1ª EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
19 DE DEZEMBRO DE 2015
Os principais líderes de oposição não se manifestam claramente, mas em conversas reservadas consideram que o Palácio do Planalto soterrou no “tapetão” do Supremo Tribunal Federal a ação de impeachment de Dilma Rousseff. O STF alterou as regras que facilitaram o impeachment do então presidente Fernando Collor, em 1992, para dificultar a ameaça ao mandato da presidente petista.
Na decisão sobre o impeachment, o STF contrariou a tradição de não interferir nos processos internos do Poder Legislativo.
Três ex-presidentes do STF apostavam, dias antes, que o STF não se meteria no Legislativo: Marco Aurélio, Ayres Britto e Sidney Sanches.
Na decisão celebrada por Dilma e pelo PT, o STF voltou a legislar, criando regras e alterando até a própria jurisprudência.
Um dos autores do pedido de impeachment, o jurista Miguel Reale Jr afirmou que o STF pratica “ativismo jurídico de altíssimo grau”.
Atribuem-se ao novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, todas as iniciativas de boicote ao antecessor Joaquim Levy. Petista, Barbosa é o “gênio” que acha possível trocar o tripé do equilíbrio macroeconômico pelo que ele chama de “nova matriz econômica”, lorota que vendeu a Dilma como “grande novidade”. E que foi a origem do desarranjo das contas públicas que conduziram o País ao buraco em que se encontra.
O desarranjo das contas públicas levaram Dilma a cometer os crimes que dão substância ao pedido de impeachment formulado por juristas.
O tripé macroeconômico, essencial nos tempos de crise, é composto pelo regime de meta de inflação, metas fiscais e pelo câmbio flutuante.
Do tipo que adoraria criminalizar o lucro, Nelson Barbosa tinha o hábito de convencer Dilma a rever todas as medidas ordenadas por Levy.
Parecia mais um banquete o café da manhã servido pelo ex-ministro Joaquim Levy (Fazenda) a jornalistas, ontem, por conta do contribuinte. A mesa de quase 20 metros estava forrada de quitutes, numa fartura bem diferente do café da manhã raquítico da maioria dos brasileiros.
Joaquim Levy acertou com Dilma sua demissão do ministério na terça (15). Ele saiu de fininho do seu gabinete para o encontro com Madame, que, por isso, atrasou reunião com empresários e sindicalistas.
Jaques Wagner prometeu na Câmara ampliação do decreto que pune bloqueio de rodovias por caminhoneiros, estendendo-o a entidades vinculadas ao PT, como CUT e MST. Ninguém acreditou na lorota.
Os deputados aguardam definição do Supremo sobre a comissão do impeachment. “Precisamos de definição. Se não atingirmos o número, vai ser igual eleição de papa”, brinca Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA).
O deputado Danilo Fortes (PSB-CE) garante que o Congresso cumpriu a obrigação ao votar o Orçamento. “Mas a população não vai aceitar um governo enlameado criar mais imposto, a CPMF”, prevê.
Aliado de Leonardo Picciani, Sérgio Souza (PR) acredita que o amigo permanece na liderança do PMDB só até fevereiro, quando conduzirá novas eleições. Mas Picciani não está disposto a entregar a rapadura.
Vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o deputado Laércio Oliveira (SD-SE) indica o maior problema da crise: “A questão do Brasil é a falta de confiança”.
De nada adiantaram os vários habeas corpus impetrados pela defesa de Marcelo Odebrecht. O ex-presidente da maior empreiteira do País, e queridinha dos governos petistas, completa hoje seis meses em cana.
...há diferença entre a lama em Mariana e a lama na Petrobras: a lama proveniente da barragem fede menos.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
À PF, LULA APONTA O DEDO PARA JOSÉ DIRCEU NA GATUNAGEM DA PETROBRAS
ELE DIZ À POLÍCIA QUE 'TALVEZ' APENAS DUQUE FOI ESCOLHA DO PT
Publicado: 18 de dezembro de 2015 às 23:14 - Atualizado às 02:01
O ex-presidente Lula atribuiu a José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil do seu governo, responsabilidade pela indicação de diretores da Petrobras. Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira, 16, Lula disse que ‘cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada’.
Dirceu chefiou a Casa Civil durante parte do primeiro mandato do petista, entre 2003 e 2005, quando estourou o escândalo do Mensalão - Dirceu foi condenado a 7 anos e onze meses de prisão no Mensalão e está preso desde 3 de agosto como alvo da Operação Lava Jato, que desmontou esquema de propinas na estatal petrolífera.
Investigadores já suspeitavam que Dirceu havia indicado o engenheiro Renato Duque - preso da Lava Jato desde março - para a Diretoria de Serviços da estatal petrolífera. Mas Dirceu sempre negou. "Que o nome de Renato Duque foi levado à Casa Civil da Presidência da República, à época chefiada por José Dirceu", disse Lula à PF.
O ex-presidente disse que ‘não sabe se foi o PT ou outro partido político que indicou Renato Duque para assumir a Diretoria de Serviços’. Afirmou que ‘não conhecia Renato Duque e que não participou do processo de escolha do nome de Renato Duque’.
Sobre o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, que também foi preso na Lava Jato e já está condenado a 17 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente disse. "Que acha que Nestor Cerveró foi uma indicação política do PMDB; que Nestor Cerveró era um funcionário de carreira da Petrobras."
Lula eximiu-se de qualquer responsabilidade na indicação dos diretores da Petrobrás. Ele afirmou que ‘o processo de escolha dos nomes dos Diretores não contava com sua participação’.
"Que o declarante recebia os nomes dos diretores a partir de acordos politicos firmados; que este processo de acordos políticos era feito normalmente pela ministro da área, pelo coordenador político do Governo e pelo partido interessado na nomeação; que teve vários coordenadores políticos ao longo de seus oito anos de mandato; Que pode citar Tarso Genro, Jacques Wagner, Alexandre Padilha, Aldo Rebelo, etc; que não se recorda qual destes articuladores políticos tratou das nomeações de Renato Duque e também de Nestor Cerveró."
Sobre outro ex-diretor que a Lava Jato pegou - Paulo Roberto Costa (Abastecimento) -, o ex-presidente disse que ‘seu nome foi apresentado pelo Partido Progressista’. "Como nos demais, o nome de Paulo Roberto Costa foi levado à Casa Civil para deliberação e posterior e posterior nomeação pelo declarante; que os nomes dos indicados pelos partidos não eram levados diretamente ao declarante; que, como explicado, o processo de • escolha passava pela discussão com os diversos envolvidos no aspecto político e não somente com o ministro-chefe da Casa Civil; que, ao final deste processo, o declarante concordava ou não com o nome apresentado, a partir dos critérios técnicos que credenciavam o indicado."
A PF quis saber de Lula se ele conversou com o ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) sobre a indicação de Paulo Roberto Costa para assumir a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás - Janene é apontado como o mentor do esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás. O ex-presidente disse que ‘nunca conversou’ com Janene ‘a respeito de qualquer assunto’.
Lula também afirmou que nunca tratou com os deputados Pedro Henry e Pedro Corrêa sobre a indicação de Paulo Roberto Costa. "Nunca tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a indicação de algum nome para cargo da administração pública; que os nomes eram apresentados pelo Governo, ou seja, pelos articuladores políticos que levavam O nome à Casa Civil da Presidência."
Lula disse que ‘nunca se sentiu pressionado pela Partido Progressista a fim de que Paulo Roberto Costa fosse nomeado diretor de Abastecimento da Petrobrás’. Ele declarou que o PMDB ‘nunca ofereceu apoio político ao Governo a fim de manter Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de Abastecimento, e se ofereceu tai apoio isto no chegou ao conhecimento do declarante’
A PF indagou de Lula sobre quais diretores da Petrobrás foram indicados pela PT. "O declarante afirma que talvez Renato Duque tenha sido uma indicação do PT."
Ele saiu em defesa do ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli. Neste caso disse que ‘foi uma indicação pessoal sua’. "Que indicou José Sérgio Gabrielli para ser diretor financeiro da Petrobrás em razão do mesmo ser um economista altamente capacitado e por ser alguém de sua confiança; que, da mesma forma, a indicação de José Sérgio Gabrielli para assumir a presidência da Companhia foi uma escolha do declarante."(Beatriz Bulla e Gustavo Aguiar)

66 DIAS DE ÓCIO
Carlos Chagas
Raras vezes temos visto períodos politicamente tão tumultuados como os atuais. Tem de tudo, desde a prisão de montes de políticos e empresários, por corrupção, até entreveros envolvendo os presidentes da Câmara, do Senado, o vice-presidente da República e a própria presidente, além de partidos rachados e a população exigindo o impeachment de Madame. No Congresso e no Ministério as regras do jogo mudam a cada instante e as queixas se multiplicam diante do desemprego em massa, da alta dos impostos e do custo de vida, além da redução de direitos sociais. O governo anda em frangalhos, sem dinheiro para custear suas despesas, ao tempo em que os Estados vão à falência e nossa Economia entra em queda livre.
Como estamos no Brasil, isso foi até ontem, dia 18 de dezembro. A partir de hoje, antecipa-se o recesso parlamentar, os tribunais superiores entram de férias, o Executivo cruza os braços. Pernas para o ar que ninguém é de ferro. A folga deveria durar poucos dias, mas aí vem a surpresa: até 16 de fevereiro o País andará devagar, quase parando. À preparação para as festas de Natal, Ano Novo e as próprias, seguir-se-á um janeiro ocioso, só que nada de trabalhar na primeira semana de fevereiro, tempo de esquentar os tamborins, muito menos na segunda, de Carnaval.
Resultado: para funcionarmos, mesmo, apenas a partir da metade do segundo mês do novo ano. Serão 66 dias, a contar de hoje. Claro que a crise não vai se interromper, muito pelo contrário. Apenas, como compensação, sem a contribuição de Suas Excelências para ficar pior...
QUEM GANHOU, QUEM PERDEU?
No palácio do Planalto festejou-se a decisão do Supremo Tribunal Federal quanto ao rito do processo de impeachment, modificado para beneficiar o Senado e talvez o arquivamento do pedido. Por maioria, os meretíssimos nomeados durante os governos do PT compareceram com sua lealdade para Madame. Até as ruas, nos últimos dias, desfizeram prognósticos pessimistas para os detentores do poder. Claro que tudo dependerá da capacidade de o governo evitar que a situação venha tornar-se ainda mais aguda. O impeachment chegou a ser dado como provável, agora virou apenas possível.

PRESTÍGIO INTERNACIONAL
LE MONDE CHAMA MORO DE ELIOT NESS, AGENTE QUE ANIQUILOU AL CAPONE
JORNAL FRANCÊS COMPARA JUIZ AO CÉLEBRE AGENTE FEDERAL AMERICANO
Publicado: 18 de dezembro de 2015 às 12:37 - Atualizado às 12:36
O jornal francês Le Monde traz em sua edição desta quinta-feira, 17, um perfil do juiz federal Sérgio Moro. Ele é descrito pela jornalista Claire Gatinois como ‘um pequeno juiz de província’, ‘moreno de queixo quadrado’, ‘odiado e temido por políticos’, mas ‘adulado pelos cidadãos brasileiros’.
O texto compara Moro a Eliot Ness, famoso agente federal americano que aniquilou Al Capone, o poderoso contrabandista de bebidas que desafiou a lei seca implantada a ferro e fogo na Chicago dos anos 1930. Eliot Ness virou herói no filme Os Intocáveis, no papel do ator Kevin Costner.
“É a partir do seu escritório em Curitiba, capital do Estado do Paraná, no sul do Brasil, que o quarentão com ar de agente de filmes B faz tremer os tenores da política em Brasília e os alto executivos de São Paulo e identificando, semana após semana, há mais de um ano, os suspeitos, culpados, testemunhas e futuros denunciadores do escândalo Petrobrás”, escreveu a jornalista.
“Esse caso de corrupção onde grandes grupos do setor da construção e trabalhos públicos se organizaram em cartel para vencer sucessivamente as licitações propostas pela empresa pública, comprando a cumplicidade de políticos de todas as tendências e a indulgência da direção do grupo petrolífero, revelou que cerca de 42 bilhões de reais foram desviados, e resultou até agora em 15 sentenças, 58 condenações e um total de 700 anos de prisão já impostas.”
“Às vezes ele se sente desencorajado, desgastado por esse trabalho de Sísifo, cansado de ‘pregar no deserto’, como confessou recentemente. Mas se mantém. Sergio Moro sabe que tem entre as mãos o processo da sua vida. O escândalo pode transformar seu país.”
O Le Monde cita ainda a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS) e destaca que Moro já descreveu uma ‘corrupção sistêmica, cuja última presa, Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado e pertencente ao Partido dos Trabalhadores, foi colocado em prisão preventiva em fins de novembro, o que provocou reviravoltas no processo’.

NO BLOG DO CORONEL
19-12-2015 ÀS 10:06:00
A operação da Rio 2016 começou muito tempo atrás. Lembram da campanha para trazer as Olimpíadas para a cidade maravilhosa em 2004. Foi urdida dentro da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), com a saída de Carlos Alberto Nusman para o Comitê...

SEXTA-FEIRA, 18 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 19:04:00
O novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, está na lista de pessoas que podem ser punidas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no caso das chamadas "pedaladas fiscais". O tribunal considerou ilegais os atrasos dos repasses da União para quitar...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
19/12/2015 às 8:57 \ Opinião
Publicado no Estadão
Deixo Brasília com a sensação de que nada muito importante acontecerá antes do carnaval. Mas a crise sempre pode surpreender. Muitos ainda não sabem se vão receber a visita de Papai Noel ou do japonês da Federal. Mas a verdade é que o cerco se está fechando sobre o PT e seus aliados.
A semana foi marcada por manifestações contra o impeachment. Foram menores que as outras. E os analistas se apressaram a concluir que o governo respira. O interessante é que há uma sensação de alívio nesta frase: o governo respira. O pensamento político brasileiro se estreitou. Respirar apenas passa a ser uma qualidade do governo.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
19-12-2015 ÀS 7:31
6:47
6:17

NO O ANTAGONISTA
Brasil 19.12.15 09:34 Comentários (74)
É um orgulho para O Antagonista ser citado no relatório da PF sobre José Carlos Bumlai.
Porque ele confirma tudo aquilo que sempre dissemos...
Brasil 19.12.15 09:27 Comentários (67)
O relatório da PF obtido com exclusividade por O Antagonista cita O Antagonista.
Trata-se da parte relativa aos velhos pagamentos do Banco Schahin ao PT...
A PF suspeita que o esquema do PT com o Banco Schahin fosse idêntico ao do Banco Rural, durante o mensalão.
O relatório obtido por O Antagonista diz isso explicitamente...
Brasil 19.12.15 08:51 Comentários (12)
A defesa de José Carlos Bumlai encaminhou à Lava Jato o documento de 16/06/2008 em que o Banco Schahin tentou cobrar-lhe uma dívida de 56.038.580,33 reais, quase cinco vezes maior os 12 milhões de reais efetivamente repassados por ele ao PT.
O relatório da PF obtido com exclusividade por O Antagonista indica que o acordo entre o PT e o Banco Schahin era mais antigo e mais abrangente do que o empréstimo tomado em nome de José Carlos Bumlai...
Brasil 19.12.15 08:25 Comentários (35)
José Carlos Bumlai será interrogado novamente nesta segunda-feira, 21 de dezembro, às 14 horas.
O Antagonista obteve com exclusividade o relatório apresentado ontem pelo delegado da PF Filipe Hille Pace.
Nele, José Carlos Bumlai é tratado como um simples laranja de Lula - ou do PT...
Brasil 19.12.15 07:51 Comentários (132)
“O PT e o PMDB vão acabar”.
Foi o que disse Teori Zavascki, segundo Débora Bergamasco, da Isto É.
“Diante do que ele já sabe, acha que não sobrará pedra sobre pedra”.
Brasil 19.12.15 07:26 Comentários (49)
A semana teve a batida policial contra o PMDB, o golpe bolivariano do STF e a queda de Joaquim Levy.
Mas o fato mais relevante para a Lava Jato – e, consequentemente, para o Brasil - foi o depoimento de José Carlos Bumlai...
Brasil 19.12.15 07:01 Comentários (13)
O pedido de busca e apreensão na casa de Renan Calheiros, segundo Vera Magalhães, da Veja, "visava procurar documentos que comprovassem participação do presidente do Senado em desvios na Transpetro"...
Brasil 19.12.15 06:57 Comentários (33)
A Época informa que o STF autorizou, no último dia 9, a quebra do sigilo bancário e fiscal de Renan Calheiros.
O documento assinado por Teori Zavascki destaca a auditoria da CGU sobre a Transpetro, revelada em O Antagonista (leia aqui) e diz...
Brasil 19.12.15 06:50 Comentários (81)
Depois de uma semana deplorável, O Antagonista disse ontem à noite:
É a tempestade perfeita: presidente ilegítima e incapaz, Congresso comandado por facínoras, STF aparelhado, ministro da Fazenda ideológico-gastador, empresários covardes, povo fraco, commodities em baixa, infra-estrutura em frangalhos, indústria sucateira...
Economia 19.12.15 06:48 Comentários (17)
Gustavo Patu, da Folha de S. Paulo, resumiu o currículo do novo Ministro da Fazenda:
“Nelson Barbosa ascendeu na administração petista como um dos ideólogos de uma política econômica que, por exaustão, não poderá ser replicada agora sem o risco de um colapso de proporções argentinas ou venezuelanas”.
Economia 19.12.15 06:44 Comentários (24)
A economista Monica de Bolle disse à Folha de S. Paulo:
“Nelson Barbosa vai fazer o que Dilma mandar ele fazer”.
Economia 19.12.15 06:18 Comentários (14)
Depois do anúncio do nome de Nelson Barbosa para a Fazenda, o dólar à vista, que havia fechado a 3,934 reais, disparou para 3,982 reais no after market.
O Ibovespa caiu 2,98%, atingindo 43.910 pontos, o mínimo desde 7 de abril de 2009...
Brasil 18.12.15 23:14 Comentários (34)
O depoimento de Lula à PF diz mais pelo que omite. Foi a primeira vez que o ex-presidente teve a oportunidade de falar nos autos da Lava Jato e sua única preocupação foi negar os fatos, a realidade.
Digamos que Lula realmente não soubesse de nada do que acontecia na Petrobras. Ainda assim, seu depoimento revela omissão, leniência, prepotência, alheamento e incapacidade de entender o que é um bem público...
Brasil 18.12.15 22:14 Comentários (94)
Lula não soube dizer à Polícia Federal os nomes de suas noras...
Brasil 18.12.15 22:08 Comentários (29)
Lula acha que convence a Polícia Federal com sua velha retórica política...
Brasil 18.12.15 21:14 Comentários (150)
No depoimento que prestou à PF na quarta-feira 16, Lula revelou que está disposto a tudo para salvar a própria pele...
Economia 18.12.15 20:50
Nelson Barbosa, novo ministro da Fazenda, foi o maior defensor do aumento de gastos públicos durante a tramitação do Orçamento de 2016. A afirmação é de um membro da Comissão Mista de Orçamento, que precisou negociar com Barbosa diversos pontos do texto. “Ele é totalmente subserviente a Dilma”, diz o parlamentar. Uma consequência da nova posição de Barbosa pode ser o agravamento da crise e, por tabela, da intolerância à presidente. “O impeachment pode voltar com força em março, porque ninguém mais aguenta tanto problema na economia”, diz o parlamentar. “E Barbosa não é a solução”, completa.
Brasil 18.12.15 20:44 Comentários (49)
Luís Roberto Barroso autorizou a progressão da pena de Kátia Rabello do regime fechado para o semiaberto. A ex-executiva do Banco Rural foi condenada, no mensalão,a 14 anos e 5 meses de prisão. Cumpriu um sexto da pena e pagou a primeira de 12 parcelas da multa de R$ 2,4 milhões.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 19/12/2015 07:11
Oficialmente, o delegado Josélio Azevedo de Sousa, da Polícia Federal, ouviu Lula como testemunha. Na prática, submeteu-o a um interrogatório de investigado clássico. Intimado, Lula compareceu perante a autoridade policial na última quarta-feira (16). Deu-se na sede da PF, em Brasília. O depoimento foi divulgado nesta sexta-feira, 18. Ocupa nove páginas. O conteúdo revela um personagem em apuros. Crivado de interrogações sobre o escândalo da Petrobras, Lula manteve a fábula do “eu não sabia”. Mas suas contradições denunciam a dificuldade de manter o velho enredo.
No pedido que enviou ao STF para interrogar Lula, o delegado Josélio anotara que, “na condição de mandatário máximo do país” na época do assalto à Petrobras, Lula “pode ter sido beneficiado pelo esquema, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal.” Por isso queria ouvi-lo. E caprichou nas perguntas.
O doutor quis saber de que matéria-prima é feita a coligação partidária que dá suporte aos governos do PT. Lula tentou distrair o delegado com um conto da carochinha. Disse que o apoio que sua gestão recebeu foi “baseado na afinidade dos partidos com o programa de governo elaborado nas duas campanhas” presidenciais que venceu.
Antes que a inquirição virasse comédia, o delegado puxou Lula de volta para o drama que o assedia. E o interrogado foi ajustando o lero-lero à realidade. Afirmou que, “numa política de coalizões, presume-se que haja a distribuição de ministérios e cargos importantes do governo para os partidos políticos que compõem a base de apoio.”
O delegado injetou na conversa o nome de Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, preso no Paraná sob acusação recolher propinas na estatal em nome do PT. Lula não se deu por achado. Disse não ter nada a ver com a nomeação de Duque. E acomodou a encrenca no colo do grão-petista José Dirceu, também preso por ordem do juiz paranaense Sérgio Moro.
Segundo Lula, o nome de Duque foi submetido ao crivo da Casa Civil da Presidência, então chefiada por Dirceu. Nessa época, Lula chamava Dirceu de “capitão do time” de ministros. “Cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada”, disse o morubixaba do PT ao delegado.
O doutor Josélio perguntou se Duque era o homem do PT na diretoria da Petrobras. Lula disse não saber “se foi o PT ou outro partido” que o indicou. Realçou que não conhecia Duque. E quanto a Nestor Cerveró, outro ex-diretor da Petrobras preso? No caso de Cerveró a memória de Lula fez questão de prestar-lhe socorro: “Foi uma indicação política do PMDB.”
Lula repetiu que não participou do processo de escolha dos diretores da Petrobras. Espremido, afirmou que a escolha dos nomes passava pela costura de acordos políticos. Acrescentou que os acordos “eram feitos normalmente pelo ministro da área, pelo coordenador político do governo e pelo partido interessado na nomeação.”
A Petrobras pende do organograma do Ministério de Minas e energia. A ministra “da área” era Dilma Rousseff. Mas Lula se absteve de mencionar-lhe o nome. O delegado perguntou quem era o coordenador político do governo. Lula respondeu que teve vários coordenadores ao longo dos seus dois mandatos. Empilhou quatro nomes: Tarso Genro, Jaques Wagner, Alexandre Padiha e Aldo Rebelo. Alegou não se lembrar qual deles tratou das nomeações de Renato Duque e de Nestor Cerveró.
De tanto o delegado escarafunchar, Lula acabou caindo em algo muito parecido com uma contradição. Reconheceu que a palavra final sobre as nomeações era dele. Depois de ter jogado a responsabilidade sobre os ombros de Dirceu, o interrogado explicou que os partidos negociavam suas nomeações com diversos atores — os ministros da área, o coordenador político…— “nao somente com o ministro-chefe da Casa Civil.”
Foi nesse ponto do depoimento que Lula acabou premiando a insistência do delegado com o reconhecimento de que, “ao final do processo”, o fisiologismo desaguava no gabinete presidencial. Ouvido, Lula “concordava ou não com o nome apresentado”. Para não ficar mal no inquérito, Lula apressou-se em dizer que baseou suas escolhas em “critérios técnicos que credenciavam o indicado”. Deu no petrolão.
Vários delatores da Lava Jato disseram que Lula negociou diretamente com José Janene, então líder do PP na Câmara, a permanência do corrupto confesso Paulo Roberto Costa na diretoria de Abastecimento da Petrobras. Mas Lula disse ao delegado Josélio que “nunca tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a indicação de algum nome para cargo na administração pública.” Hã, hã.
A certa altura, o delegado voltou a um tema que abordara no início da inquirição. Afinal, quais diretores da Petrobras foram indicados pelo PT? E Lula escorregou. Depois de dizer que não sabia que partido havia pendurado Renato Duque na diretoria da estatal petroleira, Lula afirmou que o personagem “talvez tenha sido uma indicação do PT.”
Lula responsabilizou-se pessoalmente, de resto, pela nomeação de dois personagens que passaram pela presidência da Petrobras: os petistas José Sérgio Gabrielli e José Eduardo Dutra. O segundo já morreu. Mas Gabrielli continua na alça de mira da força-tarefa da Lava Jato.
O delegado inquiriu Lula também sobre João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT preso no Paraná e já condenado em sentença de Sérgio Moro, o juiz da Lava Jato. Lula disse que sua relação com Vaccari no partido “foi pequena, já que, em 1996, deixou a presidência do PT.” Quando virou presidente da Repúlica, aí mesmo é que “passou a ter menos contato”. Lorota.
Em 2003, no alvorecer do primeiro reinado de Lula, Vaccari presidia o Sindicato dos Bancários de São Paulo e exercia a atribuição de secretário de Finanças da CUT, o braço sindical do PT. Na fase de composição do governo, o petismo quis fazer de Vaccari presidente da Caixa Econômica Federal. Dois obstáculos barraram as pretensões de Vaccari: o nariz torcido de Antonio Palocci, então ministro da Fazenda, e a falta de diploma universitário. Os estatutos da Caixa exigem que o presidente tenha passagem pelos bancos de uma universidade. E Vaccari não preenchia esse quesito.
Para não deixar o companheiro ao relento, Lula abrigou-o no Conselho de Administração de Itaipu Binacional. Então ministra de Minas e Energia, de cujo organograma pende a estatal, Dilma opôs resistência. E Vaccari foi alçado a uma das sinecuras mais cobiçadas da República. A posição de conselheiro de Itaipu lhe exigia pouco trabalho (uma reunião a cada dois meses) e rendia remuneração mensal na casa dos R$ 20 mil. Vaccari só deixou o posto depois que a Lava Jato o pendurou de ponta-cabeça nas manchetes.
Numa fase em que amigos podem se converter em delatores, Lula cuidou de afagar Vaccari no depoimento ao delegado Josélio. Lembrou que “ele assumiu a tesouraria do partido em 2010”. E disse que “soube pela direção do partido que ele fez um excelente trabalho à frente da Tesouraria do PT.” Mais: “Todos os membros da direção do partido, inclusive seu presidente, Rui Falcão, declararam a qualidade do trabalho desempenhado por Vaccari no comando da tesouraria do PT.” A Lava Jato demonstra que, sob Vaccari, a tesouraria do PT, tão elogiada por Lula, contém o anabolizante das propinas extraídas da Petrobras.
O delegado perguntou a Lula a que atribui a condenação de Vaccari na Lava Jato. O interrogado atribuiu o infortúnio às delações premiadas. E disse confiar numa reversão da sentença em instâncias superiores do Judiciário. Lula disse não acreditar que Vaccari tenha obtido “vantagens indevidas a partir de contratos celebrados pela Petrobras”. Por quê? “Ele é conhecedor da legislação.” Então tá!
Incômodo como maquininha de dentista, o delegado conduziu o interrogatório para José Carlos Bumlai, o pecuarista que tinha passe livre no Planalto e terminou na cadeia. Lula disse que o conheceu na campanha presidencial de 2002. Reconheceu que mantém com o suspeito uma “relação de amizade''. Chegou mesmo a hospedá-lo “algumas vezes” na Granja do Torto, em Brasília — com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Mas disse jamais ter tratado com Bumlai de assuntos relacionados com “dinheiro ou valores.”
Bumlai é acusado de corrupção. Pegou empréstimo de R$ 12 milhões no Banco Schahin. Em depoimento, disse ter repassado a verba ao PT. O financiamento jamais foi pago. Em troca do perdão da dívida, Bumlai intermediou um contratado do Grupo Schahin com a Petrobras. Coisa de R$ 1,6 bilhão. Lula, naturalmente, não sabia.
A alturas tantas, o delegado perguntou a Lula por que pessoas que integraram o seu governo são alvejadas por inquéritos que tramitam no STF. Lula atribuiu o fenômeno a três fatores: “o processo de transparência e aprimoramento dos órgãos de fiscalização e controle, […] ocorrido ao longo dos últimos doze anos; b) à imprensa livre; e c) a um processo de criminalização do PT. Hummm…
Lula não disse, mas a criminalização do PT é obra do próprio PT. Revolucionário, o partido descobriu uma fórmula inédita de combate à corrupção. O PT escancara os roubos cometendo-os. Por sorte, algo de diferente sucede no Brasil: ex-presidente da República interrogado assim, como uma testemunha suspeita, é coisa nunca antes vista na História desse País.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Sexta-feira, dezembro 18, 2015
No meio político, a semana passada ficou fortemente marcada pela decisão do Supremo Tribunal Federal de dar uma guinada no rito do impeachment inicialmente estabelecido pela Câmara e pela anunciada saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Para a força-tarefa da Lava Jato, outro fato se impôs como mais relevante e grave. Na segunda-feira 14, o pecuarista José Carlos Bumlai prestou um depoimento considerado nitroglicerina pura. Para os policiais federais, as palavras de Bumlai, amigo do ex-presidente Lula preso em Curitiba desde novembro, representaram mais do que uma delação premiada. Soaram como uma confissão. Em mais de seis horas de depoimento, o empresário reconheceu tudo o que havia refutado na primeira vez em que foi ouvido pelos integrantes da Lava Jato. As revelações colocam Lula e o PT numa encalacrada. Sem titubear, o pecuarista admitiu ter contraído em 2004 um empréstimo irregular de R$ 12 milhões junto ao Banco Schahin e repassou ao PT, por meio de laranjas.
O dinheiro, ainda segundo Bumlai, tinha uma destinação: abastecer as campanhas petistas. Em especial, a do ex-presidente Lula, candidato a reeleição em 2006. Bumlai foi além. Confirmou que, como contrapartida, o Banco Schahim foi contemplado com um contrato de R$ 1,6 bilhão para fornecimento de navios-sonda para a Petrobras. Para possibilitar o desvio, o contrato foi superfaturado. O modus operandi, acrescentou o pecuarista, teria se repetido em outras transações envolvendo outros laranjas, sempre tendo como beneficiário final as arcas do PT. “A estrutura da Petrobras era do PT”, disse o empresário aos agentes da PF.
O depoimento do pecuarista implica sobremaneira Lula por algumas razões fundamentais. A principal delas: Bumlai nunca foi empreiteiro nem mantinha negócios com a Petrobras. Agiu sempre em favor e em nome do ex-presidente como uma espécie de laranja dele e do PT. Perguntado pelos policiais federais sobre a motivação do empréstimo, o pecuarista disse: “Não iria custar nada a mim. Quis fazer um favor. Uma gentileza a quem estava no poder”. E quem estava no poder na ocasião? Lula, o presidente que forneceu a Bumlai um crachá para que ele pudesse ter acesso livre ao seu gabinete. Em recente entrevista, o presidente da Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul, Jonathan Pereira Barbosa, dileto amigo de Bumlai, contou que Lula costumava ligar para o pecuarista atrás de favores. “Eu estava com Bumlai, tocava o telefone e quem era? O ex-presidente. Pedindo que fizesse favor, isso e aquilo. Zé Carlos, muito gentil, concordava”. Ainda segundo Jonathan Pereira, Bumlai era constantemente chamado para “resolver uns problemas” para Lula em São Paulo e em Brasília.
O PODER DA INTIMIDADE 
Bumlai (no destaque), com Lula e Marisa em festa de Santo Antônio na Granja do Torto, em 2004.
No círculo íntimo do presidente Lula, todos sabem que o empréstimo junto ao Banco Schahin não foi a única gentileza feita pelo pecuarista ao amigão poderoso. Alguns préstimos já são públicos. Em depoimento à Lava Jato, o lobista Fernando Baiano disse que a pedido de Bumlai repassou R$ 2 milhões para uma nora de Lula quitar dívidas pessoais. Segundo apurou ISTOÉ, o fazendeiro ainda teria contribuído para aproximar o empresário Natalino Bertin, proprietário do Grupo Bertin, do clã Lula em meio às negociações para venda de uma fatia do frigorífico. A proximidade resultou em favores aos filhos de Lula. A pedido de Bumlai, Bertin disponibilizou um jatinho para os filhos do ex-presidente em São Paulo, entre 2010 e 2011.
As operações fraudulentas confirmadas pelo amigão de Lula foram trazidas à tona pela primeira vez em reportagem de capa de ISTOÉ em fevereiro deste ano. Àquela altura, Bumlai já era uma figura carimbada no Planalto, mas ainda pouco conhecida na cena política nacional. De lá para cá, foram lançadas luz sobre suas incursões no submundo do poder. Ninguém duvida mais de que ele privava da intimidade do ex-presidente Lula. Agora sabe-se, por exemplo, que Bumlai esteve ao lado de Lula e sua família em momentos bem particulares. Nas buscas realizadas durante a Operação Passe Livre, batizada com esse nome numa alusão ao acesso facilitado do pecuarista ao gabinete presidencial, os agentes federais encontraram fotos que confirmaram a grande proximidade dos dois. Numa das imagens, Bumlai aparece com Lula e dona Marisa Letícia festejando o dia de Santo Antônio na Granja do Torto no início do primeiro mandato do petista. Quem conhece os códigos do poder sabe que a presença num evento desses revela uma intimidade capaz de abrir portas a negócios escusos. O material fotográfico foi encontrado num dos endereços do pecuarista no Mato Grosso do Sul. Também foi encontrado um cartão de apresentação com o brasão da República, em nome da ex-primeira-dama. Daí o peso e a importância das revelações do pecuarista para os investigadores da Lava Jato. A confissão de Bumlai fez alguns procuradores o tratarem como “o laranja de Lula”.
GRUPO DA LAVA JATO IMPRESSIONADO
Também impressionaram os integrantes da Lava Jato a riqueza dos detalhes fornecidos pelo empresário e a semelhança no modo de atuar com outro operador petista: Marcos Valério. Em seu depoimento, Bumlai disse à PF ter sido procurado em 2004, segundo ano de Lula na Presidência da República, por pessoas ligadas ao PT. Entre eles estava Delúbio Soares, então tesoureiro do partido. O pecuarista disse que conheceu Delúbio no comitê da campanha presidencial de 2002. De acordo com o depoimento de 11 páginas, colhido pelo delegado Filipe Hille Pace, o grupo pediu a Bumlai que levantasse, em seu próprio nome, recursos junto ao Banco Schahin. “Delúbio esclareceu que se tratava de uma questão emergencial”, afirmou. O pecuarista disse ainda que, embora Delúbio não tivesse especificado no início a que se destinava o dinheiro, ele entendeu que seria para atender interesses do PT. Depois, teria vindo a confirmação de que o recurso era destinado a abastecer a campanha de Lula. A descrição e a época em que o negócio entre Bumlai e Schahin foi fechado remetem aos empréstimos tomados pelo empresário Marcos Valério nos bancos BMG e Rural para irrigar o caixa petista e de partidos aliados no primeiro mandato de Lula, o escândalo do mensalão.
Assim como os empréstimos contraídos por Valério, os R$ 12 milhões que Bumlai tomou emprestado no Schahin não eram para ser quitados. Em fevereiro deste ano, ISTOÉ teve acesso com exclusividade a relatório do Banco Central demonstrando que a operação foi liberada de forma irregular, “sem a utilização de critérios consistentes e verificáveis”. Para liberar a bolada, o Schahin burlou normas e incorreu em seis tipos de infrações diferentes. De acordo com os procuradores da República que atuam na Lava Jato, há indícios de que o ex-ministro José Dirceu e o próprio Delúbio intercederam junto a Schahin para que o empréstimo fosse liberado. De acordo com delação de um dos acionistas da instituição financeira, Salim Schahin, os R$ 12 milhões emprestados ao Bumlai foram repassados a empresas do Grupo Bertin, do empresário Natalino Bertin, o mesmo que a pedido do pecuarista colocou seus jatinhos à disposição dos filhos de Lula. Na transação, os investigadores suspeitam que Natalino possa ter se encarregado de fazer pagamentos a terceiros, no caso laranjas, indicados pelo pecuarista. Bumlai ainda disse à PF acreditar que o empresário Salim Schahin usou o empréstimo de R$ 12 milhões para ocultar outras operações e negócios da empresa com o PT. Sempre para a formação de caixa dois eleitoral.
Clique sobre a imagem para vê-la ampliada
CASO CELSO DANIEL RETORNA
Em um dos trechos da confissão, Bumlai reavivou o caso Celso Daniel, confirmando outra revelação feita por ISTOÉ em fevereiro deste ano. O pecuarista afirmou ao delegado da PF que teve ciência, em 2012, depois de um depoimento de Marcos Valério ao MP, de que parte do empréstimo contraído por ele junto ao Banco Schahin – cerca de R$ 6 milhões – seria destinado a comprar o silêncio do empresário Ronan Maria Pinto, conhecido como Sombra. Pinto ameaçou comprometer a cúpula petista no assassinato do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, entre eles o ex-presidente Lula, e os ex-ministros José Dirceu e Gilberto Carvalho. Numa tentativa de conseguir uma delação premiada, Valério chegou a afirmar há três anos que o pecuarista intermediou operação para comprar o silêncio de Ronan. Agora, a PF cogita convocá-lo novamente para depor a fim de que esclareça melhor o caso. CLIQUE aqui para ler a Reportagem Completa, fotos e infográficos

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 19 de dezembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Dilma Rousseff não tem salvação. Seus controladores conseguiram um respiro na crise política, dando um fôlego ilusório a uma paciente pra lá de terminal, como ela. Mas Dilma tem a incapacidade de agravar a crise econômica. Botar a Nelson Barbosa no Ministério da Fazenda, no lugar do Levy que era um ministro de mentirinha, que só funcionava no discurso e nos aumentos de impostos, nada muda. O PTitanic permanece à deriva.
Crises políticas nem sempre derrubam governos. No entanto, crises econômicas costumam ser fatais para os desgovernos - que acabam caindo de podre. Dilma pode nem sofrer impeachment, se for salva pelos conchavos. No entanto, a popularidade dela é irrecuperável. Além disso, sua equipe não tem credibilidade para nada. Eis por que Dilma já era, sem nunca ter sido.
O problema concreto e objetivo: não é a casa dela que desaba. É a nossa! Quem se ferra é o cidadão-eleitor-contribuinte. Os barões de Bruzundanga ficam onde e como sempre estão: numa boa! Em janeiro, depois do Natal de contenção de despesas, vem aquele montão de imposto e obrigações a pagar. O brasileiro, já endividado além da medula, vai sentir a dificuldade na pele e vai se revoltar. O pau vai cantar. É inevitável.
Na politicagem e sua habitual corrupção, a previsão é de muito trabalho para o ilustríssimo Newton Ishii. O famoso Japonês da Federal vai ter muita gente VIP (Velhaca, Impostora e Picareta) para acordar bem cedinho. Nos maios judiciários, já se especula que o plantão de férias no STF possa até soltar a ordem para afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara, também tirando-o do cargo, antes de um julgamento final que aconteceria em fevereiro. A petelândia ainda sonha em reverter o clima de impeachment com a conivência, complacência e cumplicidade das "gestapos" que dão sustentação a todas as sacanagens.
Vamos aguardar os acontecimentos. Por enquanto, quem continua forte até agora é o mosquito da dengue e outras doenças que atribuem a ele - já tem uma tese jurando que ele é o causador da corrupção epidêmica no Brasil. O verão quente e com previsão de muita chuva, no Brasil de tanta sujeira (gerada pela combinação entre desgovernos sujos e um povinho sujismundo), promete ser do Aedes Aegypt.
Ainda tem idiota que duvida da vigência da ditadura nazicomunopetralha. Mas pouquíssimos duvidam da Picadura do safado da mosquita. É ela quem faz barulho e nos pega. O mosquito é igual o Lula: nunca sabe de nada, e ainda joga a culpa de tudo de errado nos outros - agora, na Casa Civil. $talinácio vai passar o final de ano numa boa... Só quem deve acordá-lo, por volta das 6 horas, é a safada da mosquita, que é federal...
É por isso que o $talinácio está continua mandando todo mundo tomar no Cunha... O problema é que pau que dá em Francisco também dá no Irmão do Frei Chico... Te cuida, $talinácio... Vai que a Gestapo resolve pegar a "Pixuleca"... Quem é da Rose deve saber que a Justiça, como boa mosquita, pode dar uma no cravo e outra na ferradura...
Japonês da Federal
Em vídeo publicado no Facebook na página “Agentes Federais do Brasil”, Newton Ishii - o famoso "Japonês da Federal" - declara apoio à campanha que pede a convocação dos excedentes do concurso da Polícia Federal de 2014 que não foram chamados:
"Precisamos de vocês para juntarmos as forças para combater à corrupção e tornar o Brasil mais justo".
(...)

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA