1ª EDIÇÃO DE HOJE DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
11 DE DEZEMBRO DE 2015
O vice Michel Temer saiu do encontro com a presidente Dilma Rousseff muito impressionado com o que encontrou: uma mulher abatida, amargurada, esgotada, mas curiosamente sem mágoa, nem raiva, e também sem a menor vontade ou talento para fazer política. Calada. Pareceu a Michel Temer, segundo interlocutores próximos, que Dilma não se importou em mostrar-se derrotada, ainda que não o admita.
Amigos de Temer temiam que ele fosse recebido com o conhecido jeito búlgaro de ser Dilma, mas ela já não tinha ânimo nem para grosserias.
A falta da virulência de Dilma, no encontro com Temer, pode ser um sinal de que ela não alimentava expectativas de reconciliação.
Um ex-ministro ligado a Temer ironizou: “Talvez ela estivesse abatida pelo reflexo das mechas brancas do Delcidio...”
À saída da reunião, com a delicadeza com que trata até os adversários, Michel Temer prometeu “relações férteis” com a presidente.
A historiadora Myrian Luiz Alves, que desde 1996 participa de expedições à procura de restos mortais de guerrilheiros no Araguaia, diz que integrantes da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos e da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), da Presidência da República, sabem o paradeiro de ossadas que sumiram do Hospital Universitário de Brasília (HUB). “Isso é uma grande farsa”, diz ela, ex-militante do PCdoB, partido que protagonizou a guerrilha do Araguaia.
Myrian acha que a Comissão e a SDH não identificam ossadas porque “luta contra ditadura” é assunto útil para a imagem do governo petista.
A suspeita é de roubo das ossadas de dois guerrilheiros, há dois anos, para forçar o aumento do valor da indenização a ser cobrada da União.
A Justiça fixou em 2003 multa diária para forçar o governo a achar as ossadas. Acumulada e corrigida, a multa soma hoje R$ 200 milhões.
Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça) participaram de parte da reunião entre Dilma e Michel Temer. Na hora da lavação de roupa, tiveram que sair.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) pediu informações ao Tribunal de Contas da União sobre “pedaladas” de Michel Temer. Beiram os R$ 11 bilhões os decretos que fizeram o vice assinar em ausências de Dilma.
O presidente da CPI dos Fundos de Pensão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), diz que a comissão vai tentar recuperar R$ 1 bilhão do Bank of New York Mellon, para ressarcir investimentos do Postalis. O BNY já pagou US$ 714 milhões para suspender processos idênticos, nos EUA.
Após o impeachment, tucanos mudaram os rumos da eleição para líder da bancada, em 2016. Concorrem Jutahy Júnior (BA) e Antônio Imbassahy (BA). Aécio Neves luta contra Jutahy, aliado de José Serra.
O incidente entre Kátia Abreu (Agricultura) e José Serra (PSB-SP) foi uma piada sem graça contada por quem não tem senso de humor, temperada com taças de “in vino veritas” que ambos bebericavam.
Em geral gentil, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), adepto declarado do impeachment, foge do tema deixando jornalistas falando sozinhos. A menos que sejam do sexo feminino. Aí ele se derrete em cordialidade.
A CNBB desautorizou nota da sua Comissão de Justiça e Paz que condenava o impeachment. Isso porque o Palácio do Planalto aproveitou e reproduziu a nota na rede, apesar do ateísmo da chefa.
A Justiça quebrou sigilos do ex-ministro Gilberto Carvalho, braço direito de Lula, e do filho dele, Luís Cláudio, no caso da venda de medidas provisórias no governo petista. E Lula nem sequer é investigado?!
...se impeachment virou “golpe”, então o Brasil é um país de mais de 70% de “golpistas”: é o percentual dos que querem a destituição de Dilma segundo as pesquisas.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
STJ NEGA LIBERDADE AO PRESIDENTE DA ANDRADE GUTIERREZ
DECISÃO SOBRE TORNOZELEIRA DE MARCELO ODEBRECHT SAIRÁ NA TERÇA
Publicado: 10 de dezembro de 2015 às 19:52 - Atualizado às 21:37
A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta quinta-feira, 10, pedido de habeas corpus para o empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente do grupo Andrade Gutierrez. Por quatro votos a um, os ministros decidiram mantê-lo preso sob suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Lava Jato.
Apenas o ministro Ribeiro Dantas, relator da Lava Jato no STJ, votou a favor da liberdade do executivo. Os demais ministros da turma - Felix Fischer (presidente da turma), Gurgel de Faria, Reinaldo Soares da Fonseca e Jorge Mussi - foram contrários ao voto do relator.
Os ministros adiaram para a próxima terça-feira, 15, decisão sobre pedido de liberdade apresentado pela defesa do empresário Marcelo Odebrecht. O ministro Ribeiro Dantas já se posicionou a favor do habeas corpus e sugeriu a aplicação de pena alternativa.
Conforme pessoas com acesso aos demais ministros, contudo, a tendência é que o placar de hoje se repita na próxima semana e Odebrecht continue preso.
Os dois executivos estão presos desde o dia 19 de junho deste ano em Curitiba. Eles foram alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato que também atingiu outros empresários.
Também foram negados nesta quinta os habeas corpus pedidos por Elton Negrão, executivo da Andrade Gutierrez, e Ricardo Hoffman, publicitário. A 5ª turma suspendeu o julgamento relacionado a Rogério Araujo, ex-diretor da Odebrecht, por um pedido de vista do ministro Felix Fischer. Ele já conta com um voto a favor do ministro Ribeiro Dantas.

LAVA JATO
MINISTRO DO SUPREMO NEGA LIBERDADE A BUMLAI
MINISTRO DO STF NEGA LIBERDADE PARA O FAZENDEIRO AMIGO DE LULA
Publicado: 10 de dezembro de 2015 às 18:37 - Atualizado às 19:17
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou nesta quinta-feira, 10, o pedido de liberdade do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, preso na Operação Lava Jato.
De acordo com Teori, a negativa deu-se por motivos processuais.
Na petição, a defesa de Bumlai alegou que a prisão é ilegal, por não demonstrar provas contra ele. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.
Segundo depoimentos em delações premiadas, o empréstimo se destinava ao PT e foi pago mediante a contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009. Bumlai nega o repasse ao partido do seu amigo Lula.

A DISSOLUÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
Carlos Chagas
Solução ética, mesmo, seria a dissolução do Conselho de Ética da Câmara. Depois de seis adiamentos, troca de relator, manobras variadas para poupar o presidente Eduardo Cunha, só faltava, mesmo, uma cena de pugilato entre dois deputados. No caso, José Geraldo, do PT do Pará, contrário a Cunha, e Wellington Roberto, do PR da Paraíba, defensor de Cunha. No final da baixaria, nada de novo. Ontem de manhã, 10, pela sexta vez, o Conselho de Ética permaneceu em branco, sem votar sequer a admissibilidade de processo contra o presidente da Câmara por quebra do decoro parlamentar, empurrada para o próximo ano.
Da ética, essas reuniões passaram longe, aliás, muito semelhantes às que o plenário da Câmara vem realizando, plenas de manobras, lambanças e, também, troca de socos. Tudo acontecendo em volta da mesma figura mefistofélica de Eduardo Cunha, que até agora não perdeu nenhum entrevero e permanece no exercício de suas funções, com seus pezinhos de cabra movimentando-se em todas as direções.
Fosse realizado um plebiscito para saber se a população aprovaria a dissolução do Conselho de Ética e do Congresso, fatalmente a imensa maioria digitaria favoravelmente.
Nem o Executivo escaparia, pois na noite de quarta-feira, 09, num jantar de congraçamento natalino na casa do senador Eunício Oliveira, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, arremessou um copo de vinho na careca do senador José Serra.
Convenhamos, permanece valendo a máxima de que, no Brasil, o dia seguinte sempre consegue ficar um pouquinho pior do que a véspera. Vale aguardar o que nos reserva o dia de hoje, apesar de tratar-se de uma sexta-feira, quando Suas Excelências escafedem-se para seus estados.
Por mais triste que seja, o País vai chegando à conclusão de necessitar de ampla, geral e irrestrita limpeza. As instituições encontram-se em frangalhos, a economia mergulhou nas profundezas e poucos escapam da condenação. A dissolução só não se tornaria um anseio comum pela certeza de que a alternativa seria pior. Até porque as investigações sobre a corrupção aproximam-se de seu ponto de ebulição, chegando à família do ex-presidente Lula. A presidente Dilma perde votos diante de uma hipotética manifestação pelo impeachment, que algum dia virá. 
Em suma, vale corrigir a primeira afirmação lá de cima: não seria melhor dissolver tudo e começar de novo?

NO BLOG DO CORONEL
QUINTA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 22:45:00
O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), anunciou nesta quinta-feira, 10, que o partido vai entrar nesta sexta-feira, 11, com uma ação na Justiça Federal para impedir que a presidente Dilma Rousseff use espaços...
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes defendeu nesta quinta-feira (10) que o tribunal tenha um papel discreto na discussão sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e afirmou que, em princípio, não considera...

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
10/12/2015 às 21:46 \ Opinião
Publicado no Globo
A relação é direta: toda vez que aumenta a chance de Dilma ser afastada do poder, sobem as ações das empresas brasileiras, aqui e em Nova York. Disparam especialmente as ações da Petrobras. São apostas, claro, mas há uma lógica nisso. Entende-se que, primeiro, o governo Dilma não tem mais jeito, mesmo que sobreviva ao impeachment. E, segundo, acredita-se que o provável sucessor em caso de afastamento, Michel Temer com uma outra reunião de partidos, embora com o PMDB de sempre, não tem como ser pior.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
11-12-2015 ÀS 5:07
GERAL4:32
GERAL4:09
GERAL4:06
GERAL3:59
10/12/2015 ÀS 22:46

NO O ANTAGONISTA
Brasil 11.12.15 07:42 Comentários (7)
O jogo sujo de Dilma Rousseff foi revelado por O Globo.
Michel Temer, em sua conversa com Dilma Rousseff na quarta-feira, advertiu o governo a não se intrometer em assuntos domésticos do PMDB, principalmente tentando recolocar Leonardo Picciani no cargo de líder da bancada.
E o que fez Dilma Rousseff?...
Brasil 11.12.15 07:31 Comentários (20)
A cúpula do PSDB se reuniu ontem à noite para tratar do impeachment de Dilma Rousseff.
Depois do encontro, Fernando Henrique Cardoso declarou que o partido vai trabalhar pelo afastamento da presidente: “O impeachment, como foi dito pelo vice-presidente Michel Temer em seu livro a respeito do assunto, é um processo jurídico-político...
Brasil 11.12.15 06:43 Comentários (35)
A Odebrecht pagou a campanha de Dilma com dinheiro roubado da Petrobras.
Segundo Merval Pereira, Maika conhece todos os detalhes da conversa entre Delcídio Amaral e Dilma Rousseff no dia da prisão de Marcelo Odebrecht...
Brasil 11.12.15 06:41 Comentários (11)
Merval Pereira, em O Globo, revelou por que Delcídio Amaral pode fazer a delação das delações.
Sua mulher, Maika “diz para quem quiser ouvir que tudo que Delcídio fez foi a mando de Lula e Dilma”.
Brasil 11.12.15 06:27 Comentários (32)
A delação das delações ainda é objeto de escambo.
Segundo o Valor, Delcídio Amaral desistiu de fazer acordo de delação premiada...
Brasil 11.12.15 06:19 Comentários (7)
A Folha de S. Paulo informa que, “tanto na Lava Jato quanto no STF, a colaboração de Delcídio do Amaral é tratada como ‘a delação das delações’”...
Brasil 10.12.15 22:51 Comentários (1)
O site da revista Época publicou uma foto eloquente, encontrada pela PF na casa de José Carlos Bumlai. Assinalado com o círculo, o pecuarista segura uma vela no "arraiá" de Lula:
Brasil 10.12.15 22:44
As falhas na política fiscal – com a implantação do ajuste mais lenta do que o esperado –, a deterioração da economia e a crise política devem deixar uma conta cara para o consumidor em 2016: mais uma vez, a inflação irá superar o teto da meta e ficar em torno de 7%.
Brasil 10.12.15 21:58 Comentários (128)
Kátia Abreu, na exploração política contra José Serra, disse que "todas as mulheres conhecem bem o eufemismo da expressão 'namoradeira'"...

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 11/12/2015 04:28
Numa tentativa de desqualificar o processo de impeachment deflagrado na Câmara, Dilma Rousseff passou a difundir uma versão marqueteira das chamadas pedaladas fiscais. Ela diz estar sendo julgada porque direcionou verbas aos brasileiros mais pobres, fornecendo-lhes um teto por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. A alegação não orna com os fatos. As constituem apenas parte das acusações que constam do pedido de impeachment. E elas beneficiaram mais os grandes empresários pendurados na carteira de empréstimos do BNDES do que a clientela pobre que busca financiamento para casas populares nos guichês da Caixa Econômica Federal.
No relatório em que rejeitou a prestação de contas do governo Dilma de 2014, o TCU orçou as pedaladas do ano passado em R$ 40,2 bilhões. São atrasos de repasses do governo a bancos públicos por pagamentos de programas e subsídios que deveriam ser bancados pelo Tesouro Nacional. A lei proíbe empréstimos de bancos públicos ao governo.
O atraso nos repasses foi maior no BNDES, no âmbito do PSI, Programa de Sustentação do Investimento, uma linha de crédito subsidiado mais conhecida como “bolsa empresário”. Nesse item, as pedaladas somaram R$ 12,1 bilhões — ou 30% do total.
Vêm a seguir: R$ 10,69 bilhões (26,59%) que o governo segurou do FGTS; e R$ 9,74 bilhões (24,2%) do Banco do Brasil, responsável pelo financiamento da safra agrícola. Só então aparece, em quarto lugar, a Caixa Econômica, agente financeiro do Minha Casa Minha, Minha Vida, que amargou atrasos em repasses que somaram R$ 7,66 bilhões (19,05%).
Deve-se o levantamento dos dados à assessoria técnica da liderança do DEM na Câmara. Escorado nos números, o deputado Mendonça Filho (PE), líder da legenda, ironiza a linha de defesa adotada por Dilma: “As casas respondem pela menor fatia dos programas pedalados. A presidente não deveria se orgulhar disso. Precisa aprender que não é necessário descumprir a lei e a Constituição para construir casas populares. Até porque a população pobre é a que mais sofre com os desequilíbrios econômicos que levam à recessão, à inflação alta e ao desemprego.”
O ano de 2015 está terminando e a dívida remanescente das pedaladas de 2014 ainda não foi liquidada. Em documento remetido ao Congresso, o Ministério da Fazenda estimou que a cifra de R$ 40,2 bilhões mencionada no documento do TCU saltará para R$ 57 bilhões no final de dezembro. Dificilmente os bancos públicos verão a cor desse dinheiro em 2015. Desrespeitou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal.
De resto, o pedido de impeachment formulado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Junior e pela advogada Janaína Paschoal acusa Dilma de continuar pedalando o Orçamento em 2015. Ou seja, a ilegalidade invadiu o segundo mandato. Dilma é acusada de editar neste ano seis decretos que autorizaram gastos de cerca de R$ 2,5 bilhões sem a obrigatória aprovação do Congresso e “sem a comprovação de que haja compatibilidade com a meta fiscal”, como exige a lei.
Há dois dias, ao entregar 2.992 chaves do programa Minha Casa, Minha Vida, em Boa Vista (RR), Dilma disse coisas assim em seu discurso: “O Orçamento do país tem de ser olhado do ponto de vista daquilo que você gasta e para quem você gasta. O 'para quem' é o mais importante. Uma das razões para que eu esteja sendo julgada hoje é porque eles acham que nós não gastamos, não devíamos ter gastado, da forma que gastamos para fazer o Minha Casa, Minha Vida.'' No caso das pedaladas, ao se perguntar “para quem?”, Dilma decidiu ser mais generosa com a turma do BNDES.




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