DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
08 DE MARÇO DE 2015
A corrupção na Petrobras, desmantelada pela Operação Lava Jato, prosperou a partir de estrutura semelhante às estatais do setor elétrico. O esquema montado pelo PT na Petrobras concentrou poder decisório em duas diretorias (Abastecimento e Serviços) definindo compras, licitações, contratos, parcerias, tudo que possibilitasse, digamos, negócios. No setor elétrico, o modelo adotado é exatamente o mesmo.
Quando afirmou, em depoimento, que o escândalo no setor elétrico “é ainda pior”, o ex-diretor ladrão Paulo Roberto Costa sabia o que dizia.
Implantado por Lula, o modelo decisório no setor elétrico se mantém até hoje: quem manda são os diretores de Engenharia, ligados ao PT.
Diretores de Engenharia nem precisam dar satisfações aos presidentes das estatais, que, no máximo, apenas referendam suas decisões.
São os diretores de Engenharia e não seus presidentes os maiorais nas estatais Eletrobras, Eletronorte, Chesf, Furnas e Eletrosul.
As redes sociais estão movimentadas com o protesto nacional, marcado para o dia 15, que pede o impeachment de Dilma Rousseff. Ao menos 190 páginas no Facebook convidam para a manifestação. A expectativa dos organizadores é que o ato seja tão expressivo quanto o de junho de 2013. A pauta desta vez é a bandalheira na Petrobras e a alta no preço do combustível, além de críticas à política econômica.
No protesto contra Dilma não será permitida a presença de meliantes do black bloc: “serão detidos e entregues à polícia”.
A petição pelo impeachment tem quase 2 milhões de assinaturas no site Avaaz, que, controlado por petistas, é suspeito de manipulação.
O Planalto avalia que o ‘ato pela Petrobras’, marcado pela CUT e apoiado pelo PT, aumente ainda mais o movimento pró-impeachment.
Madame não esconde sua preocupação com a situação geral do seu governo, mas anda muito satisfeita com os efeitos da dieta que a fez perder peso. Dilma até já dispensou os remédios para pressão.
Os organizadores do protesto contra a corrupção no governo Dilma, dia 15, informaram às policias militares dos estados sobre a suspeita de infiltração de militantes do PT para promover baderna e quebra-quebra.
Foi quase impossível encontrar uma excelência em Brasília neste fim de semana. Um senador confidenciou que o ‘fator Janot’ causou a fuga em massa. Ninguém queria estar na capital com a lista pública do PGR.
Que o dólar subiu frente à maioria das moedas importantes, não dá para negar, mas o real também está fraco comparado a moedas como o dólar australiano e o canadense, o yuan (China) e do iene (Japão).
Carlos Minc, ex-ministro do Meio Ambiente, usou sua conta no Twitter para chamar os seus seguidores para ‘defesa dos cultivadores de maconha para autoconsumo’, em plena segunda-feira.
Mesmo com todo o Congresso contra, o presidente americano, Barack Obama, conseguiu mostrar como arrumar a economia e o país gerou 265 mil empregos só em fevereiro. Por aqui, mesmo com o Congresso na mão, o governo vai rumo à recessão enquanto o mundo se recupera.
Dilma está tranquila. Diz que apenas meia dúzia de brasileiros foram prejudicados com e pela crise: eu, tu, ele, nós, vós e eles. Mais ninguém.


NO BLOG DO CORONEL
DOMINGO, 8 DE MARÇO DE 2015
(FOLHA) Um dia após ser implicado na investigação da Lava Jato, o comando peemedebista do Congresso partiu para o ataque contra o governo, atribuindo interferência do Planalto na elaboração da lista de 34 parlamentares que serão investigados pelo Supremo a pedido da Procuradoria-Geral da República. 
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi citado pela procuradoria como sendo do "núcleo político" de quadrilha para desviar recursos da Petrobras; o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi acusado pelo doleiro Alberto Youssef de receber propina por um contrato da estatal. 
Ao negar, Cunha disse à Folha neste sábado (7) que "o governo quer sócio na lama. Eu só entrei para poderem colocar Anastasia [no rol]". O senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) é ligado a Aécio Neves, presidente do PSDB e rival de Dilma em 2014. Cunha e Anastasia aparecem em um mesmo depoimento da Lava Jato, em que o policial afastado Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, disse ter entregue R$ 1 milhão ao tucano a mando de Youssef. O senador nega. 
Para Cunha, a peça da procuradoria é uma "piada" e foi uma "alopragem" de integrantes do governo, que, segundo ele, teriam interferido junto ao procurador-geral, Rodrigo Janot, para incluir ele e a oposição na lista. "Sabemos exatamente o jogo político que aconteceu. O procurador agiu como aparelho visando a imputação política de indícios como se todos fossem participes da mesma lama. É lamentável ver o procurador, talvez para merecer sua recondução, se prestar a esse papel", postou no Twitter. 
Conforme o blog do jornalista Fernando Rodrigues, no UOL, Renan tem avaliação parecida sobre o papel do governo no caso: "O jogo do governo era 'Quanto mais gente tiver [na lista], melhor, desde que tenha o Aécio", afirmou. Segue Renan: "Ela [Dilma] só soube que o Aécio estava fora na noite de terça, quando o Janot entregou os nomes para o Supremo. Ficou p... da vida. Aí a lógica foi clara: vazar que estavam na lista Renan e Eduardo Cunha. Por quê? Porque querem sempre jogar o problema para o outro lado da rua [...] o Planalto deliberadamente direcionou a cobertura da mídia para dois nomes". 
Renan também acusou Janot de estar "em campanha aberta para se releger". O mandato de Janot vai até setembro. Para continuar, ele depende de uma indicação de Dilma e da aprovação na Comissão de Constituição e Justiça. 
Procurado para comentar, o Ministério Público informou que seguiu critérios técnicos e jurídicos nos pedidos de inquérito. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou que o governo tenha influenciado na lista (leia mais na página ao lado).
No Senado, interlocutores de Renan dizem ter certeza que o governo tentou sair do foco da Lava Jato. Para eles, isso poderá levar Dilma a ter seu impeachment pedido pela CPI da Petrobras. Essa posição radical, porém, ainda não encontra eco no campo de Cunha. Ele mesmo já disse ser contra o impeachment. 
Na avaliação dos peemedebistas, a ''manipulação'' da lista teria se dado por meio de Cardozo. Confrontados com o fato de petistas ligados à Dilma, como Antonio Palocci, aparecerem, eles alegam que naturalmente aliados seriam listados para não configurar perseguição pura. Sobre a acusação de que formou quadrilha, Renan disse à Folha que "tudo é inconsistente e frágil".
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:57:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
08/03/2015 às 8:04
As pessoas têm todo o direito de se enganar e de se deixar enganar por espertos, idiotas ou pilantras. É da vida. Venham cá: quem está disposto a apurar irregularidades na campanha eleitoral de Dilma Rousseff manda investigar a atuação de Antonio Palocci em 2010??? Ora… Não que o rapaz não possa ter cometido uma penca de lambanças. No seu caso, parece haver mais do que um método; parece haver algo parecido com uma compulsão também. Que tudo seja posto em pratos limpos, né? Mas por que não mandar apurar o que se fez em 2014?
A petição que diz respeito a Palocci, a 5.263, chega a ser cômica. Tem apenas oito páginas. Duas delas são dedicadas a explicar por que a presidente da República não pode ser investigada, na vigência de seu mandato, por atos estranhos aos exercício do cargo.
Assim, se Palocci cometeu alguma irregularidade para eleger Dilma Rousseff, conforme está na petição, ela não pode ser responsabilizada porque, afinal, não era presidente então. Como, agora, ela é, a coisa fica em suspenso até que deixe o cargo. ISSO ESTÁ NA CONSTITUIÇÃO? ESTÁ!!! O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTÁ MENTINDO? RESPOSTA: NÃO!!!
Mas por que não se investigam, então, as doações de 2014, quando Dilma já era presidente? Parece que o empreiteiro Ricardo Pessoa tem o que dizer a respeito. Até porque, amiguinhos, a menos que se operem alguns milagres na produção de provas, a chance de Palocci escapar com os pés nas costas é enorme. Por que digo isso?
Paulo Roberto Costa diz, em um dos depoimentos, que Palocci pediu R$ 2 milhões para a campanha de Dilma em 2010. Leiam:
Como se nota, o encarregado de liberar a grana, segundo o depoimento, era Alberto Youssef. Só que doleiro, que já confessou coisa bem mais cabeluda, nega que isso tenha acontecido, como se verifica abaixo.
Palocci não tem por que ficar muito tenso, podem acreditar, mesmo com os autos sendo enviados à 13ª Vara Federal de Curitiba. A menos que tenha assinado algum recibo, o que não costuma acontecer nessa área…
Pedir a investigação desse caso é só uma forma de simular rigor, dando a entender que tudo está sendo investigado no limite do possível, doa a quem doer — desde, claro!, que não doa na presidente da República. Mas note, leitor: você tem todo o direito de se deixar enganar.
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
O Ibope de Dilma
Brasil 08.03.2015
O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, pagou 20 milhões de reais a dois deputados do PP, segundo Alberto Youssef.
A denúncia se refere a uma empresa de Montenegro, a GRF, que teria dado a propina a João Pizzolatti e Pedro Correia para obter um contrato com o Denatran.
"O negócio teria rendido cerca de R$ 20 milhões em comissões para o PP, montante que seria pago em vinte parcelas", disse Youssef. "As parcelas eram pagas por um empresário de nome Montenegro, dono do Ibope."
O Ibope do Ibope despencou

Sergio Moro sabe de tudo
Brasil 08.03.2015
Dilma sabia de tudo. Lula sabia de tudo.
Alberto Youssef será interrogado novamente em 31 de março. O juiz Sergio Moro poderá pedir esclarecimentos sobre um trecho de seu depoimento anterior.
Ele disse:
"O Palácio do Planalto tinha conhecimento da estrutura que envolvia a distribuição e repasse de comissões no âmbito da estatal".
E acrescentou:
"Eram comuns as disputas de poder entre partidos, relacionadas à distribuição de cargos no âmbito da Petrobras, e essas discussões eram finalmente levadas ao Palácio do Planalto para solução".
Alberto Youssef pode relatar um episódio em particular em que o Palácio do Planalto interferiu para dirimir uma disputa na Petrobras, envolvendo o esquema de propinas da estatal? De que maneira isso ocorreu?
Sergio Moro sabe quem são os mandantes do esquema de propinas da empresa. Ele sabe de tudo, assim como nós sabemos.
Chegou a hora de desencadear a décima-quarta etapa da Lava Jato e passar a indentificar essa gente.
31 de março está chegando
Não e não
Brasil 07.03.2015
O senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, enviou a seguinte nota ao Antagonista:
"Delírio sem qualquer fundamento na realidade esse de acordão do PSDB com o PT. A condição para tirar o Brasil da crise é tirar o PT do poder. Nosso dever é travar um combate sem tréguas ao desastre ético e administrativo do lulo-dilmo-petismo para nos credenciarmos cada vez mais a derrotá-los nas ruas e no voto. Abraço de afogados? Estamos inequivocamente fora".
Aloysio Nunes Ferreira, senador pelo PSDB de São Paulo
Registrado.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 08/03/2015 04:49
De tanto repetirem que Dilma Rousseff, a exemplo de Lula, não sabia de nada, a plateia começa a se questionar:
1. A Petrobras não era o habitat natural de Dilma?
2. A fama de gerentona não nasceu no Ministério de Minas e Energia?
3. Guindada à Casa Civil, a mãe do PAC não fez questão de permanecer na presidência do Conselho de Administração da Petrobras?
4. Eleita presidente da República, a soberana não entregou o comando da Petrobras para Graça Foster, pessoa da sua irrestrita confiança?
5. Se cada uma das perguntas anteriores é respondida com um retumbante “sim”, o que diabos madame fazia que não viu o conluio das maiores empreiteiras do país com os propino-diretores indicados por partidos que abrigam 47 suspeitos de chafurdar na jazida de lama da Roubobras?
Neste sábado (7), Dilma abespinhou-se com o tratamento que recebeu do noticiário. E mandou o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) reafirmar que ela não sabe de nada sobre coisa nenhuma.
Dilma foi citada em depoimentos de dois delatores da Lava Jato: o ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleito Alberto Youssef. Mas o ministro Teori Zavascki, do STF, avalizou o entendimento do procurador-geral Rodrigo Janot segundo o qual, no caso dela, não é possível abrir uma investigação.
Por quê? As menções feitas a Dilma referem-se a fatos da campanha eleitoral de 2010, antes de ser empossada no primeiro mandato, em 2011. E a Constituicão, no parágrafo 4º do artigo 86, anota que um presidente da República, no curso do mandato, não pode ser processado por atos não relacionados ao exercício das suas funções.
O procurador-geral realçou que, conforme entendimento já consolidado no STF, essa proibição para a abertura de investigação é uma imunidade temporária. Remanesce enquanto durar o mandato.
Pois bem. O que disse o delator Paulo Roberto? Contou que, em 2010, o doleiro Youssef lhe trouxe um pedido do grão-petista Antonio Palocci, então coordenador da campanha presidencial de Dilma. Queria que fossem cedidos do caixa de propinas do PP, o Partido Progressista, R$ 2 milhões para a camanha de Dilma. Youssef foi autorizado a realizar o repasse. Ouvido, o doleiro negou que tivesse feito o repasse.
Impedido pela Constituição de pedir a abertura de processo contra Dilma no Supremo, o procurador-geral Janot requereu ao ministro Teori que devolvesse à primeira instância do Judiciário esse pedaço do processo, para que seja apurada a conduta de Palocci. Foi atendido. Assim, caberá ao juiz Sérgio Moro, que cuida da Lava Jato em Curitiba, perscrutar o suposto elo entre a petrorroubalheira e a caixa registradora do comitê de Dilma-2010.
Foi nesse contexto que o ministro da Justiça travestiu-se de advogado de Dilma e veio à boca do palco para declarar, em timbre semi-exaltado, que a decisão do STF deixara claro que não havia nada de errado a apurar na conduta da presidente. Nas suas palavras, ela “não teve pedida, nem decidida qualquer autorização para investigação porque não há fatos, não há indícios que pudessem envolvê-la em absolutamente nada nesse episódio.”
Escorando-se num trecho do despacho de Teori Zavascki, Cardozo acrescentou: “Exatamente por isto, se afirma que nada em relação a ela tem que ser arquivado. Ao contrário de outros arquivamentos em que se fala ‘arquive-se’. Há fatos. Mas arquive-se. Aqui não. Não há fatos. Não há nada a ser arquivado e aí se reforça. Mesmo que houvesse fatos, a Constituição não autorizaria a investigação.”
O ministro prosseguiu: “Portanto, dizer que a presidente Dilma não foi investigada, ou não houve proposta de abertura de inquérito para que ela fosse investigada, porque seria um dispositivo constitucional que impediria, não é verdadeiro. É incorreto, diante da leitura óbvia dos termos dessa decisão. Ela não foi investigada porque não havia fatos. Não foi investigada porque não havia indícios. E se houvessem, aí sim incidiria o dispositivo constitucional.”
Num instante em que a crise econômica converte em vapor a mística da gerente infalível, Cardozo pede, com outras palavras, que, em relação à Petrobras, a plateia continue enxergado Dilma como uma reles tola. Ou cínica. Se houve repasse de verba suja para as arcas da campanha de 2010, Dilma não sabia.
Dilma foi citada também em depoimento do doleiro Youssef. A certa altura, ele afirmou que a presidência da Petrobras e o Palácio do Planalto sabiam do propinoduto que drenava verbas da estatal. Seus inquiridores perguntaram a quem se referia quando citava o Planalto. E o doleiro: Presidência da República, Casa Civil e Minas e Energia. Youssef foi aos nomes: Lula, Gilberto Carvalho, Ideli Salvatti, Gleisi Hoffman, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e Edison Lobão.
O procurador Rodrigo Janot avaliou que não há na declaração do delator Youssef indícios mínimos de que as autoridades citadas soubessem dos fatos. Na falta de evidências mais explícitas, achou que não seria o caso nem de procurar. Decerto esperava que os personagens mencionados tivessem passado procuração em cartório delegando à dupla Paulo Roberto e Youssef poderes para assaltar a Petrobras pelo bem da democracia.
Tudo resolvido, ficou entendido que, no Brasil, quem tem um olho vira diretor da Petrobras. Quem tem dois, compra os diretores da Petrobras. E o pior cego é o que não vê nada e acha só pode ser julgado pelo espelho, um magistrado que perdoa todo mundo. Inclusive os tolos. E os cínicos.




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