DA MÍDIA SEM MORDAÇA - PRIMEIRAS DO DIA DE HOJE

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
31 DE MAIO DE 2015
A presidente Dilma foi avisada que o projeto que reduz desonerações na folha de pagamento, parte do pacote do ajuste fiscal, ficará travado se cargos do segundo escalão do governo, tradicionalmente indicados por deputados, não forem definidos. Líder do governo, José Guimarães (PT-CE) prometeu atender os pedidos da bancada do PMDB, mas saiu sem a garantia de apoio dos deputados na votação da desoneração.
Outra demanda do PMDB: liberar emendas parlamentares, dificultadas por medidas provisórias do ajuste. Sem emendas, não haverá votação.
O relator do projeto da desoneração em folha, Leonardo Picciani (PMDB), concluiu seu parecer, mas a bancada avisou para segurá-lo.
Picciani decidiu atender aos apelos dos seus pares, para não ser surpreendido como no caso do “distritão”, durante a reforma política.
Se o impasse não for resolvido, o comando da Câmara tem um projeto para pressionar o governo: a PEC do piso salarial nacional de policiais.
Anda estremecida a relação entre o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e o Palácio do Planalto. Seguindo orientações do ex-presidente Lula, Haddad pressiona Dilma para destravar a liberação de R$ 8 bilhões que o município deveria receber através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Haddad integra o grupo de petistas, recrutados por Lula, que prepara a volta do ex-presidente em 2018.
A confusão é velha: vem desde que o prefeito entrou na Justiça contra o governo federal para rever a dívida da cidade de São Paulo.
Lula orientou Haddad a fechar parceria até com o governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), em obras que não dependem de verba da União.
Também subiu no telhado a “boa vizinhança” com o ministro Gilberto Kassab (Cidades), que comanda boa parte dos muitos bilhões do PAC.
Tucanos se digladiam para definir o diretório municipal de São Paulo, de olho na disputa pela prefeitura, em 2016. Será realizada convenção neste domingo para saber quem fica no comando. Disputam Andrea Matarazzo, José Aníbal, Mário Covas Neto e Ricardo Tripoli.
Deputados do PMDB falam mal do ministro Henrique Alves (Turismo). Dizem que ele ignora pedidos de nomeações etc. Mas o que falta é “tinta” na caneta de Alves, que assumiu num momento de cortes.
Tem gente na Câmara tentando identificar o autor da ideia da catraca eletrônica no plenário. A intenção de Eduardo Cunha é brecar o acesso de lobistas, mas servidores dizem que ele os recebe em seu gabinete.
Um grupo de 35 empresários do agronegócio recebeu a promessa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de colocar em votação o projeto que regulamenta a terceirização. E sem mudanças.
Depois que o senador Romário (PSB-RJ) chamou o presidente da CBF de “ladrão, safado e ordinário”, Marco Polo Del Nero afirmou que vai responder processando-o na Justiça. Romário não parece preocupado.
Paulo Paim (PT-RS) acha que Dilma ficará constrangida de vetar mudanças no fator previdenciário. Ela teme sofrer mais desgaste após as medidas provisórias que dificultam acesso a benefícios trabalhistas.
O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-RJ), decidiu que vai prorrogar os trabalhos da comissão. Seu maior objetivo é acareação entre o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, ambos presos na Operação Lava Jato, da PF.
Petistas e tucanos fazem movimento contra a reeleição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se articula para mudar o regimento e garantir a recondução. Mas avisam: “não somos aliados!”.
No ritmo da economia, que encolheu 0,2% no 1º trimestre, o governo vai precisar de mais duas ou três Petrobras para equilibrar o caixa.

NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 31 DE MAIO DE 2015
A combinação é mortal. Não há como escapar. O PT está caminhando para a destruição. Não há milagres a fazer. Envolvido no mar de lama do petrolão, com o tesoureiro preso e as denúncias chegando cada vez mais perto de Lula e Dilma, o partido tenta tirar coelhos da cartola. Só que a cartola virou um chapéu velho de palha. A recessão é inevitável. Ou segue a receita do FMI de ajuste fiscal sem precedentes, tirando direitos dos trabalhadores, ou perde o grau de investimento e a economia vira pó. Porque o partido não tem coragem de cortar 110.000 cargos comissionados e nem fechar a metade de 39 ministérios. Não corta a própria carne. Corta a carne dos brasileiros mais pobres. Com isso, o partido começa a rachar, comandado por Lula, que quer voltar em 2018 e sabe que, com o fracasso de Dilma, a derrocada do PT já começará nas eleições de 2016. Quem vai querer manter o PT no poder em prefeituras como São Paulo, por exemplo? Quanto mais nas pequenas cidades, afundadas em dívidas e na falta de repasses para saúde, educação e programas sociais. Na segunda quinzena de junho, o PT realiza seu congresso nacional, onde o racha interno vai se evidenciar. Para tentar vencer a mistura explosiva e destrutiva de corrupção e recessão, seus líderes buscarão o contraponto em saídas mágicas que não existem mais. O resultado mostrará um partido sem rumo e sem saída. Rumo, finalmente, à autodestruição. Abaixo, matéria do Estadão.
O Palácio do Planalto iniciou uma ofensiva para conter a hostilidade contra o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no 5.º Congresso do PT, que ocorrerá de 11 a 13 de junho, em Salvador (BA). Preocupados com o tom da resolução política a ser aprovada no encontro, no momento em que o PT e o governo enfrentam sua mais grave crise, ministros petistas procuraram dirigentes do partido e pediram cautela nas manifestações anti-Levy. 
Desde que foram escancaradas as divergências entre o titular da Fazenda e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na esteira da divulgação do corte no Orçamento - que ficou em R$ 69,9 bilhões -, a presidente Dilma Rousseff procura abafar os ruídos na equipe. O receio do Planalto, porém, é que o PT jogue mais combustível na crise durante a reunião de Salvador, provocando desconfianças e agitando novamente o mercado financeiro. Convocado para debater o programa do PT e atualizar o projeto do partido, em meio a sucessivos escândalos de corrupção, o congresso petista deve ser tomado, na prática, por críticas à gestão de Dilma e pressões por mudanças na política econômica. 
Chicago Boy 
Nos bastidores, parlamentares do PT chamam Levy de “Chicago Boy”, numa referência à Universidade de Chicago, identificada com a visão neoliberal, onde Levy se graduou Ph.D. Ex-secretário do Tesouro no governo Lula, Levy é considerado pela maioria do PT como a encarnação do mal por causa de suas ideias “ortodoxas”. 
Embora o PT esteja dividido sobre a conveniência de pedir a cabeça do ministro, a avaliação predominante no partido é que o modelo de ajuste fiscal adotado porá a economia nas cordas, tornando o crescimento inviável. O diagnóstico é que a tesourada nos gastos, o corte de programas sociais e as restrições criadas a direitos trabalhistas, como seguro desemprego, travam o desenvolvimento e afastam ainda mais o PT de sua base social. 
A disputa que atiça o PT nesta temporada é pelos rumos do governo Dilma pós-ajuste e por maior protagonismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na distante relação com o Planalto. Acuado, o partido também tenta reagir para salvar sua imagem, ainda mais abalada após a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que culminou com a prisão do então tesoureiro João Vaccari Neto. 
Nesse cenário, nove entre dez petistas recorrem ao ministro Nelson Barbosa, visto como “desenvolvimentista”, na tentativa de criar um contraponto a Levy. O movimento contraria Dilma - que decidiu prestigiar o titular da Fazenda - e preocupa a equipe de Barbosa. Inflado pelo PT, o titular do Planejamento teme sair enfraquecido do embate. 
Queda de braço 
O confronto reedita uma queda de braço travada no primeiro mandato de Lula, tendo à época Antonio Palocci (Fazenda) na linha de tiro. Em novembro de 2005, Dilma, então chefe da Casa Civil, chegou a chamar de “rudimentar” o ajuste fiscal de longo prazo proposto por Palocci. Agora, no entanto, não esconde o aborrecimento com o “fogo amigo”. 
“É possível que existam críticas ao ministro Levy e as divergências são normais, mas o PT deve entender que o próprio projeto do partido passa pelo sucesso do governo Dilma”, disse o líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS). “Não podemos, depois de todo o esforço para aprovar as medidas provisórias do ajuste, dar motivos para insegurança.”
Em conversas reservadas, Lula não esconde o desconforto com a inflexão na economia e a demora do governo em virar a página do ajuste fiscal, criando uma agenda positiva. Lula está aflito por entender que, se a rota não for corrigida a tempo, o PT sentirá ainda mais o peso do desgaste nas eleições municipais de 2016, podendo sucumbir na disputa presidencial de 2018. 
No Planalto, dois ministros fazem hoje a “ponte” entre o governo, a direção do PT e os movimentos sociais. Um deles é Edinho Silva, titular da Secretaria de Comunicação Social. O outro é Miguel Rossetto, que comanda a Secretaria-Geral da Presidência. Próximo a Dilma, Aloizio Mercadante (Casa Civil) distanciou-se da cúpula petista. 
Reinvenção 
Assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia ajudou a redigir o manifesto da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), que será apresentado no congresso do PT. Assinado pela corrente majoritária, integrada por Lula, o documento faz uma autocrítica, no rastro dos escândalos de corrupção - do mensalão à Petrobrás - e diz que o partido precisa se “reinventar”. O que mais chama a atenção no texto, porém, são os ataques à política econômica conduzida por Levy.“Não se pode fazer da necessidade de sanear a situação fiscal a ocasião para a apologia de uma política econômica conservadora, cujas consequências bem conhecemos”, assinala o documento. 
Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), a estratégia central do governo tem de ser o crescimento, e não o ajuste fiscal. “Não podemos ficar nesse samba de uma nota só”, insistiu Lindbergh, após votar contra a MP que dificultou o acesso ao seguro-desemprego. “Não é só o governo Dilma que está em jogo. É o nosso futuro, do PT e da esquerda.”
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), discorda do colega. “Levy faz o que Dilma pede. Então, quem critica Levy está criticando Dilma”, argumentou Guimarães. “Uma coisa é criticar o ajuste e outra é pedir a cabeça do ministro. Isso não dá para aceitar.”

(Estadão) Com os olhos marejados, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), disse em coletiva de imprensa convocada de última hora neste sábado, 30, que o mandato de busca e apreensão cumprido no apartamento da sua esposa Carolina Pimentel, em Brasília (DF), foi expedido com base em uma alegação "absolutamente inverídica". "Carolina está sendo vítima de um erro, de um equívoco, que eu tenho certeza de que será corrigido", declarou.
Operação Acrônimo, da Polícia Federal, investiga a suspeita de um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Na ação, foram presos, além do empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, colaborador de campanhas do PT, outras quatro pessoas. Agentes da PF também fizeram buscas num apartamento de Carolina, localizado na Asa Sul, em Brasília, com base em suspeita de que a empresa da primeira-dama do Estado de Minas Gerais, Oli Comunicação e Imagens, seja "fantasma". Outros alvos foram dois imóveis, em Belo Horizonte, do ex-deputado Virgílio Guimarães (PT-MG), aliado de Pimentel.
O governador estava acompanhado na coletiva somente do advogado de Carolina, Pierpaolo Bottini. No início de seu pronunciamento, Pimentel disse que estava ali "não na qualidade de governador, mas como cidadão, pai e esposo". Justificou a ausência de Carolina no Palácio da Liberdade, uma das sedes do governo estadual, onde foi a coletiva, devido ao pedido médico para ficar de repouso, pois está grávida. "É meu dever prestar contas. Só não fizemos isso ontem porque queríamos ter acesso aos autos do inquérito. Carolina está abalada", informou o governador. 
Pimentel ainda comentou que tanto ele quanto a primeira-dama não acham que houve má-fé ou atitude deliberada da PF na ação. "Respeitamos a operação e a investigação da PF e do Ministério Público. Mas reafirmo minha absoluta convicção na Justiça brasileira, nas instituições republicanas. Nós estamos sendo vítimas de um erro, e não perco minha fé na democracia e na liberdade de imprensa", falou. Segundo ele, na segunda-feira serão entregues documentos que servirão para excluí-la desse inquérito, "sem prejuízo de que ele prossiga como objeto de que lhe é de direito", ressaltou. "Mas no caso da minha esposa, é um erro clamoroso. Vamos superar isso", completou.
Defesa 
Pimentel deixou a coletiva após o pronunciamento sem falar com jornalistas. O advogado de Carolina rebateu as acusações de que a Oli Comunicações e Imagem, empresa de Carolina Pimentel, seria de "fachada" e que estaria no mesmo local cadastrado em nome da PPI Participações Patrimoniais e Imobiliárias, companhia que está sob investigação, cujo dono é o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené.
O advogado informou que a empresa de Carolina foi criada em 2012 para prestação de serviços de comunicação e que ocupou o local até julho do ano passado e, em novembro, foi extinta. "Não existiam duas empresas no mesmo lugar. Só depois disso da saída da empresa Oli que o local foi ocupado por outra empresa. Portanto, os fundamentos da busca e apreensão são equivocados, tanto que quando foi feita a ação, a empresa já não existia mais", destacou o advogado. Entretanto, o deferimento do pedido de extinção da empresa de Carolina foi realizado somente no começo deste ano.
"Temos um termo de encerramento contratual que é um dos documentos que serão entregues à PF e ao Ministério Público e vamos disponibilizá-lo, além de outros, também em um site que está sendo criado", disse Bottini. O advogado ressaltou que a empresa da primeira-dama de Minas Gerais "jamais prestou serviços a empresas públicas e nem a qualquer das empresas mencionadas na investigação e nem a nenhum partido político". Segundo Bottini, a Oli foi uma companhia que prestou serviços a empresas privadas. "Não sei de onde a PF tirou esse tipo de ação, mas certamente a Carolina não era conivente, sequer conhecia esses fatos. E não há nenhum parentesco da Carolina com Bené. Havia sim um convívio social, mas nenhum envolvimento profissional", declarou.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:01:00


NO O ANTAGONISTA
Brasil 30.05.15 13:05 Comentários (28)
De acordo com Lauro Jardim, da Veja.com, Dilma Rousseff está preocupada com o julgamento das pedaladas fiscais no TCU. Ainda mais porque agora se sabe que houve pedaladas também em 2015.
Ela disse o seguinte: "Vão tentar aprontar contra nós no TCU."
A frase é reveladora, porque existem o "nós", a quadrilha com registro partidário instalada no poder, e "eles" -- a sociedade brasileira. Ou seja, nós, que trabalhamos, estudamos e pagamos impostos.

Brasil 30.05.15 15:55 Comentários (83)
José Maria Marin, que costumava se acomodar no hotel Baur au Lac, considerado o melhor de Zurique, agora come apenas arroz e carne no cárcere, segundo a Associated Press...
Fora do Baur au Lac: um, dois, arroz sem feijão, três, quatro, corrupção no prato
Brasil 31.05.15 07:13 Comentários (28)
Na campanha eleitoral, quando Aécio Neves questionou Dilma Rousseff sobre os empréstimos do BNDES para o Porto de Mariel e sobre o risco de calote de Cuba, ela respondeu: "As garantias quem dá não é Cuba. Quem dá a garantia é a empresa brasileira para o BNDES".
Isso é mentira, descobriu Lauro Jardim...

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