos colegas, para cumprimentos e fotografias. Ao contrário do que podem interpretar jornalistas idiotas da petelândia, o gesto não foi mera "tietagem". Foi pura demonstração de força e união de um significativo segmento de magistrados, fora do âmbito de suas várias associações de classe.
Super Moro, definitivamente, não está sozinho. Quem também precisa de ajuda, força e união é um outro herói do Judiciário brasileiro, o titular da 3ª Vara Federal Criminal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. O juiz Odilon de Oliveira já confiscou mais de R$ 2 bilhões em bens e grana de 114 traficantes de drogas que já condenou até agora. O trabalho dele inspirou o filme "Em nome da Lei", estrelado por Mateus Solano e pela lindíssima Paola de Oliveira.
O problema é a dura vida real. O magistrado, de 66 anos, faltando apenas quatro anos para se aposentar, vive como um prisioneiro, sob escolta constante da Polícia Federal. Em 2020, Odilon não terá mais direito à proteção policial quando deixar o serviço público. O que será deste combatente do crime organizado?. Ficará a mercê da bandidagem organizada? Ainda não se tem uma reposta para o juiz, que segue em sua rotina de trabalho no tribunal, alternando com palestras em escolas públicas e privadas contra o tráfico de drogas.
Apenas para encerrar essa longa reflexão sobre a legítima mobilização de magistrados, um tema que ainda fica preso na garganta dos que lutam, diariamente, pela defesa da liberdade de expressão - ao menos garantida constitucionalmente no Brasil. A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e a Federação Nacional de Jornalistas (FENAJ) aparelhada pela petelândia) fazem protestos internacionais condenando as 45 ações judiciais promovidas por magistrados do Paraná contra repórteres do jornal "Gazeta do Povo" que divulgaram o pagamento de supervantagens salariais recebidas pelos togados paranaenses.
Há quem veja que os processos contra jornalistas possam representar o fim de uma lua de mel entre a mídia tradicional e a magistratura. O casamento durava mais de uma década, desde o começo do julgamento da famosa Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal. O famoso Mensalão gerou a imagética criação do "Super Joaquim Barbosa". Quem comprou a briga contra os juízes foi a Rede Globo, que tem como afiliada o Grupo Paranaense de Comunicação (RPC). Até outro dia, Moro recebia tratamento de herói nos noticiários. O enfoque pode mudar? Eis a questão... Mas nada custa lembrar que o Tio Sam adora o "Super Moro"...
A guerra de todos contra todos, chamada de "fim dos imundos", com os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Midiático brigando contra si, tendo o poder Militar como expectador ilustre, é um fenômeno que retrata de forma justa e perfeita aquela frase do Eike Batista: "Tem muita coisa boa acontecendo no Brasil por causa de muita coisa ruim que está acontecendo no Brasil".
As mudanças são urgentes e irreversíveis. Os conflitos vão se acirrar e radicalizar? Teremos ruptura institucional? Corremos riscos de mergulhar em uma inédita guerra civil? Podemos acabar em mais um período autoritário? Ou o velho "jeitinho brasileiro" promoverá mais uma grande "conciliação" política entre os poderes, na base dos conchavos? 
As respostas são incertas. Certeza é que o Brasil está mudando, pela via das coisas boas e/ou pelas ruins. A Revolução Brasileira está em andamento. Quem não compreendê-la vai dançar o último tango no inferno.
Perigos no Associativismo
Provocação do jovem empresário Eduardo Machado, uma das boas cabeças pensantes na Associação Comercial do Rio de Janeiro:
"Interessante: Essa semana me perguntaram o que era mais perigoso em um ambiente associativo? Elenquei uma série de perigos para o interlocutor, mas hoje voltei a pensar no assunto e afirmaria: A PERPETUAÇÃO NO PODER. Em minha opinião um presidente de uma associação deve ter como uma das suas principais missões construir seu sucessor com responsabilidade, dentro das práticas vigentes e esperadas não somente em seu estatuto, mas também tendo como orientação as melhores práticas de sustentabilidade vigentes. Fico feliz de ver que tanto da CONAJE (onde o presidente fica no máximo 2 anos) e na ACRIO (onde o presidente fica no máximo 4 anos) isso é feito cada vez com mais responsabilidade, ainda que em tempos desafiadores!!!! Há exceções? Claro que sim, mas só deveriam ser aplicadas em casos extremos em minha opinião!!!! E casos extremos que não sejam consequência de omissão ou incompetência!!!!"
Teste proposto pelo Olavão
Do sempre provocador Olavo de Carvalho, no Facebook:
Faça este teste - Pegue um universitário brasileiro e pergunte:
-- Você segue alguém ou pensa com a própria cabeça?
Em cem por cento dos casos, a resposta será:
-- Com a minha própria cabeça. Tenho pensamento crítico.
Em seguida mostre a ele dois documentos -- o alistamento militar do Obama com a data visivelmente falsificada e um artigo de jornal jurando que os documentos do Obama são autênticos -- e descobrirá que em 99,9999999 por cento dos casos o pensador crítico acredita antes na opinião do jornal do que nos seus próprios olhos.
Viajandão

Os de sempre

Delatado

Valores da quadrilha

Proposta cunhada

NO O ANTAGONISTA
Brasil 20.06.16 06:41
Feira recebeu mais de 16 milhões de dólares em propinas da Odebrecht.
Até agora, a Lava Jato só havia rastreado 4,6 milhões de dólares em pagamentos ilegais ao marqueteiro de Lula e Dilma Rousseff...
Brasil 20.06.16 06:26
O dono da cervejaria Petrópolis, Walter Faria, tem de ser preso e interrogado pela Lava Jato.
Seu nome já havia sido associado ao pagamento de propinas da Odebrecht...
Brasil 20.06.16 06:20
O banco da Odebrecht no Caribe distribuiu propina a uma rede de doleiros.
Os doleiros se escondem em offshores sediadas em paraísos fiscais...
Brasil 20.06.16 06:16
A Odebrecht chamava a propina de "acarajés".
Mas o gerente de seu banco no Caribe disse que o dinheiro sujo tinha outro apelido: "baianas".
Brasil 20.06.16 06:12
O banco da Odebrecht no Caribe repassou propina a alguns dos protagonistas da Lava Jato.
A RFY do doleiro Leonardo Meirelles, que deu 5 milhões de dólares a Eduardo Cunha, recebeu 5.357.000 dólares em depósitos da empreiteira...
Mundo 19.06.16 20:03
O movimento populista Cinco Estrelas, fundado pelo comediante Beppe Grillo, elegeu prefeitas em Roma e Torino.
Metade dos milaneses não compareceu para votar na eleição municipal.
É a falência da política.
Mundo 19.06.16 19:49
A Argentina poderá ter uma lei de delação premiada, depois da prisão de José Lopez, ex-secretário de Obras Públicas de Cristina Kirchner...
Brasil 19.06.16 18:30
Além de assessorar a Petrobras nas investigações anticorrupção, a ex-ministra Ellen Gracie também foi contratada pela Eletrobras para a mesma função...
Brasil 19.06.16 18:04
O Antagonista tem questionado os depoimentos da família Machado para blindar o executivo Sérgio Firmeza Machado, que até abril era diretor do Credit Suisse e dono de empresa de investimentos imobiliários Segma...










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