LEIA HOJE NA MÍDIA SEM MORDAÇA
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE SETEMBRO DE 2015
O Planalto parece não ter o menor zelo para escolher quem toca as negociatas do Palácio no Senado. Dos cinco senadores que integram a liderança do governo, sendo quatro vices-líderes indicados esta semana, apenas um parlamentar não tem nenhum rolo na Justiça: Telmário Mota (PDT-RR). No restante da trupe, tem de tudo: acusação no escândalo dos Sanguessugas, Mensalão e até roubo de energia.
Contra Delcídio do Amaral (PT-MS) há no STF inquérito (3778/13 ) que apura crimes de funcionários públicos contra a administração.
Hélio José (PSD) luta para se livrar do apelido “Hélio Gambiarra”, pelo “gato na energia” para fazer um churrasco em sua casa, no DF.
Wellington Fagundes (PR-MT), outro do time de Dilma, foi acusado no escândalo dos sanguessugas de ter recebido R$ 100 mil. Ele nega.
Paulo Rocha (PT-PA) apareceu na lista de pagamentos do mensalão. Para não ser cassado, renunciou em 2005, quando ainda era deputado.
O governo Dilma bateu esta semana os R$ 2 trilhões em receitas, em 2015. O governo dispõe de mais de 1.160 formas de arrecadação, como impostos, multas, rendas, execuções fiscais etc, para abastecer os cofres que sustentam sua fabulosa máquina administrativa, tão ineficiente e corrupta quanto cara. Apesar da choradeira, até agora o governo já faturou o equivalente a 90% do que arrecadou em 2014.
Em 2010, último ano do governo Lula, as receitas atingiram R$ 1,4 trilhão, mas em menos de dois anos (2012) já beiravam R$ 2 trilhões.
O avanço no bolso do cidadão deve levar as receitas do governo Dilma ao recorde de R$ 2,8 trilhões, 100% a mais, em apenas cinco anos.
O governo Dilma foi o primeiro a superar os R$ 2 trilhões em um ano, e vai celebrar os R$ 3 trilhões até 2017. Se ainda for presidente, claro.
O movimento parlamentar pelo impeachment de Dilma guarda, em total sigilo, os nomes dos deputados favoráveis à cassação do mandato da Madame. A idéia é evitar pressão do governo. Muitos são da base.
O acordo de delação do alagoano Fernando Baiano, preso na Lava Jato, tira o sono da cúpula do PMDB. Por isso passam a impressão de estarem no mundo da Lula, sem foco na crise econômica.
Os petistas dizem que aumento da Cide provocará revolta, porque elevará o preço da gasolina e das passagens. Lembram que o estopim das manifestações de 2013 foram vinte centavos nas passagens.
Os servidores da Câmara maldizem o deputado Eduardo Cunha, que decidiu economizar R$ 800 mil cortando horas extras. Tinha funcionário que passava na Câmara apenas para assinar o ponto noturno.
O Palácio do Planalto deixou os líderes aliados avisados que na segunda-feira (21) o grupo volta a se encontrar. A reunião será tocada pelo ministro-articulador Ricardo Berzoini. Na pauta: pacotão fiscal.
O Planalto estuda ressuscitar a CPMF via projeto de lei complementar, que precisa de 257 votos na Câmara para ser aprovado. Como emenda constitucional (PEC), são necessários 308. O Planalto tem 200 votos.
Com a ameaça de deflagrar o processo de impeachment, o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) passou a agilizar com nomeações encalacradas. O medo era de levar a culpa pelo processo.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acha que a reforma política deveria cortar um senador por Estado e 21% dos atuais deputados. Como forma de economizar e moralizar o Legislativo.
Onde na bicicleta Dilma esconde o kit de primeiros socorros?
NO O ANTAGONISTA
Brasil 20.09.15 07:21 Comentários (31)
Gilmar Mendes é o “maior opositor” do Brasil. Quem lhe outorgou o título, em tom de censura, foi a Folha de S. Paulo, ecoando o petista Jaques Wagner.
Diante de um governo que corrompe o STJ para livrar da cadeia dois empreiteiros imundos, o jornal prefere recriminar o único juiz que denuncia publicamente o poder.
A Folha de S. Paulo é de fato equilibrada e desapaixonada.
O STJ, além de tramar a soltura dos maiores empreiteiros do País, está tentando também barrar o acesso da Lava Jato à “cta. Suíça” que, segundo a mensagem no celular de Marcelo Odebrecht, abasteceu a campanha de Dilma Rousseff.
Nos últimos dias, felizmente, houve uma baixa nesse campo...
A trama nauseabunda para livrar Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo é ainda mais nauseabunda do que se imagina. Diz a reportagem:
“A mobilização para tirar o mais rápido possível os executivos da prisão se deve às ameaças, cada vez mais frequentes, de que podem dar detalhes sobre depósitos feitos no exterior para campanhas recentes”...
A trama nauseabunda para livrar Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo da cadeia inclui, segundo a Folha de S. Paulo, políticos do PT e do PMDB, além de ministros do STJ e do governo Dilma Rousseff.
Quais ministros? José Eduardo Cardozo? Jaques Wagner? Que tal publicar o nome dessa gente?
A Folha de S. Paulo, neste domingo, conta que membros do governo, ministros do STJ e advogados da Lava Jato tramam para conceder habeas corpus para Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo.
Esse é o tipo de equilíbrio que Jaques Wagner exige das mais altas cortes do país: um lado para a Odebrecht, o outro lado para a Andrade Gutierrez.
Jaques Wagner atacou Gilmar Mendes. Ele disse:
"Fiquei negativamente surpreso com a atitude do ministro Gilmar Mendes na sessão do STF. O ministro proferiu críticas ao PT e à OAB, com acusações que não condizem com um magistrado da maior corte do País. As cadeiras do STF são local de equilíbrio e não comportam paixões"...
"Segundo dia de Rock In Rio é marcado por furtos", denunciou a Veja.
O público não teve a menor dificuldade para identificar o ladrão:
Murilo Moyses nos enviou esse vídeo do Hélio Bicudo comentando a meta atingida de um milhão de assinaturas na petição online pelo impeachment de Dilma. Vamos dobrar a meta?...
É para moralizar
A Fiesp lança na segunda-feira (21) a campanha "Não vou pagar o pato" contra qualquer aumento de imposto...
O pato não quer mais ser pateta
Na entrevista ao La Nación, Edinho Silva falou também do pacote de ajuste fiscal, que não ajusta nada. Ele disse que Dilma já "fez o que devia fazer" e não tem um plano B...
Edinho Silva, o ministro que entende chongas de comunicação, disse ao La Nación que se Dilma Rousseff cometeu erros foi "pensando em governar para os mais necessitados"...
Dilma Rousseff passou o dia no Palácio do Alvorada discutindo a reforma ministerial. No final da tarde, pegou um avião da FAB para Porto Alegre. A assessoria da Presidência informou que a viagem é "agenda privada"...
NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 19 DE SETEMBRO DE 2015
Dilma Rousseff tem até o dia dois de outubro para promulgar o projeto de lei que proíbe doações privadas em campanhas eleitorais, para que elas sejam válidas já em 2016. Surgiu uma hipótese de que o STF, provocado, teria que votar a matéria de novo, pois o julgamento foi feito meramente em cima de princípios e não de fatos. Leia aqui em O Globo. Votará Dilma contra Renan Calheiros, presidente do Senado, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara, sancionando o que foi decidido pelo Senado? Ou se renderá à quadrilha do PT, que guardou, segundo Gilmar Mendes, R$ 800 milhões desviados dos cofres públicos para fazer campanhas eleitorais até 2038? Vai ficar contra o PMDB do impeachment ou o PT do petrolão? Qual negociata vai rolar entre os dois partidos símbolos da corrupção no país?
POSTADO POR O EDITOR ÀS 18:54:00
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
19/09/2015 às 21:10 \ Opinião
Publicado na Coluna de Carlos Brickmann
CARLOS BRICKMANN
A tropa de funcionários sem concurso continua lá, como se tudo estivesse normal. Aloizio Mercadante faz cara de bravo e ocupa o espaço ao lado do rosto e acima do ombro de Dilma, como se as fotos ainda valessem a pena. Sibá Machado e José Guimarães ─ aquele cujo assessor andava com dólares na cueca ─ ainda discursam, como se alguma vez tivessem sido importantes. E todos correram para buscar socorro com o Pai de Todos, o Número 1, o Boa Ideia, O Cara, como se Lula ainda pudesse salvar seus empregos e mordomias. No momento em que pediram socorro ao Pai dos Postes, anunciaram que o governo acabou.
Se a Benemerenta que distribui nomeações e benesses e manda no Diário Oficial não consegue sustentar-se no poder, nem distribuindo dezenas de Ministérios, não tem como ostentar o majestoso título de Denta. Denta virou cargo honorífico. Como diria um filho cujo pai o chamou de Ronaldinho dos Negócios, game over. Como nos desenhos animados em que o personagem anda na prancha e só despenca no abismo ao perceber que a prancha acabou, falta apenas cair.
E táticas que já deram certo dificilmente funcionarão agora. Lula, estrela máxima do petismo, já se queixou de que não pode sequer ir a um restaurante. Não pode tomar um voo comercial nem, por outro motivo, os bons jatos dos empresários. Sujeita-se a um jatinho pequeno, apertado. Aliados o abandonam; amigos antigos, como José Dirceu, ele os abandonou. E, se nem aos tradicionais restaurantes do tempo de metalúrgico pode ir, que prestígio lhe resta para dar a Dilma?
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