PRIMEIRA EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE JANEIRO DE 2016
Circular interna na intranet da Polícia Federal alertou que as viaturas da corporação no DF não tinham dinheiro para reabastecer. O informe, do final do ano, informou que foram zeradas as cotas de abastecimento e que, até janeiro, situações de urgência deveriam ser autorizadas pelo superintendente regional. A PF, que ajudou a recuperar R$ 2,5 bilhões roubados no Petrolão, foi “premiada” com cortes de R$ 133 milhões.
Os delegados da PF denunciam corte no fornecimento de energia e de água nas unidades e até calote no aluguel de delegacias.
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal criou petição “Contra o Desmonte da Polícia Federal”, causado pelo Governo Dilma.
Via assessoria, a PF informa que a suspensão dos abastecimentos foi uma “medida de gestão” e que não afetou os trabalhos dos agentes.
A pergunta cala fundo: a quem interessa sucatear a PF? Certamente àqueles, no governo, que temem a visita do Japonês da Federal.
A reforma de 432 apartamentos destinados aos deputados federais já sugou R$ 118 milhões dos cofres públicos. Cada unidade custa, em média, R$ 2,5 milhões, mas a reforma ficou em R$ 725 mil. Os primeiros contratos foram firmados em 2007, mas as obras somente deslancharam após a eleição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para presidente da Câmara, em 2015. Ele prometeu acelerar as reformas.
Serão gastos R$ 310 milhões para a reforma de 18 blocos. Cada imóvel receberá mobiliário e eletrodomésticos pagos pelo contribuinte.
A Câmara alega que haverá diminuição do gasto com o auxílio-moradia pago aos deputados. São R$ 4.253 por mês para cada um.
Cada apartamento pode chegar a 200 metros, no coração de Brasília, e por isso todos são muito valorizados.
Ainda bem que Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, está no Fórum de Davos, Suíça. Os participantes ficam sabendo que no Brasil não existe apenas gente tipo Nelson Barbosa, ministro da Fazenda da economia de pior desempenho no Planeta.
No Brasil, pessoas morrem por falta de atendimento, hospitais fecham por falta de remédios, e as escolas públicas são uma vergonha. Mas a Caixa vai gastar R$83,4 milhões patrocinando dez times de futebol.
Para peemedebistas da Câmara, a candidatura de Michel Temer para presidente representa a união do partido. “A outra (com Renan, Eunício Oliveira e Leonardo Picciani), a desunião”, diz Lúcio Vieira Lima (BA).
O boletim interno Diário do Itamaraty vem convidando funcionários do Ministério das Relações Exteriores para usufruir de uma nova “Sala de Descanso”, no Anexo I. O espaço relax, bancado pelo contribuinte feito de otário, abre de segunda a sexta das 7h às 9h e das 11h às 16h.
Coordenada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a Escola de Direito de Brasília foi a faculdade privada do DF que mais aprovou bacharéis no Exame da Ordem, da OAB.
O Congresso está em recesso, mas os deputados não dispensam a tal Cota Parlamentar. Entre os líderes, Mendonça Filho (DEM-PE) até já pediu o ressarcimento de R$ 169 em gastos com telefone.
Mesmo com a crise financeira, política e moral do Brasil, são os brasileiros os maiores interessados em imóveis em Miami e no sul da Flórida, Estados Unidos. Venezuelanos estão em segundo.
Entidade controlada pelo cartel dos postos, o Sindicombustíves-DF, cujo presidente andou preso, distribui um folheto em que só falta dizer que as empresas, coitadinhas, pagam para abastecer a população.
...com o valor de mercado caindo pelas tabelas, já é mais barato abastecer carro do que comprar um lote grande de ações da Petrobras.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
GERAL19/01/2016 ÀS 22:57
GERAL19/01/2016 ÀS 22:19

NO O ANTAGONISTA
Economia 20.01.16 06:36 Comentários (8)
“O Banco Central na contramão”, diz o Valor. E acrescenta: “De novo”.
Para o jornal, Alexandre Tombini “atendeu a uma brutal pressão do Palácio do Planalto, que não quer ver o Copom elevando a taxa básica de juros na reunião desta quarta-feira...
Economia 20.01.16 06:28 Comentários (2)
Depois das pedaladas fiscais, as pedaladas monetárias.
Dilma Rousseff foi eleita em 2014 porque fraudou as contas públicas. O PT quer repetir a estratégia em 2016, fraudando os juros com a cumplicidade do Banco Central...
Economia 20.01.16 06:05 Comentários (6)
A bolsa de Tóquio perdeu 3,71%.
Nesta quarta-feira, teremos mais um dia de desespero no mercado financeiro.
Mas o Brasil pode contar com Dilma Rousseff...
Brasil 19.01.16 20:42 Comentários (93)
Vamos reproduzir novamente o manuscrito encontrado pela Polícia Federal num caderno de Francisco Mirto, ligado ao casal de lobistas Mauro e Cristina Marcondes...
Brasil 19.01.16 19:37 Comentários (49)
Cristina Mautoni, mulher e sócia de Mauro Marcondes, será transferida para o presídio da Papuda. Apesar das queixas dos advogados, a lobista gozou do benefício da prisão domiciliar por três meses...
Brasil 19.01.16 18:42 Comentários (40)
No inquérito da Operação Zelotes que investiga a participação de Luís Cláudio Lula da Silva no esquema de venda de medidas provisórias, a Polícia Federal ainda não individualizou as condutas dos envolvidos. Lula, por exemplo, não é considerado mera testemunha ou informante...
Brasil 19.01.16 16:40 Comentários (110)
Sergio Moro se manifestou hoje nos autos do inquérito contra Marcelo Odebrecht e outros réus da empreiteira. Diante das sucessivas tentativas de retardar o julgamento, o juiz foi enfático...
Brasil 19.01.16 16:25 Comentários (247)
Sérgio Moro reassumiu hoje, um dia antes do previsto, o comando da Lava Jato. Fez vários despachos e amanhã retoma audiências dos réus da Operação Pixuleco, nova fase da Lava Jato...
O chefe da 13ª vai pegar o chefe do 13
Brasil 19.01.16 16:09 Comentários (67)
As empreiteiras estão negociando com a Lava Jato.
Algumas delas ainda nem foram alvo dos investigadores, mas decidiram se antecipar e delatar o mundo político...

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 20/01/2016 03:59

NO O GLOBO
Mensagens revelam como Geddel Vieira Lima atuou para a OAS
Lobista fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados 
POR VINICIUS SASSINE
20/01/2016 5:00 / atualizado 20/01/2016 5:00
BRASÍLIA - Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa e ex-ministro, atuou no banco, na Secretaria da Aviação Civil da Presidência e junto à prefeitura de Salvador para atender a diferentes interesses da construtora OAS. Em outra frente, Geddel fez pedidos de recursos à empreiteira para campanhas de aliados no interior da Bahia e para sua própria candidatura ao Senado em 2014 pelo PMDB, quando foi derrotado na disputa. Além do lobby dentro do governo, Geddel pediu emprego na OAS para um diretor da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) — autarquia do Ministério da Integração Nacional — que havia sido demitido três meses antes.
Numa intensa troca de mensagens com Léo Pinheiro, então presidente da OAS, Geddel fez referências como “a solução nos contempla” (a respeito do aumento das chances da OAS de participar de concessões de aeroportos). A dobradinha de Geddel e Pinheiro aparece com detalhes em relatório da Polícia Federal que relata as mensagens de celular encontradas em dois celulares do empreiteiro apreendidos num mandado de busca. O documento detalha torpedos e menções a 29 políticos.
As mensagens trocadas entre Geddel e o empreiteiro são as mais explícitas dentre as transcritas no relatório da PF. Só se comparam às conversas envolvendo o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Geddel é presidente do PMDB na Bahia e um dos principais defensores no partido do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foi ministro no governo Lula entre 2007 e 2010 e vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2013.
No relatório, a PF afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.
TROCA DE MENSAGENS/PERGUNTAS E RESPOSTAS
TROCA DE MENSAGENS 
Uma série de mensagens mostra a atuação de Geddel na Caixa em defesa da OAS. Em 19 de abril de 2013, o peemedebista trata da Transolímpica, uma via expressa no Rio construída para os Jogos Olímpicos por um consórcio integrado por Invepar (33,4%), braço da OAS; Odebrecht (33,3%); e CCR (33,3%). Pinheiro reproduziu para um interlocutor mensagem que recebera do então vice-presidente da Caixa: “Amigo, aquele assunto da Transolímpica, questão da trava domicilio/notificação da nossa parte tá solucionado. Mandei o pessoal enviar uma minuta e se concessionária der ok, já liberamos os 30 abs”, diz a mensagem.
Fontes que conhecem o funcionamento de grandes empréstimos da Caixa dizem que essa “trava domicílio” diz respeito a uma conta criada para receber os recursos. O financiado recebe o dinheiro quando resolve “travas” como garantias. No meio do processo, que é demorado, podem ser feitos empréstimos-pontes, até a liberação do crédito principal. A Transolímpica é financiada pela Caixa, mas não houve financiamento no período da conversa, segundo o banco.
Meses antes, Geddel tratou de garantias com Léo Pinheiro: “Ñ sei se está a par, mas até sexta finalizamos análise da proposta de substituição da garantia na operação de 200 mi para desbloquear seu fluxo”. Em 11 de setembro de 2012, o empreiteiro fez um agradecimento a Geddel: “Amigo, acabou de entrar o recurso do capital de giro da CEF na conta. Um abraço, e muito obrigado”.
Em 2013, o vice-presidente da Caixa atuou intensamente junto a Moreira Franco (PMDB-RJ), ministro da Aviação Civil na ocasião. Ele buscava atender a um pleito de Pinheiro para que concessionárias de aeroportos pudessem participar de novos leilões. O governo anunciou essa mudança em setembro de 2013. Em 26 de julho, Geddel já dava a notícia a Léo Pinheiro: “Martelo batido: pode participar. Aí está mensagem que acabo de receber de MF (Moreira Franco). Me disse ele que solução nos contempla. Parabéns”. Antes, nas mensagens, o vice da Caixa criticava Dilma, chamada por ele de “tia”. “Soube que a tia fechou questão nisso, lero de monopólio etc. Estou pressionando muito, a tia tá muito dura”.
Geddel ainda tratou de um empreendimento imobiliário da OAS em Salvador, de frente para o mar, o Costa España. “Não esqueça daquela oportunidade para concluirmos aquela conversa sobre o Costa Espanha. Estou precisando definir o tema”. Pinheiro informou a um interlocutor: “Nosso amigo GVL (Geddel) pede para vc ligar para Luis. Teve com o baixinho e está liberado o Costa Espanha (novo)”. Geddel admitiu ao GLOBO ter estado com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), para tratar do empreendimento. A Caixa diz que o financiamento do Costa España foi feito por outra instituição financeira.
Em outubro de 2012, Geddel fez pedidos de doação para candidato em Vitória da Conquista. Pinheiro demonstrou ter concordado em doar, mas fez ressalva: o então governador da Bahia, Jaques Wagner, apelidado de “Compositor”, também atuava na cidade. Fora da Caixa a partir de dezembro de 2013, Geddel foi candidato ao Senado e perdeu para Otto Alencar (PSD). Com a eleição se aproximando, pediu para o empreiteiro “acelerar o processo”. “A coisa apertou, me ajude”. E arrematou: “Eduardo me falou que vc disse a ele que Otto virou a eleição? Não acredite tão cegamente no lero lero do judeu. Eu ganho a eleição, aposte nisso”.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O peemedebista Geddel Vieira Lima confirma que intermediou interesses da OAS, mas acha natural.
O senhor atendeu aos pedidos de Léo Pinheiro, com atuação dentro da Caixa quando era vice-presidente de Pessoa Jurídica?
Claro que o atendi. Ele era um grande empresário brasileiro. Eu fazia isso com todos. Quem me procurava era um empresário como qualquer outro. Minhas coisas foram feitas às claras. Eu não estava conversando ou fazendo pedidos a um criminoso, estava conversando com um grande empresário brasileiro, meu amigo. A Polícia Federal não tinha dito que era criminoso, ninguém havia levantando algum tipo de suspeita.
Houve intermediação na Caixa por financiamentos à empresa?
Empréstimo eu acho que a OAS não fez nenhum conosco. Quando estávamos lançando o setor de exportação, de crédito internacional, eu estava querendo mostrar serviço. Eu fui para São Paulo, eu e meus diretores, batendo na porta de empresários, me apresentando. Estive com Odebrecht, com Friboi, com quem você possa imaginar.
Por que decidiu intermediar os interesses da OAS na questão da concessão de aeroportos?
Havia uma forte disputa interna no governo. Defendi uma tese de que aquele modelo limitava a concorrência. Foi natural atender Léo Pinheiro. Havia outros interesses, como da Odebrecht. Hoje tudo isso vira crime. Ele é um amigo da Bahia, de políticos baianos. Qual o sentido de uma empresa ter ganhado o aeroporto de Cumbica e não poder participar do Galeão? A lógica é de que isso inibia a concorrência. É claro que hoje tem o fato de ele ter sido preso. Antes ele era empresário, e eu tinha de tratar com todo mundo, com empresário, com jornalista, com puta, com viado... Era coisa absolutamente natural.
O senhor é sócio no empreendimento da OAS Costa España?
Cheguei a pensar em comprar um apartamento. Um irmão comprou.
Esteve com o prefeito ACM Neto para tratar do empreendimento?
Não lembro exatamente o que tratei com o prefeito, acho que era uma ciclovia que queriam fazer na frente do Costa España.
Os pedidos de doação à OAS estão associados à atuação do senhor em defesa da empreiteira?
As doações da OAS foram decepcionantes na Bahia. E era mais natural que eu pedisse a ele que a você. Eu não preciso de intermediação. São empresários da Bahia com quem lido há 20 anos.
Quem é a “tia” nas mensagens?
Tia é a presidente da República. É a forma como todo mundo se referia a ela. Esse assunto (de concessões) foi muito debatido no governo. Léo Pinheiro pediu para eu levar um parecer jurídico a Moreira Franco. Defendi poder participar, conversei com o pessoal da Odebrecht também. A Tia era contra. A Gleisi Hoffmann parece que defendia a tese de que deveria liberalizar.

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