DA MÍDIA SEM MORDAÇA - PRIMEIRAS DO DIA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
20 DE MAIO DE 2015
O Ministério Público Federal (MPF) adotou uma estratégia diferente, nas investigações que realiza há meses nos negócios do BNDES. Em vez de concentrar todas as iniciativas em um único magistrado, como na Operação Lava Jato (coordenada pelo juiz Sérgio Moro, titular da Vara Federal de Curitiba), desta vez o MPF diluiu os seus mais de 60 pedidos de prisão, no caso do BNDES, entre cinco juízes federais.
Os negócios do BNDES passaram por pente fino: o MPF examinou cada contrato, os detalhes e a procedência de dezenas de denúncias.
O Tribunal de Contas da União não consegue examinar os contratos do BNDES. Alegam “sigilo bancário” para mantê-los secretos.
Ainda não é investigada a denúncia de que Lula teria obtido obras para a Odebrecht no exterior oferecendo financiamento barato do BNDES.
A oposição já tentou este ano abrir a “caixa preta” do BNDES propondo CPI no Senado, mas a maioria governista inviabilizou a investigação.
O texto do relator da reforma política, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), propõe impedir acesso de metade dos partidos aos R$ 868 milhões anuais do fundo partidário. Pela proposta, os partidos devem obter, no mínimo, 2% dos votos válidos do País, para deputado federal, e 1% em 9 dos 27 Estados. Se a proposta já estivesse em vigor, partidos como PCdoB, PSOL e PRTB não teriam acesso ao butim do fundo, este ano.
Seriam excluídos do fundo partidário, na reforma política, PHS, PTdoB, PSL, PTN, PRP, PEN, PSDC, PMN, PTC, PSTU, PPL, PCB e PCO.
Além de ficar de fora da partilha do fundo, o texto prevê que os partidos com menos de 2% não têm direito à propaganda gratuita no rádio e TV.
A mudança acaba o lucrativo negócio de políticos como Gilberto Kassab (Cidades), que cresceu ao inventar o PSD e agora recria o PL.
Após a Serpros, fundo de pensão do Serpro, na semana passada, oito fundos de pensão estão na fila de intervenções da Previc, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
A rejeição do bolivariano Guilherme Patriota, ontem, no Senado, livrou o Brasil da presença de um adorador do aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia na OEA, a Organização dos Estados Americanos. Xô.
Provocou comoção no governo a demissão anunciada de 500 pessoas na Mercedes Benz. Em Brasília, com a economia paralisada, o setor de construção civil demitiu 5 mil, entre janeiro e abril, e ninguém protestou.
Foi bem mais fácil para Joaquim Levy negociar com os invasores pela manhã, para conseguir entrar no prédio do Ministério da Fazenda, do que convencer parlamentares, à tarde, a apoiar seu ajuste fiscal.
Deputados federais que têm medo do “distritão” se articulam para tentar impor ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, sua primeira derrota, rejeitando essa proposta. E encalacrando a reforma política.
Não passam de um punhado de sindicalistas e algumas dezenas de pobres diabos (que recebem uns trocados, camiseta e boné da CUT) para posar de “manifestante” os “agricultores familiares” que invadiram o Ministério da Fazenda e na véspera bloquearam rodovias em Brasília.
Enquanto o governo se esquiva do dever de punir os vândalos que promoveram quebra-quebra no Ministério da Fazenda, caberá ao contribuinte otário pagar o prejuízo que eles deixaram, de R$ 15 mil.
O governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), nomeou mais de vinte comissionados na Secretaria de Comunicação (Secom). Incluindo jornalistas da emissora afiliada da Globo e do seu portal de notícias.
Com a rejeição do Senado ao seu protegido Guilherme Patriota, para ser embaixador na OEA, o aspone Marco Aurélio Garcia fez “top-top”?

NO BLOG DO CORONEL
TERÇA-FEIRA, 19 DE MAIO DE 2015
Lula e Luciano Coutinho, presidente do BNDES: suspeitas cada vez mais fortes de crimes cometidos para favorecer a Odebrecht.
(Época) O Ministério Público Federal do Distrito Federal pediu nesta terça-feira (19) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva explique quanto recebeu da empreiteira Odebrecht para fazer viagens ao exterior e qual foi a justificativa para os pagamentos.
Como ÉPOCA revelou, Lula é investigado sob a suspeita de tráfico de influência em favor da Odebrecht, em obras fora do país viabilizadas com financiamentos do BNDES. No mesmo despacho que pede informações a Lula, a procuradoria prorroga o prazo em 30 dias a investigação, para analisar as documentações.
A procuradoria deu prazo de 15 dias para que Lula se explique. O Ministério Público Federal pediu a agenda oficial de Lula em países da América Latina e da África entre os anos de 2011 e 2014, com a explicação de quem pagou a viagem e as palestras do ex-presidente. A Polícia Federal, a pedido da procuradoria, deverá fazer um levantamento de todas as saídas e entradas do país de Lula e de Alexandrino Alencar, da Odebrecht, incluindo voos em jatinhos particulares.
Um dos alvos de pedidos é a própria Odebrecht. O MPF pediu a cópia dos contratos firmados com Lula, “esclarecendo a pertinência do investimento com os objetivos e política da empresa”. A empreiteira deverá ainda fornecer a lista de obras fora do país bancadas com financiamento do BNDES. O BNDES, por sua vez, deverá responder informações sobre os contratos com a Odebrecht – um dos alvos da CPI do Senado que pretende investigar o banco. A procuradoria quer saber os valores do contrato, a taxa de juros e as garantias oferecida pela Odebrecht. Odebrecht, Lula e BNDES negam quaisquer irregularidades no caso.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 21:00:00

(O Globo) Ao comentar 35 acordos de investimentos assinados pelo governo da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse que os “pseudo nacionalistas” de antes, hoje são os “mercadores” que vendem o Brasil “em liquidação” para fazer caixa frente aos cortes de investimentos em todas as áreas. Os acordos negociados vão aumentar a participação dos chineses nos setores de infraestrutura, mineração, planejamento estratégico, transporte, agricultura e energia.
Aumenta também a dependência da Petrobras, que já havia fechado empréstimos de U$3 bilhões e agora foi acordado financiamento de projetos num total de R$ 5 bilhões. — Estamos em liquidação e estão entregando o Brasil a preço de banana. Os pseudo nacionalistas do passado, hoje são os mercadores que vendem nossas riquezas, os artigos brasileiros, para fazer caixa e ter como enfrentar os cortes de investimentos em todas as áreas — criticou Aécio Neves. 
Ele voltou a criticar também a nova leva de aumentos de impostos de PIS, Cofins e IOF. Ao não dar o exemplo, com medidas internas de racionalização da máquina, disse o tucano, Dilma desestimula os aliados e torna ainda mais difícil a votação dos ajustes no Congresso. — Todas essas medidas vem na direção do desaquecimento, estimulam a recessão e as demissões. Por isso o PSDB é contra, vota contra. O pacote penaliza trabalhadores, o setor produtivo e não acena com melhoras lá na frente. O cenário é extremamente preocupante — disse Aécio. 
O presidente nacional do PSDB participou de um almoço na liderança do partido para recepcionar o 12º senador da bancada, o catarinense Dalírio Weber (PSDB-SC), que assume na vaga deixada pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), falecido semana passada. O suplente toma posse agora à tarde (19).
POSTADO POR O EDITOR ÀS 16:51:00


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
19/05/2015 às 7:43\O País quer Saber
Por Branca Nunes
Neste 7 de maio, o governo federal comemorou a aprovação na Câmara dos Deputados da PEC 665, embrulho incluído no balaio do ajuste fiscal que altera regras no seguro-desemprego. Mais uma vez, Dilma Rousseff e seus parceiros avisaram que é pelo bem do Brasil que a população será sacrificada. A mesma cantilena foi entoada para que os pagadores de impostos aceitem outra contradição absurda: os parteiros do slogan Brasil – Pátria Educadora cortaram R$ 500 milhões da verba que deveria garantir a professores e bibliotecas públicas o suprimento de livros didáticos. Há alguns dias, enfim, o Ministério da Educação confessou que não resta um único tostão para investir no FIES.
A indigência financeira, cujo codinome é “contingenciamento de gastos”, provoca estragos que ultrapassam as fronteiras do território nacional. Já no primeiro mandato de Dilma, o Brasil perdeu o direito de voto em instituições internacionais, sofreu derrotas sucessivas na disputa por cargos relevantes e foi proibido de comandar missões de paz da ONU, entre outras sanções que deixaram em frangalhos a imagem do país. Como a soma das dívidas com as agências da Organização das Nações Unidas já passou dos R$ 600 milhões, não há perigo de melhorar.
Para recuperar, por exemplo, o direito de voto na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), perdido desde 1º de janeiro de 2015, o país precisa pagar R$ 10,3 milhões. Um débito de R$ 15,4 milhões e dois anos de calotes na contribuição financeira devida ao Tribunal Penal Internacional expulsaram o Brasil do quadro de eleitores da instituição. Na FAO, a dívida acumulada chegou a R$ 38,6 milhões.
As embaixadas desenham um quadro de penúria. Em reportagem recente, o Estadão revelou que a representação brasileira em Benim, na África ocidental, ficou sem água e luz por falta de pagamento. Os telefones só não haviam emudecido porque um diplomata ali baseado quitou a conta com o que restava do salário. A escassez de recursos atinge também representações em Tóquio, nos Estados Unidos e em Portugal.
No ano passado, o Brasil se recusou a pagar a contribuição obrigatória à Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade que reúne as nações das Américas do Sul, Central e do Norte. Dos 8,1 milhões de dólares esperados, depositou apenas 1 dólar. Em contrapartida, o salário dos parlamentares saltou no começo do ano de R$ 26.723,13 para R$ 33.763,00. E as despesas federais no primeiro trimestre cresceram R$ 5,4 bilhões, passando de R$ 822 bilhões para pouco mais de um trilhão de reais por ano. “Sem contar a Petrobras”, ressalva o jornalista Carlos Brickmann.
Tudo somado, conclui-se que o Brasil Maravilha que Lula pariu e Dilma Rousseff carregou no colo só existiu na cabeça baldia do parteiro e no cérebro desabitado da babá. Pelo menos desde 2006, a dupla insistiu em enxergar um colosso emergente no que nunca passou de um pobretão metido a besta. Fantasiado de rico com um fraque puído nos fundilhos, há mais de 12 anos a potência de araque deu de esbanjar lá fora o dinheiro que faz falta aqui. Neste início do segundo mandato, o fraque foi reduzido a andrajos que denunciam a miséria financeira e moral do perdulário irresponsável.
Neste 12 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou a liberação de mais R$ 50 bilhões para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O governo parece achar pouco: o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, move-se nos bastidores para apressar a transferência de outros R$ 10 bilhões atualmente em poder de um fundo criado com uma fatia de recursos do FGTS. De 2006 para cá, o total de empréstimos do Tesouro ao BNDES ultrapassou a fronteira dos R$ 410 bilhões — 8,4% do PIB.
Boa parte da dinheirama esvaiu-se na construção de usinas, portos, rodovias e aeroportos no exterior ─ em transações mantidas sob sigilo e sempre com juros de pai para filho. “Fazer empréstimos internacionais sem que eles passem pelo Congresso é uma atitude inconstitucional que se cristalizou no governo Lula e Dilma”, observou Maristela Basso, professora de direito internacional da USP, numa entrevista a Heródoto Barbeiro. “Emprestar para Cuba de forma secreta para a construção do Porto de Mariel, por exemplo, é nulo perante o direito brasileiro”.
Inconstitucional ou não, é o que o governo federal faz há mais de uma década. Entre 2006 e 2012, US$ 3,2 bilhões (R$ 6,4 bilhões) foram consumidos em empréstimos a companhias brasileiras em Angola – 49% para a Odebrecht –, de acordo com uma reportagem da BBC Brasil. Trecho: “A Odebrecht conta com parte de uma nova linha de crédito do banco, de US$ 2 bilhões, para manter o ritmo de investimentos em Angola, entre US$ 500 milhões e US$ 600 milhões anuais (de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão)”.
Também construído pela Odebrecht e financiado pelo BNDES, o porto de Mariel engoliu US$ 682 milhões só na primeira etapa. Com 18 metros de profundidade, 12 quilômetros de ferrovias e 70 quilômetros de rodovias com pista dupla no entorno, o porto cubano é tudo o que o Porto de Santos, em São Paulo, quer ser quando o governo decidir gastar por aqui as verbas que sobram para modernizar a infraestrutura de países companheiros.
Pelo atalho do BNDES, a Queiróz Galvão fez chegar um bilhão de dólares aos canteiros de obras da hidrelétrica de Tumarín, na Nicarágua. No Equador, a Odebrecht foi contemplada com mais de US$ 90 milhões para construir a Hidrelétrica Manduriacu, além de outros US$ 240 milhões para a hidrelétrica de San Francisco. Acusada de “desleixo” no cumprimento do cronograma, a empreiteira foi expulsa do país, em 2008, pelo presidente Rafael Correa.
Cada vez mais numerosos, esses acertos internacionais são cada vez menos transparentes. Não se sabe ao certo quais são os critérios usados pelo BNDES para escolher parceiros. Boa parte das obras financiadas beneficia países da África e da América do Sul cuja irrelevância comercial é compensada pela permanência no poder de governantes amigos.
A suspeita de que o segredo de alguns contratos se presta a ocultar tenebrosas transações ameaça o sigilo que, no caso de Cuba e Angola, só seria suspenso em 2027. A reação do governo à iminente instauração de uma CPI do BNDES reforçou a sensação de que a devassa na multibilionária caixa-preta é inadiável. As descobertas podem espantar até os brasileiros convencidos de que, depois do Petrolão, não se espantarão com mais nada.
Seguem-se 14 obras no exterior financiadas pelo BNDES.
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NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
20/05/2015 às 6:25
O Senado Federal mostrou que não está de joelhos, e a democracia brasileira conserva, sim, as suas virtudes. Se estão esperando que eu passe aqui uma carraspana na Casa por ter aprovado o nome do advogado Luiz Edson Fachin para o Supremo por 52 votos a 27, então saibam: eu estou mais interessado nos 27 do que nos 52. E direi por quê. Mais: outro grande recado foi passado com a rejeição, por 38 a 37, ao nome do embaixador Guilherme Patriota para representar o Brasil na OEA. Já chego lá.
Comecemos por Fachin. Nunca antes na História “destepaiz”, como diria o Babalorixá de Banânia, houve tantos votos contrários a uma indicação: 27. Ora, formalmente, a oposição tem apenas 24: PSDB (10), DEM (5), PSB (6), PPS (1), SD (1) e PSOL (1). Mas vamos ver: Álvaro Dias (PSDB-PR) foi cabo eleitoral de Fachin. Lídice da Mata (PSB-BA) e João Capiberibe (PSB-AP), muito provavelmente, disseram “sim”. Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) endossou a indicação. O potencial de “não” cai para 20. Sete votos contra o então candidato foram colhidos entre independentes ou governistas.
Parece pouca coisa? É muito! Como vocês sabem, o Senado costumava ter um papel meramente homologatório. Desta vez, não! Depois de uma sessão de sabatina que durou quase 13 horas, está claro que Fachin não convenceu um terço do Senado. “Ah, tudo obra de Renan Calheiros”, insiste-se aqui e ali. É uma leitura um pouco ingênua quando se veem os números. Mas, ainda que assim fosse, isso quer dizer o quê? Parece-me que ele tem o direito de fazer política, não? Ou legítima é só a ação desabrida do Executivo para impedir a derrota do escolhido por Dilma?
O maior número de “nãos” a um indicado da história do Supremo — exceção a quatro que foram recusados ainda no governo Floriano Peixoto — deve ser saudado como uma conquista, sim, de autonomia da Casa. De resto, a mais longa sabatina arrancou do então candidato o “compromisso vinculante”. Ele afirmou que se poderia cobrar do ministro o que disse o candidato, lembrando que ele se comprometeu com a defesa da propriedade e dos valores da família. E é claro que isso lhe vai ser cobrado.
Guilherme Patriota
O nome de Guilherme Patriota, vamos convir, a exemplo do de Luiz Edson Fachin, era quase desconhecido antes de este blog trazê-lo à luz, num post publicado na manhã do dia 15. Eu relatava, então, o resultado da sabatina havida no dia anterior na Comissão de Relações Exteriores da Casa, quando o indicado de Dilma para a OEA (Organização dos Estados Americanos) expôs as suas afinidades eletivas: o “intelectual” filobolivariano Emir Sader e Marco Aurélio Garcia. Mais: foi palestrante do Foro de São Paulo e é um conhecido, como posso chamar?, antiamericanista.
Vamos lá: dos 24 nomes que podem ser considerados de oposição, é preciso retirar os de Randolfe, Capiberibe e Lídice. Outros quatro do PSB são incertos. Entre independentes e governistas, perto de duas dezenas de senadores recusaram a indicação de Dilma, que obedece, antes de mais nada, a um critério ideológico.
Sim, eu me sinto bastante satisfeito com o resultado porque, nos dois casos, cumpri o meu papel, que é fazer o debate. Nos dois casos, expus os motivos por que achava que os nomes deveriam ser recusados. Nos dois casos, tratou-se de terçar armas com uma máquina poderosa, que, entre outras delicadezas, tem a caneta na mão.
O nome de Dilma para o Supremo experimentou uma rejeição inédita, e seu escolhido para o OEA levou bola preta. É crescente, também no Congresso, a rejeição àquilo que os companheiros pretendem para a democracia brasileira.
Ah, sim: parabéns ao Movimento Brasil Livre, que se mobilizou, com um buzinaço, contra o nome de Fachin. O MBL evidencia assim, mais uma vez, que a sua pauta é mais extensa e menos contingente do que o “fora Dilma”.
Texto publicado originalmente às 21h52 desta terça (19)
Por Reinaldo Azevedo

20/05/2015 às 3:35
Por Leandro Colon, na Folha:
A CPI da Petrobras anunciou nesta terça (19) que decidiu pedir a prisão do lobista brasileiro Julio Faerman, intermediário do esquema de propina entre a Petrobras e a holandesa SBM Offshore. A decisão foi divulgada após uma comitiva de oito deputados ouvir o ex-diretor da SBM Jonathan Taylor, delator do caso, em um hotel na cidade de Farnborough, nos arredores de Londres. “A CPI vai pedir a prisão do Faerman porque ele virou fundamental após a reunião com o Taylor”, informou o vice-presidente da CPI, Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O paradeiro de Faerman é incerto desde fevereiro de 2014, quando o caso veio à tona –há a especulação de que estaria morando em Londres.
Convocado para depor à CPI em março, ele não foi encontrado. A CPI pretende requerer que a Justiça acione a Interpol para localizá-lo. Taylor entregou documentos e gravações que detalham a atuação de Faerman na SBM, informação que a CPI não dispunha já que a empresa não tem colaborado com as investigações. Recebeu, por exemplo, papéis mostrando que ao menos US$ 31 milhões da Petrobras foram parar numa conta do lobista em empresa sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal. Segundo os deputados, será dado prazo até terça (26) para Faerman comparecer à comissão, apenas como formalidade antes de emitir o pedido de prisão. “Vamos dar esse prazo por termos o ouvido o Taylor e, depois, requerer a prisão no mesmo dia”, disse Efraim Filho (DEM-PB). O depoimento de Taylor ocorreu depois de entrevista dele à Folha no mês passado. Ele foi ouvido como colaborador de maneira reservada, a pedido dele. O encontro durou sete horas e meia.
A CPI quer que Faerman se manifeste, entre outras coisas, sobre a versão do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco de que a SBM deu US$ 300 mil à campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 –o valor não aparece na prestação de contas. Como representante da SBM no Brasil, Faerman recebeu US$ 139 milhões de 2007 a 2011 –Barusco já confessou que recebeu parte disso como propina na Suíça.
CGU
A CPI informou ainda que pretende convocar o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, para dar mais explicações sobre possível atraso na abertura de processo contra a SBM. Taylor voltou a acusar a CGU de esperar a reeleição de Dilma para abrir o processo, mais de dois meses após ter recebido dele um dossiê.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Brasil 19.05.15 16:36 Comentários (33)
Roseana Sarney passou uma hora e cinquenta minutos hoje prestando depoimento na PF, em Brasília, segundo o Estadão...
Brasil 19.05.15 16:56 Comentários (58)
Teori Zavascki determinou a quebra do sigilo fiscal e bancário de Aníbal Ferreira Gomes, do PMDB do Ceará. Ele fazia o leva-e-traz da propina entre Paulo Roberto Costa e Renan Calheiros...
Brasil 19.05.15 17:57 Comentários (32)
Eduardo Leite, ex-executivo da Camargo Corrêa, afirmou à Justiça Federal que a Odebrecht participava do esquema de propinas na Petrobras, por meio de Márcio Faria. A Odebrecht atribuiu a menção a seu nome a "sentimento de vingança concorrencial" da Camargo Corrêa, segundo o Estadão...
Brasil 19.05.15 21:25 Comentários (140)
O Senado liberou 50 bilhões de reais para o BNDES, o banco que faz empréstimos sigilosos com dinheiro público a sócios do PT.
Ajuste fiscal só para os cidadãos honestos...
Brasil 20.05.15 04:22 Comentários (8)
Uma notinha perdida na coluna Painel, da Folha de S. Paulo: "O ex-diretor da SBM Jonathan Taylor afirmou à CPI da Petrobras que os US$ 300 mil que Pedro Barusco diz ter negociado para o comitê de Dilma em 2010 eram parte dos US$ 28 milhões pagos naquele ano a Júlio Faerman, intermediário de propina para a estatal".
Só isso? O Brasil é uma notinha perdida...
Brasil 20.05.15 04:27 Comentários (10)
O Ministério Público Federal apura se Lula cometeu um crime em suas negociatas como lobista da Odebrecht:
"Considerando que as obras [da Odebrecht] são custeadas, direta ou indiretamente, por recursos do BNDES, caso se comprove que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva também buscou interferir em atos praticados pelo presidente do mencionado banco (Luciano Coutinho), poder-se-á, em tese, configurar o tipo penal do art. 332 do Código Penal [tráfico de influência]"...
Brasil 20.05.15 06:44 Comentários (3)
A Folha de S. Paulo informa que Luiz Edson Fachin, no STF, será o relator da denúncia contra Renan Calheiros por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso.
Fachin não foi posto no STF para denunciar gente como Renan Calheiros. Ao contrário: ele foi posto ali para engavetar todas as denúncias...
Brasil 20.05.15 06:54 Comentários (0)
Graça Foster acusou José Sérgio Gabrielli de "gestão temerária". A acusação foi feita durante a reunião do conselho de administração da Petrobras, em 27 de janeiro deste ano. De acordo com o Estadão, que obteve o áudio da reunião, o colegiado discutia uma forma de estimar as perdas com a corrupção e o superfaturamento de obras, descobertos na Lava Jato...


NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 20/05/2015 04:53
A reiteração de grandes escândalos — o petrolão sucedendo o mensalão — significa que o governo não aprende com seus erros. Em vez de buscar o caminho da moralidade, afunda-se nos velhos vícios. Politicamente enfraquecida, Dilma Rousseff reativou o toma-lá-dá-cá em pleno governo de continuidade. Levou ao balcão uma centena de cargos. E cuida para que os chefes partidários sintam-se contemplados com “espaços” na administração pública. Pode não dar em nada. Mas esse é justamente o tipo de prática que costuma desaguar em operações como a Lava Jato.
Nesta terça-feira (19), o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP federal, emplacou o ex-deputado federal Felipe Mendes na presidência da Codevasf, a Cia. de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. Foi uma espécie de prêmio de consolação. Nogueira ambicionava a presidência do Banco do Nordeste. Mas para essa cadeira Dilma nomeou o economista Marcos Holanda.
Trata-se de um apadrinhado do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). Marcos Holanda tomou posse há cinco dias. Ao discursar, agradeceu sua nomeação a Dilma, ao ministro Joaquim Levy e a Eunício, cuja malograda campanha ao governo do Ceará ele coordenou, no ano passado. A coisa começa assim. Se desandar, os padrinhos renegam os afilhados. E a madrinha diz “eu não sabia”.
Suprema ousadia: eleita com a promessa de transformar o Brasil, Dilma torna o país cada vez mais igual ao que sempre foi. E fica moralmente cada vez mais parecida com Lula, em cuja administração a Petrobras foi ao balcão. Muitos críticos do sistema sustentam que os partidos não têm jeito. Verdade. Mas essa não é a principal encrenca. O problema começa em quem oferece vantagens. PMDB, PP e congêneres apenas jogam o jogo que lhes foi proposto. Nesse ritmo, Dilma acaba extinguindo o direito do brasileiro de ser otimista.

Josias de Souza - 20/05/2015 00:58
E no sétimo dia, quando Renan Calheiros descansou, surgiram sobre o Senado uns cargos e favores. Na hora de a onça beber água, a indicação de Luiz Edson Fachin foi aprovada em votação relativamente folgada: 52 a 27.
Percebendo-se minoritário, o todo-poderoso do Senado passou a dizer que agiu, por assim dizer, como um magistrado. “O presidente do Congresso Nacional tem que demonstrar equilíbrio, isenção, neutralidade. Senão, ao invés de colaborar com o fortalecimento do papel do Legislativo, com a independência do Legislativo, ele enfraquece.'' É, pois é!
No caso de Luiz Fachin, o investigado Renan Calheiros semeou tempestades para colher ventos. Ou, por outra, teve de se contentar com uma brisa de 27 votos. Em nota, Dilma Rousseff disse ter recebido o resultado com “satisfação“.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, maio 20, 2015
Da visita do chinês restou uma constatação: Dilma é a cara do Confúcio.
Tirante o restante da grande mídia, apenas o site da revista Veja noticiou com precisão essa história do "negócio da China", que na verdade é mentira. Mais uma jogada de marketing do Foro de São Paulo. Tanto é, como mostra a foto, que mandaram à favas o protocolo e ao fundo se vê uma profusão de bandeiras alternadas sobressaindo, como se constata na foto mais abaixo, o vermelhão da bandeira comunista chinesa, enquanto a Dilma ostentando agora uma magreza cadavérica, voltou a vestir a gandola encarnada, provavelmente por recomendação do ministro sem pasta, o marketeiro João Santana.
Fato parecido com este que agora está rolando no Brasil ocorreu recentemente na Venezuela. Depois de dilapidar os cofres públicos daquele país, Nicolás Maduro embarcou num de seus potentes aviões e foi à China tentar conseguir dinheiro. Aproveitou no trajeto para descolar algum ato de benemerência de outros países, incluindo ditaduras islâmicas. Voltou de mãos abanando. 
A diferença é que Dilma não precisou ir à China, o que já está de bom tamanho e os brasileiros estão livres de bancar mais um gasto astronômico que seria financiar a farra da petralhada a bordo do Air Force 51, sem contar mais uma aeronave de segurança levando milicos da Aeronáutica, para garantir toda a segurança da "presidenta".
Como ninguém gosta de fazer negócios com país falido, os chineses, velhos de guerra, resolveram dar uma mãozinha para a petralhada vermelha, mas só em termos de marketing. Como atesta o site de Veja, a visita do chinês resultou apenas na assinatura de um memorando de intenções. Quem sabe, mais à frente, num futuro próximo etc e tal. Dim dim que é bom nada. 
Resultado: tudo continua na estaca zero, ou seja, as finanças brasileiras foram zeradas pela farra dos bolivarianos tupiniquins e a situação continua tão ruim, mas tão ruim que fez sumir até mesmo o brilho do olhar de Lula, conforme noticiou o diário vermelho paulistano. Aliás, é de se indagar: cadê o Lula? 
Enquanto tudo continua intocável, isto é, ruim pra burro, o fantasma do impeachment da Dilma e eventual processo contra Lula por tráfico de influência no caso Odebrecht, continuam na ordem do dia. Nem mesmo um eventual negócio da China será capaz de restituir vida política ao PT e seus sequazes. Nem mesmo com toda a grande mídia liderada pela Folha de S. Paulo e seus jornalistas amestrados cumprindo pautas do João Santana e da Secretaria de Comunicação do PT serão capazes de reverter o sentimento de repulsa à bandalha vermelha. 
Isto igualmente vale para suas excelências no Senado e na Câmara, já consideradas dejetos a céu aberto pela maioria do povo brasileiro. O Fachin do PT no Supremo Tribunal Federal também é mais um tiro n'água.
O que conta é que a Marcha da Liberdade prossegue em direção a Brasília, chegando à capital federal neste 27 de maio, oportunidade em que deverá acontecer uma grande manifestação com o encaminhamento do pedido de impeachment da Dilma. 
Para concluir transcrevo a nota do site de Veja, intitulada: Brasil e China: valor dos acordos está nos manuscritos de Confúcio. Leiam;
João Santana mandou a Dilma vestir outra vez a gandola vermelha enquanto o chinês preferiu o azul tucano.
A presidente Dilma anunciou nesta terça-feira (19) um acordo nababesco com o governo chinês. Serão 53 bilhões de dólares em trocas comerciais, um fundo de investimentos de 50 bilhões de dólares para infraestrutura e outro de 30 bilhões de dólares para não se sabe o quê. O discurso soa como música aos ouvidos de quem está cansado de ouvir notícias ruins sobre a economia. Como o diabo está nos detalhes, quando os representantes do governo brasileiro foram confrontados com perguntas básicas sobre os acordos, na coletiva de imprensa, as respostas não poderiam ser mais evasivas. Resumo da história: os números são fictícios e nenhum acordo foi firmado. O que houve, durante a visita do premiê Li Keqiang, foi um memorando de intenções que pode resultar em acordos no futuro. Disse o vice-presidente da Caixa, Marcio Percival, que não sabia de nada e que o jornalista teria de procurar a informação com os chineses. "Não tem nada contratado. Houve uma lista de intenções apresentada pelos chineses e esses números precisam ser consolidados. Por enquanto, há apenas a intenção", disse. O fato de Percival não conhecer os números é elucidativo: um dos memorandos firmados nesta terça envolve a Caixa e o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) na criação de um fundo de 50 bilhões de dólares. O executivo também não soube explicar o quanto a Caixa deverá aportar desse valor. Talvez os jornalistas tenham de recorrer aos manuscritos de Confúcio para encontrar a resposta.


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