PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE FEVEREIRO DE 2016
O acordo de delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), se confirmado, pode ser devastador para a presidente Dilma, o ex Lula e figurões como o presidente do Senado, Renan Calheiros, caso tenha testemunhado fatos comprometedores. Mas pode também nada significar: Delcídio é conhecido em Brasília por arrotar um prestígio na verdade inexistente. Seu advogado nega a negociação de um acordo.
Delcídio somente passou a ter acesso ao poder petista após se tornar – por exclusão, ninguém queria o cargo – líder do governo no Senado.
Considerado “o mais tucano dos petistas”, Delcídio tem ambiente ruim em seu partido, que nem sequer lhe foi solidário. Pretende se desfiliar.
Líder do governo, Delcídio passou a se reunir com Dilma, seu chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. E visitava Lula semanalmente.
A expectativa é que Delcídio confirme revelações de outros delatores, reforçando acusações contra políticos que já são alvos da Lava Jato.
O Planalto monitorou cada voto da disputa pela liderança do PP na Câmara. O “QG” foi chefiado pelo ministro Ricardo Berzoini (Governo), que disparava ligações ao senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP. Berzoini pressionou Ciro a evitar a vitória de Esperidião Amin (SC), que lidera a ala contrária ao governo Dilma. Apesar da pressão, o ex-ministro Aguinaldo Ribeiro (PB) desistiu da disputa em favor de Amin.
Mas, pressionado por Ciro Nogueira, Esperidião Amin desistiu da candidatura, liberando o caminho para Cacá Leão (BA).
Nem como candidato único, Cacá Leão conseguiu apoio da maioria da bancada do PP. Ele é ligado ao atual líder, Eduardo da Fonte (PE).
O Planalto teme que a ala rebelde do PP se organize para lançar um candidato de oposição. A disputa segue até a próxima quarta-feira (24).
Após a Brasif, o empresário Jovelino Mineiro, amigo e sócio de FHC, teria se responsabilizado pelas remessas de dinheiro para o sustento de Tomás, filho de Mírian Dutra, e o pagamento da sua universidade.
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) não precisava incluir em sua biografia o oportunismo rastaquera de ameaçar atirar a Polícia Federal contra o tucano FHC, ex-presidente da República há 14 anos.
A negociação do acordo de delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT-MS) pegou a todos de surpresa, exceto os leitores desta coluna, que sabiam dessa informação desde dezembro.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou ontem que só em seis meses haverá condições de comprovar a ligação entre zika vírus e microcefalia. Isso mostra como o Ministério da Saúde foi leviano.
Ao estabelecer apressadamente o vínculo de zika vírus a microcefalia, o Ministério da Saúde agiu como o médico, que, incapaz de definir o diagnóstico, apela para a “virose” como explicação para uma doença.
No apoio à recondução de Leonardo Picciani a líder da bancada do PMDB, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) acionou José Sarney, pedindo ajuda ao ex-presidente para cabalar votos.
Câmeras de segurança mostraram ontem um ladrão invadindo uma casa no bairro de Sapiranga, em Fortaleza, e levando tudo o que pôde. O detalhe é que ele usava… tornozeleira eletrônica.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) aumentou o tom contra a oposição. Após discutir com Aloysio Nunes (PSDB-SP), foi saudado pelo líder petista Humberto Costa (PE). “Meu general!”, dizia Costa.
Conhecido mão-de-vaca, por que FHC paga faculdade e até comprou um apartamento para um filho que o DNA garantiu não ser seu?

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
20/02/2016 às 10:00 \ Direto ao Ponto
“Não quero morrer amanhã e tudo isso ficar na tumba, eu quero falar e fechar a página”, disse Mirian Dutra para justificar a punhalada desferida nas costas de Fernando Henrique Cardoso, com quem teve um caso amoroso quando trabalhava na TV Globo em Brasília e o ex-presidente era ainda senador. O romance durou seis anos. Durou quase 30 o silêncio quebrado nesta semana por duas entrevistas. O pote até aqui de mágoa, esse vai durar para sempre, avisa o caótico desfile de denúncias contraditórias, acusações explícitas ou insinuadas, fatos e fantasias irrompendo de braços dados, cobranças indevidas e cachos de queixumes. Tudo somado, está claro que Mirian Dutra é uma prisioneira do ressentimento.
Não há cura para esse oitavo pecado capital. Primo da ira, do orgulho e da cobiça, o ressentimento costuma ser equivocadamente confundido com a inveja, da qual é irmão. As diferenças superam as semelhanças.Invejar, por exemplo, pode ser intransitivo; a inveja frequentemente dispensa objetos diretos. Ressentir (que segundo os dicionários significa “sentir novamente”) é verbo necessariamente transitivo. É sempre conjugado contra alguém, alguma coisa, alguma entidade. No caso de Mirian Dutra, os alvos do ressentimento são FHC, que responsabiliza por não ser feliz, e a TV Globo, que obstruiu os caminhos que a levariam ao sucesso profissional.
“A memória do ressentido é uma digestão que não termina”, constatou o filósofo alemão Friedrich Nietzsche. O ressentido pensa todo o tempo no ajuste de contas. E invariavelmente acredita que sua infelicidade resultou de erros cometidos por outros. A mulher ressentida precisa acreditar que seu único erro foi amar demais. Aos 55 anos, segue enxergando no espelho uma jovem ingênua apaixonada pelo sedutor desalmado que, depois de induzi-la a dois abortos, tratou de afastá-la do País quando o filho Tomás nasceu, para manter em segredo um pecado que, descoberto, colocaria em risco o projeto presidencial acalentado desde criancinha. Com a cumplicidade da Globo, que ampliou a sequência de erros com a decisão de não renovar o contrato vencido em novembro.
As estações do calvário impostas pela emissora de TV são igualmente cruéis. Redesenhada pela memória de uma ressentida juramentada, a vida mansa em capitais europeias virou desterro, o expediente curto ficou com cara de menoscabo e o salário de milhares de dólares tornou-se um quase nada se comparado ao tamanho do talento sufocado. “Sou a última exilada”, comunicou a desterrada de araque. Haja conversa fiada. Até o gramado do Congresso sabia da relação extraconjugal entre o senador e a jornalista. Em 1994, Ruth Cardoso foi informada pelo próprio marido do que ocorrera. E Mirian reiterou anos a fio que um biólogo era o pai do menino que FHC sempre tratou como filho.
Além das quantias em dinheiro com que foi contemplado desde o dia do parto, o fruto do romance malogrado ganhou do ex-presidente um apartamento avaliado em 200 mil euros. Em 2009, Fernando Henrique assumiu publicamente a paternidade de Tomás. Meses depois, dois exames de DNA atestaram que o pai biológico era outro. Amparado nos laços afetivos, FHC não mudou de ideia. “Ele sempre será meu filho”, explicou. Mirian contestou a autenticidade dos exames, afirmou que a admissão de paternidade nunca foi oficializada, culpou FHC pela fragilidade dos vínculos que unem Tomás à mãe e acusou o objeto do ressentimento de ter forjado contratos com uma empresa com braços no exterior para consumar as remessas de dinheiro.
“Mas os recursos sempre saíram da renda dele”, ressalvou. Foi o que ressaltou o ex-presidente na nota divulgada no mesmo dia da entrevista publicada pela Folha. Com a elegância possível, a vítima do acesso de cólera dissipou as zonas de sombra produzidas pela entrevistada, rebateu as acusações, declarou-se pronto para outros testes de DNA e deixou claro que, por mais constrangedoras que tenham sido as declarações, não tem motivos para preocupar-se com o que diz a ex-namorada. De novo, FHC fez o contrário do que Lula faz. Mas o PT reagiu à providencial reaparição de Mirian Dutra com a euforia dos colonos de velhos faroestes que, entrincheirados no círculo de carroções atacados por índios, ouvem o clarim que anuncia a chegada da cavalaria americana.
Apavorados com as evidências de que as bandalheiras no sítio em Atibaia e no triplex do Guarujá anteciparam a morte política de Lula, alguns devotos da seita agonizante se empoleiraram na manifestação de ódio da ex-amante sem esperança para convencer o País de que nada do que o chefe fez é mais grave do que FHC foi acusado de fazer. Como no PT não há limites para o cinismo, nem para o ridículo, querem que o ex-presidente seja investigado pela Operação Lava Jato. Se houver algo a apurar sobre Fernando Henrique, que venham as investigações. Mas que sigam adiante, e em ritmo menos exasperante, os inquéritos e processos que cuidam dos crimes cometidos por Lula e sua amante Rosemary Noronha. O Brasil decente exige que seja concluído o que a Operação Porto Seguro começou em 23 de novembro de 2012.
Faz três anos e três meses que o País que presta aguarda o desfecho do escândalo em que o chefe supremo se meteu ao lado de Rose ─ e a punição dos delinquentes que embolsaram milhões de reais com o tráfico de influência e o comércio de pareceres pilantras. Faz três anos e três meses que os que cumprem as leis são afrontados pela mudez malandra do farsante que promoveu uma gatuna de quinta categoria a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Faz três anos e três meses que o Estado Democrático de Direito é desafiado pelo poço de arrogância que nunca deu um pio sobre a chanchada pornopolítica que estrelou em dupla com a Segunda Dama.
Abalroado pela divulgação parcial das patifarias desvendadas pela Operação Porto Seguro, o reizinho enfim destronado reprisou o ritual a que obedece quando pilhado em encrencas de bom tamanho: emudeceu, evadiu-se da cena do crime e foi para o exterior esperar que a poeira baixasse. Três semanas depois, recuperou a voz para dizer que nada tinha a dizer sobre “assuntos íntimos”. De lá para cá, não recitou uma única e escassa palavra aproveitável sobre o caso de polícia que apresentou ao País, além da Primeiríssima Amiga, os bebês de Rosemary.
Foi o primeiro escândalo que Lula não pôde terceirizar. Não houve intermediários entre os parceiros de alcova. Não há bodes expiatórios a mobilizar. É compreensível (e intolerável) que fuja como o diabo da cruz de pelo menos 20 perguntas sem resposta:
1. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?
2. Como qualifica a relação que manteve com Rose há 17 anos?
3. Por que escolheu uma mulher sem experiência administrativa para chefiar o gabinete presidencial em São Paulo?
4. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose no cargo?
5. Por que Rose foi incluída na comitiva presidencial em mais de 20 viagens internacionais?
6. Por que Rose usava passaporte diplomático?
7. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário Oficial da União?
8. Todo avião utilizado por autoridades em missão oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave sabiam que havia uma clandestina a bordo?
9. Por que Marisa Letícia e Rose nunca foram incluídas numa mesma comitiva?
10. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as viagens?
11. Como foram pagas e justificadas as despesas de uma passageira que oficialmente não existia?
12. Por que nomeou a pedido de Rose os irmãos Paulo e Rubens Vieira para cargos de direção em agências reguladoras? Conhecia os nomeados?
13. Por que Rose tinha direito ao uso de cartão corporativo da Presidência ?
14. Por que foram mantidos em sigilo os pagamentos feitos por Rose com o cartão corporativo ?
15. Como se comunicava com Rose? Por telefone? Por e-mail?
16. Sabia das reuniões promovidas por Rose no escritório da presidência? Depois das reuniões, era informado sobre o que fora decidido pelos integrantes da quadrilha?
17. Por que os honorários dos advogados de Rose são pagos por Instituto Lula?
18. Encontrou-se com Rose nos últimos 3 anos e 3 meses?
19. Nunca soube de nada?
20. O que foi que disse em casa?
Sem medo da sordidez do PT, FHC replicou imediatamente ao que disse a ex-amante ressentida. Favorecido pela tibieza da oposição oficial, Lula jamais comentou o que fez a concubina vigarista.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL 19/02/2016 ÀS 21:20

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sábado, fevereiro 20, 2016
Na última semana, veio à tona a informação de que o juiz Sérgio Moro enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em outubro, documentos relacionados à Operação Lava Jato a fim de subsidiar o processo na corte que investiga se dinheiro da corrupção na Petrobras abasteceu o caixa eleitoral da presidente Dilma Rousseff. É crime, se comprovada tal suspeita. E motivo suficiente para a cassação da chapa Dilma-Temer. Num ofício de três páginas, Moro destacou que, em uma de suas sentenças, ficou comprovado o repasse de propinas por meio de doações eleitorais registradas, o chamado caixa oficial. E apontou o caminho que o TSE deve trilhar para atestar o esquema, qual seja: ouvir os principais delatores. O que dá força e materialidade às assertivas de Moro são dez ações penais, anexas ao ofício enviado ao TSE, às quais ISTOÉ teve acesso. O calhamaço, com 1.971 páginas, reúne depoimentos, notas fiscais, recibos eleitorais e transferências bancárias. A documentação reforça que as propinas do Petrolão irrigaram a campanha de Dilma e que o dinheiro foi lavado na bacia das doações eleitorais oficiais. De acordo com as provas encaminhadas por Moro, a prática, adotada desde 2008, serviu para abastecer as campanhas de Dilma em 2010 e 2014
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
O PETROLÃO E A CAMPANHA
Sobre a campanha de 2014, constam dos documentos em poder dos ministros do TSE uma troca de mensagens em que Ricardo Pessoa, da UTC, discute com Walmir Pinheiro, diretor financeiro da empreiteira, detalhes sobre a transferência de R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma. As mensagens indicam que as doações da UTC para a candidata à reeleição estavam diretamente associadas ao recebimento de valores desviados da Petrobras, estatal que é tratada por Pinheiro na conversa como “PB”. “RP (Ricardo Pessoa), posso resgatar o que fizemos de doações esta semana?? Ta pesado e não entrou um valor da PB que estava previsto para hj, +/- 5 mm”, questiona o executivo, que foi preso em novembro de 2014 durante a Operação Juízo Final. O dono da UTC concorda: “Ok. Pode”. Na papelada em exame pelo TSE, além das mensagens, há um registro à caneta confirmando os dois repasses de R$ 2,5 milhões à campanha de Dilma em 2014. Em depoimento à Justiça Federal, prestado no ano passado, Pessoa disse que foi persuadido a doar para a campanha à reeleição da presidente, sob pena de ver cancelados contratos milionários da UTC com a Petrobras. Segundo o empreiteiro, diante das pressões, as doações oficiais – via caixa um – para a campanha de Dilma foram acertados em R$ 10 milhões, mas apenas R$ 7,5 milhões foram pagos. A parte restante não foi depositada porque o empresário acabou preso pela Operação Lava Jato em novembro de 2014. Em setembro do ano passado, Pessoa esteve na Justiça Eleitoral para prestar depoimento, mas permaneceu em silêncio em razão das restrições impostas pelo acordo de colaboração firmado com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas em petição o PSDB, por meio de seus advogados, insiste para que este material, envolvendo o dono da UTC, seja considerado pelo TSE.
Houve condenação em três das dez ações penais encaminhadas por Moro à Justiça Eleitoral. Especialistas ouvidos por ISTOÉ fazem o seguinte raciocínio: as mesmas provas que serviram para condenar quem pagou propina, e quem intermediou o pagamento, também devem servir para condenar quem se favoreceu do propinoduto. Um dos processos encaminhados por Moro implica severamente a primeira campanha de Dilma e ilustra o funcionamento do esquema. Trata-se do processo em que o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto foi condenado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a sentença assinada por Moro, comprovou-se que dinheiro ilícito foi lavado pelos acusados na forma de doação partidária. Entre 2008 e 2012, empresa ligada ao Grupo Setal, do delator Augusto Mendonça, repassou R$ 4,25 milhões ao diretório nacional do PT, dos quais R$ 1,6 milhão entre janeiro e julho de 2010, ano em que Dilma foi eleita presidente da República. Clique AQUI para ler na íntegra a reportagem de IstoÉ

Sexta-feira, fevereiro 19, 2016
Depois de editar fanfic como matéria jornalística na edição da semana que se finda a revista Veja que chega às bancas neste sábado traz o que pode ser qualificado de reportagem-bomba. A matéria de capa é realmente exclusiva e bombástica com sugestivo título: O "Chefe" e a "Madame".
E, como não poderia deixar de ser, reporta o diálogo entre os empreiteiros do petrolão sobre as obras de reformas no Tríplex do Guarujá e do sítio de Atibaia. 
E não é só isso. Os diálogos flagrados pela polícia revelam que os empreiteiros do petrolão falam sobre as exigências de Lula e Marisa Letícia nas reformas das duas propriedades e se referem ao Lula como "Chefe".
Com muita propriedade O Antagonista observa que "dá para entender o esforço de Lula para evitar o depoimento no Ministério Público. O que ele diria ao ser confrontado com essas evidências?"
Veja que vinha encalhando nas bancas e até mesmo nas edição digital ao dar a volta por cima deverá esgotar-se rapidamente nas bancas se antes disso Lula não enviar seus bate-paus para recolher a edição. Já os leitores assinantes da edição digital poderão congestionar o tráfego tendo em vista que a internet brasileira é mambembe, aliás, todo esse atraso tecnológico do Brasil se deve ao desgoverno de Lula e seus sequazes.
Seja como for os fatos estão expostos. E com provas irrefutáveis, a mostrar que o jornalismo ainda ainda sobrevive, inclusive na redação de Veja sob ameaça permanente do indigitado passaralho que recentemente derrubou alguns bons jornalistas do Grupo Abril.
Felizmente as pautas de fanfics bundalelês esquerdistas desta feita perderam. Os leitores ganharam; o Brasil ganhou. Sente-se no ar o agradável odor da verdade. Isto significa que nem tudo está perdido. Na verdade é possível intuir com apreciável margem de certeza que a Operação Lava Jato possui um estoque de informações muito relevantes, fato que pode mudar o Brasil para sempre. E mudar para sempre significa a extinção do PT num primeiro momento e, num segundo, a eliminação de todos os partidos de viés comunista que estão atados ao Foro de São Paulo. Otimismo nunca fez mal a ninguém.
A seguir um aperitivo da reportagem-bomba de Veja:
O 'CHEFE' E A 'MADAME'
Em fevereiro de 2014, as obras do Edifício Solaris, no Guarujá, tinham acabado de ser concluídas. A OAS era a empreiteira responsável. O apartamento 164-A, embora novo em folha, já passava por uma reforma. Ganharia acabamento requintado, equipamentos de lazer, mobília especialmente sob encomenda e um elevador privativo. Pouca gente sabia que o futuro ocupante da cobertura tríplex de frente para o mar seria o ex-presidente Lula. Era tudo feito com absoluta discrição. Lula, a esposa, Marisa Letícia, e os filhos visitavam as obras, sugeriam modificações e faziam planos de passar o réveillon contemplando uma das vistas mais belas do litoral paulista. A OAS cuidava do resto. Em fevereiro de 2014, a reforma do sítio em Atibaia onde Lula e Marisa descansavam nos fins de semana já estava concluída. O lugar ganhou lago, campo de futebol, tanque de pesca, pedalinhos, mobília nova. Como no tríplex, faltavam apenas os armários da cozinha.
Os planos da família, porém, sofreram uma mudança radical a partir de março daquele ano, quando a Operação Lava-Jato revelou que um grupo de empreiteiras, entre elas a OAS, se juntou a um grupo de políticos do governo, entre eles Lula, para patrocinar o maior escândalo de corrupção da história do país. As ligações e as relações financeiras entre Lula e a OAS precisavam ser apagadas. Como explicar que, de uma hora para outra, o tríplex visitado pela família e decorado pela família não pertencia mais à família? Teria havido apenas uma opção de compra. O mesmo valia para o sítio de Atibaia - reformado ao gosto de Lula, decorado seguindo orientações da ex-primeira-dama e frequentado pela família desde que deixou o Planalto. Em 2014, os Lula da Silva passaram metade de todos os fins de semana do ano no sítio de Atibaia.
Por que Lula e Marisa deram as diretrizes para as reformas no tríplex do Guarujá e no sítio de Atibaia se não são seus donos? Por que a OAS, que tem seu presidente e outros executivos condenados por crimes na Operação Lava-Jato, gastou milhões com Lula? O Ministério Público acredita que está chegando perto das respostas a essas perguntas - a que o próprio Lula se recusou a responder, evadindo-se do depoimento que deveria prestar sobre o assunto na semana passada. Para o MP, Lula se valeu da construtora e de amigos para ocultar patrimônio. Os investigadores da Lava-Jato encontraram evidências concretas disso. Mensagens descobertas no aparelho celular do empreiteiro da OAS Léo Pinheiro, um dos condenados no escândalo de corrupção da Petrobras, detalham como a empresa fez as reformas e mobiliou os imóveis do Guarujá e de Atibaia, seguindo as diretrizes do "chefe" e da "madame" - Lula e Marisa Letícia, segundo os policiais.
Em fevereiro de 2014, Léo Pinheiro era presidente da OAS, responsável pela condução de um império que já teve quase 70 000 trabalhadores, em 21 países, construindo plataformas de petróleo, hidrelétricas, estradas e grandes usinas. Àquela altura, porém, ele estava preocupado com uma empreitada bem mais modesta. A instalação de armários de cozinha em dois locais distintos: Guarujá e Atibaia - a "cozinha do chefe". O assunto, de tão delicado, estava sendo discutido com Paulo Gordilho, outro diretor da empreiteira, que avisa: "O projeto da cozinha do chefe está pronto". E pergunta se pode marcar uma reunião com a "madame". Pinheiro sugere que a reunião aconteça um dia depois e pede ao subordinado que cheque "se o do Guarujá está pronto". Seria bom se estivesse. Gordilho responde que sim. No dia seguinte, o diretor pergunta a Léo Pinheiro se a reunião estava confirmada. "Vamos sair a que horas?", quer saber. "O Fábio ligou desmarcando. Em princípio será às 14 hs na segunda. Estou vendo, pois vou para Uruguai", responde o presidente da empreiteira.
Para a polícia, os diálogos são autoexplicativos. No início de 2014, a OAS concluiu a construção do edifício Solaris, onde fica o tríplex de Lula, o "chefe". A partir daí, por orientação da "Madame", a ex-primeira-dama Marisa Letícia, a empreiteira iniciou a reforma e a colocação de mobília no apartamento, a exemplo do que já vinha fazendo no sítio de Atibaia. "Fábio", segundo os investigadores, é Fábio Luís, o Lulinha, filho mais velho do casal. Em companhia dos pais, ele visitou as obras, participou da discussão dos projetos e, sabe-se agora, era a ponte com a família sempre que Léo Pinheiro e a OAS precisavam resolver detalhes dos serviços. Para não incomodar o "chefe" com assuntos comezinhos, a OAS tratava das minúcias diretamente com Marisa e Lulinha. Léo Pinheiro, o poderoso empreiteiro, fazia questão de ter controle sobre cada etapa da reforma. Quando havia uma mudança no projeto, ele era informado. "A modificação da cozinha que te mandei é optativa. Puxando e ampliando para lateral. Com isto (sic) fica tudo com forro de gesso e não esconde a estrutura do telhado na zona da sala", informa Gordilho. Pela data da mensagem, ele se referia ao projeto do sítio de Atibaia.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 20 de fevereiro de 2016
Edição pós-Zikada do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

NO O ANTAGONISTA
Brasil 20.02.16 12:48 Comentários (0)
A Lava Jato disse a O Antagonista que O Globo está certo: Delcidio Amaral acertou sua delação com a PGR.
Os petistas terão um fim de semana tenebroso...
Brasil 20.02.16 07:30 Comentários (204)
O chefe é o chefe.
A dama é a dama.
O laranja é o laranja...
Brasil 20.02.16 06:50 Comentários (52)
Lula não vai se queimar sozinho. Dilma Rousseff está no forno junto com ele.
A Veja informa que, nos próximos dias, Fernando Pimentel deve ser denunciado pela Procuradoria-Geral da União...
Brasil 20.02.16 06:22 Comentários (285)
Fernando Bittar é o laranja de Lula.
As mensagens no celular de Léo Pinheiro, reproduzidas pela Veja, esclarecem esse fato de uma vez por todas...
A Dama confirmou
Brasil 20.02.16 06:15 Comentários (58)
Lula tinha um “modus operandi criminoso”.
Mais:
Ele praticou o crime de tráfico de influência para a Odebrecht...
Brasil 20.02.16 06:10 Comentários (26)
O “modus operandi criminoso” de Lula em favor da Odebrecht incluía, em particular, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho...
Brasil 20.02.16 05:17 Comentários (23)
"O projeto da cozinha do chefe está pronto".
A mensagem, reproduzida pela Veja, é de Paulo Gordilho, diretor da OAS, e foi enviada a Léo Pinheiro, dono da empreiteira...
Brasil 20.02.16 04:06 Comentários (22)
Diz a Veja, em reportagem que desmascara de uma vez por todas o Chefe:
"Mensagens descobertas no aparelho celular do empreiteiro da OAS, Léo Pinheiro, detalham como a empresa fez as reformas e mobiliou os imóveis do Guarujá e de Atibaia, seguindo as diretrizes do "chefe" e da "madame" - Lula e Marisa Letícia"...
Economia 19.02.16 23:05
O governo federal jogou a toalha do ajuste fiscal e anunciou uma manobra contábil que irá transformar R$ 12 bilhões, hoje separados para o pagamento de dívidas na forma de depósitos judiciais nos bancos públicos, em receitas que irão inflar o resultado primário. É uma espécie de “cheque especial”, dizem economistas consultados por O Financista.
Cultura 19.02.16 22:47 Comentários (10)
Dario Fo, autor de peças esquerdistas medíocres, ganhou o Nobel de Literatura. Umberto Eco, "o homem que sabia tudo", não.
Prêmios só fazem sentido para quem os ganha.
Uma frase de Umberto Eco que deveria ser ecoada por todos:
"A sabedoria não está em destruir ídolos, está em jamais criar ídolos."
Cultura 19.02.16 22:18 Comentários (32)
Morreu o escritor italiano Umberto Eco, autor do romance "O Nome da Rosa". Ele tinha 84 anos.
Eu, Mario, tive o prazer de traduzir o seu "Arte e Beleza na Estética Medieval".
Addio, caro
Brasil 19.02.16 21:55 Comentários (74)
O triplex no Guarujá e o sítio em Atibaia são só o fio da meada que a Lava Jato vai puxar.
Brasil 19.02.16 21:29 Comentários (83)
A troca de mensagens dos executivos da OAS é prova fulminante de que Lula ocultou patrimônio, porque o sítio em Atibaia e o triplex no Guarujá são seus e de Marisa...
Depois que mostramos ontem a influência de Zunga na elaboração do TAC que garantiria à Oi um perdão de R$ 1,2 bilhão em multas, a Anatel adiou mais uma vez a decisão...
O homem-antena da Oi em Brasília e seus companheiros...
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O site Metrópoles:
"A médica radiologista Manuela Sabóia Moura de Alencar é servidora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Secretaria de Saúde do DF, mas está cedida...
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Jonas Barcellos poderia falar também dos voos feitos por Lula em seu jatinho Cessna C680 Citation Sovereign, prefixo PR-BRS, de US$ 18 milhões.
Michel Temer voltou a ser Michel Temer.
É melhor não esperar nada dele. Jamais.
Raul Jungmann, em ofício ao ministro Bruno Dantas, do TCU, pede que o tribunal considere o afastamento do ministro-chefe da CGU, que está sonegando informações sobre o acordo de leniência com a Engevix...
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O Ministério Público de São Paulo requereu à Justiça a condenação de Fernando Haddad por improbidade administrativa na construção de um trecho de 12,4 quilômetros de ciclovia entre o Ceagesp e o Ibirapuera, ao custo de R$ 54,8 milhões...
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Depois de dizer que FHC não tem nada a ver com o emprego da ex-amante na Brasif, Jonas Barcellos poderia prestar maiores informações sobre as suas relações com Lula, de quem bancava despesas.
Conta aí, Jonas.
O dono da Brasif, Jonas Barcellos, enviou um comunicado para O Antagonista.
Ele confirmou aquilo que dissemos mais cedo: a Brasif não contratou a velha amante de FHC para fazer um favor a FHC, e sim a seu cunhado, Fernando Lemos...
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