LEIA HOJE NA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
14 DE SETEMBRO DE 2015
Equipe do Ministério do Planejamento estuda pacote de medidas que prevê a demissão de 50% dos funcionários terceirizados em atividade na esfera federal, além da suspensão de concurso públicos entre 2016 e 2018, e a criação de “jornada remota”, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, estimulando servidores a trabalhar em casa, recebendo gratificações baseadas no desempenho e no cumprimento de metas.
O pacote do governo também fixa a meta de reduzir em 30% o número de servidores, premiando inclusive as demissões voluntárias.
O governo Dilma ainda não levou a sério a necessidade de cortar mais do que mil cargos comissionados, que totalizam quase 24 mil.
O corte dos terceirizados agrada as centrais sindicais ligadas ao PT. Sindicatos de terceirizados são ligados à Força Sindical, de oposição.
A proibição de concurso por três anos prejudicará o Banco Central, que prevê a aposentadoria de 75% dos seu servidores, nos próximos anos.
Desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu o comando do governo federal, o custo da folha de pessoal triplicou: em 2002, quando Lula venceu a eleição presidencial, o custo de todos os funcionários do governo era de R$ 75 bilhões por ano. Ao fim do segundo mandato de Lula, o custo já havia ultrapassado os R$ 183 bilhões. Com Dilma, o aumento acelerado continuou e os custos pularam para R$ 240 bilhões.
FHC contratou 19 mil servidores em 8 anos; Lula aumentou o quadro em 205 mil. Dilma, só no primeiro mandato, contratou 115 mil pessoas.
Em 2002, a máquina pagava, em média, R$ 40,4 mil/ano por servidor. Em 2014, Dilma paga R$ 110,4 mil em média a cada um.
O gasto com servidores da ativa passou de R$ 43 bilhões (2002) para R$ 144 bilhões no último ano. Aposentadorias e pensões levam o resto.
Cresce dentro do PMDB pressão para romper com o governo Dilma no congresso do partido, em 15 de novembro. A sigla não quer ser sócia na investida de subir impostos via decreto presidencial.
A ala peemedebista ligada ao vice-presidente Michel Temer segue a linha de Joaquim Levy (Fazenda): cortar gastos. Nos bastidores, o partido voltou a flertar com o PSDB, que já pensa no “governo Temer”.
O líder do SD, Arthur Maia (BA), avalia que a população apoia uma eventual abertura de processo de impeachment da presidente Dilma. Diz que o cidadão vai sentir que há substância nas ações da Câmara.
Conhecido por tiradas ácidas, o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) cutucou o governo pela perda de grau de investimento: “Não tenho dinheiro. Só posso dar carinho e atenção ao povo”.
Instalado o Movimento Parlamentar Pró-Impeachment, a oposição organiza ato na Praça da Sé, em São Paulo. A proposta é levar a insatisfação do reduto tucano e espalhar para o restante do Brasil.
Sem autonomia, o ministro Joaquim Levy (Fazenda) vem sendo comparado ao seu antecessor, Guido Mantega. Segundo empresários, Dilma é o “ministro da Fazenda”, pois interfere em tudo da área.
É humilhante a situação dos comandantes das Forças Armadas. O governo determinou que rolem as dívidas para o próximo ano, mas não dá garantia de pagamento aos fornecedores, o que causa insatisfação.
Mesmo após a Constituição de 88 pôr fim à censura, no fim do governo Sarney, há exatos 26 anos, edição do jornal ‘O Pasquim’ foi apreendida por conta de montagem com o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP).
... o corte de cargos do governo poderia começar de cima para baixo. Bem de cima.

NO O ANTAGONISTA
Brasil 14.09.15 05:32 Comentários (9)
José Padilha resolveu filmar a história do narcotraficante Pablo Escobar depois de ser impedido de filmar a história do mensaleiro José Dirceu. Ele disse à Folha de S. Paulo:
"Tínhamos vencido o edital do BNDES, mas nosso contrato nunca ficava pronto. Depois de um ano, uma pessoa da comissão me procurou e disse que Dirceu interferira junto à Presidência. Depois, o Dirceu nos procurou e disse que o filme não ia acontecer"...
O traficante de propinas
Brasil 14.09.15 06:35 Comentários (0)
O veto de José Dirceu ao filme de José Padilha sobre o mensalão foi revelado por seu roteirista Luiz Eduardo Soares, secretário nacional de Segurança Pública no primeiro mandato de Lula.
A Folha de S. Paulo entrevistou-o sobre o projeto: “Trabalhei com Padilha em diferentes versões, sempre em torno do mensalão, mas optamos por não ir adiante. José Dirceu entrou em contato com Padilha e o convenceu de que o filme poderia influenciar o julgamento...
Brasil 13.09.15 22:30 Comentários (5)
No post anterior, O Antagonista mostrou que a matrícula do apartamento de Vagner Freitas está em nome da OAS. Para que não reste dúvida, o documento abaixo prova que o titular da unidade 22 é o presidente da CUT...
Brasil 13.09.15 22:05 Comentários (26)
O Antagonista revelou no post anterior que Vagner Freitas, o presidente da CUT que defenderá com armas o governo Dilma, tem um apartamento em edifício finalizado pela OAS, após o golpe da Bancoop.
A matrícula no cartório revela que o imóvel ainda está registrado em nome da empreiteira...
Brasil 13.09.15 21:22 Comentários (43)
Vagner Freitas, presidente da CUT, tem seus motivos para defender com armas o governo do PT. Uma das razões é o apartamento número 22 do Residencial Altos do Butantã, situado no número 647 da avenida Nossa Senhora da Assunção...
Não é no Garujá, é no Butantã, é obra da OAS
Brasil 13.09.15 19:52 Comentários (102)
Eduardo Cunha, como dissemos no post anterior, é mesmo um falastrão. Vejam o que ele disse ao jornalista Fernando Rodrigues ao ser questionado sobre se colocaria em votação o pedido de impeachment de Dilma Rousseff...
Brasil 13.09.15 19:31 Comentários (36)
O deputado José Carlos Aleluia, vice-presidente do DEM, acaba de ser internado no Sírio-Libanês, para uma cirurgia de colocação de uma ponte de safena...
Brasil 13.09.15 19:12 Comentários (49)
Eduardo Cunha é um falastrão. Disse à imprensa que economizaria R$ 30 milhões com corte das horas extras dos funcionários da Câmara, mas prepara um trem da alegria de R$ 22 milhões - e que pode chegar a R$ 247 milhões...
Brasil 13.09.15 18:41 Comentários (66)
Em meio ao intenso noticiário econômico e politico, pouca gente se deu conta do que aconteceu na sexta-feira, 11. Um leitor antagonista atento fisgou a notícia publicada no Estadão: o Brasil assinou com os países do Mercosul um acordo para a compra conjunta de medicamentos...
Brasil 13.09.15 18:20 Comentários (21)
Assim como Lula, o Pixuleco usa metáforas futebolísticas para explicar ao povo o que significou a perda do grau de investimento do Brasil pela S&P na semana passada...
Brasil 13.09.15 17:22 Comentários (47)
O Antagonista pergunta: por que Dilma Rousseff reúne-se nos fins de semana para fingir que tomará decisões econômicas realmente importantes?
O Antagonista responde: para ter manchetes positivas nos jornais durante os fins de semana, já que nos outros cinco dias fica mais difícil enganar.

NO DIÁRIO DO PODER
NA GAVETA
PLANALTO PARALISA PROJETO 'PÁTRIA EDUCADORA'
MOTE DO SEGUNDO MANDATO É ENGAVETADO POR DILMA
Publicado: 13 de setembro de 2015 às 09:45
O Palácio do Planalto decidiu manter engavetado o projeto "Pátria Educadora", mote do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, que até hoje não saiu do papel. O plano, lançado no discurso de posse da presidente, foi elaborado pelo ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger, e prevê metas na área educacional. Mas uma disputa de protagonismo político entre Mangabeira e o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, na prática inviabilizou sua implementação.
O governo decidiu que o Plano Nacional de Educação (PNE) será a principal bandeira na área de ensino, esvaziando as investidas de Mangabeira na área. Diante disso, o titular da SAE cogita pedir desoneração do cargo porque, além de ver o "Pátria Educadora" enfraquecido, sua pasta deve perder em breve o status de ministério na reforma administrativa.
O "rebaixamento" do programa da SAE envolveu um cálculo político do governo. Seguindo orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma definiu que o PNE, de fato, continuará sendo a principal bandeira do governo na área educacional. O gesto, ao mesmo tempo, prestigia Janine Ribeiro, contém a ambição de Mangabeira de avançar sobre temas educacionais e atende aos movimentos sociais ligados ao PT - que rejeitavam ter uma figura filiada ao PMDB e próxima ao vice-presidente Michel Temer à frente de um plano na área.
A base educacional petista defende uma destinação de 10% do PIB para a educação em dez anos - uma das metas mais ambiciosas do PNE. Atualmente, o investimento em educação é de 6,2%.
Bastidores 
A queda de braço entre a SAE e a equipe do Ministério da Educação (MEC) teve início quando a presidente pediu a Mangabeira um "plano de concepção" envolvendo o lema do governo. O andamento do projeto, porém, desagradou ao governo. "Autoritário" e "megalomaníaco" são alguns dos adjetivos usados pela cúpula do Planalto para descrever a atuação de Mangabeira à frente da pasta. A avaliação é de que Mangabeira tentou se cacifar para assumir o MEC, após a saída de Cid Gomes (PDT).
Os problemas se agravaram quando o peemedebista decidiu incluir no plano uma proposta de diretrizes curriculares para a Base Nacional Comum da Educação, que define o que se espera que alunos aprendam em cada etapa da educação básica. Para auxiliares da presidente, Mangabeira extrapolou as suas funções, ao atropelar uma discussão que já ocorria no âmbito do MEC. "Quem apresenta proposta de educação é o MEC. Será o ministro da Educação quem apresentará qualquer proposta de educação", disse um ministro sob a condição de anonimato.
Em meio a especulações sobre o destino da SAE, que deve ser incorporada ao Ministério do Planejamento, o futuro do "Pátria Educadora" é desconhecido até mesmo por auxiliares diretos da presidente Dilma Rousseff. "Isso é sinal de que não tem programa algum para a educação, não é?", ironizou um outro ministro.
Reação  
Em resposta ao Estado, Renato Janine Ribeiro disse que a contribuição de Mangabeira Unger é "importante como todas as outras". "A educação é sim prioritária na pátria educadora. A ideia é que existe educação na parte do MEC, que está substanciada no Plano Nacional da Educação, mas há inúmeros outros aspectos que também são educação."
Considerado a Carta Magna da educação, o PNE, sancionado sem vetos pela presidente em junho de 2014, estabelece as diretrizes das políticas públicas na área para os próximos dez anos. Entre as metas estão a erradicação do analfabetismo, a oferta de educação em tempo integral em no mínimo 50% das escolas públicas e a elevação de pós-graduandos de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Já as propostas do plano de Mangabeira, estão vinculadas a quatro campos: a organização da cooperação federativa na educação; a reorientação do currículo e da maneira de ensinar e de aprender; a qualificação de diretores e de professores e o aproveitamento de novas tecnologias.
Procurado pela reportagem, o ministro Mangabeira Unger não se manifestou.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 14 DE SETEMBRO DE 2015
Uma festança com o dinheiro público
Em 2013, a conta chegou em R$ 821 milhões. Em 2014, pagamos R$ 846 milhões aos anistiados da "revolução" e do "regime militar". Até julho de 2015, já pagamos R$ 539 milhões aos "perseguidos pela ditadura", o que indica que este gasto passará de R$ 1 bilhão. Eis os links:
Atualmente, as indenizações estão por volta de R$ 200 mil. Já a média das pensões mensais, ninguém sabe. Em época de crise e de poupança, estes pagamentos são um escárnio, uma bofetada na cara dos brasileiros.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:21:00 0 COMENTÁRIOS

DOMINGO, 13 DE SETEMBRO DE 2015

Editorial do Financial Times
Se o Brasil fosse um paciente em um hospital, os médicos da emergência o diagnosticariam como em estado terminal. Os rins falharam; o coração parará em breve. 
Esta, de qualquer forma, é a opinião de um senador do Partido dos Trabalhadores, partido que governou o Brasil por 13 anos, supervisionando tanto sua ascensão no cenário global quanto, agora, sua terrível queda. 
A economia está uma bagunça. A pior recessão do Brasil desde a Grande Depressão levará a economia a encolher em até 3% neste ano e 2% em 2016. As finanças públicas estão em desordem: neste mês, o governo, pela primeira vez desde o início da democracia no país, previu que teria um deficit fiscal primário, o saldo orçamentário antes do pagamento de juros. 
O deficit orçamentário real já chegou a impressionantes 9% da produção do país. Como resultado, o endividamento público está crescendo novamente. Esta é a razão imediata por trás da surpreendente decisão da Standard & Poor's na semana passada de rebaixar a dívida brasileira para "lixo". 
Se outra agência de rating seguir a decisão da S&P, muitos investidores estrangeiros terão de vender suas aplicações no Brasil, tornando as coisas piores; cerca de um quinto da dívida do Brasil é de propriedade estrangeira. 
Dado o ambiente externo difícil – desaceleração da economia chinesa, o colapso nos preços das commodities e o aumento das taxas de juros nos Estados Unidos –, o Brasil está sofrendo o começo de um estresse econômico extremo. Ironicamente, porém, não são os problemas econômicos crescentes do Brasil que motivaram a decisão da S&P, mas a evidente crise política. 
Dilma Rousseff, a presidente, não é mais amada pelo próprio partido e sofre de rejeição profunda em todos os demais lugares: é a presidente mais impopular da História do Brasil. Isso faz com que seja praticamente impossível para ela responder adequadamente à crise econômica. Especialmente quando o Congresso está mais focado em salvar a própria pele da investigação de um esquema de corrupção que desviou US$ 2 bilhões da estatal Petrobras.
O sistema político brasileiro é notadamente podre. Agora também não está funcionando. Uma renovação política profunda é uma solução. Infelizmente, há pouca chance de que isso aconteça antes das eleições de 2018. 
A impopularidade de Rousseff é razão insuficiente para tirá-la do cargo: se fosse suficiente, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que estabeleceu as bases da estabilidade econômica desperdiçada agora pelo Brasil, não teria durado em seu segundo mandato. Pelo sistema presidencial brasileiro, Rousseff também não pode dissolver o Congresso e convocar novas eleições.
Conhecida por sua teimosia cabeça-dura, Dilma tem insistido que não irá renunciar. Também não há qualquer evidência de que ela, pessoalmente, tenha lucrado com o esquema na Petrobras. É verdade que ela ainda pode sofrer um impeachment por outras razões, como a contabilidade falsa usada pelo governo. 
Mas isso só resultaria num político medíocre substituído por outro. Na linha sucessória há Michel Temer, o vice-presidente, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, ou Renan Calheiros, o presidente do Senado. Os dois últimos enfrentam acusações de corrupção. É uma situação de instabilidade crescente. Todos concordam que não pode durar, mas não há caminho claro a seguir. 
A situação com os ministros é tão ruim quanto. Joaquim Levy, o ministro da Fazenda linha-dura de Rousseff, tem liderado as tentativas de cortar o inchado setor público brasileiro. Mas ele tem sido minado por outros que acreditam erroneamente que o Brasil pode voltar a gastar para escapar de seus problemas. 
Tendo, segundo relatos, ameaçado renunciar, o rebaixamento pela S&P pode enfraquecê-lo. Se ele for [embora], os investidores adotarão uma visão sombria da capacidade do governo de endireitar as contas públicas. Depois disso, muito possivelmente, virá o tipo de terreno financeiro acidentado pelo qual o país já viajara. A jornada terminou mal daquela vez e terminaria mal novamente agora.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 18:49:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
13/09/2015 às 18:48\Direto ao Ponto
Anunciada na entrevista à rádio Itatiaia e reiterada horas depois num palavrório em São Bernardo, a novidade foi confirmada nas escalas que o palanque ambulante fez no Paraguai e na Argentina: Lula resolveu ser passarinho. Embora seja sempre uma proeza, essa não tem nada de mais. Quem resolveu em oito anos todos os problemas acumulados em mais de 500 nem precisa de muito esforço para fazer o que Hugo Chávez anda fazendo quando precisa dar conselhos ao filhote Nicolás Maduro.
É também improvável que alguma ave possa alcançar as alturas históricas atingidas por personagens a que o ex-presidente se comparou. Ele já se apresentou, por exemplo, como uma reencarnação melhorada de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jesus Cristo, Tiradentes, Abraham Lincoln e Nelson Mandela. O estadista de galinheiro interrompe o sono eterno de qualquer um sempre que precisa de ajuda para escapar do tribunal, de fiascos eleitorais ou quaisquer outras enrascadas cabeludas em que vive se metendo.
A primeira vítima foi exumada para abafar os estrondos decorrentes da descoberta do Mensalão. “Em 1954, Getúlio Vargas teve a coragem de dizer ao Brasil que a gente iria fazer a Petrobras e foi achincalhado como eu”, fantasiou Lula em 4 de agosto de 2005. “Hoje, a Petrobras é, sem dúvida nenhuma, a empresa brasileira de maior orgulho para todos os 186 milhões de brasileiros. É por isso que a elite quer fazer comigo o que fez com Getúlio”. (A Petrobras é que seria alvejada no peito por disparos de Lula e seus bucaneiros).
Em março de 2006, tangido pelo medo de ver o segundo mandato sair pelo ralo das ladroagens mensaleiras, Lula escolheu o alvo da comparação infamante depois de assistir a um capítulo da minissérie da Globo inspirada na figura de Juscelino Kubitschek. “Hoje, JK está sendo vendido como herói, mas a novela mostra como é que os que estão me atacando hoje atacavam JK”, ensinou num falatório em Salvador. (Nem Carlos Lacerda ousaria enxergar semelhanças entre o construtor de Brasília e o inventor do Brasil Maravilha).
No fim do inquilinato no gabinete presidencial, quando fazia o diabo para eleger Dilma Rousseff, incorporou simultaneamente o filho de Deus e o mártir da Inconfidência Mineira. “Todo santo dia eu sou perseguido por aqueles que não se conformam com um presidente operário que pensa só nos pobres”, recitava o animador de comício antes de invocar uma das estações do seu calvário malandro: “Diziam que eu era comunista porque tinha barba comprida, mas Jesus também tinha, Tiradentes também tinha”.
Em fevereiro de 2013, ainda convencido de que seria secretário-geral da ONU depois de contemplado com o Nobel da Paz, começou a violar sepulturas em terra estrangeira. “A imprensa batia no Abraham Lincoln em 1860 igualzinho batem em mim”, descobriu o médium de botequim. (Nem o mais feroz antagonista do presidente americano ousaria acusar Lincoln de ser um Lula). Meses mais tarde, sobrou para Nelson Mandela.
“Tive uma grata satisfação de fazer parte de uma geração que lutou contra o apartheid”, reincidiu em 5 de dezembro. “Não tinha sentido a maioria negra ser governada pela minoria branca lá. Aqui, acontecia comigo a mesma coisa”. (O gigante sul-africano que acabara de morrer daria um jeito de viver mais alguns séculos se desconfiasse que reencarnaria no Brasil como camelô de empreiteira e caso de polícia).
Foi para afastar-se das arapucas da Operação Lava Jato, aliás, que Lula providenciou a mais recente metamorfose. “”Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado no mesmo galho”, explicou ao anunciar o advento do Lula alado. “Se ele ficar pulando, é difícil. Então é o seguinte: eu voltei a voar outra vez. Eu agora vou falar, vou viajar, vou dar entrevistas”.
Dado o recado, foi bater asas longe da Lava Jato (e do governo em decomposição da herdeira Dilma Rousseff). Estava na Argentina quando chegou ao Supremo Tribunal Federal o documento em que o delegado da Polícia Federal Josélio Sousa pede autorização para incluir Lula na devassa do Petrolão. Trecho da petição:
“(…) a presente investigação não pode se furtar de trazer à luz da apuração dos fatos a pessoa do então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que, na condição de mandatário máximo do país, pode ter sido beneficiado pelo esquema em curso na Petrobras, obtendo vantagens para si, para seu partido, o PT, ou mesmo para seu Governo, com a manutenção de uma base de apoio partidário sustentada à custa de negócios ilícitos na referida estatal”.
“Pode ter sido beneficiado” é muita gentileza. Aí tem — e como!, sabe até o distintivo do delegado. Pelo que já confessaram comparsas convertidos em colaboradores da Justiça, pelo que a Polícia Federal já descobriu, pela montanha de provas acumuladas em Curitiba, pelo que logo se saberá, o passarinho espertalhão pode estar voando perto demais da gaiola.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
14/09/2015 às 7:09
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza -14/09/2015 05:11
A pergunta crucial continua no ar: admitindo-se que Dilma queira permanecer na Presidência até 2018, o que ela tem a oferecer? Candidata, anunciou: “Governo novo, ideias novas.” Reeleita, preside há oito meses e meio o que Cazuza chamaria de um museu de grandes novidades. Considerando-se as vísceras expostas pela Lava Jato, sua piscina está cheia de ratos. Considerando-se o enredo vencido, suas ideias não correspondem aos fatos. E o tempo não pára.
Nesta segunda-feira, depois de um final de semana de intensas reuniões ministeriais, o governo respira uma atmosfera de reestreia. Numa tentativa de evitar que a retirem de cartaz, Dilma leva ao palco uma peça encenada em dois atos. Num, cortam-se gastos públicos. Noutro, a mão grande do Estado avança sobre o seu bolso.
Dilma vive a ilusão de que, manuseando a tesoura e sua carteira, conseguirá inaugurar um novo ciclo — uma espécie de pós-Dilma com ela mesma no comando. A presidente finge não notar o estilhaçamento de sua imagem e o ceticismo da plateia.
A pergunta continua pairando no ar: quais são as ideias novas de Dilma para corrigir o estrago produzido na economia pela própria Dilma? Cortes e impostos? Se isso é tudo o que madame oferece, talvez não consiga deter a marcha do impeachment. Pior: sem um complemento que adicione à mistura a perspectiva de prosperidade, o cortejo fúnebre pode ser acelerado.
O PT não se dispõe a pegar em lanças pelo ajuste fiscal. O PMDB aduba a vice-presidência de Michel Temer como um cipreste à beira do túmulo. E discursa contra o aumento de impostos.
Os movimentos sociais ameaçam desembarcar se Joaquim Levy for prestigiado. O empresariado cogita saltar do barco se Levy não for cacifado. E Levy dá expediente com um olho no cofre e outro nos colegas Aloizio Mercadante e Nelson Barbosa. Já esclareceu internamente que vai embora se continuarem puxando-lhe o tapete.
Entre as atribuições de um presidente da República está a de administrar as divergências em sua equipe. O problema de Dilma é que ela não consegue administrar nem suas próprias contradições. Move-se por pressão, não por convicção. Por isso é que as pessoas olham para o seu governo e pecebem bem cedo que já é muito tarde. O tempo não pára. Já passou.

Josias de Souza - 14/09/2015 05:35
Ex-ministro de Lula e ex-governador gaúcho, o grão-petista Tarso Genro admitiu que receia que Dilma Rousseff não consiga completar o seu mandato. “Tenho essa preocupação, sim. Evidentemente, têm processos legais que podem ser levados a isso. E nós sabemos que a interpretação de um pedido de impedimento depende muito mais da política do que do Direito”, disse, em entrevista ao repórter Jorge Bastos Moreno, veiculada neste domingo no Canal Brasil.
Na opinião de Tarso, Dilma só espantaria o risco de impeachment se alterasse a política econômica. “O governo, para afastar a criação de um bloco social capaz de dar sustentação para o impedimento, de um bloco parlamentar, teria que mudar a política econômica e monetária. Teria que fazer um ajuste que não se debruçasse sobre as costas dos mais pobres.”
Considerando-se que as críticas de Tarso soaram às vésperas do anúncio de um aprofundamento da política de arrocho fiscal, o ideólogo do PT parece enxergar Dilma como um impeachment esperando para acontecer.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, setembro 14, 2015
Nada melhor do que este cartoon do mestre Sponholz para ilustrar este post que edito para registrar que a petição online requerendo o imediato impeachment da Dilma deverá ultrapassar nesta segunda-feira, 14 de setembro de 2015, mais de 1 milhão de assinaturas. Se o estimado leitor ainda não assinou clique AQUI para assinar.
Ninguém escuta, ninguém vê o ranger de dentes da petezada porque os diletos jornalistas da grande mídia, sob a firme liderança da Folha de S. Paulo e seus jagunços ideológicos, continuam obedecendo aos asseclas do Lula.
Dizem que recebem ordens do Presidente do Conselho Nacional do SESI, órgão da Confederação Nacional da Indústria - CNI, o petista Gilberto Carvalho, chefete dos movimentos sociais e idealizador do 'sovietes' bolivarianos. É que Lula, o Pixuleco, anda, assim, meio desgastado e arredio. O José Dirceu está preso e nem pôde aproveitar o ofurô que instalou em sua "dacha" em Vinhedos. O Vaccari, que se notabilizou por ter criado o neologismo Pixuleco, que hoje identifica Lula, também está 'recluso' em "sistema prisional" [designação politicamente correta para cadeia, xilindró, cela, penitenciária...].
À medida que o contador de assinaturas do site Change.org evolui para 1 milhão de assinaturas os tais "movimentos sociais", designativo politicamente correto para "agitadores comunistas", também vão esmaecendo. Uma nuvem de inquietante silêncio impera... Dizem que até o bem nutrido presidente da CUT ensarilhou as armas.
Assim, matérias quentes reportando a verdade dos fatos por meio da grande mídia simplesmente sumiram. Até aquela animação que esquentava as redações em passado recente, segundo informam, arrefeceu. Repórteres se dedicam a buscar "press releases" diretamente das mãos de Edinho Silva, o chefe do DIP. 
Segundo consta, os meios de comunicação instantâneos providos pelo bom e velho capitalismo têm sido deixados de lado pelo DIP, por "motivos de segurança". Há, dessa forma, um retorno ao passado com press-realeases sendo entregues diretamente na mão dos ex-alegres rapazes e raparigas da imprensa. Poder-se-ia definir esse estado de coisas como um ataque de convulsiva nostalgia.
Convenhamos. Ficar repetindo papagaiadas da grande mídia aqui no blog não dá não, né?
Mas estamos atentos.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 14 de setembro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Magistrados interpretam que o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (seja ele quem for) não tem o direito de fazer críticas, de forma abstrata, ao comportamento de juízes, sem citar nomes ou descer a detalhes específicos - como fez o ministro Ricardo Lewandowski, em artigo à Folha de São Paulo: "Judicatura e Poder de Recato" - que ficou parecendo mais uma ilegítima "Judicadura e Poder do Recado".
Na qualidade de guardião mor da Lei Maior não é preciso dizer que o Presidente da Suprema Corte não pode passar pito em público. Também não pode mandar recado para imprensa, nem em nome do necessário recato. Muito menos pode lançar veladas ameaças ou criticas veladas à magistratura nacional, cuja figura de Sergio Moro tem sido um bálsamo para a cidadania e o reerguimento da sociedade civil, mostrando que o Judiciário pode funcionar melhor.
Caso se apele para a metáfora futebolística (tão empregada pelo corintiano e vascaíno amigo de Lewandowski, o ex-Presidente Lula da Silva), é correto avaliar que o Presidente do STF e do CNJ cometeu um gol contra - e de "letras". Na mesma linha de raciocínio, dá até para comparar dois Lewandowskis: o ministro que não pode ser artilheiro, mas defensor da Democracia (a Segurança do Direito) com o craque da seleção Alemã (aquela que nos aplicou o 7 a 1 na Copa de 2014, no Mineirão).
Um é jogador de futebol. Outro Ministro do STF. O primeiro ataca. É artilheiro. O segundo defende. E precisa tomar cuidado com as jogadas de defesa. Ambos têm sobrenome de origem polonesa: tanto o da bola na Alemanha quanto o da toga no Judiciário de Bruzundanga. O atleta profissional tem o dever de encher as redes do adversário. Mas um ministro do STF não pode marcar gol contra.
A democracia da bola encanta o público. A democracia da toga faz grande uma Nação. Dois sobrenomes idênticos, porém distantes... Um, na civilizada Alemanha, onde o Judiciário funciona de forma rápida, prussiana, com a lei valendo para todos. Outro, no País da esperança, mas que opera na base da injustiça e da impunidade ampla, geral e irrestrita, com jogadas criminosas de rigor seletivo (punindo uns inimigos do Estado, e salvando a pele dos que são parceiros do crime organizado e institucionalizado.
Nosso sonho é que o Ministro do STF se consagre como um craque da Justiça. Metaforicamente, a torcida democrática deseja que ele jogue no estilo do time do judiciário da Alemanha para que o Brasil não seja novamente goleado em outros campos - que não o da bola.
O Brasil caminha, inexoravelmente, para uma profunda mudança. A Intervenção Constitucional, pelo poder instituinte originário, com a legitimidade da vontade do povo brasileiro, promoverá as grandes transformações necessárias para que uma Nação deixe de ser presa fácil do governo do crime organizado. Com Segurança do Direito, base para a Ordem Pública, o País terá condições de implantar um sistema transparente e efetivamente representativo nos três poderes.
Quando o cidadão for o verdadeiro craque da Seleção Brasileira (não o time profissional da CBF, mas a equipe que joga patrioticamente unida), vamos começar a trilhar o caminho da civilização. Por enquanto, temos de aturar e lutar muito para romper com a barbárie institucionalizada, marcada pela difusão dos péssimos (des)exemplos que atentam contra o verdadeiro regime democrático.
Tolerância equilibrada com a dura realidade - e não conivência por oportunismo pessoal - é a chave para a transformação verdadeira do Brasil. Como diria o amigo e articulista Carlos Maurício Mantiqueira, que também estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, mas não tem descendência polaca e não joga futebol, o Brasil precisa de excelência e não de pixulência...
(...)



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