PRIMEIRA EDIÇÃO DE 15-4-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
15 DE ABRIL DE 2016
A bancada do Partido Progressista (PP) deve se reunir nesta sexta (15) para discutir fechamento de questão do voto favorável ao impeachment da presidente Dilma, já definido em reunião anterior. A tendência é fechar questão para conter a pressão do Planalto contra os deputados e ao mesmo tempo dar-lhes o argumento de que, agora, são obrigados obedecer o partido para não ficarem sujeitos a processo de expulsão.
Líder do PP, Aguinaldo Ribeiro (PB) apoia o impeachment rendendo-se à maioria da bancada, mas a questão fechada o deixa mais confortável.
O fechamento de questão poderá provocar a mudança de posição de sete deputados do PP que ainda se declaram contra o impeachment.
Quatro votos do PP contra o impeachment são de deputados baianos comprometidos com questões locais, relativas à política na Bahia.
A atitude do PP tem sido muito elogiada até pelos adversários. Seja qual for o resultado, o partido sairá mais fortalecido, no domingo, 17.
Declarando-se “carta fora do baralho”, caso o impeachment passe no domingo, 17, Dilma pode ter insinuado a possibilidade de renúncia. Mas, quando o presidente da Câmara deu seguimento ao processo, ela já ficará inelegível em caso de renúncia, segundo experiente ministro do Tribunal Superior Eleitora (TSE). Juristas acham que a inelegibilidade ficará configurada somente na abertura do processo no Senado.
Há dúvida por quanto tempo ela perderia os direitos políticos. Dilma também deverá ser enquadrada na Lei da Ficha Limpa.
“Mesmo se renuncie entre a aprovação na Câmara e a instalação no Senado, Dilma pode perder direitos políticos”, aposta outro jurista.
Advogado eleitoralista diz que a Justiça pode ser acionada para determinar a inelegibilidade de Dilma a partir do pedido na Câmara.
Homem forte na equipe de Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco tem um favorito para o cargo de ministro da Fazenda: Gustavo Franco. Mas também são cotadíssimos Murilo Portugal e Armínio Fraga.
Em meio a tantas notícias ruins, o governo comemora os resultados positivos das mudanças e inovações introduzidas nos Correios após a posse de Swedenberg Barbosa em sua vice-presidência corporativa.
Ao menos publicamente, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ) nega apoio ao impeachment. Ele não altera a posição nem quando lembram que seu pai, deputado Jorge Picciani, anunciou apoio ao afastamento.
Além do novo líder do PR, também o anterior, pró-impeachment, falará em nome do partido, no encaminhamento da votação de domingo, 17. A decisão é do dono do partido, Valdemar Costa Neto.
Prevendo debandada de deputados para o lado pró-impeachment, o PDT se reúne nesta sexta (15) para ameaçar de expulsão quem desobedecer Carlos Lupi e votar contra Dilma.
Para evitar a chamada solidão do poder, Dilma convocou um batalhão de ministros para acompanhar com ela, no Alvorada, a votação do impeachment, domingo, 17. Serão os de sempre: Cardozo, Wagner, etc.
Funcionários a serviço da Petrobras Distribuidora têm utilizado com frequência pousadas clandestinas, em Brasília. São motoristas e instrutores enviados para treinar frentistas de seus postos na capital.
O impeachment iminente deixou insones e nervosos ocupantes de boquinhas no governo, às quais se agarraram como se fossem para toda vida, incluindo em estatais como Petrobras e BR Distribuidora.
…tentando se salvar do impeachment, Dilma e Lula fazem lembrar os personagens Juba e Lula, do velho seriado de TV “Armação Ilimitada”.

NO DIÁRIO DO PODER
VOTAÇÃO DO IMPEACHMENT ESTÁ MANTIDA
GOVERNO SOFRE GRANDES DERROTAS: STF NÃO ANULA RELATÓRIO, NEM SUSPENDE VOTAÇÃO
MINISTROS DO STF REJEITAM MANOBRAS PARA BARRAR O IMPEACHMENT
Publicado: 15 de abril de 2016 às 00:16 - Atualizado às 01:32
O governo Dilma Rousseff sofreu nova derrota acachapante, desta vez no Supremo Tribunal Federal (STF). No principal julgamento da noite, o STF negou a pretensão da Advocacia Geral da União (AGU) de anular o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), que recomenda o impeachment de Dilma, e a suspensão do julgamento, marcado para o próximo domingo (17).
Na primeira derrota do governo nesta noite, 14, o STF validou a ordem de votação do impeachment, domingo, 17, isto é, deputados das regiões Norte e Sul votação alternadamente, como já havia determinado o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha.
Em seu voto, o relator dos dois mandados de segurança, ministro Edson Fachin, disse que o que será apreciado no domingo na Câmara dos Deputados será a denúncia contra a presidente, e não o relatório da comissão especial do Impeachment. Por isso, ele indeferiu o pedido.
O ministro Luiz Barroso, que votou em seguida, acompanhou o voto do relator, frustrando a expectativa do governo de evitar a votação, na qual a presidente deve ser derrotada, segundo todos os levantamentos. Outro ministro, Teori Zavascki, diz não ver motivos para conceder a liminar solicitada pela presidente, por meio da AGU e aliados, contra o relatório da comissão do impeachment.
Os ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Rosa Weber também acompanharam o relator e derrotaram a pretensão do governo. O ministro Marco Aurélio novamente divergiu, para marcar posição favorável ao governo. O voto do decano do STF, ministro Celso de Mello, foi contrário ao mandado de segurança, novamente. O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, que tem se posicionado frequentemente favorável ao governo, concordou com a posição do ministro Marco Aurélio. Ao final, o placar no STF foi de 8x2.

IMPEACHMENT É DOMINGO
MINISTROS DO STF RECHAÇAM DE GOLEADA MANOBRAS DE CARDOZO
STF DERROTOU POR 8 X 2 AS TESES DO ADVOGADO-GERAL DE DILMA
Publicado: 15 de abril de 2016 às 01:23
Ao final do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), em que foi derrotada em votação acachapante a sua manobra para impedir a votação do impeachment, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, era a própria imagem do fracasso.
Sentado no pequeno auditório do STF, Cardozo assistiu a oito dos dez ministros presentes demolirem as suas alegações em mandado de segurança que pretendia suspender a sessão deste domingo, 17.
Os ministros não levaram a sério a pretensão da AGU, com a exceção de Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio, que habitualmente votam favoravelmente às matérias de interesse do governo.
O decano do Supremo, ministro Celso de Mello, sempre muito bem fundamentado, mostrou que Cardozo errou na elaboração do mandado de segurança, afirmando que a eventual instauração de processo de impeachment no Senado “é uma questão estranha ao mandado de segurança analisado”.

PLACAR DO IMPEACHMENT: 342 X 128
IMPEACHMENT JÁ TEM O APOIO DECLARADO DE 342 DEPUTADOS
PLACAR DO IMPEACHMENT: 342 X 128 VOTOS PARA DESTITUIR DILMA
Publicado: 15 de abril de 2016 às 00:02 - Atualizado às 00:19
Está garantida a aprovação da abertura do processo de impeachment, na Câmara dos Deputados, contra a presidente Dilma Rousseff. Neste momento, um total de 342 deputados e deputadas já assumem abertamente a intenção de votar pelo afastamento, neste domingo (17).
O levantamento do "Placar do Impeachment", elaborado pelo jornal O Estado de S. Paulo, indica que apenas 128 parlamentares anunciam voto contra o impeachment, enquanto 15 se declaram indecisos e 28 não declinam o que pretendem fazer na hora da votação.
O Palácio do Planalto tem usado esse Placar como referência para o resultado esperado da votação na Câmara. Um ministro do núcleo duro do governo confidenciou que o levantamento é "muito próximo" dos números que a equipe de articulação trabalha.
Ele, no entanto, afirma que o governo continua atuando para conquistar os 172 votos necessários para barrar o impeachment e que, no domingo, haverá "traições" tanto de quem se declarou a favor com quem se declarou contra o afastamento de Dilma.

FORA, DILMA
GOVERNO E PT IMPORTAM MANIFESTANTES 'MORTADELAS' DE PAÍSES VIZINHOS
PM INTERCEPTA EM GOIÁS ÔNIBUS DO GOVERNO LOTADO DE BOLIVIANOS
Publicado: 14 de abril de 2016 às 23:13
Redação
A Polícia Militar de Goiás interceptou três ônibus lotados de bolivianos dirigindo-se a Brasília para fazer número nas manifestações do impeachment, neste domingo (17), enquanto a Câmara dos Deputados estiver discutindo e votando o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) recomendando o afastamento.
Documentos apreendidos com os motoristas mostram que os três ônibus lotados de "mortadelas" bolivianos são pagos pelo governo chefiado pelo cocaleiro Evo Morales, que faz parte do grupo de presidentes populistas-bolivarianos do continante.
UM DOS MOTORISTAS BOLIVIANOS
Um dos papéis, autorizando a viagem e contendo as características dos ônibus, tem o timbre do Ministério de Obras Públicas, Serviços e Habitação do governo boliviano, enquanto os outros dois têm o carimbo do Ministério de Governo, espécie de Casa Civil boliviana.
Os próprios motoristas informaram ainda que ônibus pagos pelos governos do Peru, Argentina, Paraguai e Venezuela também estão a caminho de Brasília, para fazer número na manifestação favorável a Dilma Rousseff, na Capital.
OS DOCUMENTOS DENUNCIAM A CHANCELA DO GOVERNO BOLIVIANO PARA A EXCURSÃO OS MORTADELAS.

CONFUSÃO NA CÂMARA
DEPUTADOS DIZEM TER SIDO ENGANADOS PARA CRIAR FRENTE PELA DEMOCRACIA
DEPUTADOS FORAM USADOS COMO SUPOSTOS APOIADORES DE DILMA
Publicado: 14 de abril de 2016 às 20:15 - Atualizado às 22:45
Terminou em discussão a última sessão plenária da Câmara dos Deputados que antecede o início das sessões destinadas ao julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A oposição reclamou que seus parlamentares assinaram a lista para criação da Frente Parlamentar Mista pela Democracia sem saber que ela seria divulgada como documento de apoio à presidente Dilma Rousseff.
Mais cedo, a presidente nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE), protocolou o pedido de criação da Frente com assinatura de 186 deputados federais e 32 senadores. No lançamento da Frente, a dirigente do PCdoB afirmou que esses números não significam "necessariamente" que todos esses parlamentares vão votar contra o impeachment. Prova disso é que a frente contava com assinaturas de parlamentares de partidos a favor do impedimento, como PSDB, DEM e PP.
No final da sessão, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) rasgou o documento no plenário alegando que os colegas da oposição foram enganados. A reação gerou um tumulto e a sessão foi encerrada às pressas.
O líder do PSC, André Moura (SE), deixou a sessão furioso. O parlamentar contou que três deputados de sua bancada assinaram a lista sem saber que a Frente se referia a uma lista de parlamentares contra o impeachment. "É praxe a gente assinar listas", explicou. Segundo o líder, mais de 50 deputados da oposição assinaram o documento sem se dar conta do que se tratava. "É um bando de picaretas, marginais", acusou. (AE)

OPERAÇÃO PIXULECO
SÉRGIO MORO MANDA SEQUESTRAR CASA ONDE VIVE MÃE DE DIRCEU
MÃE DE DIRCEU CONTINUA MORANDO NO IMÓVEL, AGORA INDISPONÍVEL
Publicado: 14 de abril de 2016 às 19:31 - Atualizado às 22:41
O juiz federal Sérgio Moro decretou o sequestro da casa em Passa Quatro, no interior de Minas Gerais, onde vive a mãe do ex-ministro da Casa Civil durante o governo Lula, José Dirceu, condenado por corrupção no mensalão e preso na Pixuleco, 17ª fase da Lava Jato, no ano passado acusado de receber propinas no esquema Petrobrás.
Na prática, o imóvel fica à disposição da Justiça, mas dona Olga Guedes da Silva, de 94 anos, pode continuar vivendo nela como depositária da casa. A decisão é do dia 6 de abril e se tornou pública nesta quinta-feira, 14. O sequestro de bens é uma medida judicial utilizada para que a Justiça possa reaver o dinheiro desviado em caso de uma condenação judicial.
A ordem do juiz acata o pedido da força-tarefa da Lava Jato, que apontou que o imóvel está em nome da TGS Consultoria, empresa que teve seus bens sequestrados por determinação de Moro em setembro do ano passado. Na ocasião, contudo, a decisão do juiz incluía no sequestro os bens do ex-ministro em Vinhedo e na capital paulista, e também determinava o sequestro de “outros bens” imóveis em nome de Dirceu e da TGS Consultoria, sem especificar quais.
Logo, a Lava Jato descobriu que, dentre os imóveis em nome da TGS, está a residência de dona Olga, que acabou sendo alcançada pela decisão de Moro do ano passado, se tornando automaticamente indisponibilizada judicialmente. Diante disso, o Ministério Público Federal entendeu que era necessário a expedição do registro de sequestro do imóvel, o que acabou sendo deferido por Moro em 6 de abril.
A suspeita da Lava Jato é de que a TGS era utilizada pelo ex-ministro para ocultar a propriedade de seus bens. O dono da TGS é o ex-sócio de Dirceu na JD Assessoria, Júlio Cesar Santos, que admitiu no ano passado à Polícia Federal ter adquirido a residência em Passa Quatro em 2004, por R$ 250 mil. O próprio Dirceu, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, afirmou que adquiriu o imóvel da TGS por R$ 260 mil via JD Assessoria “entre 2006 e 2007″.
Além disso, em março deste ano, a defesa de Dirceu recorreu ao juiz Sérgio Moro para suspender o sequestro dos bens determinado no ano passando, alegando que havia provas “de que referidos bens possuem origem lícita e vinculada à atividade profissional lícita por ele exercida”, e que o MPF teria exagerado no cálculo da propina recebida pelo ex-ministro, estimada pela força-tarefa em R$ 60 milhões.
Na decisão tornada pública nesta quinta, 14, Moro afirmou que vai analisar os argumentos da defesa do ex-ministro na sentença da ação penal contra Dirceu e outros 16 réus acusados de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro pelo envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás.
A reportagem ligou várias vezes para o celular do advogado Roberto Podval, que defende Dirceu, mas ele não atendeu.

A NAÇÃO VOLTOU-LHE AS COSTAS
Carlos Chagas
Raras vezes a presidente Dima encenou tamanho festival de entrevistas e declarações como esta semana. Fala o que pretende, na hora em que bem entende, pelo tempo a que se dispõe. Também, pelo jeito, chegou ao limite. Domingo, 17, parece o seu limite maior. Depois, salvo surpresas, passará a carta fora do baralho. Mesmo ficando algum tempo como inquilina da presidência da República, não será mais presidente. Em seu lugar estará o vice Michel Temer, interinamente até 180 dias, para depois assumir em definitivo. Até quando não se sabe, pois o vento que sopra para lá também sopra para cá.
Dilma parece haver perdido as esperanças. Ficou diferente tarde demais. Manteve a mesma postura por quatro anos e quatro meses: irascível, intolerante, superior. Desprezou quantos a respeitavam, só mais apenas os que a bajulavam.
É conhecido o episodio tantas vezes repetido de que Madame tratava os auxiliares como serviçais e subalternos. No avião presidencial, ia até a cabine do piloto para dar aulas de navegação e mostrar como furar uma nuvem carregada, não aceitando outras opiniões. Médicos e enfermeiras tremiam diante de seus ditames, muitos tendo pedido para sair em situações as mais constrangedoras. Nas viagens pelo exterior, exigia submissão total, não só de sua comitiva, mas de quantos funcionários estrangeiros postos à sua disposição. Queria distância de quase todos.
Tendo sido a primeira mulher presidir o Brasil, optou por manter auxiliares não só a distância, mas enquadrados. Mesmo quando chefiava a Casa Civil, até para com ministros, suas ordens eram ríspidas e grosseiras. Depois de levada ao trono, pior ainda.
Foi perdendo o respeito, claro que quando estava distante. Contam-se nos dedos de uma só mão as amigas e os amigos. Existem, é claro, mas olhados de viés e sem a certeza de estar agradando. Ainda mais por conta dessa barafunda em que o ministério foi-se tornando. Ministros existem, ainda hoje, que apenas despacharam uma vez com a presidente. Outros que a viram no dia da posse e nada mais. Entre eles e a chefona, só em datas solenes, mesmo assim, lá de longe.
Esse governo foi despertando senão rancores, ao menos distância. No Congresso, com raras exceções, deixou de prevalecer a proximidade entre a presidente e suas bases. As ruas ficaram cada vez longe. Claro que a performance de Madame pesa essencialmente na balança. Os reclamos da sociedade atingem suas diversas camadas, mas a presidente continua longe, como não se tratasse de seus problemas. Assim, quando precisou do apoio geral, ele não veio. Os cinco milhões e meio de votos conquistados em outubro passado evaporaram.
O resultado pode ser colhido nesses dias cruciais. A nação voltou-lhe as costas. Tanto por conta do lamentável desempenho de seu governo quanto da falta de alternativas por ela deixada. Resta saber o que virá daqui por diante. Poderá Michel Temer virar o jogo? Recuperar a confiabilidade e a confiança não será papel fácil. Afinal, até poucos meses atrás, o vice jurava de pés juntos seguir o roteiro da presidente. Quais seus planos e projetos?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
14/04/2016 às 19:51 \ Direto ao Ponto
No dia 16 de março, caprichando na pose de Pelé do PT, Lula enfim se ergueu do banco onde esperava a hora certa para entrar em campo e virar o jogo do impeachment: o supercraque estava pronto para salvar o time ameaçado pela derrota seguida de expulsão. Com o uniforme de chefe da Casa Civil, seria simultaneamente o técnico, o capitão, o cacique da zaga, o regente do meio de campo e o artilheiro incomparável.
“Lula, o ministro da Esperança!, exultou Rui Falcão no Twitter. O deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, homenageou o companheiro que fora rebaixado, sem chiar, a chefe de um Gabinete Pessoal da Presidência criado às pressas. “O ministro Jaques Wagner, no dia do seu aniversário, mostra grandeza e desprendimento ao deixar a Casa Civil! Lula novo ministro da pasta!”
Passado um mês, Wagner se foi, Lula não chegou, a sala segue deserta. E a fantasia do estrategista genial está em frangalhos. Proibido pelo Supremo Tribunal Federal de acampar no gabinete localizado no 4° andar do Planalto, Lula cansou-se de aguardar a autorização para a posse: transformou uma suíte de hotel no balcão de compra de votos parlamentares e nomeou-se ministro do Comércio de Congressistas.
Nestes 30 dias, o gênio de araque errou todas as jogadas e não fez um único gol. Graças ao bisonho desempenho do Pelé de picadeiro, a tripulação do Titanic dos cafajestes é cada vez menor. O grande articulador garantiu no começo da semana que a maioria do PMDB e quase todo o PP permaneceriam a bordo.
Era mentira, comprovou horas depois a declaração de apoio ao impeachment divulgada por ambas as siglas. A performance de Lula facilitou a goleada. Neste domingo, 17, o Brasil decente vai aposentar com um retumbante 7 a 1 o grotão assolado pela corrupção, pela inépcia e pela canalhice.
Lula não entendeu que a Lava Jato mudou o país. Os parlamentares que tentou adquirir se tornaram mais cautelosos — e muito mais atentos aos humores da nação. Num ano eleitoral, deputados e senadores tiveram de escolher entre o suicídio e a sobrevivência, entre as vontades do reizinho nu e a vontade popular.
As ruas venceram.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 15-4-2016 ÀS 4:39

GERAL 4:22

GERAL 3:18



NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 15/04/2016 05:11
Dilma Rousseff e Michel Temer viveram na noite passada, 14, experiências antagônicas. Recolhida ao Palácio da Alvorada, a presidente assistiu, pela televisão, à sessão extraordinária em que o STF sepultou as ações do governo contra a votação do impeachment. “Se houver falta de votos, não há intervenção judicial que salve”, ironizou o ministro Gilmar Mendes a certa altura.
Os votos que escasseiam no cesto de Dilma cercavam o vice-presidente da República numa mansão no Lago Sul, bairro chique da Capital. Algo como 80 deputados apertavam a mão, abraçavam, trocavam um dedo de prosa com Temer. Muitos o chamavam de “presidente''. Usufruíram de um coquetel seguido de jantar. Tudo oferecido pelo deputado Heráclito Fortes (PSB-PI). Respirava-se no local doce fragrância da perspectiva de poder.
Pelo celular, a internet levava à mansão da filha de Heráclito, onde Temer se servia de risoto e vinho, as mesmas informações que a TV despejava sobre o tapete do Alvorada. O STF indeferiu um par de pedidos de liminares contra a ordem escolhida por Eduardo Cunha para que os deputados pronunciem seus votos no microfone.
No principal julgamento da noite, os ministros da Suprema Corte rejeitaram por 8 votos a 2 duas teses esgrimidas pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. Numa, ele alegava que a comissão do impeachment cerceou o direito de defesa de Dilma. Noutra, reclamava que o relator Jovair Arantes (PTB-GO) incluiu no seu relatório temas estranhos à denúncia original — Lava Jato e pedaladas praticadas antes do atual mandato presidencial, por exemplo.
Com esses dois argumentos, Cardozo pretendia anular a sessão que o presidente da Câmara marcou para domingo, 17. Pedia que o STF determinasse o reinício do processo. Algo que daria tempo ao governo para tentar cooptar aliados que lhe permitam atingir a marca de 172 votos, mínimo necessário para brecar o impedimento da presidente.
O STF decidiu que, na hora de votar, os deputados terão de levar em conta apenas as duas acusações relacionadas ao atual mandato de Dilma: 1) a edição de decretos que autorizaram gastos sem a anuência do Legislativo. 2) empréstimos contraídos pelo governo em bancos oficiais as chamadas pedaladas fiscais.
Depois de circular de rodinha em rodinha, Temer acomodou-se numa das mesas. Dividiu-a com outras dez pessoas. Entre elas líderes de partidos engajados no impeachment. Nesse universo, as horas mais preciosas são as mais rápidas. Na contabilidade dos rivais de Dilma, já existem 363 votos a favor do impeachment, 21 além do mínimo necessário. Daí a incômoda sensação de que, para a oposição, certos dias, como os dois que faltam para o domingo da votação, têm 100 anos de duração.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, abril 15, 2016
A edição da revista Veja deste final de semana chega às bancas adiantada. Nesta sexta-feira já pode ser adquirida nas bancas. E, como não poderia deixar de ser, a reportagem-bomba versa sobre o impeachment de Dilma Rousseff, ao mesmo tempo em que inclui um inventário de um dos governos mais desastrados e incompetentes da História do Brasil. 
Veja assinala que com o sem vitória na batalha do impeachment, Dilma já perdeu a batalha do poder. Seu governo esfacelou-se e a presidente, abandonada pelos aliados, não comanda mais o Brasil. De fato é isso que está acontecendo. Mas não é só isso.
Dilma só está presidente - já no segundo mandato - não apenas por obra e graça de Lula, mas com o beneplácito e o apoio irrestrito dos mega empresários brasileiros. Muitos deles, como está revelando a Operação Lava Jato, não apenas apoiaram Lula, Dilma e seus sequazes, mas foram sócios do PT na roubalheira incomensurável que colocou a economia brasileira no buraco de onde será penoso sair, principalmente para a parcela menos afortunada.
Já afirmei inúmeras vezes aqui no blog que o PT chegou ao poder não por méritos de Lula, muito menos por meio daquela narrativa burlesca de líder operário protagonista de uma façanha, montagem de marketing mentiroso. Tanto é que um dos marqueteiros 'sagrados' do PT, o tal de João Santana, tão festejando pelo jornalismo áulico dos comunistas, continua enjaulado pela Lava jato.
OPORTUNISMO MALDITO
Lula chegou à Presidência da República porque teve o apoio daquilo que denomino de "núcleo duro" da economia, constituído pelos magnatas da indústria, comércio, serviços e banqueiros.
E aqui não vai qualquer censura àqueles que lograram obter sucesso e riqueza. Se as glórias e o dinheiro procedem do trabalho, do empreendedorismo à mercê do risco inerente à atividade empresarial-capitalística, tudo bem. É justo. O que é deletério é o roubo, sobretudo o roubo do dinheiro público escamoteado por meio da teia de propinas escandalosas que vieram e continuam vindo à tona pela operação Lava Jato. Esse filme de horror infelizmente ainda está longe de terminar.
E a prova de tudo o que estou afirmando é o fato de que a reportagem de Veja revela um fato interessante. Os grandes capitalistas brasileiros insistiram para o retorno de Lula findo o primeiro mandato da Dilma. Transcrevo logo em seguida um aperitivo da reportagem de capa de Veja.
Antes porém devo assinalar que as análises que formulei aqui no blog com respeito ao contubérnio dos mega empresários com o esquema de poder do PT estavam absolutamente certas. A reportagem de Veja denomina esses empresários como "expoentes do PIB nacional". Parte deles, no entanto, aparece como expoentes da gatunagem dos cofres públicos em parceria com Lula e seus acólitos, como de resto está nos autos dos inúmeros processos e delações premiadas da Operação Lava jato.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Esse conluio dos tais "expoentes do PIB" com a turma do PT, fica claramente evidenciado agora no frigir do impeachment. Tanto é que a Confederação Nacional da Indústria - CNI, desceu do muro no início desta semana, quando decidiu enviar uma carta aos senadores e deputados convalidando o impedimento presidencial. Um pouco antes foi a vez da poderosa Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - FIESP, ir para a rua contra o descalabro dos governos do PT. 
Deve-se ressaltar que o Conselho Nacional do SESI - Serviço Social da Indústrias e integrante do Sistema CNI tem como presidente ninguém menos do que o principal assecla de Lula, o indigitado Gilberto Carvalho, que até há pouco era ministro Chefe da Casa Civil do Planalto. Nos corredores da suntuosa sede da CNI em Brasília, Gilberto Carvalho é reverenciado por todos. O cargo de presidente do Conselho Nacional do SESI é um dos mais bem remunerados do Sistema CNI.
A julgar pelo que informa a reportagem de Veja, se a voz dos expoentes do PIB nacional prevalecesse em 2014, quem estaria na iminência de sofrer o impeachment seria o Lula! 
O que declinei nestas linhas é apenas a ponta do iceberg. Mas o que é verdade absoluta é que quando os capitalistas tupiniquins desejam eleger alguém ou promover a sua deposição não há ninguém que segure. Haja vista que há poucos dias os mega empresários, que são os maiores doadores de campanhas eleitorais, enviaram cartas aos senadores e deputados avisando que só contribuiriam com campanhas eleitorais desde que votassem em favor do impeachment. Imediatamente o placar do impeachment começou a alterar-se de forma inaudita.
Isto tudo quer dizer o seguinte: o Brasil continua sendo um Estado patrimonialista onde impera a confusão entre as esferas públicas e privadas. E essa separação só ocorrerá quando forem extintas todas as empresas estatais, porquanto são o ninho da serpente da corrupção e da roubalheira. Se não forem imediatamente extintas, podem se preparar para futuros petrolões.
Transcrevo um aperitivo da reportagem de Veja. Leiam:
ENFIM, O IMPEACHMENT.
Em 2014, Dilma Rousseff resistiu a uma ofensiva de dirigentes petistas e expoentes do PIB nacional para fazer de Lula o candidato do PT à Presidência da República. Reeleita, viu o PSDB recorrer à Justiça Eleitoral para lhe cassar o novo mandato. Desde o ano passado, seu adversário é outro, o poderoso PMDB, patrocinador e beneficiário direto do pedido de impeachment em tramitação.
Até agora, a presidente sobreviveu à pressão dos três maiores partidos do país. Um feito considerável para uma neófita no universo dos profissionais da política, mas um desalento para a maioria dos brasileiros. Por um motivo simples. A presidente já não exerce a Presidência de fato.
Mostra-se incapaz de restabelecer o diálogo com os setores produtivos e o Congresso e, assim, contribui para agravar a recessão econômica. Na prática, seu governo acabou, e os últimos sinais vitais se restringem a eventos com plateias cativas, a tentativas de obter apoio com a oferta de cargos a deputados e senadores e a batalhas na Justiça, com os pedidos de liminares de última hora no Supremo Tribunal Federal.
Os prazos e datas podem ser adiados, mas nada parece destinado a exorcizar o fantasma do impedimento de Dilma, cujos contornos estão cada vez mais delineados.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 15 de abril de 2016
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Exclusivo - Na véspera da derrota previsível de Dilma Rousseff, a Agência Brasileira de Inteligência vaza a informação segura de que o Brasil corre risco concreto de ameaça terrorista pelo famoso Estado Islâmico. Certamente, o perigo nada tem a ver com o fato de Luiz Inácio Lula da Silva usar um carrão blindado que ganhou de presente de uma tal "Igreja Muçulmana do Brasil". Também não deve ter relação com aquela famosa marchinha carnavalesca: "Ei!, você aí, me dá um dinheiro aí... Me dá um dinheiro aí".
Falando sério, a ameaça terrorista por aqui coincide com o momento delicado em que a União Europeia adota novas medidas concretas contra o terrorismo, através de uma vigilância total, com pente fino a passageiros que entram e saem dos diversos países do continente. A manjadíssima doutrina revolucionária prega que o apelo à violência e ao terror, para incutir medo na massa, é sempre um recurso usado quando existe uma ameaça concreta de perda de poder ou hegemonia pela facção criminosa que toma conta de um País subdesenvolvido.
Não se torna surpresa alguma a confirmação da Abin sobre uma eventual ação dos radicais do EI por aqui. Existem fatos concretos que confirmam a presença de radicais por aqui. Um deles foi a explosão de uma bomba, durante o mês de março, de três carros de luxo no Itaim-Bibi (bairro de classe média alta) da capital de São Paulo. As três ações de terror, para quem duvidar: dia 04/03 , Rua Urimonduba com 9 de julho, foi estourado um Hyundai Vera Cruz, placa- DZH9057, conforme Boletim de Ocorrência 2047. No dia 23/03, foi detonado o Passat Variante, placa FUI 3747, na Rua Anacetuba 71- segundo o BO 2644. No dia 27/03, na rua André Fernandes, 51, a ação de terror atingiu o BMW EOR 0808, de acordo com o BO 2746.
Os casos são investigados pela inteligência do Exército, pela Polícia Federal e pela Agência Brasileira de Inteligência. Coincidem com a explosão, no mesmo período, de pelo menos três agências bancárias na Grande São Paulo. Em todos os incidentes foram usados explosivos especiais, incomuns no Brasil, e largamente utilizados por terroristas nos moldes ligados. As Forças Armadas e a Polícia Militar de São Paulo também constataram que em duas operações sofisticadas de "comando", em Campinas e Santos, em março e abril, a guerrilha da esquerda revolucionária (empregando especialistas estrangeiros em explosivos) roubou R$ 70 milhões e matou dois policiais.
As ações sofisticadas do crime e terror ocorrem no mesmo momento em que o desgoverno Dilma corre o risco de acabar sem começar. A inteligência militar monitora, de perto, integrantes de supostos "movimentos sociais" que pregam e promovem ações radicais, fora da lei, sob o cínico argumento de "defesa da democracia e do mandato da Presidenta Dilma Rousseff, ameaçado pelo golpe do impeachment. Os militares têm reservas ao Movimento dos Sem Terra e afins - considerados "instrumentos do governo do crime, para a prática de Terrorismo do Estado, contra o povo e o Brasil. O MST, por exemplo, goza de imunidade, opera com recursos públicos e utiliza até um sofisticado esquema de cooperativas de crédito para movimentação de dinheiro. Sem apoio oficial, não existiria...
A advertência da Abin sobre o terrorismo agora ganha dimensão midiática com uma manchetinha do jornal Folha de São Paulo. A reportagem faz referência a uma postagem no Twitter, difundida no distante 17 de novembro de 2015, no qual o jovem francês Maxime Hauchard, de 22 aninhos, avisava que o "Brasil é o próximo" e que o Estado Islâmico podia atacar o que ele classificou de "esse País de merda". A tuitada circulou quatro dias após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris.
Ontem, na Feira Internacional de Segurança Pública e Corporativa, no Rio de Janeiro que sediará as "Olimpíadas" de 2016, o diretor de Contraterrorismo da Abin, Luiz Alberto Sallaberry, escancarou que a velha mensagem de Hauchard eleva a probabilidade de um ataque terrorista ao Brasil: "A probabilidade de o País ser alvo de ataques terroristas foi elevada nos últimos meses, devido aos recentes eventos terroristas ocorridos em outros países e ao aumento no número de adesões de nacionais brasileiros à ideologia do Estado Islâmico".
Sallaberry ressalvou que a Abin não constatou, nos últimos cinco meses desde então, a vinda ao Brasil de nenhum integrante do EI. O diretor de Contraterrorismo da Abin também informou que não foi detectada a movimentação dentro do Brasil de alguém ligado ao grupo terrorista radical islâmico, e muito menos de uma célula terrorista do EI. Sallaberry só fez uma ressalva à reportagem da Folha de S. Paulo: "Não estou dizendo que vá acontecer um atentado. Estou dizendo que é a primeira vez que a probabilidade aumentou sobremaneira em nosso País".
A reportagem da Folha de S. Paulo e a própria Abin deveriam investigar, mais a fundo, os ensaios terroristas no Itaim-Bibi que este Alerta Total revela com exclusividade... Custa nada...
(...)

NO O ANTAGONISTA
Brasil 15.04.16 07:30
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