DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
15 DE JULHO DE 2015
O ex-presidente Lula foi tão citado, nas investigações da Lava Lato, quanto a maioria dos políticos que se tornaram alvos da força-tarefa, mas, apesar disso, jamais foi considerado investigado – apesar de o ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa haver revelado que pagou a ele ao menos R$ 4,5 milhões, através do Instituto Lula, ou diretamente a sua empresa Lils, iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva.
A dúvida é se a Lava Jato, da turma do procurador-geral Rodrigo Janot, que almeja a recondução ao cargo, vai mesmo investigar Lula.
O juiz Sergio Moro já disse, em entrevista, que Lula não é investigado, apesar do roubo à Petrobras ter se estabelecido em seu governo.
A relação de Lula com empreiteiras era tão próxima que o presidente da OAS, vulgo Léo Pinheiro, o tratava pelo codinome “Brahma”.
Testemunhas-chave, Youssef e Paulo Roberto Costa dizem que Dilma e Lula integravam a “estrutura” de distribuição e repasse do butim.
O ministro Gilberto Kassab (Cidades) virou motivo de piada, após ir ao Maranhão anunciar uma lorota, no auge da mais séria crise econômica das últimas décadas no País: a construção de 160 mil casas populares. Ninguém acreditou porque algo assim seria anunciado pela própria Dilma. E todos sabem que o factóide de Kassab tenta melhorar o cartaz do governo Dilma e atrair a filiação de deputados ao PSD, seu partido.
O “Minha Casa Minha Vida” não paga o que deve nem autoriza novos contratos. O Sinduscon-MA tentou falar com Kassab, mas ele escapou.
O senador Roberto Rocha (PSB-MA) anda indignado com a lorota de Kassab: “Ele pensa que estava falando para uma aldeia de índios”.
Em 13 anos, mesmo na bonança, Lula e Dilma somente construíram 150 mil casas no governo do PT da Bahia e 90 mil no Maranhão.
O cumprimento de mandado de busca e apreensão em endereços do advogado Tiago Cedraz, ontem, demonstrou de maneira inequívoca que o filho do presidente do TCU é investigado na Operação Lava Jato.
A acusação de haver tomado R$ 1 milhão de Ricardo Pessoa (UTC), a pretexto de subornar o ministro Raimundo Carreiro, destrói a negativa de Tiago Cedraz de atuar no TCU presidido pelo pai, Aroldo Cedraz.
Os Cedraz, pai e filho, viveram dia difícil, ontem. Enquanto a Polícia Federal vasculhava endereços de Tiago, o filho, o pai Aroldo indignava senadores faltando ao debate sobre “pedaladas fiscais”. De convidado, o presidente do TCU virou convocado a depor no Senado.
Levantamento do Instituto Paraná Pesquisas revelou que a repulsa ao PT atingiu o ex-presidente Lula em cheio, no Rio de Janeiro: 57,6% dos entrevistados afirmaram que não votariam no petista “de jeito nenhum”.
Num dia em que lhe cabia limpar a latrina da cela na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde estava preso, o empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC, foi admoestado assim, pelo carcereiro, de modo gentil: “Doutor, o senhor está gastando muito Pinho Sol!...”
O Planalto faz de tudo para esconder a crise: convenientemente excluiu da agenda de Dilma almoço de mais de 4h com Lula e os ministros Aloizio Mercadante e Edinho Silva, todos eles citados na Lava Jato.
Sabendo que dezenas de políticos estariam envolvidos na Lava Jato, senadores passaram, em dezembro de 2014, para a Polícia Legislativa a competência de cumprir mandados nas dependências do Senado.
... a diferença do sucesso da dupla jurídica Sérgio Moro e Deltan Dallagnol para as sertanejas é que eles não cantam, mas fazem outros cantar.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
LOBISTA AFIRMA QUE PAGOU SUBORNO MILIONÁRIO A JOSÉ DIRCEU
CAMARGO REVELA PAGAMENTO DE R$ 4 MILHÕES A EX-MINISTRO DE LULA
Publicado: 14 de julho de 2015 às 22:48 - Atualizado às 22:49
O lobista Julio Camargo, um dos delatores da Operação Lava Jato, declarou à Justiça Federal nesta terça-feira (14) que pagou R$ 4 milhões em propinas para o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil do governo Lula). Segundo Camargo, o repasse foi feito atendendo a uma solicitação da Diretoria de Serviços da Petrobras, então sob comando do engenheiro Renato Duque, preso na Lava Jato.
Esta é a primeira vez que Camargo cita pagamento de propina para Dirceu. O lobista depôs como testemunha de acusação no processo em que são réus Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e outros 25 acusados por lavagem de dinheiro.
O primeiro depoimento do dia foi o do ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco. Ele foi ouvido por mais de três horas e confirmou os pagamentos para o PT via ex-tesoureiro do partido Vaccari Neto - que está preso em Curitiba.
No processo, Barusco, Julio Camargo e outros delatores são réus por corrupção e lavagem de dinheiro nas obras de duas refinarias (Repar, no Paraná, e Replan, no interior de São Paulo) e em dois gasodutos.
O criminalista Roberto Podval, que defende José Dirceu, afirmou que o ex-ministro da Casa Civil no governo Lula não recebeu R$ 4 milhões do lobista Julio Camargo. "Ele (Julio Camargo) que prove o que está afirmando", desafiou Podval.
"Esse é o quarto depoimento de Julio Camargo, ele nunca tinha dito isso. Nunca tocou nesse assunto antes", declarou Podval. "Somos categóricos. Afirmamos que ele (Julio Camargo) não deu esse dinheiro para José Dirceu."
Roberto Podval reiterou que todo o dinheiro recebido pelo ex-ministro por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria "tem nota fiscal".
"Toda a documentação relativa às atividades da JD Assessoria foi entregue ao juiz Sérgio Moro. Se José Dirceu contabilizou e declarou todo o dinheiro que recebeu não faz sentido ele receber R$ 4 milhões e não declarar."
"Eu tenho certeza que o juiz Sérgio Moro, sério como é, não vai levar em consideração uma reposta dessas sem prova alguma. Obviamente, o delator que prove o que diz. Acredito que para que seja levado em consideração pelo juiz Moro ele (Julio Camargo) vai ter que provar. Se for assim, todos nós estamos sujeitos a ser vítimas de uma afirmação dessas."
"A delação pode ser importante, mas tem que estar amparada em prova", pondera Roberto Podval. "Senão cria uma insegurança jurídica."

A FAVELA DILMA
Por Carlos Chagas
De quando em quando descobre-se gente em ocupação, empenhada em sufocar a memória nacional. Imaginam mudar o passado de acordo com as contingências do presente. Mais ou menos como denunciou o magistral George Orwell no inesquecível “1984”, escrito em 1937, quando três grandes nações fictícias viviam ora em guerra, ora em paz. O personagem principal era encarregado, de acordo com as informações do dia, de mudar as páginas de edições antigas do “Times”, noticiando amizade milenar e perpétua entre dois governos contra o terceiro, variando sempre a ação os contendores.
No Brasil, de vez em quando essas coisas acontecem. No Rio, com a República, o Largo do Rocio foi transformado em Praça Tiradentes. Mais tarde tentou-se até mudar o nome da Avenida Presidente Vargas, pois da morte do venerando líder, para Avenida Castro Alves.
Ainda agora, em Brasília, buscou-se rebatizar a Ponte Costa e Silva, assim como em São Paulo um grupo pretendeu trocar o nome da Rodovia Castello Branco para Estrada Leonel Brizola.
São características do radicalismo e da paixão, felizmente sem germinar na maioria dos casos. O passado é o passado, merece ser respeitado, mesmo quando o lamentamos, criticamos e apontamos suas mazelas. Fora daí será submeter cidades, ruas, praças e instituições a uma baderna sem limites.
Pois não é que na antiga capital, entre muitos aglomerados de pobreza e de miséria, um deles foi denominado de Favela Dilma, talvez porque Madame, nos seus tempos de ventura, investiu e inaugurou o conjunto. Agora que a presidente anda mal de governo e de popularidade, chegando às raias da rejeição nacional, um grupo de líderes da comunidade pretende arrancar placas e sinalizações com o nome dela, não se sabe exatamente para trocar por quem. Por certo não será Favela Aécio Neves, que poderá ficar para depois de 2018.
A infantilidade dessas iniciativas seria cômica se não fosse trágica, digna de alimentar as ditaduras. Petrogrado já foi Leningrado, como Stalingrado virou Volvogrado. Como o mundo gira, sempre de forma surpreendente, vamos esperar que não sobrevenha um regime disposto a alterar as homenagens que o Brasil prestou a Juscelino Kubitschek e a Tancredo Neves, patronos dos aeroportos de Brasília e Belo Horizonte. Deixem a Favela Dilma como está e onde está...

NO O ANTAGONISTA
A comparação que Juca Kfouri não admite
Brasil 14.07.15 18:15
Lauro Jardim, da Veja.com, informa que, atendendo a pedido da Justiça americana, foram quebrados os sigilos bancários de Ricardo Teixeira e da sua filha de 14 anos.
Nos Estados Unidos, Ricardo Teixeira é acusado de lavagem de dinheiro, estelionato, apropriação indébita e por aí vai.
Ricardo Teixeira está para o futebol, assim como o Brahma para a política brasileira, mas Juca Kfouri jamais admitirá essa comparação.
"Cofrão" para Collor
Brasil 14.07.15 19:02
A PF encontrou 3,67 milhões de reais em um “cofrão” – definição dos próprios agentes – no escritório da Áster Petróleo, de Carlos Alberto Santiago.
Para os investigadores, ele é suspeito de intermediar a propina do 1% que Fernando Collor recebeu de um contrato de 300 milhões da BR Distribuidora. No total, foram apreendidos 4,028 milhões de reais na Operação Politeia, além de jóias e veículos de luxo. A informação é do Estadão.
PT encolhido
Brasil 14.07.15 21:52
A Folha informa que os petistas de São Paulo projetam um cenário “delicado”, nas palavras do jornal.
“A perspectiva para o ano que vem é difícil. Se mantivermos as prefeituras que já temos é uma vitória”, disse Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do PT.
Os conselhos de Lula
Brasil 14.07.15 23:03
Lula e Dilma Rousseff conversaram hoje. Segundo Gerson Camarotti, do G1, Lula se mostrou preocupado com a crise política em Brasília e atribuiu parte da culpa à Lava Jato, que criou ambiente de apreensão entre aliados do PT.
O ex-presidente deu vários conselhos, entre eles: não ficar presa na pauta do Congresso Nacional, fazer agendas fora da capital federal, em viagens pelo Brasil, e dialogar com movimentos sociais.
Para Lula, a base social pode salvar Dilma – e lembrou que foi esse setor que lhe deu estabilidade no auge do Mensalão, em 2005.
O Zola do Petrolão
Brasil 15.07.15 05:41
Reinaldo Azevedo já apresentou um pedido de habeas corpus para liberar o Porsche Panamera de Fernando Collor, verdadeiro mártir do Estado Democrático de Direito.
O automóvel, natural de Stuttgart, de cor negra, vitimado pela sanha persecutória da PF, foi injustamente acusado de falsidade ideológica, por estar registrado em nome de um posto de gasolina de Maceió, pertencente a dois comparsas de Fernando Collor, donos da Jatobá Comércio de Combustíveis.
Os leitores de O Antagonista, reunidos em tribunais populares, pedem o confisco de todos os bens adquiridos com o dinheiro roubado da Petrobras. Em seu corajoso editorial, Reinaldo Azevedo, o Émile Zola do Petrolão, contesta essa arbitrariedade e compara os leitores de O Antagonista a cachorros hidrófobos.
Mártir do Estado Democrático de Direito
O próximo alvo é Eduardo Cunha
Brasil 15.07.15 06:04
Dilma Rousseff quer se salvar dinamitando Eduardo Cunha.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Para enfraquecer Eduardo Cunha, em caso de processo de impeachment contra Dilma Rousseff, o governo conta com uma denúncia contra o peemedebista na Lava Jato, que pode ocorrer nos próximos dias. A novidade seria um depoimento de Júlio Camargo”.
O troco do PMDB
Brasil 15.07.15 06:29
Dilma Rousseff conta com a Lava Jato para dinamitar Eduardo Cunha, mas ela vai explodir antes dele.
Diz a Folha de S. Paulo:
“A operação Politeia tornou ainda mais frágeis as condições de governabilidade. Aliados de PTB, PP e PSB, que garantiam votos em projetos prioritários à equipe econômica, foram atingidos pelas buscas e estão nervosos”.
Pior:
“O PMDB sabe que será o próximo da lista e promete dar o troco”.
Duas CPIs contra o PT
Brasil 15.07.15 06:39
O troco do PMDB contra Dilma Rousseff deve acabar mandando mais alguns petistas para a cadeia.
Eduardo Cunha já avisou Michel Temer que, na volta do recesso parlamentar, vai instalar duas CPIs: a do BNDES e a dos fundos de pensão.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 15/07/2015 01:45
Fernando Collor de Mello relatou a um grupo de colegas do Senado o esforço que empreendeu para tentar evitar a apreensão de seus carros de luxo pela Polícia Federal. Disse que chegou a exibir a declaração de Imposto de Renda aos agentes que deram uma batida na Casa da Dinda, sua mansão brasiliense. Fez isso para demonstrar que não escondera do fisco o Porsche, a Ferrari e o Lamborghini que guardava na garagem. Os policiais deram de ombros.
Na sequência, Collor tentou convencer os “visitantes” de que ele próprio poderia ser o “fiel depositário” dos automóveis. Fiel depositário é o termo jurídico que designa a pessoa escolhida pela Justiça para cuidar de um determinado bem até o desfecho de um processo. Não colou. Abespinhado, Collor disse aos senadores que o ouviam: “Essa era a imagem que eles queriam”. (...)

Josias de Souza - 15/07/2015 06:04
Reunidos no gabinete da presidência do Senado, os líderes partidários esperavam Joaquim Levy. Como o ministro da Fazenda demorava a chegar, o senador Omar Aziz (AM), líder do PSD, lançou uma interrogação no ar: “Como é, minha gente, nós vamos fazer de conta que não está acontecendo nada?”
Brasília vivia uma terça-feira de Titanic. Agentes federais varejavam endereços de políticos. Entre eles três senadores: Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE). E os líderes simulavam normalidade. Mais ou menos como os passageiros do célebre transatlântico, que desfrutavam do som da orquestra enquanto a água invadia as escotilhas.
Antes que a pergunta de Aziz fosse respondida, chegou à sala o ministro da Fazenda. E a prosa mudou de rumo. Horas depois, Renan Calheiros leria no plenário do Senado uma nota de repúdio à ação dos agentes da PF. Chamou de “invasão” o cumprimento de ordens de busca e apreensão emanadas do STF. Suas palavras soaram como o comando do maestro do Titanic para que a orquestra continuasse tocando.
A cinco quilômetros dali, Lula almoçava no Palácio da Alvorada com Dilma Rousseff e alguns de seus ministros petistas: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Edinho Silva (Comunicação Social), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Jaques Wagner (Defesa). Com água pela cintura, disse-lhes que a Lava Jato é assunto para o PT, não para o governo.
Lula aconselhou Dilma e os ministros a trocarem os gabinetes pela estrada. Acha que devem se tornar espécies de caixeiros-viajantes, propagando aos quatro ventos o que o governo faz de “bom”. Regente dos regentes, o criador de Dilma finge não notar que o desnível no chão do navio não decorre da má qualidade do champanhe.
A verdade é que o rombo no casco do governo Dilma foi aberto na administração Lula. Ele se cercou de aliados idealistas. Gente como Collor, Renan e um interminável etcétera. A Lava Jato, com seus 18 delatores, demonstrou que todo esse idealismo estava impulsionado pela mesma invenção que já havia produzido o mensalão: o dinheiro.
O enredo de Titanic, o filme, é sobre um homem, uma mulher e um iceberg. Na sua versão brasiliense, o script é parecido: o criador, a criatura e os aliados que ajudam a puxar para o fundo o mito da superioridade moral. Nunca antes na histór… glub…glub…glub…

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 14 de julho de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A Presidenta do grande bordel encantado chamado Brasil está tão desmoralizada que é alvo de apavorantes boatos. O mais recente pode até se transformar no maior problema para ela, caso peça para sair ou seja obrigada a deixar a Presidência da República. Ontem, o boletim 'Notícias por Minuto 'informou que, na visita aos EUA, a comitiva de Dilma teria sido abordada por um oficial de justiça da Corte do Estado de Rhode Island que teria entregue os termos de uma ação judicial que envolve o nome dela mais 12 dirigentes da Petrobras, por prejuízos causados a investidores da cidadezinha de Providence.
O processo é real. Tem o número 14 CV 10117. É tocado pela advogada Cheryl Boria, do escritório Labaton Sucharow. O que não se confirma até agora é a suposta "intimação" - coisa improvável de acontecer com uma chefe de Estado. No entanto, a denúncia de Providence tem tudo para causar mais estrago que a ação que corre na Corte de Nova York, com previsão de ficar pronta para julgamento em fevereiro de 2016. Além disso, se o processo for adiante, Dilma ganha mais um estorvo para sujar sua imagem em franca decadência.
Dilma corre risco concreto de ser ré porque ações judiciais de responsabilização individual têm respaldo no próprio Estatuto da Petrobras - que prevê que seus dirigentes podem ser diretamente responsabilizados judicialmente por atos temerários contra a governança corporativa. Conforme o Art. 23 do Estatuto, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva responderão, nos termos do art. 158, da Lei nº 6.404, de 1976, individual e solidariamente, pelos atos que praticarem e pelos prejuízos que deles decorram para a Companhia.
Como o Alerta Total já antecipou, além de envolver o nome de Dilma (ex-presidente do Conselho de Administração da petrolífera), a demanda de Providence pode escancarar as maiores caixas pretas financeiras da Petrobras no exterior. A primeira é a Petrobras International Finance Company (PIFCo), sediada em Luxemburgo e estranhamente incorporada na decisão precipitada da assembleia geral extraordinária da Petrobras em 16 de dezembro de 2013. A outra é a Petrobras Global Finance B.V (PGF), sediada na cidade holandesa de Roterdã, que ninguém no mercado sabe oficialmente quem são os dirigentes, foram acusadas de vendas de títulos que prejudicaram investidores internacionais.
Os acusadores de Providence reclamam que a Petrobras levantou US$ 98 bilhões no mercado internacional, em títulos registrados na NYSE, incluindo notas e American Depositary Shares (“ADSs”) representando ações ordinárias e preferenciais”. A PFICO vendeu US$ 7 bilhões em títulos em fevereiro de 2012. A PGF ofereceu US$ 19,5 bilhões em notas em maio de 2013 e em março de 2014. Os investidores de Providence já pedem para ser ressarcidos pelo prejuízo com os títulos de renda fixa lastreados em dívida da Petrobras. A tese é que eles foram induzidos a adquirir papéis da petrolífera com preços inflados em função de contratos superfaturados à base de propina e corrupção.
Além de mexer com 13 pessoas (só pode ser sacanagem numerológica dos norte-americanos), a denúncia de Providence afeta 15 instituições financeiras. Alguns gigantes como Morgan Stanley, HSBC Securities, e o Itaú BBA nos EUA, são citados como réus porque atuaram como garantidores dos valores mobiliários emitidos pela companhia.
Dilma, em queda livre de popularidade e sem governabilidade, tem muito a se preocupar com a ação de Providence.
(...)

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