PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-6-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
11 DE JUNHO DE 2016
Os partidos políticos retiraram do Tesouro Nacional mais de R$ 307 milhões, a título de Fundo Partidário, somente entre janeiro e maio. O dinheiro do fundo partidário tem sido gasto em aluguéis, marqueteiros, pessoal, impressão de materiais etc. O PT foi o partido que mais embolsou dinheiro público este ano, R$ 40,86 milhões, gastos com assessores e aluguel de jatinho particular para seus dirigentes.
Jatinho alugado de Brasília para Campinas, que levou Dilma nesta semana, com capacidade para 8 pessoas, custa R$ 39,6 mil. Só de ida.
Habituado a chamar opositores de “elite”, o ex-pobretão Lula só viaja de jatinho pago pelo PT, bancado pelo contribuinte.
O PSDB é o segundo da lista dos que receberam dinheiro do Fundo Partidário: R$ 33,68 milhões. O PMDB levou R$ 32,83 milhões.
Até nanicos encheram os bolsos. Com um único deputado, PMB tomou R$ 439,22 mil, mesma quantia paga a um certo Partido Novo.
Caiu como uma bomba, na força-tarefa da Lava Jato, como se fosse um alarme de “incêndio a bordo”, a defesa que o ministro Fernando Coelho Filho (Minas e Energia) fez da suposta necessidade de vender ativos da Eletrobras. O ministro acha “insustentável” a situação da estatal, que acumula prejuízos bilionários desde 2012. O temor é que venda de empresas estatais são sempre marcadas por corrupção.
A venda de empresas do sistema Eletrobras esbarra na desconfiança do Ministério Público Federal, que investiga a ladroagem do “eletrolão”.
O “eletrolão” seria ainda maior que o “petrolão”, esquema montado para roubar a Petrobras em R$ 23 bilhões, nos governos Lula e Dilma.
Pai do ministro de Minas, o senador Fernando Bezerra (PSB-PE) é acusado no STF de fraude, lavagem, tráfico de influência e corrupção.
A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba deve receber os casos do apartamento tríplex e do sítio em Atibaia, que envolvem o ex-presidente Lula. O caso do grampo com Dilma deve permanecer com o Supremo. Mas só até a conclusão do impeachment.
“O retorno de Dilma é absolutamente inviável, uma catástrofe. É mergulhar o país em um apocalipse”, garante o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), em entrevista ao portal Diário do Poder.
Para atrair público ao protesto contra Michel Temer, ontem, na Avenida Paulista, o PT recorreu outra vez ao velho truque do showmício, criado nos anos 1980 por partidos cuja pregação não empolgava ninguém.
O procurador-geral Rodrigo Janot negou a “pretensão” de entrar na política. Mas vai ter, apostam muitos mineiros que o conhecem bem. Primeiro, deputado federal em 2018; depois, governador de Minas.
A Câmara pode votar nestes dias acordo Cinematográfico entre o Brasil e o Reino Unido, para produção de filmes e programas de TV, em inglês e português, com vistas... às Olimpíadas. Foi assinado em 2012.
Beto Mansur (PRB-SP), que tem presidido sessões da Câmara, vai acelerar o ritmo para evitar horas extras. A farra voltou, após Waldir Maranhão (PP-MA) afrouxar a regra, fazendo média com funcionários.
O deputado Adail Carneiro (PP-CE) não pensou duas vezes em colocar na nossa conta a compra de um suco de laranja por R$ 16,50. Também nos repassou o custo de R$ 7,50 em uma latinha de refrigerante.
Mesmo declarando ter dois carros, o deputado Adelson Barreto (PR-SE) pagou em Aracaju R$ 10 mil para alugar outros dois de luxo. R$ 6 mil em um Honda/CRV e R$ 4 mil em um Toyota. A conta é nossa.
...depois de tantas lorotas, só falta os petistas acusarem o juiz Sergio Moro de contribuir para a superlotação nos presídios.

NO DIÁRIO DO PODER
CORRUPÇÃO
ABANDONADO E COM MEDO DE FICAR PRESO ATÉ MORRE, VACCARI DECIDE ABRIR O BICO
ABANDONADO POR LULA E O PT, O HOMEM DO PIXULECO QUER DELATAR
Publicado: 10 de junho de 2016 às 23:58 - Atualizado às 00:26
Condenado a mais de 24 anos de prisão, na expectativa de mais quatro condenações e abandonado pelo PT e o amigo Lula, o ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, preso na operação Pixuleco, uma das fases da Lava Jato, decidiu abrir o bico.
Preso há 13 meses, Vaccari está corroído física e psicologicamente, segundo pessoas próximas relataram à revista Veja, cuja edição deste fim de semana noticia a decisão do ex-tesoureiro petista de celebrar um acordo de delação premiada, única saída para não morrer na prisão.
Ele já ofereceu aos procuradores informações comprometedoras sobre a campanha de reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Vaccari teria documentos e provas que podem sacramentar de vez o destino da presidente afastada, além de revelações sobre Lula e o PT.
Preocupado, quase em pânico, o líder do PT na Câmara, Afonso Florence (BA), esteve no presídio em companhia do ex-deputado petista Ângelo Vanhoni (PR) e ambos ouviram do próprio Vaccari a decisão de fechar o acordo de delação.
Segundo Veja, Florence procurou o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), contou a conversa com Vaccari e tranqüilizou: "Será uma explosão controlada". Explicou que Vaccari pode prestar depoimentos calculados, detonando explosões com efeito controlado para “provar a ilegitimidade" do governo Temer. Se o plano petista der certo, a carreira política de Dilma Rousseff será liquidada, mas também terá arrastado ao cadafalso o presidente interino Michel Temer, por comprometer a chapa eleita em 2014.

AS ELITES ATACAM
Carlos Chagas
Da “Ponte para o Futuro”, elenco de sugestões retrógradas apresentadas pelo PMDB para reviver o neoliberalismo, caímos na arapuca do governo Temer. Sua equipe econômica, quase completada, vai do Banco de Boston ao Itaú e à Febraban, exprimindo bem urdida e competente trama para a submissão de nossa economia aos postulados elitistas do capital internacional.
Quem primeiro detectou esse assalto foi o senador Roberto Requião, adversário do impeachment sem ter sido adepto de Dilma Rousseff. O desmonte das reformas sociais, a desvinculação do salário mínimo, a retomada das privatizações, a extinção das garantias do trabalho, a prevalência do mercado, a contenção salarial, o estímulo ao desemprego são apenas algumas das propostas já em desenvolvimento. Eles não perdem tempo, chefiados por Henrique Meirelles. A palavra de ordem é entregar tudo ao Capital.
O senador pelo Paraná articula uma reação ao entreguismo, espantado-se porque as forças populares continuam sem reagir. O presidente Michel Temer parece resignado às imposições dos detentores do poder econômico. Breve estará entregando a Petrobras e mais o patrimônio público que sobrar. Cortará benefícios sociais, como já vem fazendo, além de permitir aumentos de toda ordem, desde taxas e tarifas até impostos.
Acredita o ex-governador no sucesso de uma campanha destinada a esclarecer a opinião pública do esbulho a que os mesmos de sempre vem nos impondo. Tempo anda existe para uma contramarcha.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
    10/06/2016 ÀS 18:08

    10/06/2016 ÀS 17:00

    10/06/2016 ÀS 15:14


    NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
    11/6/2016 ÀS 7:57

    11/6/2016 ÀS 7:55

    11/6/2016 ÀS 7:34

    11/6/2016 ÀS 7:18


    NO BLOG DO JOSIAS
    Josias de Souza
    11/06/2016 06:19
    Lula está “chateado”. Revelou o motivo à multidão que o ouvia discursar num ato anti-Temer, na noite desta sexta-feira, 10. “Eu tô chateado porque todo dia eu leio uma matéria que diz assim: ‘Eles querem prender o Lula, eles querem encontrar alguma coisa do Lula, eles querem que alguém delate o Lula’.”
    Horas antes do discurso de Lula, o procurador-geral Rodrigo Janot acrescentara uma novidade ao rol de chateações do orador. Ele solicitara ao STF que enviasse para Curitiba a denúncia em que Lula é acusado de participar de uma trama para comprar por R$ 250 mil o silêncio do delator Nestor Cerveró.
    Nas mãos de Sérgio Moro, Lula terá mais razões para temer a prisão. Os indícios colecionados contra ele são abundantes. No caso do suborno oferecido a Cerveró em troca de silêncio, o delator de Lula é ninguém menos que Delcídio Amaral, um ex-senador petista com quem cansou de tricotar.
    O cotidiano de Lula é uma sucessão de poses. Ele faz pose ao acordar, ao escovar os dentes, ao tomar café. Difícil saber quando as emoções de um personagem assim são ou não representadas. No comício desta sexta, Lula escolheu exibir à plateia sua pose de vítima.
    “A paciência que eu tenho, eu herdei da minha mãe”, ele disse, voz embargada. “Muitas vezes, ela não tinha comida para colocar na mesa. E ela não reclamava, dizia que no dia seguinte ia ter. E todo dia eu leio uma coisa. É o meu filho que é dono da Friboi, é o meu filho que tem avião, é o Lula que não sei das quantas… É o PT que é uma organização criminosa.”
    Lula desrespeita a memória de dona Lindu, sua mãe, ao mencioná-la num contexto em que mistura boatos ridículos que circulam internet sobre a fortuna do filho Fábio Luís e a vasta folha corrida do seu partido. No momento, o filho de Lula que frequenta as manchetes em apuros é Luís Cláudio, o caçula. Nada a ver com boatos.
    Luís Cláudio enroscou-se no Operação Zelotes. De início, era investigado por ter recebido R$ 2,5 milhões da firma Marcondes & Mautoni, acusada de comprar medidas provisórias. Ao apalpar os dados bancários do caçula de Lula, porém, a PF verificou que transitaram por sua conta bancária e de sua empresa cerca de R$ 10 milhões. Apura-se a origem da verba. Decerto haverá uma explicação.
    Na sua superioridade moral auto-presumida, Lula diz que tem uma coisa que ele não perdoa. Repetiu um par de vezes: “Não perdôo, não perdôo.” O quê? “A atitude de vazamento ilícito de conversas minhas no telefone, como foi feito algum tempo atrás”, disse ele. “Sinceramente, não admito.”
    Lula construiu uma tese: “Aquilo teve o objetivo tentar execrar a minha imagem, pra eu não ser presidente.” E completou, alteando a vou rouca: “Quanto mais eles provocarem, mais eu corro o risco de ser candidato a presidente em 2018.''
    A tese de Lula não fica em pé. O vazamento do grampo não foi ilegal. Liberou-o o doutor Sérgio Moro. A correção da providência é algo que o STF ainda não julgou. Quanto ao objetivo, não há dúvida: Moro foi movido pelo desejo inconfessável de mostrar ao país que Lula topara virar ministro de Dilma para obter o escudo do foro privilegiado.
    Os diálogos deixaram Lula e Dilma nus em praça pública. Num dos grampos, Lula diz para Dilma: “Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um Parlamento totalmente acovardado. Somente nos últimos tempos é que o PT e o PCdoB começaram a acordar e começaram a brigar. Nós temos um presidente da Câmara fodido, um presidente do Senado fodido. Não sei quantos parlamentares ameaçados. E fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e vai todo mundo se salvar. Sinceramente, eu tô assustado com a República de Curitiba.”
    Noutro trecho, percebe-se que o idealismo de Lula, sua vontade de servir o país como ministro, sua entrega altruísta ao bem público, tudo isso estava impulsionado pelo pavor de ser preso e pela ânsia de se esconder sob as togas dos ministros do STF.
    Num dos áudios mais eloquentes, Dilma flerta com a falsidade ideológica ao mandar elaborar com antecedência o termo de posse que impediria os agentes federais de executarem uma eventual ordem de prisão expedida pelo juiz da Lava Jato contra Lula. Vale a pena relembrar o teor da fita:
    Dilma: “Lula…”
    Lula: Oi querida
    Dilma: Chô te falar uma coisa.
    Lula: Hãã…
    Dilma: Eu tô mandando o ‘Messias’, junto com um papel, pra gente ter ele. E só usa em caso de necessidade, que é o termo de posse.
    Lula: Hã, hã…
    Dilma: Tá?
    Lula: Ah, tá bom, tá bom.
    Dilma: Só isso, ele tá indo aí.
    Lula: Tá bom, tô aqui, fico aguardando.
    Dilma: Tchau.
    Lula: Tchau, querida.
    Poucas horas depois, sem saber que sua voz soara na escuta da Polícia Federal, Dilma concedeu entrevista no Planalto. A certa altura, perguntaram-lhe se a nomeação de Lula para a Casa Civil da Presidência destinava-se a retirá-lo do alcance da caneta do doutor Moro. E Dilma:
    “Vamos falar a verdade: a vinda do Lula para o meu governo fortalece o governo. Tem gente que não quer que ele seja fortalecido. O que eu posso fazer? A troco de quê eu vou achar que a investigação do juiz Sérgio Moro é melhor do que a investigação do Supremo? Isso é uma inversão de hierarquia, me desculpa!”
    O resto é história. Mesmo nomeado por Dilma, Lula não conseguiu sentar-se na cadeira de ministro. Sua pupila caiu antes. Agora, a caminho da “República de Curitiba”, faz pose em comício. Mas sabe que um político não pode ser apenas uma sucessão de poses. É preciso que por trás da pose exista uma noção qualquer de honestidade.

    Josias de Souza
    11/06/2016 03:39
    Dilma Rousseff vive desde o dia 13 de maio uma derrocada dourada. Ela já havia reconhecido que, afastada pelo Senado, seria “carta fora do baralho”. Mas, enquanto aguarda o veredicto final dos senadores no julgamento do impeachment, permanece no Palácio da Alvorada, às expensas dos contribuintes. Fechada a contabilidade de maio, o governo gastou com Dilma cerca de R$ 650,7 mil. Os dados obtidos pelo blog são oficiais. Podem ser conferidos no quadro que ilustra esse post. Procurada por meio de sua assessoria, Dilma não quis fazer comentários sobre o tema.
    O custo mais alto refere-se à folha salarial: R$ 446.441,09. Dilma fez jus ao contracheque integral: R$ 38.049,68. A cifra superou o teto do funcionalismo, medido pelo salário dos ministros do STF, hoje fixado em R$ 33.700. A remuneração do staff que Dilma recrutou para assessorá-la custou em maio R$ 312.536,48. A soma inclui encargos, comissões e gratificações. Outros R$ 95.854,93 foram pagos à equipe que dá prontidão médico no Alvorada.
    Excluíram-se da conta as mais de cem pessoas que asseguram ao palácio presidencial uma hospedagem cinco estrelas: cozinheiros, garçons, arrumadeiras, seguranças e um infindável etcétera. Ainda assim, o Planalto, agora sob nova direção, cogita forçar uma redução das despesas com a assessoria direta de Dilma. Alega-se que é preciso reforçar a equipe do presidente interino Michel Temer.
    O segundo item mais oneroso foi a conta das viagens de Dilma. Noves fora as despesas com os aviões da FAB, usados por Dilma, as equipes que viajaram antes para preparar os três deslocamentos realizados entre os dias 13 e 30 de maio sorveram R$ 113.100,59 em passagens aéreas e diárias. O Planalto achou um exagero, já que Dilma não cumpre mais agendas oficiais como presidente. E decidiu impor limites às viagens dela.
    Há uma semana, escorando-se em parecer da assessoria jurídica da Casa Civil, o Planalto restringiu as viagens da presidente afastada nas asas da FAB aos voos entre Brasília e Porto Alegre, cidade que Dilma adotou para viver e onde moram sua filha e seus dois netos. Dilma estava na capital gaúcha quando soube da novidade. Subiu no caixote: “Houve uma decisão da Casa Civil ilegítima, cujo objetivo é proibir que eu viaje'', disse. Ameaçou viajar em aviões de carreira. Acabou se entendendo com o PT, que fretará jatos para suas viagens.
    No período entre os dias 13 e 31 de maio, foram lançadas nos cartões de pagamento do Alvorada despesas de R$ 81.675,49. O grosso foi destinado à compra de alimentos e produtos para copa e cozinha: R$ 62.112,69. O resto pagou da manutenção dos automóveis à aquisição de produtos de limpeza e higiene. De resto, as contas de telefones celulares, atualizadas até o dia 6 de junho, custaram R$ 4.598,16. A de internet, fechada em 8 de junho, saiu por R$ 4.893,00.
    O prazo para que Dilma seja julgada pelo Senado é de até seis meses. Mas estima-se que a votação ocorrerá em meados de agosto. São pequenas as chances de um retorno.

    NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
    Sexta-feira, junho 10, 2016

    A revista IstoÉ que chega às bancas neste sábado, 11 responde à pergunta: por que o PGR Janot é seletivo nos seus pedidos de prisão contra corruptos e ladravazes? E descobriu muita coisa, inclusive um plano do PT de emplacar um comunista do Maranhão como Procurador Geral da República. Entretanto há mais coisas. Vale a pena conferir. Na íntegra a reportagem-bomba de IstoÉ está disponível no site da revista incluindo uma que procura também responder por que Fernando Pimentel continua leve e solto governando Minas Gerais. Segue abaixo a reportagem de IstoÉ. Leiam:
    Uma escultura em granito adorna a entrada por onde atravessam todos os dias os ministros do Supremo Tribunal Federal. A estátua caracteriza Têmis, uma das deusas da Justiça na mitologia grega. Como símbolo da imparcialidade, exibe os olhos vendados para significar decisões tomadas às cegas, ou seja, sem fazer qualquer distinção entre as partes nem privilegiar um lado em detrimento do outro a partir de ideologias, paixões ou interesses pessoais. Na última semana, não fosse matéria inanimada, a venda teria escorregado como manteiga do rosto de Têmis. O responsável por submeter a retina da Justiça a situações constrangedoras, das quais ela deveria estar sempre e a qualquer tempo blindada, é o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ao pedir a prisão por obstrução de Justiça de Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha, todos do PMDB, e poupar pelo mesmo crime Dilma Rousseff, Lula, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante, do PT, Janot, chefe do Ministério Público, um órgão auxiliar da Justiça, mandou às favas o princípio da isonomia o qual deveria perseguir cegamente. Na régua elástica do procurador-geral, os rigores da lei válidos para os peemedebistas contrastam com a condescendência dispensada no tratamento a políticos do PT.
    Senão vejamos. Resta evidente, após dois anos de Lava Jato, que um partido, o PT, – único detentor de caneta, verba e tinta para sacrificar a maior estatal do País em troca de propinas e dinheiro ilegal para campanhas – , comandou o Petrolão. Os tesoureiros e principais dirigentes petistas são os engenheiros e os motores da complexa engrenagem da corrupção na Petrobras. Também estrelados integrantes do petismo, entre os quais a própria mandatária afastada do País, Lula e dois ex-ministros de Estado, Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, foram flagrados em áudios incontestáveis em inequívocas maquinações contra a Justiça e as investigações da Lava Jato. A despeito da ululante constatação, não são do PT e sim do PMDB os políticos mais encrencados até agora por Janot.
    DOIS PESOS, DUAS MEDIDAS.
    O despacho do procurador-geral pela prisão do trio do PMDB e de Cunha, pronto havia 15 dias, veio à baila na última semana trazendo em seu bojo o mesmo objeto capaz de implicar os petistas: a tentativa de criar embaraços à Lava Jato. Renan, Jucá e o senador aposentado, José Sarney, em gravações feitas por Sérgio Machado, discutem maneiras de enfileirar pedras no meio do caminho das investigações. Constituem-se ali meras intenções. Graves, decerto. Os três são habituês em escândalos e, comprovado o cometimento de crimes, são merecedores da punição adequada. Até de prisão, se assim prever a lei. Mas em nenhum momento das gravações há a menção a qualquer iniciativa que tenha obstruído de fato as investigações. O que se conhece, até o momento, ao menos no quesito obstrução de Justiça, não justifica mandá-los para trás das grades. É inquestionável: os tratamentos, até agora, foram desiguais. Enquanto que de um lado há elucubrações sobre como criar empecilhos ao trabalho da força-tarefa de procuradores e policiais federais, do outro há ações concretas para liquidar a Lava Jato. “A grande maioria da população não entende porque o caso das gravações de Sérgio Machado teve andamento tão rápido, enquanto áudios de Lula e Dilma, que comprovadamente mostram ação de obstrução de Justiça, permanecem na gaveta. Janot tem de explicar”, cobrou o ex-deputado Roberto Jefferson.
    Obstruir a atuação da Justiça é crime tipificado no inciso 5 do Artigo 6º da Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade passíveis de perda de mandato. Dilma foi apanhada em interceptação telefônica, autorizada pelo juiz Sérgio Moro, numa conversa com o ex-presidente Lula para combinar os detalhes de sua nomeação para a Casa Civil. No diálogo, Dilma disse a Lula que enviaria a ele por intermédio de um emissário um “termo de posse” para ser utilizado “em caso de necessidade”. A presidente começava a atuar ali para impedir que o destino de Lula ficasse nas mãos do juiz Sérgio Moro. A intenção de impedir a livre atuação do Judiciário já estava caracterizada. Na sequência, o que se encontrava no plano das ideias foi consumado. O documento não apenas foi entregue por ela a Jorge Messias, como numa iniciativa nunca antes adotada na história republicana, a Presidência fez circular uma edição extra do Diário Oficial para dar publicidade legal ao ato de nomeação no mesmo dia em que foi assinado pela presidente. Para Miguel Reale Jr., um dos juristas signatários do pedido de impeachment de Dilma, o episódio representou uma afronta aos princípios republicanos: “É um ato de imoralidade administrativa e política”, afirmou. Antes, a presidente afastada já havia tramado, com a contribuição do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, nomear Marcelo Navarro como ministro do STJ em troca da soltura do empreiteiro Marcelo Odebrecht.
    A MANIPULAÇÃO DO PT
    A nomeação também se concretizou e, conforme o combinado, Navarro, ao relatar o habeas corpus do empresário, votou por sua liberdade. Como se sabe, Odebrecht só não foi solto naquela ocasião porque Navarro foi voto vencido no tribunal. Lula, por sua vez, no mesmo lote de gravações, foi apanhado numa série de investidas para barrar as investigações da Lava Jato. Antes, Lula já havia acertado com Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma, o pagamento a Nestor Cerveró, por intermédio do filho do pecuarista José Carlos Bumlai, num esforço descomunal para evitar a qualquer custo a delação do ex-diretor da Petrobras. Hoje se sabe o porquê. Já Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação, foi gravado numa ação semelhante: a tentativa de compra do silêncio de Delcídio, cuja delação, se saberia a posteriori, enredaria Lula e Dilma. Até agora, contra Dilma há um pedido de investigação, subscrito por Janot e ainda não julgado pelo STF. Lula, por sua vez, experimenta uma espécie de limbo jurídico. Na sexta-feira 10, será completado um mês que os procuradores da Lava Jato pediram ao STF a devolução dos inquéritos envolvendo o ex-presidente petista e nada foi feito. Na lista, aparecem os episódios do sítio em Atibaia, do tríplex no Guarujá e dos valores recebidos de empreiteiras por palestras.
    O desequilíbrio da balança do procurador-geral provocou a reação imediata das classes política e jurídica. Causou espécie a maneira como o véu que há pelo menos três semanas encobria os pedidos de prisões do quarteto do PMDB foi retirado. Embora o relator da Lava Jato, Teori Zavascki, já estivesse de posse da solicitação havia mais de 15 dias, os demais ministros da Supremo Corte só tomaram conhecimento do caso pela imprensa. O vazamento, atribuído a Janot, despertou a ira dos ministros. Na sexta-feira 10, o procurador negou estar por trás da difusão dos áudios. “Não tenho transgressores preferidos”, acrescentou. O leite já estava derramado. Para os ministros tratou-se de uma estratégia destinada a pressioná-los. “É grave. Não se pode cometer esse tipo de coisa. É uma brincadeira com o Supremo”, sapecou o ministro Gilmar Mendes. Outro magistrado acusou Janot de fazer “política em favor do PT”. Fundamenta essa tese o timing escolhido pelo procurador para o pedido de prisões. Argumentou o mesmo ministro que Renan e Jucá sobreviviam incólumes, enquanto eram úteis ao PT. Só viraram alvos depois de bandearem-se para a órbita do presidente Michel Temer. O raciocínio faz todo sentido. Renan responde a 11 inquéritos no Supremo, dos quais nove associados à Lava Jato. Nenhum destes recebeu denúncia de Janot, embora os casos em questão sejam ainda mais graves.
    COMUNISTA NA PGR?
    O contra-ataque do Senado foi tecido com os fios da vingança. Primeiro, a Casa inflada de corporativismo pôs em marcha um acordão. Se a corte determinar a prisão dos senadores, o Senado promete inviabilizar a decisão em plenário. “Até aqui o que se tem contra os senadores é uma mera especulação de conversas reservadas”, antecipou-se o líder do governo, Aloysio Nunes (PSDB-SP). O passo seguinte dos senadores será barrar qualquer tentativa de Janot de emplacar o seu sucessor. Sabe-se no MPF do seu esforço em fazer de Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino, o próximo procurador-geral da República. “Não iremos esquecer”, afirmou um aliado de Jucá.
    Que ninguém se engane: os intencionados em inviabilizar a Lava Jato tentarão fazer valer o seu propósito ao menor sinal de equívoco processual. Foi sintomática a solidariedade do ex-presidente Lula a Renan prestada na semana passada. A quem interessa o afã de querer mandar apenas um grupo de políticos para a cadeia com base em controversa sustentação legal? A resposta é insofismável: só serve a quem está apostando suas fichas no ambiente do “quanto pior, melhor” para ensejar novas eleições ou para aqueles que acalentam o irrefreável desejo de melar a Lava Jato. A pretexto de mandar para a cadeia um lote específico de políticos implicados no crime de obstrução da Justiça, o diversionismo de Janot arrisca produzir exatamente o inverso: a proteção de todos. E não é o que se cumpriu semana passada? Apesar da atuação de xerife, a dura realidade se impôs: todos permanecem soltos. Peemedebistas e petistas.
    A busca pela imparcialidade dos magistrados remonta ao início dos tempos. Ao retirar do cidadão o direito à autotutela, o Estado deu-lhe como compensação a figura do juiz: a pessoa a quem caberia a resolução de impasses sem beneficiar nenhuma das partes. O jurista alemão Werner Goldschimidt diz que a imparcialidade consiste na tentativa de colocar entre parênteses todas as considerações subjetivas do julgador, de modo que este deve ser objetivo e esquecer-se da própria personalidade. Não é o que parece orientar o procurador-geral da República. Para o espanhol Faustino Córdon Moreno, professor catedrático da Universidade de Navarra, o julgador imparcial deve ser terceiro às partes, assentado na neutralidade e no desinteresse. Janot também não parece agir como um ator desinteressado. Pelo contrário. Para o Palácio do Planalto, em seu radar estão os votos necessários para enterrar o impeachment de Dilma.
    Uma adaptação a uma expressão sheakespeariana se encaixa com perfeição à realidade atual. Há mais coisas entre Curitiba e Brasília do que supõe nossa vã filosofia. Existe algo de podre no reino, para tomar emprestado outro termo da tragédia de Hamlet. Que os rigores da lei valham para todos e a venda permaneça sobre os olhos da deusa grega. Só assim, a Lava Jato estará resguardada e marcará o capítulo mais importante da história do combate à impunidade no País.

    O tamanho do PT e a liderança do Lula e da Dilma podem ser dimensionados pelo volume do público na Av. Paulista nesta sexta-feira, 10. A foto é de O Antagonista
    Apesar da força dada pela Folha de S. Paulo, o diário oficial do PT, bem como a Rede Globo e outros veículos de mídia menos votados, a passeata de protesto que se realiza na Av. Paulista em São Paulo no final da tarde desta sexta-feira é no mínimo um fiasco. Adesão popular zero. Só estão lá os últimos "mortadelas".
    Nem mesmo com o anúncio da presença de Lula o PT não consegue reunir público capaz de conferir à agremiação a condição de partido de massas. Um estrangeiro que chegar agora na Av. Paulista, jamais imaginará que lá está Lula e seu partido que desgovernou o Brasil por mais de 13 anos.
    Conclusão: O PT acabou. Não sobrará pedra sobre pedra. E isto é muito bom para o Brasil e os brasileiros.

    NO BLOG ALERTA TOTAL
    Sábado, 11 de junho de 2016
    Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
    Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
    (Para ler a matéria completa clique no título)

    NO O ANTAGONISTA
    Brasil 11.06.16 09:29
    Michel Temer está pensando em extinguir a EBC.
    Não pense demais: extinga imediatamente.
    Brasil 11.06.16 05:27
    Dilma Rousseff será morta por João Vaccari Neto.
    Mas ela não morrerá sozinha.
    De acordo com a Veja, o plano do PT é aproveitar a delação de seu tesoureiro para arruinar também Michel Temer...
    Brasil 11.06.16 05:12
    A Veja diz que “os movimentos de João Vaccari Neto em direção à delação estão avançados”.
    Seus familiares, de acordo com a reportagem, “já sondaram advogados especializados no assunto. Em conversas reservadas, discutiu-se até o teor do que poderia ser revelado...
    Brasil 11.06.16 05:07
    João Vaccari Neto vai entregar Dilma Rousseff.
    A reportagem da Veja conta que “o caixa do PT, o homem que durante décadas atuou nas sombras, o dono de segredos devastadores, decidiu delatar”.
    Brasil 11.06.16 05:03
    Romário ganhou 100 mil reais da Odebrecht no caixa 2.
    É a suspeita da PGR, que pediu autorização ao STF para investigar o senador bom de bola...
    Brasil 11.06.16 04:51
    Sérgio Machado detalhou o esquema de propina dos peemedebistas.
    Os números são espantosos...
    Brasil 11.06.16 04:42
    José Sarney, no pedido de prisão encaminhado pela PGR, é tratado como "capo di tutti i capi", de acordo com a coluna Radar.
    "Capo di tutti i capi" é o chefão da máfia...
    Brasil 11.06.16 04:41
    Na quinta-feira, 09, Rodrigo Janot ligou para Teori Zavascki.
    Na conversa, segundo a Época, ele pediu que Teori levantasse já nesta semana o sigilo dos pedidos de prisão contra Renan Calheiros, Romero Jucá, José Sarney e Eduardo Cunha...
    Brasil 11.06.16 04:28
    O TCU decidiu fazer uma auditoria nos contratos de publicidade firmados por Dilma Rousseff.
    A partir desta segunda-feira, 13 diz a IstoÉ, o tribunal vai “apurar quais os critérios utilizados pela Secom para partilhar o bolo publicitário...
    Brasil 11.06.16 04:19
    Michel Temer se recusou a pagar pela hospedagem de Dilma Rousseff no hotel Renaissance, um dos mais caros de São Paulo.
    Segundo a Folha de S. Paulo, “a equipe da presidente afastada foi informada de que o valor não seria saldado”...
    Brasil 11.06.16 04:07
    O ato do PT contra Michel Temer foi um fracasso.
    A avenida Paulista estava deserta.
    Ainda mais deprimente do que a falta de manifestantes, porém, foi a falta de assunto...
    Lula e Dilma estão sozinhos
    Brasil 10.06.16 21:15
    Eliseu Padilha anunciou no Twitter seu placar atualizado do impeachment:


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