DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
01 DE MARÇO DE 2015
Embaixador americano em Brasília, Clifford Sobel endereçou em 2008 mensagem secreta ao Departamento de Estado dos EUA, “vazado” pelo site WikiLeaks, criticando a lentidão do governo brasileiro na aprovação da lei antiterrorismo. O governo alegava haver risco de enquadrar o Movimento dos Sem-Terra (MST) como grupo terrorista. Sobel não tinha dúvida: Dilma Rousseff foi quem sepultou o projeto.
Adotar legislação antiterror foi compromisso assumido pelo Brasil e uma centena de países, a partir do terrível 11 de setembro de 2001.
No e-mail, especialistas em antiterrorismo dizem que o trabalho do Planalto foi “cortina de fumaça” para fingir que levava o assunto a sério.
Sobel citou fonte do governo brasileiro para quem um ataque ao País é “tão improvável” que “o governo é incapaz de dar atenção ao assunto”.
O depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que confessou ter recebido da Odebrecht ao menos R$ 59,8 milhões em propina, motivou apuração especial da força-tarefa da Lava Jato contra a empreiteira baiana. E os resultados estariam na iminência de aparecer, segundo se acredita no Congresso, com devassa e prisão dos principais executivos, incluindo seu presidente, Marcelo Odebrecht.
Segundo Paulo Roberto Costa, a propina rendeu a Odebrecht, em consórcio com a OAS, um contrato de R$1,5 bilhão, em Abreu e Lima.
A Odebrecht foi a empreiteira que mais faturou na era Lula-Dilma: cerca de 53% dos R$ 71 bilhões gastos nos governos petistas.
A eventual prisão de Marcelo Odebrecht preocupa Dilma, que antes o detestava e depois se ligou a ele. É o empreiteiro mais ligado a Lula.
O senador Agripino Maia (DEM-RN), enrolado na Operação Sinal Fechado, ligou para colegas – da oposição e do governo, à exceção do PT – para dar sua versão sobre a confusão. Negou tudo, claro.
As facilidades que Val Marchiori teve no Banco do Brasil viraram piada no Congresso: “A perua era amiga íntima de Aldemir Bendine. “Assim como Rose Noronha era do ex-presidente Lula”, lembra um tucano.
Só se comentava a aparência de Dilma no lançamento do programa Bem Mais Simples. Nada a ver com a dieta Ravenna, que a fez perder uma dezena de quilos. Parecia ter saído de uma cirurgia.
O governo da Espanha deixou claro que não se sente confortável com a designação de Antônio Simões para embaixador em Madri: teme que ele represente o elo entre a semi-ditadura venezuelana com o partido político espanhol 'Podemos', de inspiração fascista bolivariana.
No Twitter, internautas alertam para uma “contramobilização” planejada por partidos aliados do governo Dilma para esvaziar a manifestação contra a presidente, marcada para o dia 15. Deve ter confusão.
A Controladoria-Geral da União não atualiza desde dezembro gastos do governo Dilma; despesas com cartões corporativos, Bolsa Família e diárias de servidores e comissionados não são atualizadas há 2 meses.

NO DIÁRIO DO PODER
TEORI ZAVASCKI NEGA LIMINAR QUE QUESTIONA PASSAGENS A CÔNJUGES DE PARLAMENTARES
TEORI ZAVASCKI REJEITA AÇÃO CONTRA PASSAGENS PARA CÔNJUGES DE DEPUTADOS
Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 18:28
Redação
Brasília - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki negou liminar que questiona a extensão da cota de passagens aéreas a cônjuges de parlamentares. O mandado de segurança é de autoria do deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP).
Na ação, o deputado alega que as alterações feitas pela Mesa Diretora da Câmara deveriam ter sido feitas por meio de aprovação em Plenário e não por decisão única da Mesa. Segundo Sampaio, o próprio Regimento Interno da Câmara diz que modificações como essa deveriam ser feitas por meio de resolução, sob consulta dos demais parlamentares. Com base nesses argumentos, o parlamentar pediu liminar para suspender os efeitos da decisão da mesa diretora da casa.
O ministro Teori Zavascki negou a liminar e pediu mais informações à Mesa Diretora da Câmara. Apesar da negativa, a decisão pode ser revista pelo próprio ministro, diante das novas informações, e também por decisão do Plenário da Suprema Corte, que julgará o mérito da ação. Como não há prazo para nova análise, não há uma previsão para que isso aconteça.
A Mesa Diretora da Câmara aprovou nesta semana mudança, em um Ato da Casa, que permite que cônjuges de parlamentares, a partir de abril, possam viajar de seus Estados de origem a Brasília às custas da Câmara. Em meio a um momento de ajuste fiscal, foi oferecido aos parlamentares um pacote de bondades que representará custo adicional de R$ 112,8 milhões até o fim do ano e de R$ 150,3 milhões em 2016. Os cônjuges dos parlamentares haviam perdido o direito a bilhetes aéreos financiados pela Câmara em 2009 e, desde então, apenas parlamentares e assessores eram permitidos em viagens oficiais.
A decisão do comando da Câmara provocou reações da população e também de parlamentares da oposição. Diante da polêmica, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), chegou a declarar que os parlamentares não são obrigados a usar o benefício, dizendo que "só usa quem quiser".
O PSDB, partido ao qual pertence Sampaio, reagiu logo após a decisão, alegando que a terceira secretária da Mesa Diretora, deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), votou contra a medida. Já Cunha disse que Mara questionou a proposta, mas acabou concordando na hora da votação. (AE)

NOVOS DELATORES PODEM ABRIR AS PORTAS DO INFERNO PARA OS POLÍTICOS
NOVOS DELATORES AVANCINI E SEU VICE SABEM TUDO SOBRE CORRUPÇÃO
Publicado em 28 de fevereiro de 2015 às 10:23 - Atualizado às 19:07
Redação
O acordo de delação premiada de dois altos executivos da construtora Camargo Corrêa, presos há meses pela Operação Lava Jato, pode "abrir as portas do inferno" para muitos políticos governistas que ainda não tiveram seus nomes mencionados em outras confissões já feita à Justiça Federal do Paraná.
O presidente da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini, e o vice-presidente, Eduardo Leite, são depositários de alguns dos mais inexpugnáveis segredos do submundo da corrpção, segundo acreditam os procuradores envolvidos na investigação, e podem ajudar a consolidar acusações já feitas e abrir novas frentes.
Se a força-tarefa quiser aprofundar as investigações, poderá obter dessa dupla revelações sobre valores e destinatários de "doações" milionárias a políticos de todos os partidos, sejam de oposição ou situação, no plano federal e no âmbito federal. A Camargo Corrêa é suspeita de ser uma das maiores - senão a maior - financiadora de campnhas eleitorais no "caixa dois", por fora.
O presidente do conselho de administração da construtora, João Ribeiro Auler, que também tentava um acordo semelhante, não teve o pedido homologado. Os investigadores consideram que ele não revelou tudo o que sabe sobre as fraudes nos contratos entre empreiteiras e a estatal. Os procuradores, contudo, ainda não descartaram incluir Auler entre os delatores da Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção bilionário na Petrobras.

NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 28 DE FEVEREIRO DE 2015
Dallagnol, o jovem procurador da Lava Jato, olha para o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot.
(Estadão) O procurador Deltan Dallagnol, que coordena no Ministério Público Federal (MPF) as investigações do esquema de corrupção na Petrobrás, defendeu em seu perfil em uma rede social que o acordo de leniência com as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato seja fechado com o MPF e não com a Controladoria-Geral da União (CGU). É a primeira manifestação do procurador após reunião na última semana com ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), revelada pelo Estado.com, na qual ele defendeu a portas fechadas essa posição, o que provocou fortes críticas do governo.
Conforme o procurador, "a depender do modo de celebração desse tipo de acordo (com a CGU), ele pode ser prejudicial ao interesse público". Ele explicou que para o MP, acordos de leniência só podem ser celebrados quando estiverem presentes três requisitos cumulativos: reconhecimento de culpa, ressarcimento ainda que parcial do dano e indicação de fatos e provas novos.
"Sendo necessária a comunicação de fatos novos e a entrega de novas provas sobre crimes, e estando a investigação dos fatos criminosos sendo desenvolvida, em parte, sob sigilo, é possível que a CGU tome, como novos, fatos e provas apresentados pela empresa que já estejam informados e comprovados na investigação." Nesse sentido, o procurador afirmou que "o MPF não se opõe a um acordo de leniência que cumpra os requisitos legais. Contudo, diante das circunstâncias do caso, parece inviável que a CGU analise se os requisitos estão sendo atendidos."
O procurador rebateu o argumento do governo de que os acordos de leniência devem levar em consideração o não fechamento das empresas. "Embora legítima a preocupação do governo com consequências econômicas e sociais, a maior preocupação deve ser com as consequências econômicas e sociais da corrupção praticada e em desenvolvimento - lembrando que houve práticas corruptas recém-descobertas que ocorreram até dezembro de 2014." E complementou: "Conforme a experiência internacional demonstra, quanto menor a corrupção na sociedade, melhores são as condições para o desenvolvimento econômico e social."
O procurador também respondeu na nota acusação do ministro da Advocacia Geral da União, Luís Inácio Adams, ao Estado de que o MP quer ter a prerrogativa de fazer os acordos de leniência para coagir os investigados a delatarem esquemas de corrupção em outras áreas do governo. "Dos 13 acordos de colaboração celebrados no âmbito da investigação da Lava Jato, 11 foram feitos com pessoas soltas e os dois restantes foram feitos com presos que continuaram presos, de modo que está desconectado da realidade o argumento de que prisões são feitas para forçar pessoas a acordos."
O acordo de leniência pode ser feito ao mesmo tempo pela CGU, MPF e Cade. O governo tenta, contudo, fazer uma ação conjunta dos três órgãos para evitar que as empresas tenham que negociar separadamente. Os acordos serão analisados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que pode concordar ou não com os termos. O acordo de leniência feito pela CGU impede que as empresas sejam impedidas pela Justiça a contratar empréstimo com o poder público.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 17:39:00

DOMINGO, 1 DE MARÇO DE 2015
O Brasil inteiro assiste estarrecido ao corte promovido pelo PT e pela presidente Dilma nos direitos trabalhistas. Ao desmonte da legislação trabalhista. Chega a ser revoltante que o governo federal não corte ministérios, não extinga cargos de confiança com salários de quase R$ 20 mil e ataque diretamente os pobres, as viúvas dos pobres e os pobres desempregados, No último sábado (28), entraram em vigor as novas regras do seguro-desemprego. Se estas mudanças tivessem acontecido em 2014, 2,2 milhões de trabalhadores não teriam tido direito de receber o benefício. Com o aumento da crise em 2015, certamente este número chegará a 4 ou 5 milhões de atingidos pelas medidas. Isto porque as empresas vão demitir cada vez mais, pois tiveram a contribuição previdenciária aumentada em 150% e ainda terão quer arcar com mais 15 dias do auxílio-doença. Quem perdeu o emprego no sábado, vai sentir na carne o pacote de maldades da Dilma e do PT já na segunda-feira, pois ele está em vigor.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 09:12:00


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
28/02/2015 às 20:34
Dilma no espelho: uma diz que à outra está errada, e as duas estão certas
Ai, que preguiça.
Como sabem, o ministro Joaquim Levy, da Fazenda, classificou de “grosseira” a desoneração da folha de pagamentos promovida pelo governo Dilma, quando o ministro da Fazenda era Guido Mantega, e que foi revogada pelo governo Dilma, agora que o ministro da Fazenda é… Levy.
Escrevi a respeito ontem o que segue:
“Mas cadê a admissão do erro? Não há. Parece que Dilma terceirizou o governo. Cabe a Levy desfazer as bobagens perpetradas no… governo Dilma. Às vezes, a gente tem a impressão de que o ministro é uma espécie de interventor. Não que isso seja necessariamente mau. É que a presidente é a petista, e isso é mau.”
Pois é… Dona Dilma pretende estar certa fazendo uma coisa e também o seu contrário. Alguém poderia objetar: “Ora, Reinaldo, isso é possível quando há mudança de circunstâncias…”. Claro que sim! Entendo que se deve desonerar a folha, por exemplo, para aliviar a carga das empresas, de modo que, entre os efeitos colaterais, esteja a manutenção de empregos. Ora, hoje, tal expediente é mais necessário do que antes… Afinal, o desemprego é crescente.
A governanta resolveu censurar a fala de seu ministro, que classificou de “infeliz”: é que Dilma se vê na contingência de defender o governo Dilma mesmo quando o governo Dilma desfaz coisas aprovadas pelo governo Dilma… Disse ela sobre Levy:
“Se não fosse importante, já teríamos eliminado e simplesmente abandonado. Acho que o ministro foi infeliz no uso do adjetivo. O ministro e todos os setores estão comprometidos com a melhoria das condições fiscais do país. A desoneração da folha de pagamento é uma realidade e nós garantimos que haja um reajuste nas condições.”
Então tá. Fico imaginando como deve ser difícil para ela manter como seu principal auxiliar alguém de quem discorda profundamente. Mas tem de engoli-lo. Dilma nomeou um ministro da Fazenda que ela não pode demitir nem que queira — não que eu defenda isso, deixo claro. Prefiro que fique lá enquanto durar essa pantomima.
Que coisa! Dilma sai em defesa de Dilma em razão das medidas adotadas pelo governo Dilma contra medidas adotadas pelo governo Dilma. Dilma diz que Dilma está errada, mas Dilma jura que errada quem está é Dilma.
Este blog decreta: as duas estão certas!
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Bresser-Pereira odeia a realidade
Brasil 01.03.2015
Os ricos nutrem ódio ao PT.
A frase é de Luiz Carlos Bresser-Pereira, entrevistado hoje na Folha de S. Paulo.
O pensamento completo é o seguinte:
“Surgiu um fenômeno que eu nunca tinha visto no Brasil. De repente, vi um ódio coletivo da classe alta, dos ricos, contra um partido e uma presidente. Não era preocupação ou medo. Era ódio. Esse ódio decorreu do fato de se ter um governo, pela primeira vez, que é de centro-esquerda e que se conservou de esquerda. Fez compromissos, mas não se entregou. Continua defendendo os pobres contra os ricos. O ódio decorre do fato de que o governo revelou uma preferência forte e clara pelos trabalhadores e pelos pobres. Não deu à classe rica, aos rentistas".
Bresser-Pereira é um homem coerente. Ele era orgulhoso de sua patetice trinta anos atrás e continua orgulhoso agora.
Sua passagem pelo ministério da Fazenda durante o governo Sarney, em 1987, é recordada sobretudo pelo congelamento dos salários. Sabe como é: a melhor maneira para defender os pobres é congelar seus salários enquanto o custo de vida está subindo 366%.
Bresser-Pereira é recordado também por ter assumido o ministério da Fazenda num momento em que o PIB crescia 6,69% e por ter sido demitido, oito meses mais tarde, com o PIB em queda de 0,13%.
Os pobres nutrem amor a Bresser-Pereira.
Bresser-Pereira sempre nutriu ódio pela realidade

Voando baixo
Brasil 01.03.2015
A Folha de S. Paulo, neste domingo (1º), diz que “a Lava Jato teve como efeito colateral travar a terceira fase do programa de concessões de aeroportos. Nem o mais otimista no governo prevê leilões de terminais tão cedo. Um assessor de Dilma brinca, dizendo que "quem não está na carceragem da PF em Curitiba, onde está centrada a Lava Lato, teme parar lá".
A propósito das concessões de aeroportos, O Antagonista lembra que, em outubro do ano passado, quando o dono da UTC foi pedir um financiamento para as obras de Viracopos, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, avisou que ele seria procurado pelo tesoureiro de Dilma Rousseff, que acabou embolsando mais 3,5 milhões de reais para a campanha presidencial.
Os empreiteiros temem a Lava Jato. Mas Dilma teme muito mais.
Viracopos na maquete e dinheiro na campanha

Melhor para Lula, pior para o Brasil
Brasil 01.03.2015
Ainda a propósito de Ricardo Pessoa, Lauro Jardim conta que, alguns dias atrás, um de seus interlocutores telefonou para os procuradores da Lava Jato com uma nova proposta de confissão.
Os procuradores “vão ouvir, mas estão descrentes. Nas vezes anteriores em que se reuniram, os representantes de Ricardo Pessoa queriam um acordo em que o dono da UTC não assumiria a responsabilidade nem mesmo pelos fatos sobre os quais o MP já tem provas”.
Lauro Jardim acrescenta:
“Um interlocutor de Ricardo Pessoa que o visitou na carceragem de Curitiba há duas semanas fez a seguinte pergunta ao empreiteiro da UTC: “A quem serve o seu silêncio? À sua mulher e seus filhos ou ao João Vaccari, Lula e o PT?””.
Seu silêncio serve para Lula e o PT. Se ele falasse, serviria para o Brasil.

Deixem o empreiteiro na cadeia
Brasil 01.03.2015
Continuando.
A estratégia dos advogados de Ricardo Pessoa de vazar para a imprensa o conteúdo de sua eventual confissão deu certo.
Uma semana atrás, a Veja revelou que quem procurou os advogados do dono da UTC foi José Eduardo Cardozo, e não o contrário. Ontem a Veja explicou como se deu o aliciamento ministerial:
“Segundo executivos da UTC, para estabelecer um canal direto e seguro com os defensores da empreiteira, o ministro Cardozo recorreu a Flávio Caetano, secretário nacional de Reforma do Judiciário, que foi coordenador jurídico da campanha de Dilma Rousseff no ano passado. Caetano é velho conhecido dos advogados da UTC, Sérgio Renault e Sebastião Tojal, com quem chegou a trabalhar. Nos dias que antecederam o misterioso encontro de Sérgio Renault com Cardozo em Brasília, Caetano telefonou para Tojal para avisar que o ministro desejava encontrá-los".
A prisão preventiva tem sido fundamental para a Lava Jato, como se viu no caso dos executivos da Camargo Corrêa que, antes de ontem, aceitaram colaborar com os procuradores. Espera-se que o mesmo se dê com Ricardo Pessoa.
Que ele fique na cadeia até revelar o que sabe.
Pessoa indo para a cadeia. Que ele fique ali

NO BLOG ALERTA TOTAL
Domingo, 1 de março de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Afinal, qual é a cor do vestido? Internautas perderam os últimos dias nesta polêmica inútil que tomou o precioso tempo do noticiário de Bruzundanga. No final, chegamos à constatação de que, por aqui, o vestido é Vermelho. Na ideologia do desgoverno, na bandeira que aumenta absurdamente a conta de luz e na vergonha generalizada. Além desta bobagem estética, a politicagem mentirosa de Dilma Rousseff, sempre tentando tirar o dela da reta e botar na nossa, nos legou uma outra cruel pergunta que entrou na moda: "Tem culpa FHC?".
Antes de penetrar no mérito da questão, vamos relatar alguns "causos" reais para demonstrar por que motivo os brasileiros sairão às ruas, pts da vida, em pleno domingão de 15 de março, em várias cidades do País, para protestar em favor de várias bandeiras: Reforma Política, Redução de Impostos e Reforma Tributária, Combate efetivo à Corrupção e à Impunidade, Transparência nos negócios públicos, além de mais emprego, mais educação, mais saúde, melhor transporte e moradia. Será cobrado o impeachment da Dilma (mesmo que seja para botar o PMDB totalmente no poder). Também se pedirá uma sonhada "Intervenção Constitucional" (com ajuda dos militares, que nada falam publicamente sobre isto, e até fogem do assunto nos bastidores da caserna, sempre que podem). Vamos aos 'causos', e guardemos a culpa ou dolo de FHC para o "juízo final".
Numa grande cidade da Baixada Fluminense, um senhor de idade pega seu carro para ir a uma festa de família. No sinal de trânsito, já pela quarta vez na vida, um malandro armado o aborda e leva o veículo. No dia seguinte, o assaltado vai à delegacia registrar o Boletim de Ocorrência. Para surpresa dele, identifica o ladrão: era um dos policiais que trabalhava ali. O lesado se finge de idiota, espera horas para fazer o BO, e volta para casa. No dia seguinte, recebe uma ligação da Polícia, avisando que podia buscar o carro, intacto. Moral da sacanagem: o motorista descobriu que a recuperação do veículo foi rápida, porque a seguradora paga um prêmio, por fora, de R$ 5 mil a um policial que o localizar...
Outro "causo". Em Itaguaí, também na Baixada Fluminense, uma mulher para em um sinal de trânsito, atrás de um outro carro. Uma van, a toda velocidade, toda escangalhada, que faz transporte ilegal de passageiros, com um motorista sem habilitação, não consegue frear e bate em sua traseira. O carro dela vira um sanduíche e afunda a mala do veículo à frente. O motorista atingido por ela sai do carro depressa, se identifica como Promotor de Justiça, e lhe dá um conselho: "Não dê seu nome, nem endereço para o cara ali atrás. Pertence a uma rede de bandidos. Vamos acionar o seguro e ir embora depressa". Moral da sacanagem: o membro do MP preferiu não cumprir seu dever de ofício de acionar a polícia e comprar briga, legalmente, com o marginal organizado...
Mais um "causo" para deixar qualquer um pt da vida. Um grupo de ajuda católico, em uma grande cidade na região metropolitana de Belo Horizonte (MG) é acionado para ajudar uma "família" em dificuldades. Uma moça de 17 anos vivia "casada" com um moleque de 15, criando mais duas crianças. O Conselho Tutelar foi acionado, mas preferiu não se meter na encrenca de acionar o Juizado de Menores para "apreender" todos. Motivo: o "marido" era filho de um grande traficante local. A solução pacificadora foi uma ordem para que os católicos esquecessem a história. O poder público local arranjou um cartão do "Bolsa Família" para os jovens em litígio e pobreza...
Quer mais um "causinho"? Lá vai: Uma grande rede de restaurantes, em dificuldades financeiras, resolveu cobrar a fatura de um calote dado por um famoso milionário em decadência. O sujeito tinha 200 cartões Black Premium da luxuosa churrascaria. Usava o dinheiro de plástico para fazer tráfico de influência entre os poderosos de Brasília. Uma autoridade que usava e abusava da benesse chegou a cometer o abuso de pedir, em um jantar com amigos togados, uma garrafa de vinho que custava nada menos que R$ 25 mil reais. Agora, que o patrocinador foi para o "vinagre" o "amigão" lhe vira as costas. A dívida de mais de R$ 1 milhão será cobrada judicialmente. O perigo é: quem comeu e bebeu pode ser escalado para julgar o escandaloso caso abafado...
Se formos relatar tantos "causos" teremos de escrever um livro 13 vezes maior que a Bíblia profanada pelos políticos perjuros de Bruzundanga. Existem vários motivos para os brasileiros saírem às ruas para exigir mudanças concretas. Do jeito que está, viver no Brasil é inviável para o cidadão honesto, que apenas trabalha, produz, mas não consegue arcar com tanto imposto escorchante que financia os abusos e safadezas de quem aparelha, criminosamente, o setor público. Precisamos mudar o modelo urgentemente. O Brasil tem tudo para ser um paraíso, mas funciona pior que um verdadeiro inferno.
Agora sim, voltemos a aprofundar na enigmática pergunta inicial: Tem culpa FHC? Resposta curta e grossa: Tem, sim senhor! Evidentemente, só a nazicomunopetralhada cumpre a missão de culpar o ex-Presidente por tudo. É o jeito que eles encontram para tirar o de Lula e Dilma da reta - como se tal milagre fosse possível. A maior e imperdoável culpa de FHC foi ter sido permissivo com o esquema de corrupção do primo PT que veio á tona a partir do velho Mensalão. FHC não quis impeachment naquela época, do mesmo jeito que não deseja agora, como já afirmou publicamente.
Não dá para garantir que ele tivesse (ou ainda tenha) algum pacto com Lula. O fato concreto é que ele não quer mudança de verdade. Quando aceita o jogo da nazicomunopetralhada, só reclamando deles e agora até fazendo piada contra si mesmo, FHC merece a culpa da omissão política. O Príncipe dos Sociólogos deveria ser o primeiro a vir a público denunciar que Lula cometeu um assassinato da política ao pregar que o "exército do Stédile" seja mobilizado contra os opositores e inimigos. Como não fez isto (ainda) de forma contundente, FHC vai se tornando um sócio de toda a sacanagem que vemos acontecer no Brasil atual. 
Será que custava FHC pedir para os senadores do PSDB assinarem o pedido de CPI para investigar o escândalo do banco britânico HSBC, conhecido como Swissleaks? Até o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mandou a assessoria informar que determinou ao diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, Leandro Daiello, que faça “análise, apuração de eventuais ilícitos e adoção das providências cabíveis”. O pedido de CPI foi protocolado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). Exatos 8.667 brasileiros são responsáveis por 6.606 contas que movimentaram, entre 2006 e 2007, cerca de US$ 7 bilhões - grana possivelmente ocultada do Leão faminto da Receita Federal. Já pensou se o especialista em informática do HSBC, o franco-italiano Hervé Falciani, que denunciou o caso, revelar todos os detalhes sobre os brazucas?
Uma coisa é certa: se o PT sofre com os aliados do PMDB, comemora em ter uma oposição com a qualidade feita pelo PSDB. Os cidadãos de bem estão de saco cheio. Com o provável agravamento da crise econômica, a temperatura vai subir no inferno. Se a "revolução brasileira" estourar (milagres também acontecem), não vai adiantar sair à francesa... Muito menos, à cubana...
A pressão popular e legitimamente democrática funciona de verdade. Vide o que aconteceu na Assembleia Legislativa do Paraná. Seu presidente, o tucano Ademar Traiano, recuou da decisão de reajustar o valor dos benefícios dos 54 deputados estaduais. A justificativa do político foi sintomática: "Neste momento há um sentimento dos deputados de que não é hora para fazermos qualquer avanço em razão desse momento crítico do Brasil. Teremos o equilíbrio necessário para sabermos compreender o movimento de rua e também o calor da sociedade”.
Quem não entender, direitinho, o calor do povo na rua corre o risco de acabar incinerado, politicamente. Por isso, FHC, troque o vestido. Aquele que parece azul tucano anda vermelho demais para a moda da atual conjuntura.
(...)

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