PRIMEIRA EDIÇÃO DE 17-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
17 DE ABRIL DE 2016
Várias autoridades do governo Lula estão insones porque a destituição da presidente Dilma Rousseff ocasionará perda dos seus cargos e, principalmente, de prerrogativas preciosas. Sem foro privilegiado, Lula e os ministros Jaques Wagner, Aloizio Mercadante e Edinho Silva, citados em delações premiadas da Operação Lava Jato, ficarão sujeitos ao juiz federal Sergio Moro, implacável contra a corrupção.
Dilma decidiu nomear Lula ministro, conforme denunciou a Procuradoria Geral da República, para livrá-lo do juiz Sergio Moro.
O que tira o sono desses ministros enrolados é a certeza de que serão demitidos, caso Michel Temer assuma o lugar de Dilma.
Sendo afastada do cargo, Dilma terá de coçar o bolso para pagar sua própria defesa. A Advocacia-Geral da União deve defender a União.
Apesar de receber metade do salário se for mesmo afastada, Dilma poderá usar uma residência oficial do Alvorada ou da Granja do Torto.
O ex-presidente Lula manteve reunião secreta com José Gerardo Grossi, ex-ministro de Tribunal Superior Eleitoral e um dos mais requisitados criminalistas de Brasília. O caráter sigiloso e urgente do encontro pode ser avaliado pela hora que Lula chegou ao escritório do advogado, no Lago Sul, em Brasília: antes das 6h da manhã. Os escritórios de Lula e de Grossi não informaram o motivo da reunião.
José Gerardo Grossi não consta da lista de advogados oficialmente contratados para promover a defesa de Lula, na Lava Jato.
Grossi ajudou José Dirceu quando o ex-ministro de Lula precisava de carteira assinada para se habilitar ao regime semiaberto, na Papuda.
Lula é investigado por corrupção na Lava Jato, até foi conduzido para depor pela PF sob vara, e seu filho Luiz Claudio é alvo da Zelotes.
Enquanto Dilma paralisa seu governo há semanas, para tentar escapar do impeachment, comerciantes decidem fechar lojas aos domingos, inclusive nos shoppings, em razão da crise e dos custos insuportáveis.
A oposição está de olho na “queima de estoque” de cargos, em curso no governo, para tentar barrar o impeachment de Dilma. Há suspeitas de que, além de cargos, governistas têm oferecido malas de dinheiro.
Em conversas reservadas, Lula diz estar “preocupado” com a reação de sindicatos e movimentos sociais, que a rigor ele controla, no caso de impeachment de Dilma. Mas foi ele quem convocou seguranças para “bater em coxinhas”, na rua onde mora, em São Bernardo.
Deputados aliados do governo estão aproveitando o momento de fragilidade de Dilma para empenhar emendas parlamentares, mas se comprometem com a oposição a votar pelo impeachment.
O governo Dilma e o PT ignoraram a Lei 6.815, que proíbe estrangeiros participando de protestos políticos em território nacional. Governos da Bolívia, Venezuela e outros, mandaram manifestantes “mortadelas”, para fazer número nas manifestações deste domingo, em Brasília.
Pré-candidato a presidente pelo Partido Verde, em 2018, o senador Álvaro Dias (PR) já tem slogan, aliás, muito pouco criativo: “Dias melhores virão”. Sua turma de criação precisa se esforçar mais.
O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) protagonizou um vexame. Aceitou a cenoura que o governo acenou e indicou um aliado para ser ministro da Integração. Ficou menos de 24 horas no cargo.
Contra o discurso do governo de que impeachment é golpe, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) garante que não trabalha para Temer ser presidente: “Estou trabalhando pelo impedimento de Dilma”, diz.
…tudo começou com 20 centavos, quando o povo foi às ruas, em junho de 2013, sem ainda saber das “pedaladas” bilionárias de Dilma.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 17-4-2016 ÀS 3:53

GERAL 3:38

GERAL 16/04/2016 ÀS 20:10


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - Domingo -17/04/2016 04:03
A corrupção em Brasília, uma cleptomania incurável, atingiu o seu ponto mais alto nas articulações a favor e contra o impeachment. Desapareceu até o recato. Os palácios da Alvorada e do Jaburu, projetados por Oscar Niemeyer como residências oficiais do presidente e do vice-presidente da República, foram transformados em casas da Mãe Joana. Sob seus tetos modernistas, pratica-se o troca-troca sem culpa, o vale-tudo sem ressalvas.
Quem não quiser perder a compreensão do que está acontecendo deve levar em conta o seguinte: Dilma Rousseff e Michel Temer negociam o futuro do país com o rebotalho do mensalão e do petrolão. Fazem isso com a mesma pose de líderes realistas obrigados pelas circunstancias a lidar com políticos viciados.
Dilma adota meios sórdidos para alcançar o nobre fim de evitar um golpe contra os valores democráticos. E Temer manda às favas qualquer perspectiva de revisão das práticas que conspurcam a política sob o pretexto de livrar o Brasil da delinquência fiscal e do atraso petista. Ambos oferecem a nódoas como PP, PR e assemelhados a oportunidade de obter prontuários limpos e novos negócios.
Num comício para militantes petistas, Lula resumiu assim a cena: “É uma guerra de sobe e desce. Parece a Bolsa de Valores. O cara está com a gente uma hora e, em outra, não está mais.” O que o morubixaba do PT declarou, com outras palavras, foi o seguinte: os homens de bens da Câmara acompanham a cotação de Dilma e Temer, para investir seus votos naquele que oferecer as melhores perspectivas de lucro. Nesse mercado, você, caro contribuinte, entre com o prejuízo.
A convivência com o vício manjado tem um lado prático. Com ou sem impeachment, não será necessário organizar sondagens sobre o apetite dos aliados. Basta que Dilma ou Temer abram as gavetas para resgatar os anseios de mensaleiros e petroleiros. Gente como o condenado Valdemar Costa Neto, o mandachuva do PR, que saltou subitamente da prisão domiciliar para a ribalta.
Valdemar, citado aqui por ser o exemplo mais notório da desfaçatez, brilha no submundo do fisiologismo há mais de duas décadas. Ele tem experiência em impeachment. Na derrubada de Collor, quando o PR ainda se chamava PL, apressou-se em obter posições sob Itamar Franco. Nessa época, tinha uma queda pela Receita Federal. Ganhou a inspetoria da alfândega do Aeroporto de Cumbica. Ali, mandava mais que FHC e Rubens Ricupero, os ministros da Fazenda de então.
Em declaração de 1995, dada à Folha, Valdemar explicou o porquê do apreço pelo fisco: “Você imagina se tem um cara de poder com problemas na Receita. Você chega e pergunta se o cara pode te arrumar uns 3.000 votos. Você livra o cara e está eleito''. Sobre a alfândega: “O pessoal chega do exterior e pede para liberar a bagagem (…). Às vezes eu mandava um fax pedindo a liberação''.
A farra das nomeações políticas na Receita acabou com a chegada do técnico Everardo Maciel. Mas Valdemar era apenas líder de um periférico PL. Hoje, controla o PR como um cartório de sua propriedade. Do modo como o tratam, vai acabar nomeando não um inspetor de alfândega, mas o secretário da Receita Federal.
De um líder político se espera que fixe padrões morais para os seus liderados. Diante das extravagantes negociações firmadas no Alvorada, no Jaburu e em anexos como o quarto de hotel que Lula converteu em bunker, não sobra no palco nenhum ator capaz de se firmar como uma liderança ética. A cruzada do impeachment descerá aos livros como um marco da falta de ética cujo epílogo será um acordo para livrar Eduardo Cunha da cassação.
Devagarinho, o fisiologismo e a imoralidade vão deixando de ser percebidos como parte do sistema. Passam a ser vistos como o próprio sistema. Tão integrados ao cenário brasiliense quanto as curvas dos palácios de Niemeyer.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 17.04.16 09:53
Agora que Dudu da Fonte resolveu apoiar o impeachment, só sobrou um conspirador governista dentro do PP: o deputado Waldir Maranhão.
Eu, Diogo, aposto que ele muda de opinião antes do voto.
Brasil 17.04.16 09:42
A capa da Gazeta do Povo, de Curitiba:
Brasil 17.04.16 09:38
Michel Temer vai acompanhar o impeachment do Palácio do Jaburu...
Brasil 17.04.16 09:15
Eliseu Padilha repassou seus cálculos ontem num jantar no Piantella com Carlos Marun, Vieira Lima, Flaviano Melo, entre outros...
Brasil 17.04.16 09:10
José Casado, em O Globo, descreveu o bazar de Lula no Golden Tulip:
"Chegavam discretos, tomavam o elevador dos fundos e paravam diante da mesinha instalada no meio do corredor, onde secretárias e seguranças se revezavam em plantão permanente. Ao entrar na suíte, escutavam...
Brasil 17.04.16 09:07
O petista Arlindo Chinaglia confidenciou a amigos que já perdeu as esperanças de barrar o impeachment hoje na Câmara...
Brasil 17.04.16 08:58
Depois de se encontrar com Michel Temer, ontem à noite, o deputado Heráclito Fortes calculou que o impeachment terá entre 357 e 375 votos...
Brasil 17.04.16 08:49
Eliseu Padilha falou ontem no final da noite com Roberto Moreira, do Diário do Nordeste...
Brasil 17.04.16 08:37
Golden Lula apostou todo o seu ouro no racha do PP.
Danou-se...
Brasil 17.04.16 08:22
Hoje tem festa na Esplanada, na Paulista e em Copacabana.
E, como sempre, nosso e-mail para protestos, antagonistasnasruas@gmail.com, está aberto para comentários e imagens...
Brasil 17.04.16 07:54
Dilma, Renan, leiam isso: Gim Argello resolveu fazer acordo de delação premiada, segundo Lauro Jardim.
Gim puro.
Brasil 17.04.16 07:09
A coluna Radar confirma aquilo que publicamos ontem:
"Uma reunião na noite de sábado,16, entre a cúpula da Secretaria de Segurança do Distrito Federal e a direção a Câmara definiu um esquema especial para prevenir piquetes nas casas dos deputados ou barreiras para impedir seu deslocamento até o Legislativo...
Brasil 17.04.16 05:42
A Folha de S. Paulo fez um retrato de Lula no Golden Tulip:
“Lula estava exausto... Abatido e quase sem voz, oscilava o humor entre o de articulador político, repetindo que era preciso ‘lutar até o último minuto’, e o de criador com raiva da criatura: ‘Como Dilma deixou que a gente chegasse a esse ponto?’"...
Brasil 17.04.16 04:34
A discussão sobre o impeachment terminou nesta madrugada, às 3h42.
Agora só falta o voto, às duas da tarde...

Brasil 17.04.16 02:44
Nosso infiltrado no Palácio do Planalto disse que o clima é de desespero...
Brasil 17.04.16 02:37
O professor José Álvaro Moisés resumiu no Estadão os desafios que aguardam Michel Temer...
Brasil 17.04.16 02:05
A capa do Estadão imortaliza os 350 deputados que estão salvando o Brasil.

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