LEIA NA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
26 DE SETEMBRO DE 2015
O governo Dilma não tem ‘plano B’ para o impacto da reforma ministerial e administrativa anunciada nesta semana: é a última chance de Dilma causar boa impressão no Mercado, aliados, oposição e até na população em geral, onde tem apenas 7% de aprovação. Em papo com aliados, até o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), disse: mudar a Esplanada é a “última oportunidade” de Dilma.
Os peemedebistas resolveram cobrar mais ministérios de Dilma, levando a reforma à estaca zero, segundo aliados do governo.
Líder do PSD, Rogério Rosso (DF) diz que reaproximação com PMDB é “fundamental para espantar a crise”. Falta combinar com a oposição.
Caso a Câmara aprove a admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma, o governo calcula que o Senado seguirá o mesmo caminho.
“Se não fizer (a reforma) agora, f****”, revelou uma importante liderança da base aliada do governo no Congresso Nacional.
Após nove meses no cargo, até hoje o ministro Armando Monteiro (Desenvolvimento) não dá a mínima para o Pólo Industrial de Manaus, um dos principais centros de desenvolvimento industrial. Nem sequer o visitou. Na reunião do conselho da Suframa, dias atrás, o presidente do Centro da Indústria do Amazonas, Wilson Périco, perdeu a paciência diante do nº 2 do ministério, Fernando Furlan, o secretário-executivo.
Olho no olho, Wilson Périco reclamou a Fernando Furlan de “descaso e desrespeito” do ministro Armando Monteiro, que ignora a zona franca.
Armando Monteiro tem tal desprezo pela zona franca que até agora não se interessou em escolher o novo superintendente da Suframa.
O pólo de Manaus só dá boas notícias ao Brasil. Na reunião do seu conselho, esta semana, foram aprovados 48 novos projetos industriais.
Após decolar do Palácio Alvorada cuspindo fogo, a presidente Dilma viajou com todas as crises, nenhuma questão resolvida. Sequer encaminhada. E deixando os aliados ainda mais irritados.
Orlando Silva (PCdoB-SP) garante que foi contra o ingênuo acordo do PT e do líder do governo, José Guimarães (CE), com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, precipitando as tratativas do impeachment. Não é o que dizem petistas presentes à reunião que definiu a proposta.
Em Belo Horizonte, um grupo de militares prepara ação na Justiça contra o ministro da Defesa, Jaques Wagner, a quem chamam de “sinistro da Defesa”. Acusam-no de negligenciar assuntos da caserna.
A semana agitada terminou em calmaria. E com uma perplexidade dos assessores: Dilma continuou as insistentes ligações a deputados e senadores de qualquer nível de importância, pedindo para manter vetos.
Os que gostam de História, no governo, acham que está a cada dia com cara de Jango que levava o maior jeitão de João Figueiredo. Dilma e Jango têm em comum uma coincidência: a debilidade do governo.
Nas negociações que comanda, agora que reassumiu a articulação política do Planalto, o ministro Ricardo Berzoini (Comunicações) pede aos partidos garantias de que não haverá traições no Congresso.
“Com ou sem reforma ministerial, o governo não se sustenta. Agora é a população na rua, cobrando”, afirma o deputado Rubens Bueno (PPS-PR). Segundo ele, a popularidade de Dilma vai cair ainda mais. A zero?
O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) não quer o primo José Priante (PMDB-PA), no eventual Ministério de Infraestrutura. Ele prefere manter o filho, Helder Barbalho, no primeiro escalão do governo.
Alguém aí sabe o paradeiro da ex-presidente da Petrobras, Graça Foster, apeada do cargo no escândalo da roubalheira na estatal?

DO O ANTAGONISTA
Brasil 26.09.15 07:52 Comentários (35)
Lula e Dilma Rousseff “não apenas sabiam da existência do petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento”.
Foi o que disse Pedro Corrêa aos procuradores da Lava Jato, segundo a Veja...
Brasil 26.09.15 07:54 Comentários (12)
Até ontem, cinco delatores da Lava Jato acusavam Dilma Rousseff de ter sido eleita com dinheiro roubado da Petrobras.
Agora, com o relato de Pedro Corrêa, são seis.
Brasil 26.09.15 07:41 Comentários (37)
A reportagem de Época sobre o golpe do STF contra a Lava Jato mostra, nas entrelinhas, que os ministros atribuem toda a responsabilidade pela manobra a Dias Toffoli.
Mostra também que eles querem encontrar uma maneira de voltar atrás...
Brasil 26.09.15 07:32 Comentários (42)
O golpe do STF contra a Lava Jato está na capa de Época.
Inicialmente, a reportagem descreve as manobras de Dias Toffoli, “o advogado do PT que chegou ao Supremo nomeado por Lula, hoje um dos alvos principais da Lava Jato; o advogado que foi reprovado duas vezes num concurso para juiz, e que se pôs a dar lições jurídicas e morais ao juiz Sergio Moro”...
Brasil 26.09.15 07:26 Comentários (7)
A reforma ministerial de Dilma Rousseff é o assunto predileto dos jornais. Enquanto O Antagonista denunciava o jogo sujo do STF contra a Lava Jato, o resto da imprensa se ocupava de Leonardo Picciani.
Dilma Rousseff, para nós, está morta politicamente, assim como todos os seus ministros. O que importa, de fato, é o que virá depois dela...
Brasil 26.09.15 06:51 Comentários (13)
A Folha de S. Paulo informa que, “além de Benjamin Zymler, o governo consultou Walton Alencar quanto à possibilidade de recurso ao próprio TCU caso os ministros indiquem a rejeição das contas de Dilma em 2014.
Luís Inácio Adams conversou com os ministros na quinta. O objetivo é protelar o envio do parecer do TCU ao Congresso e jogar água na fervura do impeachment”...
Brasil 26.09.15 06:32 Comentários (37)
Bill Gates decidiu processar a Petrobras, que roubou dinheiro de sua entidade filantrópica.
Ele deverá contar com uma testemunha valiosa. Segundo a Época, Alberto Youssef está negociando um acordo de delação premiada com os procuradores de Nova York, que investigam o assalto petista à estatal...
Brasil 25.09.15 22:57 Comentários (15)
A Veja traz reportagem sobre conteúdo da delação que Pedro Corrêa negocia com o Ministério Público. Ele teria dito aos procuradores que o petrolão "nasceu numa reunião" no Palácio do Planalto na presença de Lula, José Dirceu, José Eduardo Dutra e caciques do PP...
Brasil 25.09.15 22:22 Comentários (5)
Um dos negócios que rendeu pixulecos ao lobista João Augusto Henriques, como citado em post anterior, foi a venda a preço de banana da refinaria de San Lorenzo, na Argentina. O comprador foi o empresário Cristóbal López, ligado a Cristina Kirchner...
Brasil 25.09.15 21:49 Comentários (103)
Guido Mantega resolveu abrir uma consultoria chamada "Coroado Administração de Bens", informa a Época. A empresa também tem por objeto "atividades de consultoria em gestão empresarial"...
Brasil 25.09.15 21:27 Comentários (22)
A Época publicou mais cedo que a Controladoria-Geral da União deixará de existir como é hoje. A ideia do governo é fatiar suas atribuições entre a Casa Civil e o Ministério da Justiça...
Brasil 25.09.15 21:13 Comentários (15)
Sérgio Moro decretou a prisão preventiva do empresário João Henriques, um dos lobistas do PMDB no petrolão. Ele estava preso temporariamente desde segunda-feira...
Brasil 25.09.15 20:57 Comentários (30)
Já falamos mais cedo dos impropérios de José Eduardo Cardozo, mas não custa voltar ao assunto. Cardozo disse o seguinte: "Eu conheço muitos juízes. Seguramente, além daqueles que eu conheço, há muitos juízes bons”...
Brasil 25.09.15 20:37 Comentários (80)
Rodrigo Janot manifestou-se a favor de que o STF autorize a PF a tomar depoimento de Lula como testemunha na Operação Lava Jato. Caberá agora ao ministro Teori Zavascki acatar o parecer...
Brasil 25.09.15 20:01 Comentários (77)
Há em curso no Congresso uma poderosa batalha de lobbies de grupos de empresários do jogo dos EUA e da Rússia, que estão de olho na legalização de bingos, cassinos e jogos de azar defendida por Eduardo Cunha...
Brasil 25.09.15 19:42 Comentários (90)
Em artigo recente, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, deu um pito público no juiz Sérgio Moro dizendo que magistrados são proibidos de propor alterações legislativas. O ministro se referia à possibilidade de execução da pena após condenação criminal em segunda instância, proposta defendida não apenas por Moro, mas também pela Associação dos Juízes Federais (Ajufe)...
Economia 25.09.15 19:24 Comentários (30)
O Globo publicou que, ao saber que Michel Temer havia dito a empresários que a CPMF dificilmente passará no Congresso, Joaquim Levy ironizou...
Brasil 25.09.15 19:15 Comentários (22)
A 'bombástica' delação de Nestor Cerveró está empacada. Os procuradores que negociam com o ex-diretor internacional da Petrobras avaliam que as informações trazidas por ele até agora não são suficientes para garantir-lhe o status de colaborador e os benefícios decorrentes...
Economia 25.09.15 19:12 Comentários (7)
O dólar fechou a 3,97 reais, com atuação forte do Banco Central. Mas o mercado sabe que a munição do Brasil é limitada.
Visitinha da saúde.
Economia 25.09.15 19:07
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, quis dar uma de cabra macho para segurar o dólar no gogó. Disse que não descarta o uso das reservas internacionais para conter a desvalorização do real. O problema, como todo metido a valentão sabe, é que ele agora precisa provar que não foge da raia. É o que pensa Alfredo Coutiño, diretor para América Latina da Moody’s Analytics, a divisão de análises econômicas da agência de risco. Para ele, as palavras precisam ser seguidas de “ações”. Caso contrário, a calma do mercado será temporária. E, mesmo se o BC agir, o Brasil não estará livre de sofrer um ataque especulativo.
Brasil 25.09.15 18:48 Comentários (157)
A reação negativa ao fatiamento da Lava Jato já fez alguns ministros e ministras reavaliarem sua posição -- e um novo debate no plenário do STF, eventualmente provocado por embargos da PGR, pode ter resultado diferente...
Brasil 25.09.15 18:30 Comentários (47)
O Antagonista foi informado agora de que a força-tarefa da PGR estuda recorrer da decisão do STF de fatiar a Lava Jato...
Brasil 25.09.15 17:10 Comentários (120)
Volta das chacinas em São Paulo aumenta o número de homicídios para 106 apenas em agosto.
Volta dos arrastões no Rio de Janeiro.
O Brasil volta a ser o que nunca, na verdade, deixou de ser: um país feroz e ignorante, governado por incompetentes e ladrões.
Brasil 25.09.15 16:19 Comentários (59)
Já são mais de 100.000 assinaturas em defesa da Lava Jato e contra o jogo sujo do STF.
Assine também:
Mundo 25.09.15 16:11 Comentários (41)
Joseph Blatter agora sofre uma ação criminal na Suíça, por apropriação indébita, gestão desleal e ter agido contra o interesse da Fifa.
O Antagonista acha que a Suíça é um Brasil que deu certo. A malandragem rola solta por décadas, até que alguém de fora descobre e os suíços correm para fazer cumprir a lei.
Brasil 25.09.15 15:47 Comentários (70)
O fato de a Fundação Bill & Melinda Gates processar a Petrobras, pela perda de "dezenas de milhões de dólares", é mais um motivo para o Brasil corar de vergonha por manter o PT no poder...
Gates, tenho uma dica para a sua fundação...
Economia 25.09.15 15:43
Na campanha em que não se furtou a “fazer o diabo” para se reeleger, Dilma retratou os bancos como instituições diabólicas que tiram a comida da mesa dos brasileiros – um deplorável jogo de cena. Na vida real, a maior parte das ações que mais renderam nos governos de Lula e Dilma pertence aos bancos. Segundo a consultoria Economatica, 4 dos 10 papéis de maior rentabilidade pertencem ao setor. Destaque para o Bradesco, cujas ações renderam quase 900% sob a estrela petista.


NO DIÁRIO DO PODER
PROTEGER AS INSTITUIÇÕES
PRESIDENTE DA CÂMARA DOS ESTADOS UNIDOS RENUNCIA AO CARGO
NOTÍCIA SURPREENDEU O PRESIDENTE DOS EUA BARACK OBAMA
Publicado: 25 de setembro de 2015 às 19:23 - Atualizado às 19:26
O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, John Boehner, anunciou nesta sexta-feira (25) sua renúncia ao cargo. De acordo com o jornal The New York Times, ele se afastará no fim de outubro.
"Foi uma honra servir ao Congresso norte-americano e ao país", disse o político republicano, visivelmente comovido durante uma coletiva de imprensa na qual confirmou sua intenção de renunciar.
"Tomei esta decisão para proteger as instituições", afirmou Boehner, explicando que sua renúncia interrompe divisões dentro dos republicanos no Congresso, o que poderia prejudicar o funcionamento da entidade e as "medidas tomadas em nome do povo".
A notícia supreendeu o presidente Barack Obama, que telefonou para John Boehner, a fim de questionar a situação. "Não esperava uma mudança tão grande", comentou o chefe de Estado.
Considerado um dos principais adversários políticos de Obama, Boehner estava na posição de presidente da Câmara há quase cinco anos. A renúncia está ligada a pressões da ala mais conservadora do partido, que ameaçou colocar seu nome em uma votação de confiança.
O magnata e pré-candidato republicano à Presidência, Donald Trump comemorou o afastamento. Segundo ele, John Boehner "fez bem" em deixar seu cargo, pois "não lutou o suficiente pelos conservadores".(aNSA)

PERDAS COM INVESTIMENTOS
FUNDAÇÃO DE BILL GATES PROCESSA PETROBRAS EM NOVA YORK
MAIOR INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DO MUNDO QUER RECUPERAR PERDAS
Publicado: 25 de setembro de 2015 às 18:19
A Fundação Bill & Melinda Gates, a maior instituição filantrópica do mundo, entrou com processo contra a Petrobrás em Nova York para recuperar perdas com investimentos feitos desde 2009 em papéis da empresa brasileira. "A profundidade e a amplitude da fraude na Petrobrás é espantosa", afirma a ação entregue na Corte de Manhattan.
O processo da Fundação de Bill & Melinda Gates tem como objetivo recuperar prejuízos em investimentos feitos na Petrobrás entre 2009 e setembro de 2015. "Pela admissão da própria Petrobrás, o esquema de propina afetou mais de US$ 80 bilhões de seus contratos, cerca de um terço de seus ativos totais", afirma o processo. A Fundação Bill & Melinda Gates foi criada pelo fundador e ex-presidente da Microsoft, Bill Gates, e sua esposa, Melinda Gates, em 2000 e não tem fins lucrativos. Com sede na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, e tem US$ 44 bilhões em ativos. O fundo WGI Emerging Markets Fund, com sede em Boston, também entrou na mesma ação.
Como réus no processo, além da Petrobrás, é citada a PricewaterhouseCoopers, empresa que auditou os balanços da petroleira. "Este caso surge de um esquema de suborno e lavagem de dinheiro realizado pela Petrobrás e deliberadamente ignorado pela PwC", afirma o processo, de 103 páginas. "Este é um caso de corrupção institucional, formação de quadrilha e uma fraude maciça aos investidores", destaca a ação, aberta ontem (24), mas divulgada pela Corte nesta sexta-feira, 25.
"A Petrobrás não apenas escondeu a fraude do público investidor, a empresa repetidamente burlou seus controles internos, suas informações financeiras e a governança corporativa em suas declarações públicas", ressalta o texto, mencionando que a verdade sobre a companhia "começou a vir a tona" em setembro do ano passado, quando ex-executivos da empresa, como Paulo Roberto Costa, começaram a delatar o esquema de corrupção.
Por meio de divulgação de informações "falsas e enganosas" e "omissões", a Petrobrás conseguiu captar quantidade expressiva de recursos nos últimos anos, incluindo US$ 70 bilhões em uma oferta de ações em 2010, de acordo com o processo. Nos últimos anos, o documento conta que os gestores de recursos da Fundação Bill e Melinda Gates e do WGI Emerging Markets participaram de diversas reuniões com executivos da Petrobrás, foram as apresentações para investidores no Brasil e nos EUA e acompanharam a empresa "de perto". Os gestores fizeram "repetidos questionamentos" sobre o ambicioso projeto de investimento da Petrobrás, mas sempre foram convencidos pelo argumento de que a infraestrutura deficiente do Brasil demandava investimentos do tipo.
O processo da Fundação de Bill Gates é a 16ª ação individual aberta contra a Petrobrás nos EUA este ano, com investidores reclamando prejuízos por conta das investigações da Operação Lava Jato. Além dessas, foram abertas mais cinco ações coletivas, que foram unificadas em um único processo pelo juiz federal da Corte de Nova York, Jed Rakoff. Fundos dos Estados Unidos, Irlanda, França, Holanda, Hong Kong, Reino Unido, entre outros países, fazem parte das diversas ações. (AE)

NENHUMA PRESIDÊNCIA VALE TANTO
Carlos Chagas
A submissão da presidente Dilma às exigências do PMDB rachado e dividido constitui apenas um capítulo nessa novela de horror, mas só pode ter uma explicação: Madame tem medo do impeachment. Para evitá-lo, fará qualquer coisa. Dispõe-se a humilhações, avanços e recuos. Aceita imposições e imobiliza seu governo, mais do que vinha acontecendo antes de optar pela reforma do ministério. Quer suprimir dez pastas, mas não sabe quais, definindo ora umas, ora outras, ao sabor do fisiologismo de seus aliados. Viajou para os Estados Unidos sem saber quantos ministros vão sair ou vão ficar. Nem quais os escolhidos. Quando retornar, o dia seguinte terá ficado pior do que a véspera, por conta de outras tantas trapalhadas e lambanças.
Nenhuma presidência vale tanto. Melhor faria Dilma se pedisse para sair, preservando o resto de honra que ainda possui. Com o país envolto em agudos índices de desemprego, o dólar alcançando patamares raras vezes registrados, o custo de vida aumentando em níveis sombrios, elevando-se o índice de impopularidades pela criação de mais impostos, sempre sacrificando a população – quais os dividendos que a presidente imagina tirar de performance tão negativa?
Dela, cada iniciativa redunda em fracasso. Seus aliados fogem, quando não a estão traindo. Seus ministros omitem-se. Seu partido evaporou. Pergunta-se porque ainda insiste. Se é para permanecer no palácio do Planalto às custas de tantos dissabores, melhor faria se reconhecesse a impossibilidade de seguir adiante. Não deu certo. Essas coisas acontecem, importa reconhecer a derrota e tirar dela efeitos ainda capazes de poupar sua biografia.
Do jeito que as coisas vão, o risco é da desagregação nacional. Haverá que recomeçar, sob outra direção. O governo dos trabalhadores demonstra não ser dos trabalhadores e nem ser governo. Tornou-se um aglomerado de fracassos, faltando-lhe programas, planos e estruturas. Lembra as ruínas de uma cidade assolada por formidável terremoto. Impossível reconstruí-la, preferível erigir outra, em outro terreno, sem o governo atual. Antes que as instituições afundem, reformá-las. Trabalhadores, empresários, classe média, intelectuais, funcionários públicos, religiosos, jornalistas, militares, estudantes, até políticos, estes com vastas exceções, ainda poderiam dedicar-se à reconstrução, se unidos. Mas sem a equipe responsável pela queda. A começar por ela.

NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 26 DE SETEMBRO DE 2015
(Época) Sob sigilo extremo está em curso uma negociação inicial entre procuradores de Nova York e o doleiro Alberto Youssef para realizar um acordo de delação premiada. O objetivo é que o principal operador da Lava Jato conte o que sabe sobre as falcatruas na estatal. As conversas, em estágio preliminar, têm sido conduzidas pelo advogado Antonio Figueiredo Basto, defensor de Youssef no petrolão. 
O criminalista viajou para os Estados Unidos no dia 22 de setembro para desenhar uma cooperação de seu cliente com as autoridades americanas. As tratativas, se avançarem, deverão ser concluídas até dezembro deste ano – e colocarão o FBI, a polícia federal americana, no encalço de ex-diretores e ex-conselheiros da Petrobras, incluindo a presidente Dilma Rousseff.
No momento, estão em discussão os termos do processo civil movido por investidores que perderam um dinheirão com a queda das ações da Petrobras na Bolsa de Nova York. Youssef, para evitar o bloqueio de seu patrimônio no exterior, poderá explicar como funcionavam os pagamentos de propinas e o uso político da estatal pelo Planalto. O responsável por negociar com os colaboradores da Lava Jato será o procurador americano Patrick Stokes, que deverá viajar para Curitiba entre outubro e novembro para falar diretamente com Youssef. 
Essa não é a primeira vez que Figueiredo Basto faz um acordo de delação premiada internacional. Em 2005, ele ajudou o doleiro Clark Setton a fazer uma colaboração com autoridades americanas no caso de evasão de divisas do Banestado – que também teve Youssef como um de seus principais operadores. Procurados, Figueiredo Basto e as autoridades americanas não comentaram o assunto.
A ideia de Youssef colaborar com os investigadores nos Estados Unidos surgiu em agosto, após um encontro realizado entre o advogado do doleiro, um agente do FBI e representantes de um grupo de investidores que teve prejuízo com a desvalorização dos papéis da Petrobras. Entre eles estão o USS, maior fundo de pensão do Reino Unido; o State Retirement Systems, união dos fundos de pensão de servidores dos Estados americanos Ohio, Idaho e Havaí; a gestora de recursos norueguesa Skagen, entre outros. 
O cálculo estimado para as perdas chega a mais de meio bilhão de reais. Esses acionistas entraram com ações coletivas, conhecidas como “class-action”, que estão em curso na Corte de Nova York. Por isso, estiveram no Brasil, atrás de provas colhidas pela Lava Jato.
No dia 24 de setembro, a Fundação Bill & Melinda Gates, do fundador da Microsoft, também entrou com uma queixa na Corte federal de Nova York, alegando que foi lesada pelo “esquema de suborno e lavagem de dinheiro” na Petrobras.
Nos Estados Unidos, o acordo de colaboração com a Justiça existe desde a década de 1960. O objetivo de Youssef em fechar uma cooperação com as autoridades americanas é evitar se tornar alvo também de um processo por lá. Numa eventual condenação criminal, Youssef seria proibido de entrar nos Estados Unidos ou de viajar para o exterior. No entanto, o maior prejuízo seria a condenação numa ação cível, que poderia bloquear seu patrimônio para ressarcir os investidores prejudicados. 
A Petrobras, que tem operações nos Estados Unidos, poderá ser condenada e proibida de fazer negócios com o governo americano, caso não feche um acordo. Se depender do potencial explosivo de Youssef e da eficiência do FBI, a bomba no colo do governo será grande.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:30:00

SEXTA-FEIRA, 25 DE SETEMBRO DE 2015
(Veja) Expoente de uma família rica e tradicional do Nordeste, o médico Pedro Corrêa se destacou, durante quase quatro décadas, como um dos parlamentares mais influentes em negociações de bastidores. Como presidente do PP, garantiu a adesão do partido ao governo Lula e - como reza a cartilha do fisiologismo - recebeu em troca o direito de nomear apadrinhados para cargos estratégicos da máquina pública. 
Essa relação de cumplicidade entre o ex-deputado e o ex-presidente é notória. Ela rendeu a Corrêa uma condenação à prisão no processo do Mensalão, o primeiro esquema de compra de apoio parlamentar engendrado pela gestão petista. Mesmo após a temporada na cadeia, Corrêa se manteve firme no propósito de não revelar o que viu e ouviu quando tinha acesso privilegiado ao gabinete mais poderoso do Palácio do Planalto. 
Discreto, ele fez questão de ser leal a quem lhe garantiu acesso a toda sorte de benesse. Havia um acordo tácito entre o ex-deputado e o ex-presidente. Um acordo que está prestes a ruir, graças à descoberta do Petrolão e ao avanço das investigações sobre o maior esquema de corrupção da História do Brasil.
Como outros mensaleiros, Corrêa foi preso pela Operação Lava-Jato. Encarcerado desde abril, ele negocia há dois meses com o Ministério Público um acordo de colaboração que, se confirmado, fará dele o primeiro político a aderir à delação premiada. Com a autoridade de quem presidiu um dos maiores partidos da base governista, Corrêa já disse aos procuradores da Lava-Jato que Lula e a presidente Dilma Rousseff não apenas sabiam da existência do Petrolão como agiram pessoalmente para mantê-lo em funcionamento. 
O topo da cadeia de comando, portanto, estaria um degrau acima da Casa Civil, considerada até agora, nas declarações dos procuradores, o cume da organização criminosa. Nas conversas preliminares, Corrêa contou, por exemplo, que o petrolão nasceu numa reunião realizada no Planalto, com a participação dele, de Lula, de integrantes da cúpula do PP e dos petistas José Dirceu e José Eduardo Dutra - que à época eram, respectivamente, ministro da Casa Civil e presidente da Petrobras. Em pauta, a nomeação de um certo Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras.
Pedro Corrêa, José Janene e o deputado Pedro Henry, então líder do PP, defendiam a nomeação. Dutra, pressionado pelo PT, que também queria o cargo, resistia, sob a alegação de que não era tradição na Petrobras substituir um diretor com tão pouco tempo de casa. Lula, segundo Corrêa, interveio em nome do indicado, mais tarde tratado pelo petista como o amigo "Paulinho". "Dutra, tradição por tradição, nem você poderia ser presidente da Petrobras, nem eu deveria ser presidente da República. É para nomear o Paulo Roberto. Tá decidido", disse o presidente, de acordo com o relato do ex-deputado. 
Em seguida, Lula ameaçou demitir toda a diretoria da Petrobras, Dutra inclusive, caso a ordem não fosse cumprida. Ao narrar esse episódio, Corrêa ressaltou que o ex-presidente tinha plena consciência de que o objetivo dos aliados era instalar operadores na estatal para arrecadar dinheiro e fazer caixa de campanha. Ou seja: peça-chave nessa engrenagem, Paulinho não era uma invenção da cúpula do PP, mas uma criação coletiva tirada do papel graças ao empenho do presidente da República. A criação coletiva, que desfalcou pelo menos 19 bilhões de reais dos cofres da Petrobras, continuou a brilhar no mandato de Dilma Rousseff - e com a anuência dela, de acordo com o ex-presidente do PP.
Matéria completa da edição impressa.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 23:04:00 0 COMENTÁRIOS

(Estadão) O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual recomenda que o relator das investigações da Lava Jato, ministro Teori Zavascki, aceite pedido da Polícia Federal (PF) que deseja colher novos depoimentos, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
Se Zavascki autorizar o depoimento, Lula será ouvido como testemunha no âmbito de um inquérito que apura a formação de uma organização criminosa geral para praticar os atos de corrupção na Petrobrás. Na última semana, o delegado da PF, Josélio Souza solicitou ao STF a autorização para ouvir Lula, além dos ex-ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência, governo Dilma Rousseff), Ideli Salvatti (Secretaria de Relações Institucionais, governo Dilma) e José Dirceu (Casa Civil, governo Lula) no âmbito da operação Lava Jato.
No ofício da PF, o delegado aponta que indícios devem ser buscados para identificar eventuais vantagens pessoais recebidas pelo então presidente, como atos de governo que "possibilitaram que o esquema" fosse mantido. "A investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobrás, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal", escreve o delegado da PF.
O pedido da PF usa como base depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco, delatores do esquema de corrupção.
Dilma 
No mesmo ofício, a PF aponta que a presidente Dilma Rousseff não pode ser investigada por uma vedação prevista na Constituição, segundo a qual presidentes da república não podem ser responsabilizados por atos estranhos às funções enquanto estão no exercício do mandato. Nesta sexta-feira, 25, o PSDB usou o relatório policial para protocolar uma petição no STF com pedido para que Zavascki autorize uma investigação da presidente Dilma.
O PSDB argumenta ao STF que, pela peça da Polícia Federal, "há elementos mais do que suficientes para dar início às investigações de Dilma Rousseff". A vedação à responsabilização de presidente da República, segundo o partido, precisa de uma reanálise. Com base em despacho do próprio ministro Teori Zavascki, o PSDB argumenta que a presidente pode ser investigada, ficando restrita apenas a abertura de uma ação penal.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 21:28:00

É impossível que os juízes brasileiros vendo a unanimidade em que Sérgio Moro se transformou não sigam o seu exemplo. Contra o fatiamento da Lava Jato, vamos multiplicar os Moros. Que os juízes adotem a mesma linha, o mesmo comportamento, a mesma agilidade, a mesma dignidade. Chegou a hora da primeira instância dar uma lição nos togados dos tribunais superiores. No aparelhamento do Judiciário. Nos ex-petistas transformados em juízes do STF. Chegou a hora de fazer a Justiça funcionar de baixo para cima. De pressionar. De incendiar a opinião pública. Senhores juízes, adotem a campanha que está em toda a rede social: sejam todos Moro!
Atualização: leiam a Carta de Florianópolis.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
25/09/2015 às 15:45 \ Direto ao Ponto
Sempre que craques da Justiça ameaçam golear campeões da bandidagem, juízes do Supremo Tribunal Federal arranjam algum pretexto para atrapalhar atacantes cujo esquema tático é tão singelo quanto eficaz: aplicar a lei. Foi assim no julgamento do mensalão: os delinquentes estavam a um passo da prisão em regime fechado quando o STF exumou um certo “embargo infringente”.
O palavrão em juridiquês reduziu crime hediondo a contravenção de aprendiz, transformou culpado em inocente e acabou parindo duas brasileirices obscenas: a quadrilha sem chefe e o bando formado por bandidos que agem individualmente, nunca em grupo. Agora incomodado com o desempenho exemplar do juiz Sérgio Moro, dos procuradores federais e dos policiais engajados na Operação Lava Jato, o Supremo inventou o que a imprensa anda chamando de “fatiamento” do escândalo.
Fatiamento coisa nenhuma. O nome certo é trapaça.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
26/09/2015 às 6:23

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 26/09/2015 04:58
Num instante em que a oscilação do dólar denuncia as incertezas quanto aos rumos da política econômica do governo, a Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT, patrocina o lançamento de um documento que borrifa gasolina no incêndio. O texto incorpora contribuições de “mais de uma centena de especialistas”. Chama-se “Por um Brasil Justo e Democrático”. A pretexto de sugerir um “projeto de desenvolvimento” para o país, faz críticas ácidas à condução da economia e ao ministro Joaquim Levy (Fazenda).
O documento será divulgado com pompa nesta segunda-feira, 28, num hotel do centro de São Paulo, com transmissão ao vivo pela internet. Nele, lê-se a acusação de que Levy, recrutado por Dilma na diretoria do Bradesco, defende no governo os interesses dos bancos e impõe sacrifícios desnecessários ao brasileiro. O texto anota que a política econômica comandada por Levy joga o país numa recessão, promove a deterioração das contas públicas e reduz a capacidade do Estado de promover o desenvolvimento.
Na opinião dos economistas que redigiram o documento, a lógica que do ajuste fiscal pretendido por Levy é caolha, privilegiando “a defesa dos interesses dos grandes bancos e fundos de investimento.” Ouvido pelo blog sobre o teor do texto, um auxiliar de Dilma disse na noite desta sexta-feira (25) que ele não reflete a opinião da presidente. Reconheceu, porém, que a divulgação deve produzir consequências ruinosas. Indagou: como podemos exigir dos nossos aliados que ajudem a aprovar o ajuste fiscal se o PT não se mostra convencido do acerto.
Levy costuma dizer que a deterioração dos indicadores da economia não é causada pelo ajuste, mas pela política desenvolvida antes da sua chegada. O documento dos economistas companheiros discorda desse ponto de vista. Anota: entre 2013 e 2014, o Brasil não apresentava, sob nenhum aspecto considerado, um cenário de crise que exigisse tamanho sacrifício da população.
O documento sustenta que é a política econômica atual que contribui para deteriorar o ambiente econômico e social, potencializando a crise política e “as ações antidemocráticas e golpistas.” Além da Fundação Perseu Abramo, subscrevem as críticas à condução da economia as seguintes organizações: Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fórum 21, Plataforma Política Social, Le Monde Diplomatique Brasil e Rede Desenvolvimentista.
As críticas dos economistas companheiros ecoam em público algo que os petistas —Lula à frente— vêm dizendo a portas fechadas. A turma esquece que, sob Dilma, quem manda na economia é ela. Ex-conselheiro informal de Lula e da própria Dilma, o economista Delfim Netto atribuiu a Dilma a ruína econômica: “…Ela é simplesmente uma trapalhona”, disse Delfim.


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