DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
7 DE FEVEREIRO DE 2015
A agenda de compromissos do ministro Pepe Vargas, responsável pelo relacionamento com parlamentares, diz muito da desarticulação do governo Dilma no Congresso. Na quarta-feira de ebulição, quando a oposição emplacava nova CPI da Petrobras na Câmara, e no Senado quebrava o pau entre governistas e oposicionistas, a agenda de Vargas não registrou durante o dia qualquer encontro com parlamentares.
A desarticulação política do governo ficou demonstrada durante a vitória de Eduardo Cunha na disputa pela presidência da Câmara.
Os políticos não levam Pepe Vargas a sério porque não acreditam que, como os antecessores, seus compromissos sejam honrados por Dilma.
Anderson Silva pode ter sido vitima de manobras da máfia italiana de Las Vegas, que controla o milionário negócio do boxe, nos Estados Unidos, e entidades como a Comissão Atlética, responsável por exames antidoping e pela imposição de regras do UFC como os cinco rounds, antes inexistentes, luvas e árbitros que lhe são obedientes. O boxe e o UFC se submetem à máfia porque as lutas em Las Vegas são mais rentáveis. A informação é de empresários do setor a esta coluna.
Nos EUA, o UFC, como o boxe, e as entidades que os regulamenta, são privados. A máfia italiana quis assumir o UFC sem pagar por isso.
A máfia exigiu 51% do UFC. Os donos da modalidade não cederam, e desde então a máfia tenta desacreditar suas lutas e seus campeões.
No boxe, o exame que negativou “Spider” não é doping. Exames no boxe são agendados meses antes. No UFC, são sempre de surpresa.
O Itamaraty começa a perder a memória do governo Dilma. O “Boletim Diário” desta sexta (6), informa que o Departamento de Comunicações e Arquivos já não tem recursos humanos e operacionais para receber os documentos enviados de suas unidades para o Arquivo Central.
Advogado do megadoleiro Alberto Yousseff, Antônio Figueiredo Basto considerou “nitroglicerina pura” o depoimento de Pedro Barusco, que acusou o PT de receber até US$ 200 milhões de propina da Petrobras.
A Petrobras desvalorizou mais que um Banco do Brasil após o roubou à estatal: o rombo ultrapassou os R$ 88 bilhões, segundo Graça Foster, ex-presidente da estatal; o BB tem valor de mercado de R$ 57,9 bilhões.
… a substituição de Graça Foster por Aldemir Bendine no comando da Petrobras, submersa no escândalo do Petrolão, é como trocar seis por meia dúzia… de bilhões.

NO DIÁRIO DO PODER
POLÍCIA FEDERAL PROCURA PRINCIPAL OPERADOR DO PETROLÃO
POLÍCIA FEDERAL PROCURA PRINCIPAL OPERADOR DO PETROLÃO
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 20:41
A Polícia Federal está na captura de Mário Goes, proprietário da empresa Rio Marines. O empresário teve a prisão preventiva decretada na nova etapa da Operação Lava Jato. De acordo com a delação premiada do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, empresário seria o maior operador do Petrolão.
No documento, Barusco afirma que Goes era o representante das empreiteiras UTC, MPE, OAS, Mendes Junior, Andrade Gutierrez, Schain, Carioca e Bueno Engenharia no esquema de corrupção.
O ex-diretor da Petrobras revelou o nome dos contatos de Goes em cada uma das empreiteiras. Pessoas ligadas à investigação afirmam que Goes faz  Fernando Baiano, que chegou a ser apontado como operador do PMDB no Petrolão, parecer peixe pequeno.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
06/02/2015 às 23:11 \ Direto ao Ponto
Em 28 de agosto de 2014, o país ficou sabendo que o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, guarda dinheiro vivo em casa desde que virou figurão do mundo das finanças. O estoque de cédulas é de dar enfarte em escriturário: na declaração ao Fisco referente a 2012, por exemplo, ele calculou em R$ 280 mil a reserva doméstica.
Um presidente de banco que prefere esconder sob o colchão o que poderia aplicar na instituição que dirige não merece dirigir sequer um carrinho de cachorro-quente. Mas não é tudo. Dois dias depois, as investigações sobre a origem dessa e de outras boladas ainda engatinhavam quando aumentou a suspeita de que o gabinete reservado ao presidente do BB talvez hospedasse um caso de polícia.
Em 30 de agosto de 2014, numa reportagem de página inteira, a Folha de S. Paulo informou que Bendine também andou distribuindo dezenas de malas atulhadas de cédulas. A revelação foi feita por Sebastião Ferreira da Silva, o Ferreirinha, ex-motorista do Banco do Brasil. Nesta sexta-feira (06), por decisão de Dilma Rousseff, o investigado por essas (e muitas outras) histórias mal contadas foi promovido a presidente da Petrobras do Petrolão.
Aldemir Bendine agora comanda a estatal devastada pela maior roubalheira de todos os tempos. Parece o homem certo no lugar certo.

06/02/2015 às 21:51 \ História em Imagens
Faz tempo que o escândalo do Petrolão ajuda a piorar a imagem do Brasil com o espaço que tem merecido no noticiário político-policial da imprensa estrangeira. Mas coube ao site da Bloomberg, publicação americana especializada em economia, descobrir que a roubalheira colossal era um bom tema para uma história em quadrinhos.
Publicados em 29 de janeiro, os desenhos e textos de Peter Millard tenta explicar didaticamente, desde o começo, a brasileiríssima patifaria. Pequenos equívocos são compensados por lembretes que boa parte da imprensa nativa prefere esquecer. Um deles: “A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, era presidente do Conselho da Petrobras na época em que aconteceram os eventos que estão sob investigação. Ela não está sendo responsabilizada”.
O MAIOR ESCÂNDALO QUE O BRASIL JÁ VIU, informa o título da história contada por Millard, reproduzida pela coluna e acompanhada pela tradução para o português.
1) Durante muito tempo os brasileiros tiveram orgulho da Petrobras – a companhia estatal de petróleo incluída no ranking das maiores corporações do mundo.
3) A Petrobras está agora no centro de um escândalo que envolve US$ 23 bilhões de dólares em contratos suspeitos.
4) O Ministério Público concluiu que o esquema de propinas beneficiava tanto executivos como políticos.


NO BLOG DO CORONEL
SÁBADO, 7 DE FEVEREIRO DE 2015
Em 19 de outubro passado, no debate da Record, Aécio Neves cobrou uma posição de Dilma Rousseff sobre as denúncias contra João Vaccari Neto, o tesoureiro do PT. Dilma calou. Aécio insistiu. Dilma manteve o silêncio. Somente no final de janeiro, Vaccari deixou Itaipu. Mas continua tesoureiro do PT, mesmo acusado de receber mais de U$ 200 milhões em propinas decorrentes da roubalheira na Petrobras. Hoje (06) o PT comemorou 35 anos, aplaudindo o tesoureiro. Com salva de palmas. Com a solidariedade dos companheiros. Dilma permaneceu calada. Até quando?
POSTADO POR O EDITOR ÀS 00:25:00


NO BLOG DO NOBLAT
Lula envelheceu. E com ele o PT
07/02/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
Mandava a prudência que o PT aguardasse mais algum tempo para sair ou não em defesa de João Vaccari, seu tesoureiro, acusado por três delatores da Operação Lava-Jato de ter recebido dinheiro desviado de negócios da Petrobras para encher as burras do Caixa 2 do partido.
Imaginava-se que o PT tivesse aprendido com o episódio do mensalão – o pagamento de propinas a deputados federais para que votassem na Câmara de acordo com o governo.
O PT precipitou-se e saiu em defesa de Delúbio Soares, tesoureiro na época. Depois foi obrigado a afastá-lo do cargo. Delúbio acabou condenado pela Justiça.
Lula mandou às favas a prudência. E como quem não aprendeu nada, elogiou Vaccari e aconselhou aos militantes do PT: “Na dúvida, fiquem com o companheiro”.
Como se não bastasse, convocou os militantes a saírem às ruas em defesa do tesoureiro.
Se por Vaccari o PT deve ocupar as ruas como quer Lula, se por acaso Lula acabar atingido pela roubalheira da Petrobras, o que o partido deve fazer?
Pegar em armas? Imolar-se dentro de uma jaula? Oferecer a cabeça para ser decapitado?
Pobre do político que se torna previsível. Nada é mais vulnerável do que ele. Fica fácil derrotá-lo.
Lula tornou-se previsível. Parece ter esgotado seu estoque de velhos truques e de tiradas antes espertas. Envelheceu. Como o partido que agora celebra seus 35 anos de fundação.
A Petrobras não é uma vergonha. Vergonha é o que fizeram com ela
Dilma, Lula e seus companheiros passaram ao largo da denúncia de que o PT recebeu em 10 anos US$ 200 milhões em propina, segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco
07/02/2015 - 09h04
Ricardo Noblat
O PT nasceu há 35 anos à sombra da Igreja Católica, cuja doutrina aconselha o sacrifício para redimir os pecados. Talvez derive disso a vocação do partido para vítima.
Ele não se fez de vítima enquanto esteve na oposição. Sempre foi para cima. Seu ativismo abriu caminho para que relativamente em pouco tempo chegasse ao poder.
Desde então com sua credibilidade minada por sucessivos escândalos, o PT foi sendo empurrado para o canto do ringue. E só enxergou na vitimização sua única saída.
Experimente criticá-lo. Ele se dirá vítima de ataques.
Experimente expor suas contradições. Ele se dirá injustiçado.
Experimente apontar seus erros. Ele dirá que os outros erram, mas que somente ele apanha.
A presidente Dilma Rousseff incorporou, ontem, (06) o discurso do PT. Na festa pelos 35 anos do partido, em Belo Horizonte, disse a certa altura do seu discurso:
- Nós temos força para resistir ao oportunismo e ao golpismo, inclusive quando se manifesta de forma dissimulada. Estamos juntos para vencer aqueles que tentam forjar catástrofe e flertam com a aventura.
Forjar catástrofe...
Qual catástrofe? A da desvalorização acelerada da Petrobras? Mas quem foi responsável por isso?
Flertar com a aventura...
Deve estar se referindo ao risco de impeachment. Quem disse que impeachment é aventura? Está previsto na Constituição, ora.
Dilma, Lula e seus companheiros passaram ao largo da denúncia de que o PT recebeu em 10 anos US$ 200 milhões em propina, segundo o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco.
E Dilma ainda disse:
- Se tiver erro, aqueles que erraram que paguem pelos erros, mas temos de preservar a história de nosso partido e do meu governo e do presidente Lula. A Petrobras não pode ser colocada como uma vergonha do Brasil.
Dilma não ensinou como “preservar a história” do PT, do governo dela e do governo de Lula. Deve ser rebatendo todas as críticas, suponho. Quanto a Petrobras não poder ser colocada como vergonha do Brasil... De acordo.
Não pode e não deve. A Petrobras não é culpada pelo que fizeram com ela. Vergonha do Brasil são seus algozes.
Que respondam diante da Justiça por seus crimes.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
07/02/2015 às 6:54
Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva são dois covardes. Deveriam ter a coragem de defender, de peito aberto, a roubalheira na Petrobras. Deveriam deixar claro que os “nossos (deles) ladrões” são diferentes dos ladrões dos outros. Deveriam ser didáticos e explicar ao povo brasileiro que, quando o PT assalta os cofres públicos, está fazendo um bem ao país e à humanidade. Mas não! Preferem sair atacando inimigos imaginários. Nesta sexta (06), o partido fez em Belo Horizonte a festa dos seus 35 anos. Estava todo mundo lá, incluindo João Vaccari Neto. Um mínimo de bom senso, só um pouquinho, recomendaria que, durante o discurso da presidente ao menos, o tesoureiro do partido se retirasse do salão. Mas ele ficou. Todos ali, inclusive Dilma, conhecem o trabalho de Vaccari…
Comento primeiro a fala da presidente. Segundo ela, os que erraram têm de pagar. Não me diga! Mas, em seguida, engatou a ladainha habitual: haveria um movimento golpista no país. É mesmo? Onde ele está? Quais são as forças de que dispõe? A que instrumentos recorreria? A quais armas? Não há golpismo nenhum! A presidente está é com medo.
Dilma sabe que a Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade — também chamada de Lei do Impeachment —, está à espreita. A esta altura, se ainda faltam, se é que faltam, evidências da atuação dolosa da presidente no escândalo da Petrobras, a atuação culposa está escancarada. Nesta sexta, publiquei um vídeo de 2009, em que Dilma ataca a criação de uma CPI para investigar a Petrobras e assegura a excelência do sistema contábil da empresa. Como chefe da Casa Civil, ministra do PAC e presidente do Conselho da Petrobras, a sua obrigação funcional era mandar investigar as denúncias, parte delas nascida de relatórios do TCU que apontavam, por exemplo, superfaturamento na refinaria Abreu e Lima. Republico o vídeo:
https://www.youtube.com/watch?v=qglmwhhOkcQ
Não é que Dilma apenas tenha deixado de atuar. Não! Já na Presidência da República, recontratou Nestor Cerveró, que havia deixado a Petrobras. Golpe, minha senhora, foi ter esmagado a CPI em 2009 e, mais duas vezes, em 2014. Para que nada fosse investigado. Golpe é dilapidar o patrimônio do povo brasileiro. Aplicar uma lei democrática é só exercício do estado de direito.
Lula
O falastrão, que andava sumido, deu as caras na festança. Contou, como de hábito, uma mentira clamorosa: disse que o PT está ficando igual aos outros partidos. Errado! Nunca houve nada igual na República. Exercitando um cinismo asqueroso, voltou seu dedo acusador contra a oposição e a imprensa. Disparou: “Não se incomodam com o prejuízo que causaram à Petrobras e ao Brasil. Eles vão prestar contas à história”.
Uau! Viram só? Não é seu amigo “Paulinho” (Paulo Roberto Costa) quem causa prejuízo à Petrobraas. Não é José Sérgio Gabrielli. Não é Renato Duque. Não é a quadrilha que se instalou na estatal em sua gestão. Segundo o Babalorixá de Banânia, prejudicam a Petrobras os que pretendem que os ladrões sejam enviados à cadeia.
E, ora, ora… Ele expressou a sua indignação com a forma como Vaccari foi levado para depor. Lula continua fiel a esta máxima: “Aos amigos tudo, menos a lei; aos inimigos, nada; nem a lei”. E conclamou que os “companheiros” saiam às ruas. É???
Coragem, petistas! Organizem uma manifestação na Avenida Paulista em defesa dos assaltantes. Convoquem uma passeata em apoio aos bandidos. Não se esqueçam de pedir apoio ao PCC. Se é que o partido do crime aceita se misturar com o partido do crime.
Por Reinaldo Azevedo

07/02/2015 às 3:03
Por Leonardo Souza, na Folha:
O nome escolhido pela presidente Dilma Rousseff para limpar a Petrobras, o presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, é alvo de um procedimento de investigação da Procuradoria da República em São Paulo. O Ministério Público Federal informou na tarde desta sexta-feira (6) que determinou à Polícia Federal a instauração de inquérito para averiguar a concessão de empréstimo do BB à socialite Valdirene Marchiori. Val Marchiori, como ela é conhecida, é amiga de Bendine. Segundo a Folha apurou, a determinação foi feita diretamente à Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros.
Conforme a Folha revelou no ano passado, o BB driblou uma série de regras internas para conceder o financiamento de R$ 2,7 milhões para Marchiori, a partir de uma linha subsidiada pelo BNDES, com taxa de 4% de juros ao ano –abaixo da inflação. Marchiori tinha restrição de crédito por não ter pago empréstimo anterior ao BB e também por não apresentar capacidade financeira para obter o financiamento, segundo documentos internos do BB obtidos pela Folha. Marchiori apresentou a pensão alimentícia dos filhos menores, cuja penhora é inconstitucional, como garantia do empréstimo. Segundo nota divulgada pelo Ministério Público Federal, a Justiça Federal informou o Banco do Brasil nesta semana da determinação para que forneça aos procuradores documentos referentes aos empréstimos concedidos à empresária desde 2009. Val Marchiori, mais conhecida por sua participação no programa de TV “Mulheres Ricas”, esteve com Bendine em duas missões oficiais do banco, uma na Argentina e outra no Rio. Nas duas ocasiões, os dois ficaram hospedados nos mesmos hotéis: primeiro no Alvear, em Buenos Aires, e depois no Copacabana Palace, no Rio.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sábado, 7 de fevereiro de 2015

Tudo indica que serão 33 políticos com direito ao absurdo foro privilegiado a serem indiciados pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro Teori Zavascki, que cuida dos processos da Operação Lava Jato no âmbito do Supremo Tribunal Federal. A quantidade de crucificáveis (que apenas por coincidência tem a ver com a famosa idade de Cristo) já vaza, discretamente, nos altos bastidores do Judiciário. A dúvida agora é se a denúncia ocorrerá antes ou depois do carnaval. Já tem graúdo com a folia apertadinha no Detrito Federal e adjacências. O Palhasso do Planalto está rasgando a fantasia...
Ainda mais porque agora surge um sinal concreto de crise militar. O presidente da Autoridade Pública Olímpica, General de Exército Fernando Azevedo Silva, pediu exoneração do cargo, no final da tarde de ontem, no Palácio do Planalto. A saída de Azevedo ganha tons de crítica porque ele é um General de quatro estrelas na ativa, membro do Alto Comando do Exército. O afastamento coincide com a posse do novo comandante da Força Terrestre, General Eduardo Villas-Bôas, que indicará alguma outra missão chave para Azevedo que cuidava, na APO, de um setor estratégico: a área de inteligência em telecomunicações da Presidência da República. O General Azevedo será trocado pelo tesoureiro da campanha de Dilma, Edinho Silva.
Como era esperado, o mercado recebeu pessimamente a indicação de Aldemir Bendine para presidir a Petrobras. O ponto mais forte dele é ser amigo de confiança do 'Presidentro' Luiz Inácio Lula da Silva. Tudo indica que a Presidenta Dilma Rousseff teve de engolir o nome de Bendine - que é alvo de uma investigação sigilosa do Ministério Público Federal, por indícios de lavagem de dinheiro. Com esta indicação, Dilma, que já tinha literalmente perdido a Graça (sua amiga pessoal), cometeu um suicídio político.
Mais danosa para a Petrobras foi a decisão do Conselho de Administração, na reunião ocorrida ontem (06) em São Paulo, de indicar novos diretores apenas para inglês ver. Caiu a cúpula anterior, mas a nova, por lógica elementar, tem a mesma influência exercida em claro abuso de poder pelo acionista majoritário, o governo da União. A empresa deixou claro que os nomeados agora são "interinos". Na versão governamental, o novo presidente Bendine terá carta branca para compor sua diretoria. Os temporários, que vão segurar a bucha dos efeitos negativos do Petrolão, são técnicos, funcionários de carreira da empresa, e ocupavam o segundo posto em cada diretoria trocada. Exceto na de Finanças.
Bendine tende a herdar, ao menos no primeiro momento, a missão mais tortuosa que ficava sob responsabilidade de um dos mais poderosos diretores da empresa, sobrevivente da Era Lula-José Sérgio Gabrielli (quando se intensificou a corrupção com as verbas da Petrobras) e que reinou, com toda força, na gestão Dilma-Graça Foster. Bendine terá de cuidar da rolagem diária da bilionária dívida da petrolífera que era feita pelo poderoso Almir Guilherme Barbassa. O substituto dele é gente de confiança de Bendine e da cúpula petista: Ivan de Souza Monteiro, que deixa a vice-presidência de gestão financeira e de relações com investidores do Banco do Brasil, cargo que ocupava desde 2009, quando Bendine assumiu o comando do BB.
Nas demais diretorias, houve uma "herança" temporária dos cargos. Na de Exploração e Produção, Solange da Silva Guedes, atual gerente executiva de exploração e produção corporativa, assume a cadeira do demitido José Formigli. Na diretoria da Abastecimento, quem entra é Jorge Celestino Ramos, atual gerente executivo de logística e abastecimento, no lugar do detonado José Cocenza (que sucedeu o delator premiado Paulo Roberto Costa). Na área de Gás e Energia, o novo diretor é Hugo Repsold Júnior, que atuava na gerência de executiva de gás e energia corporativa.
Quem vai virar motivo de piadinhas é o novo diretor de Engenharia. O motivo é seu sobrenome - Moro - o mais temido atualmente pelos corruptos que afanaram a Petrobras. O nome do substituto de José Antônio de Figueiredo é Roberto Moro. O engenheiro não tem qualquer parentesco com o juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 13a Vara Federal em Curitiba, o Homem de Gelo que toca o horror na Lava Jato. Roberto Moro era o gerente executivo de engenharia para empreendimentos submarinos. Dificilmente escapará da gozação infame atribuída a petistas ufanistas: "Dilma é tão corajosa que nomeou até o Moro para uma diretoria na Petrobras"...
Piada menos sem graça que esta é o fato concreto de que, através de Bendine, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva volta a dar as cartas na Petrobras, pelo menos até o momento do tão aguardado "Juízo Final" do Petrolão. Agora começa a ficar claro que a Petrobras pode ser considerada a empresa do Milênio - ou do BB Milenium 6 (fundo que investidores exigem uma apuração profunda sobre sua distribuição de lucros).
O consenso é que já passou da hora de dar um basta à organização criminosa que há 13 anos se locupleta da Pátria em nome de uma governança de seus próprios interesses. No entanto, tal movimento saneador não surtirá efeito completo, caso não se repense e mude o modelo de Estado no Brasil. A corrupção é efeito do modelo, e não a causa originária dos problemas de gestão pública.
No atual sistema capimunista tupiniquim, não adianta promover impeachment da nazicomunopetralhada. Outros bandidos do mesmo ou pior quilate surgirão para a substituição que dará continuidade ao modelo estatal improdutivo, perdulário, moedor de gentes e recursos, com todo um aparato autoritário, repressivo, que persegue e não protege o cidadão. É este Brasil do atraso que precisa ser passado a limpo, imediatamente.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Playboy e o pré-sal
Sociedade 07.02.2015
O traficante Playboy, um dos mais procurados do Rio de Janeiro, deu uma entrevista de sete horas à Veja, tomando uísque com gelo de água de coco.
Ele disse que foi preso e algemado no ano passado, mas os policiais o libertaram em troca de 648 mil reais, 2 fuzis AK-47 e 4,5 kg em correntes de ouro.
Quanto aos policiais de seu território, o Morro da Pedreira, estes recebem uma propina mensal de 100 mil reais, exatamente a mesma quantia que Pedro Barusco repassava a Renato Duque, em dinheiro vivo, todos os meses.
O Morro da Pedreira e a Petrobras se assemelham. Em ambos os casos, o Playboy tem de ser preso.
100 mil reais todos os meses

O monstro de Moch Ness
Brasil 07.02.2015
O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, chamado de "Moch" pela quadrilha que assaltou a Petrobras, confirmou à PF que se reunia com Renato Duque no Hotel Windsor, em Copacabana. Ele confirmou também que participou da festa da filha de Renato Duque. Só isso.
O PT, hoje, pretende publicar o depoimento do companheiro Moch. Aparentemente, o partido mordeu a isca oferecida pelos pescadores de águas turvas do Ministério Público. Vem peixe grande por aí. Vem o monstro de Moch Ness.
O mochileiro do PT

Peixes grandes
Brasil 07.02.2015
A My Way foi o resultado de um depoimento dado por Pedro Barusco em 20 de novembro de 2014. Foi ali, por exemplo, que ele acusou o PT de ter roubado 200 milhões de dólares da Petrobras. Hoje, na Veja, Lauro Jardim informa que Pedro Barusco deu outros depoimentos de lá para cá. Mais: ele continua a falar.
Os pescadores de águas turvas preparam-se para fisgar os peixes grandes do petismo.
Peixe grande nas águas turvas

10 milhões para Dilma
Brasil 07.02.2015
A Veja desta semana conta que Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, continua a negociar com o Ministério Público os termos de sua confissão. Em seus depoimentos preliminares, porém, ele disse que deu 30 milhões de reais ao mochileiro do PT, João Vaccari Neto, 10 dos quais diretamente para a campanha de Dilma Rousseff.
Os petistas alegam que se trata de uma doação legal, mas a Veja lembra que, como a Lava Jato já demonstrou, "o que entrou oficialmente nos cofres do PT foi o produto do roubo planejado e executado pelo partido".
Isso mesmo: 10

Pescadores em águas turvas
Brasil 07.02.2015
Na festa de 35 anos do PT, Dilma Rousseff atacou todos aqueles que torcem pelo impeachment. Nós, de O Antagonista, torcemos pelo impeachment. De fato, passamos a torcer ainda mais depois da denúncia de que o PT roubou 200 milhões de dólares da Petrobras. Diante do discurso de Dilma Rousseff - e usando suas palavras -, somos obrigados a reconhecer que:
1) Estamos inconformados com o resultado das urnas.
2) Somos pescadores de águas turvas.
3) Flertamos com a aventura.
4) Somos oportunistas.
5) Somos golpistas.
6) Tentamos forjar catástrofes.
 
Nós pescamos em águas turvas, eles ficam com os peixes

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