DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
15 DE ABRIL DE 2015
Além de problemas na política, na economia e até na polícia, o governo Dilma responderá pela prática de “pedaladas fiscais”, considerada criminosa pelo Ministério Público Federal junto ao Tribunal de Contas da União. Nesta quarta (15), o TCU vai discutir o voto do ministro José Múcio, endossando a maior parte das recomendações da área técnica e até acrescentando nomes às 14 autoridades listadas pelo Ministério Público/TCU a serem convocadas para depor sobre o crime fiscal.
As “pedaladas” consistiam no atraso proposital de repasses do Tesouro a bancos oficiais para melhorar artificialmente as contas públicas.
Para auditores, técnicos e investigadores do TCU, as “pedaladas” são operações de crédito entre bancos oficiais, o que é considerado crime.
Autoridades e dirigentes da Caixa deverão responder a processos criminais, porque a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe “pedaladas”.
Devem ser intimados pelo TCU Guido Mantega, o ex-secretário do Tesouro Arno Augustin e Luciano Coutinho (BNDES), entre outros.
A direção do PTB vai ignorar a resistência da bancada no Congresso e sacramentar a fusão com o DEM. Senadores e deputados do partido são contrários à incorporação, mas o que pesa mesmo, como sempre, é a grana: a cúpula do PTB está de olho no “dote” do DEM, que é o valor do Fundo Partidário do partido. O PTB embolsou R$ 11,9 milhões e o DEM R$ 14,8 milhões no ano passado. Em 2015 isso deve triplicar.
Decisão indecorosa do Congresso aumentou o Fundo Partidário, que foi de R$ 289,5 milhões em 2014, para R$ 867,5 milhões este ano.
Deputados do PMDB já desconfiam que “falta tinta” à caneta de Michel Temer. Em café da manhã no Palácio do Jaburu, nesta quarta (15), eles vão cobrar do vice-presidente uma “imediata demonstração de força”.
O ex-deputado Henrique Alves (PMDB) continua vagando como alma penada em Brasília, suplicando um ministério, qualquer um, para não ficar complemente no ócio. Demorou, mas Dilma até já aceita a ideia.
A situação vexatória do desempregado Henrique Alves pode levar seu amigo Eduardo Cunha, presidente da Câmara, a promover a derrota do pacote fiscal do governo. Michel Temer foi avisado dessa possibilidade.
Dilma sugeriu que a economista Elisabete Timbó, 55, procurasse o Pronatec para arrumar emprego, mas não avisou que cortaria a verba, deixando às moscas o programa do qual fez propaganda na campanha.

NO DIÁRIO DO PODER
CORRUPÇÃO
JUIZ SERGIO MORO MANDA PRENDER VACCARI EM SÃO PAULO
PRISÃO DO HOMEM DE CONFIANÇA DE LULA ERA UMA DAS MAIS AGUARDADAS
Publicado: 15 de abril de 2015 às 07:51 - Atualizado às 07:53
Redação
JOÃO VACCARI ESTAVA SENDO MONITORADO E É POSSÍVEL QUE TENHA REINCIDIDO NO CRIME. (FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO)
O tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), João Vaccari Neto, acaba de ser preso pela Polícia Federal em sua casa, na cidade de São Paulo. A prisão foi determinada pelo juiz Sergio Moro, titular a Vara Criminal Federal de Curitiba (PR), que coordena as ações da Operação Lava Jato.

NO GABINETE DE PEDRO CORRÊA
EX-FUNCIONÁRIA DEVOLVIA METADE DO SALÁRIO PARA ASSESSOR
Publicado: 14 de abril de 2015 às 19:19
EM TROCA DO EMPREGO, VERA LÚ REPASSAVA METADE DOS VENCIMENTOS AO ASSESSOR DE PEDRO CORRÊA
A comerciante Vera Lúcia Leite Sousa Shiba, dona de uma banca de jornal em Brasília, disse à Polícia Federal que a partir de 2006 trabalhou no gabinete do então deputado Pedro Corrêa (PP-PE), mas teve que fechar acordo com o assessor do parlamentar, Ivan Vernon Gomes Torres Junior - em troca do emprego, ela repassava ao assessor de Pedro Corrêa metade de seus vencimentos.
A PF suspeita que o destinatário final da fatia do salário da funcionária era Pedro Corrêa.
Vera Lúcia foi ouvida na sexta feira, 10, quando a PF deflagrou a Operação ‘A Origem’, a 11ª fase da Lava Jato, e prendeu três ex-deputados federais - Pedro Corrêa, Luiz Argôlo (SD-BA) e André Vargas (ex-PT), todos sob suspeita de terem sido favorecidos em um esquema de propinas em contratos de publicidade de órgãos públicos.
Ela contou que já havia trabalhado na Câmara dos Deputados no período entre 2003 a 2014. Disse que "foi levada para a Câmara pelas mãos do deputado Ronivon Santiago, do Partido Progressista, com quem trabalhou até o momento em que ele teve seu mandato cassado pela Câmara".
Ronivon Santiago, deputado pelo PP do Acre, renunciou ao mandato depois de ter admitido que vendeu seu voto em favor da emenda da reeleição presidencial na década de 1990. Em 2002 foi eleito novamente, mas três anos depois perdeu o mandato pela segunda vez.
Vera Lúcia relatou que em 2006 passou a trabalhar com Pedro Corrêa na Presidência do PP na Câmara. Nessa ocasião, segundo afirma, ela aceitou dividir seu holerite, ficava com metade do valor e entregava a outra metade para Ivan Vernon.
Alguns meses depois Vera Lúcia migrou para o gabinete da deputada Aline Corrêa, filha do ex-deputado que se elegeu em 2006. Mesmo em seu novo emprego, no gabinete de Aline, ela diz que teve que abrir mão de 50% de seu salário na Câmara. Vera Lúcia disse ainda que movimentava, por procuração, duas contas da deputada no Banco do Brasil.

NO BLOG DO CORONEL
QUARTA-FEIRA, 15 DE ABRIL DE 2015
Luiz Edson Fachin, indicado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, é ligado ao PT e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao MST, além de ser contra os produtores rurais na questão indígena. A Frente Parlamentar da Agropecuária e seus senadores ainda não se manifestou quanto a nomeação de um ministro a favor dos sem terras e dos esbulhos possessórios em cima de fazendas produtivas. Sem falar no apoia escandaloso de Álvaro Dias (PSDB-PR) à indicação. Fachin será voto essencial para condenar ou não os políticos envolvidos na Lava Jato. Parece que Renan Calheiros lavou as mãos, mas o cheiro de uma negociação podre não saiu.
(Estadão) O ex-presidente da Câmara dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) será confirmado oficialmente nesta quarta-feira, 15, no Ministério do Turismo. Para sua indicação, Alves contou com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do vice-presidente Michel Temer, o novo articulador político do governo.
"Amanhã (quarta-feira) deve ser nomeado (o Henrique Eduardo Alves)", disse Temer. Depois, o vice-presidente balançou a cabeça positivamente ao ser questionado se Henrique Eduardo Alves seria mesmo nomeado para o Turismo.
O atual titular da pasta, Vinícius Lages, deixará o cargo, e seu destino ainda não foi definido. Uma das opções oferecidas a ele foi a presidência da Transpetro, mas o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), padrinho de Lages, não aceitou a oferta.
O nome de Henrique Alves vinha sofrendo resistência de Renan, que lutava para manter Lages à frente do cargo. Questionado sobre o destino do atual ministro do Turismo, Temer respondeu que Vinícius Lages "certamente será aproveitado" As indicações para o segundo escalão do governo, com diretorias de estatais importantes, devem sair nos próximos dias.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:42:00

CGUgate: Aécio manda PSDB a Londres para buscar provas contra Dilma.
 
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que haverá motivo "extremamente forte" para um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff se ficar comprovado que o governo esperou o fim da eleição para processar uma empresa holandesa suspeita de pagar propina para fazer negócios com a Petrobras. 
Como a Folha revelou ontem (14), a CGU (Controladoria-Geral da União) recebeu informações detalhadas sobre o assunto do ex-diretor da SBM Offshore Jonathan Taylor em agosto, durante a campanha eleitoral, mas só anunciou a abertura de processo contra a SBM em novembro, após a reeleição de Dilma. "É a utilização do Estado em busca de um projeto de poder. Certamente é um motivo extremamente forte [para o pedido de impeachment]", disse Aécio nesta terça (14). 
A declaração do tucano, que preside o PSDB e foi derrotado por Dilma nas eleições de 2014, representa uma mudança no tom que ele vinha adotando para tratar do tema. O senador evitava defender publicamente a abertura de um processo para investigar a presidente, mas vem sendo pressionado pelo PSDB a aderir à principal bandeira dos grupos que organizaram as manifestações populares contra o governo em 15 de março e neste domingo (12). 
Em reunião com deputados do PSDB nesta terça, Aécio ouviu da bancada a defesa do impeachment de Dilma. No fim do encontro, disse que faria uma "provocação" aos colegas de partido e perguntou quais eram a favor de investigações contra a presidente. Todos levantaram as mãos em apoio ao pedido. 
Aécio também recebeu nesta terça, pela primeira vez, representantes do movimento 'Vem para a Rua', um dos grupos que lideraram os protestos contra Dilma. Os manifestantes entregaram a Aécio convite para um ato público nesta quarta (15) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 
Representantes dos movimentos contrários ao governo pretendem divulgar durante o ato público um documento com reivindicações ao Congresso, entre elas a aprovação de uma reforma política. Aécio confirmou que o PSDB pediu ao jurista Miguel Reale um estudo das denúncias que já surgiram contra Dilma para verificar se há elementos para o impeachment. "Não é ainda a posição do PSDB, mas temos a obrigação de avaliar todas as alternativas", disse Aécio. O senador afirmou que impeachment não é "palavra proibida ou golpe", mas "constitucional". 
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça não ver "motivos" para a abertura de processo de impeachment contra Dilma. O peemedebista sinalizou que deve rejeitar os 23 pedidos de investigação que foram apresentados à Câmara até agora. Cabe ao presidente da Casa aceitar um pedido de impeachment e encaminhá-lo para a apreciação do plenário. 
Para que o presidente da República seja afastado e um processo contra ele seja aberto, é necessário o apoio de 342 dos 513 deputados, ou dois terços do plenário. O julgamento é feito pelo Senado. 
Em entrevista a blogueiros alinhados com o governo, Dilma disse nesta terça que o país saiu da eleição presidencial "com muita gente no terceiro turno", mas afirmou que o cenário deve melhorar."Que tipo de crise política nós temos? Saímos da eleição com muita gente no terceiro turno. [...] Vamos fazer 13 anos de governo e quem não está [no governo] reage dessa forma", afirmou a presidente, segundo trecho publicado pelo site "Jornal GGN".
POSTADO POR O EDITOR ÀS 06:26:00

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
14/04/2015 às 21:52 \ Direto ao Ponto
Neste pavoroso prelúdio do segundo mandato, Dilma Rousseff já mostrou que as mudanças ensaiadas por Joaquim Levy passarão ao largo do BNDES, reduzido por Lula a uma obscenidade perdulária. O que já foi um banco público virou uma espécie de Casa da Moeda clandestina, que distribui entre nações ou empresas amigas da seita no poder o dinheiro que falta ao País. Nesta segunda-feira (13), o premiado foi o consórcio que está construindo a hidrelétrica de Belo Monte.
Favorecido por um financiamento de 22,5 bilhões de reais, o grupo de empresas foi liberado pela direção do banco de pagar a multa de quase 75 milhões de reais decorrente de atrasos nas obras. Em vez de cobrar a bolada que saiu do bolso dos pagadores de impostos, o BNDES prorrogou o prazo fixado no cronograma original. Como ocorreu com a farra bilionária no porto cubano de Mariel, o acordo foi feito nas sombras. Os brasileiros que bancam o socorro suspeitíssimo estão proibidos de saber o que houve.
Não é difícil acabar com essa gastança criminosa. Basta que se conjuguem uma operação em regra da Polícia Federal, a quebra do sigilo dos contratos assinados pelo banco desde janeiro de 2003, um time de procuradores bons de briga e um juiz decidido a cumprir a lei. Será uma devassa e tanto. Depois do Petrolão, os mensaleiros ficaram com cara de amadores. Quando chegar a hora do BNDES, os saqueadores da Petrobras talvez sejam rebaixados a aprendizes.
O País do Futebol não assusta mais ninguém. O que agora assombra o mundo é o País da Corrupção. No campo da roubalheira, o Brasil está pronto para golear qualquer rival.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
15/04/2015 às 7:52
João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que diz contar com a inteira confiança do Diretório Nacional do partido, foi preso nesta manhã (15), na nova etapa da operação Lava Jato. Que coisa, né? O partido que veio para, como é mesmo?, “instaurar a ética na política” já viu na cadeia José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e, agora, João Vaccari. Desse jeito, o petismo ainda acaba seus dias escrevendo o “Manual de Ética do Companheiro Presidiário”. Consta que, em breve, um outro peixão da legenda cai na rede.
Por Reinaldo Azevedo

15/04/2015 às 7:23
O PT, definitivamente, não está entendendo uma vírgula do que está nas ruas. Mas o PSDB também não. Arrisco-me a dizer que pode estar entendendo ainda menos. Como diria o poeta, que saiba morrer o que viver não soube. É espantoso! Na votação do PL 4.330, das terceirizações, uma emenda do PSDB — sim, do PSDB!!! — excluiu as estatais e as empresas de economia mista da terceirização das chamadas atividades-fim. Ou por outra: ela só valerá para as empresas privadas.
Os sindicatos da CUT — e alguns de extrema esquerda — que aparelham as empresas públicas agradecem. Os cutistas estão pensando em esculpir um tucano de ouro e plantar na porta da entidade. Aquilo que nem os petistas propuseram saiu da cachola de seus companheiros de bico e pluma. Tenham a santa paciência! É o fim da picada!
O que os tucanos pretendem? Ganhar os votos das esquerdas e fazer embaixadinha para os sindicatos? Não conseguirão. Estima-se que a Petrobras tenha hoje até 300 mil terceirizados em áreas que poderiam ser consideradas atividades-fim. Serão todos demitidos? Qual é o propósito dessa emenda? Atende a que pressão? A que necessidade? A roubalheira da estatal, por acaso, foi obra da terceirização ou algo assim? Que interesse e de quem está sendo protegido?
Os tucanos dão mostras, assim, de não estar entendendo nada. A pressão de fundo das ruas, a nova pressão, é por um estado menor, não maior: e por mais espaço à iniciativa privada e menos ao estatismo mastodôntico. Eis que, na hora H, o que não é de estranhar, petistas e tucanos se estreitam num abraço insano. A petezada e as esquerdas, claro!, adoraram a emenda tucana e aderiam a ela em massa. A proposta de excluir as empresas públicas foi aprovada por 360 votos a 47.
Sabem por que o PSDB faz isso? Falta de eixo, falta de clareza, falta de propósito, falta de norte, falta de princípio. É a hipótese benevolente. Então, senhores tucanos, as empresas estatais são nobres demais para passar por um processo de terceirização? Ora, tenham a santa paciência!
Os tucanos já davam mostras de voar baixo e pesado nessa história quando praticamente ignoraram a pressão de Joaquim Levy, que pretende usar o PL 4.330 para promover uma espécie de reforma tributária e aumentar a cobrança de impostos, numa proposta que, adicionalmente, transforma as empresas contratantes em fiscais e arrecadadoras da Receita Federal. Se o principal partido de oposição estivesse afinado com o novo espírito das ruas, estaria é fazendo dessa questão um cavalo de batalha, contra o aumento de impostos. Mas estava ocupado demais tentando proteger o mastodonte estatal e os interesses da CUT.
Esse projeto 4.330 está virando uma estrovenga. O que poderia servir para modernizar as relações trabalhistas está virando uma colcha de retalhos pior do que a legislação original. Por quê? Em primeiro lugar, porque não existe governo, fraturado, dividido, sem saber o que quer, obrigado a acender velas para todos os capetas, tanto aos do esquerdismo bronco como aos do fiscalismo brucutu. E também não existe oposição organizada. Eu duvido que algum princípio, algum fundamento de economia política ou algum vetor ideológico tenham orientado o PSDB.
De resto, para suprema ironia, a tucanada livra a cara das bases da CUT para que elas possam, depois, votar no PT. Sabem como é… Afinal, esse tem sido o dualismo do Brasil, não é isso? E essa também tem sido a cara da nossa inviabilidade. Essa porcaria toda ainda pode, em tese, ser arrumada no Senado. Duvido que vá acontecer.
Vale a máxima: se cobrir, vira circo; se trancar a porta, vira hospício.
Texto publicado originalmente às 4h50
Por Reinaldo Azevedo

15/04/2015 às 6:52
Pois é… A população brasileira insiste em fazer pouco caso do “progressismo” preconceituoso de alguns letrados. Segundo pesquisa Datafolha, 87% dos entrevistados são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Apenas 11% se dizem contrários, e 1% não tem opinião a respeito. A redução é tema de uma Proposta de Emenda Constitucional que está em debate numa comissão especial da Câmara. O que eu penso? Dos males, o menor: a diminuição do limite da maioridade. Eu, de fato, sou contra a que se estabeleça uma linha de corte. Acho que se deve analisar cada caso, independentemente da idade do criminoso. Se ficar demonstrado que tem consciência do ato que praticou, fim de papo. O que acho, isto sim, é que os menores têm de cumprir pena em estabelecimentos específicos. Atingida a maioridade, cadeia comum.
Não há um só argumento sólido — nem verdadeiro — contra a redução da maioridade ou, mais amplamente, em favor da definição da tal linha de corte. A impunidade quase absoluta — no máximo, três anos de internação compulsória — que há no Brasil para o menor assassino é uma jabuticaba quase só nossa. Se os nossos cubanófilos de esquerda olhassem para a sua ilha mental de referência, condescenderiam com os 16 anos. Países com o IDH nas alturas e condições de vida e educação exemplares são bem mais duros.
A exemplo do que ocorre no Brasil, no Canadá, entre os 12 e os 14 anos, o infrator está sujeito a medidas socioeducativas apenas. Só que essa exigência, por aqui, se estende até a véspera de o sujeito completar 18 anos, não importa o crime. No Canadá, não! A depender da gravidade do delito, o criminoso é processado criminalmente pela legislação comum A PARTIR DOS 14 ANOS. Se condenado, ficará retido, sim, em regime especial até os 18 — e aí passa a ser considerado um adulto. Deu para entender a diferença?
As civilizadíssimas Suécia, Dinamarca e Finlândia têm o chamado sistema de “jovens adultos”, que abarca a faixa dos 15 aos 18 anos — quando começa a responsabilização penal plena. Mas um assassino de 15 ficará preso, sim, e o tempo da prisão dependerá da gravidade do crime.
Por aqui, trabalha-se com tolices e números falsos. Enchem a boca por aí para dizer que apenas 1% dos homicídios são praticados por pessoas com 16 ou 17 anos. Para começo de conversa, essa estatística é mentirosa, é falsa, não existe, é uma fantasia. Qual é a fonte? Para que se pudesse fazer essa afirmação, seria preciso que a polícia soubesse a autoria dos mais de 50 mil assassinatos por ano. Ocorre que ela identifica menos de 10% dos homicidas. De onde saiu, então, aquele 1% senão da mente perturbada das esquerdas?
Em segundo lugar, vamos fazer de conta que eles são verdadeiros. Em 2013, foram assassinadas 53.646 pessoas no país. Digamos que os jovens de 16 e 17 anos fossem responsáveis por 1%. Pergunta-se: faz sentido franquear a 536 monstros o direito a pelo menos um cadáver? É justo que 536 pessoas sejam mortas e que seus assassinos sejam protegidos pela lei? De resto, submetido esse total àqueles menos de 10% de resolução, os esquerdistas de botequim podem ficar calmos: só 53 seriam encarcerados. Ainda restariam 483 soltos, à espera das cantigas de ninar dos politicamente corretos.
Dia desses, a presidente Dilma Rousseff veio com essa besteira mentirosa do 1%. Também afirmou que a redução “não resolveria o problema”. De qual problema ela está falando? O da violência? Ah, não resolve mesmo. Mas quem disse que a ideia é essa? Eu, por exemplo, defendo a redução da maioridade penal apenas porque acho que lugar de bandido é na cadeia. Não pretendo, com isso, que se resolva o problema da violência. Quero apenas que se faça justiça.
Ah, sim: para não variar, a maior rejeição à mudança está entre os mais escolarizados (23%), que têm ensino superior, e entre os mais ricos (25%), com renda familiar mensal superior a dez salários mínimos. Coitados dos cegados pelos dados falsos! Essas camadas são as mais sujeitas às mentiras contadas pelas esquerdas — a história do 1%, por exemplo — e as menos sujeitas à violência.
O povão sabe onde lhe aperta o calo. E não se trata de populismo penal, não. Trata-se apenas de pôr bandido na cadeia. Nem tudo o que conta com o apoio de uma maioria é populista. Às vezes, é apenas matéria de justiça.
Por Reinaldo Azevedo

14/04/2015 às 20:52
Por Rodrigo Rangel, na VEJA.com:
“Tenho em minhas mãos um manifesto de centenas de juristas brasileiros que tomaram lado”, afirma Fachin, para em seguida fazer a leitura do manifesto, sob aplausos de militantes da campanha. Ao lado dele estavam, entre outros, os hoje ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Também estava presente no palco o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, morto ano passado.
“Apoiamos Dilma para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens naturais. Um país socialmente justo que continue acelerando a inclusão social e que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional. Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade e a erradicação da miséria. Um país que preserve sua dignidade reconquistada. O governo que queremos é o governo que preservou as instituições democráticas e jamais transigiu com o autoritarismo. Um governo que não tentou, casuisticamente, alterar a Constituição para buscar um novo mandato”, diz o jurista.
Ele prossegue, referindo-se ao que o manifesto lista como conquistas do governo Lula que deveriam ser garantidas com a eleição de Dilma: “Um governo que sempre escolheu para chefe do Ministério Público Federal o primeiro da lista tríplice elaborada pela categoria e não alguém de seu convívio ou conivência. Um governo que reestruturou a Polícia Federal, a Defensoria Pública, que apoiou a criação do importante Conselho Nacional de Justiça e a ampliação da democratização das instituições judiciais. Nestes últimos anos, a liberdade de manifestação de ideias fluiu no país. Não houve um ato sequer do governo que limitasse a expressão do pensamento em sua plenitude, e essas são as liberdades que devem ser mantidas”. “Muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado. Por isso tudo, declaramos em conjunto o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, soberana e solidária”, diz.
Àquela altura, Fachin já se colocava como candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal – algo que só viria a conseguir cinco anos depois. A escolha da presidente Dilma Rousseff ainda precisa passar pelo crivo do Senado. Para assistir ao vídeo, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Urgente: Lava Jato prende tesoureiro do PT
Brasil 15.04.15 07:32
João Vaccari Neto foi preso.
Nova fase da Lava Jato: tesoureiro do PT na cadeia.
Viva a Lava Jato.

O tesoureiro do PT foi preso e vai permanecer preso
Brasil 15.04.15 08:07
O mandato contra o tesoureiro do PT é de prisão temporária.
Não tem data para terminar.

O mochileiro preso
Brasil 15.04.15 07:56
João Vaccari Neto foi preso em São Paulo e será levado a Curitiba.
A cunhada do tesoureiro do PT deve estar preparando a mochila.

Pedalando para o impeachment
Brasil 15.04.15 06:44
Dilma Rousseff cometeu um crime de responsabilidade e pode ser cassada por causa disso.
Segundo a Folha de S. Paulo, o ministro José Múcio Monteiro, relator do processo contra as fraudes praticadas no ano passado para encobrir o déficit fiscal, vai seguir a linha do procurador Júlio Marcelo de Oliveira e recomendar a investigação contra as pedaladas do governo.
O plenário do TCU, formado por nove ministros, pode acatar ou não a recomendação, em votação prevista para esta quarta-feira (15).
Se a recomendação for acatada, o PSDB finalmente vai se sentir à vontade para apresentar um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff.
O TCU, hoje, decide se pedalamos para o impeachment ou para o descalabro

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 14/04/2015 18:55

Na Brasília dos dias que correm, a diferença entre a normalidade e a anormalidade é que a primeira é muito mais comum. No processo de escolha do advogado Luiz Edson Fachin (foto) para ocupar a cadeira de Joaquim Barbosa no STF, Dilma Rousseff brindou o país com duas notáveis anormalidades. Uma, já muito decantada, foi a demora. Outra, bem menos abordada, foi a consulta feita ao presidente do Senado, Renan Calheiros.
Na conta mais favorável, a demora de Dilma foi de oito meses e meio, quase o prazo de uma gravidez. Coisa nunca antes vista na história desse país. O inusitado produziu cenas constrangedoras. A omissão da presidente foi abominada em termos duríssimos, numa sessão do Supremo, pelos dois ministros mais antigos da Corte, Celso de Mello (demora “irrazoável e abusiva”) e Marco Aurélio Mello (atraso “nefasto”).
Tudo isso é desagradavelmente inusual. Mas foi na consulta a Renan Calheiros que Dilma levou o absurdo às fronteiras do paroxismo. O presidente do Senado, como se sabe, é protagonista de um inquérito no Supremo. Investigam-no por suspeita de envolvimento na pilhagem da Petrobras.
Ainda que o doutor Luiz Edson Fachin, o escolhido de Dilma, não tenha que participar de um eventual julgamento de Renan, não parece razoável que a suprema mandatária da República adote um comportamento de tamanha submissão a um investigado. O diabo é que, na Brasília atual, o anormal é tão comum que vai ganhando ares de doce normalidade.

Josias de Souza - 14/04/2015 16:06
A modena política brasileira tem sete maravilhas: 1) o bordão “eu não sabia”;2) a propina declarada no TSE como doação oficial; 3) políticos com códigos de barras; 4) partidos com fins lucrativos; 5) governo que aplica o programa econômico do adversário; 6) presidente que não preside; 7) Renan Calheiros que faz cara de nojo para o debate sobre ocupação de cargos.
Personificação da sétima maravilha política do país, Renan disse nesta terça-feira (14) meia dúzia de palavras sobre a novela da substituição do ministro do Turismo. Ocupa o cargo Vinicius Lages, afilhado político do senador. Reivindica a posição o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves.
Apertado por repórteres, o presidente do Senado declarou: “Estou defendendo a redução de ministérios, a redução de cargos em comissão, a reforma do Estado. Como é que eu posso agora dizer quem vai ficar no ministério ou quem vai sair? Não me cabe abonar a assinatura de ninguém”.
Renan acrescentou: “Acho que o simples fato de discutir esse assunto apequena a questão do ponto de vista do Congresso Nacional. O Congresso é uma instituição respeitável. Não tem muito sentido colocar o presidente do Senado Federal na discussão de quem vai ser ministro, quem não vai ser ministro, quem vai ocupar cargo A, cargo B, cargo C. Eu não quero participar desse debate.”
É mesmo uma maravilha a nova pose de Renan. Sobretudo quando comparada com a pose anterior, que não via problemas em sustentar por 12 anos, patrioticamente, a permanência do apadrinhado Sérgio Machado na presidência da Transpetro, subsidiária da Petrobras agora alvejada pela Operação Lava Jato. Decerto o novo Renan já telefonou para Dilma autorizando-a a mandar seu chapa para o olho da rua e a fazer o que bem entender com a pasta do Turismo — inclusive extinguir.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 15 de abril de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Na atual conjuntura de impasse institucional, com alto teor de insatisfação popular e risco de ruptura, faz pouca ou nenhuma diferença que Dilma Rousseff tenha finalmente indicado para o Supremo Tribunal Federal um jurista que tenha feito campanha aberta para ela na eleição de 2010 ou que seja apadrinhado do Presidente Ricardo Lewandowski. Catedrático de Direito Civil da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, professor visitante do King’s College, na Inglaterra, e pesquisador convidado do Instituto Max Planck, na Alemanha, o advogado Luiz Edson Fachin - indicado para a vaga do aposentado Joaquim Barbosa - também contaria com a grande admiração de outro ídolo nacional: o juiz Sérgio Fernando Moro, da Operação Lava Jato. Até aí morreu Neves e Vaccari foi preso...
Fato republicanamente gravíssimo é que Dilma Rousseff, Presidenta que tem sua ação terceirizada pelas crises política e econômica, demorou oito meses e meio para nomear o 11º integrante do STF. Duro é sermos obrigados a escutar no noticiário amestrado da mídia que Luiz Edson Fachin vai integrar a primeira turma do Supremo, e não vai julgar processos da Lava Jato... Claro, o STF já tinha dado o golpe interno da indicação de José Dias Toffoli - de reconhecido DNA petista - para cumprir a missão... Nos meios jurídicos, entre juízes, desembargadores e grandes advogados, a aposta é que o Supremo considerará "falta de provas" para condenar a turma com foro privilegiado. A previsão é que a tal "teoria do domínio do fato", que valeu no julgamento do Mensalão, não se repetirá no do "Petrolão".
Se não for impedida ou renunciar (risco concreto existe), Dilma Rousseff ainda fará seis nomeações para o STF. Além da vaga deixada por Barbosa, cinco ministros completarão 70 anos de idade e, ficam obrigados a se aposentar do tribunal: Celso de Mello, Teori Zavascki, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Lewandowski. Na atual composição do STF, apenas três ministros não foram indicados pelos governos do PT: Celso de Mello (escolhido por José Sarney), Marco Aurélio Mello (por Fernando Collor de Mello) e Gilmar Mendes (indicado por Fernando Henrique Cardoso).
A nomeação de Fachin é imprescindível para que o STF retome o julgamento das perdas sofridas pelos correntistas em planos econômicos nas décadas de 1980 e 1990. Luiz Fux, Carmem Lúcia e Luis Roberto Barroso se consideraram impedidos de votar o assunto polêmico. Sem quórum, o STF nada decide... Vergonhosamente, temos 400 mil processos sobre o mesmo assunto com a tramitação suspensa em tribunais de todo o país desde 2010. A decisão do Supremo terá repercussão geral, valendo para todos os poupadores que ingressaram com ação na Justiça. Em caso de derrota, os bancos teriam de desembolsar R$ 150 bilhões. Os banqueiros vendem a imagem caótica de que a decisão poderia causar colapso no sistema financeiro. As associações de consumidores avaliam que o impacto seria de "apenas" R$ 2,5 bilhões.
O problema dos bancos já causa impacto internacional. Agências de risco transnacionais já advertem que as instituições financeiras no Brasil não vão assim tão bem das pernas como parecem, apesar dos repetidos recordes de lucros com a farra dos juros altos e das tarifas escorchantes. O raciocínio lá de fora é que a crise econômica interna aprofunde o endividamento das famílias brasileiras, gerando uma "bolha". Os números respaldam a advertência externa. Em março, aproximadamente 54,7 milhões de consumidores brasileiros estavam com os nomes negativados - inscritos nas listas negras dos Serviços de Proteção ao Crédito. Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). 
A crise econômica, mais que a política ou o estouro permanente de escândalos de corrupção, é sempre o fator decisivo para derrubar governos. Eis a ameaça concreta para Dilma. Na hora do "pega pra capá" ou de a "onça beber água", amigos ou afilhados em supremas cortes não salvam ninguém... Esta regrinha da História costuma ser infalível...
Teje preso, Vaccari
O Secretário Nacional de Finanças do PT começa a acertar as contas com a Justiça Federal...
A Polícia Federal acaba de prender João Vaccari Neto, por ordem do juiz Sérgio Fernando Moro e a pedido do Ministério Público Federal.
Será que o PT vai resistir a mais este golpe imposto a sua cúpula pela Operação Lava Jato?
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