DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
9 DE JANEIRO DE 2015
Não é à toa a briga do PT para faturar boquinhas em todos os escalões do governo Dilma. Além de aumentar poder de influência nas eleições, o partido nacional abocanha um percentual dos salários de filiados com cargos eletivos e dos ministros e cargos comissionados que indicou. Levantamento feito pelo portal Diário do Poder revela que, dos partidos da base, o PT é o que cobra o maior ‘dízimo’, que pode chegar a 20%.
Pagam 20% todo mês ao PT filiados eleitos que recebem acima de 20 salários mínimos. É o caso da presidenta Dilma e dos parlamentares.
PTB, PDT, PRB, PR e PSB cobram até 10% do valor dos vencimentos. Já no PMDB, o dízimo mensal é 5%. O PCdoB exige pelo menos 1%.
No PT, os menos abastados também têm que abrir a carteira. Quem ganha até três salários mínimos paga R$15 por semestre ao partido.
Já para os dirigentes do Partido dos Trabalhadores, a tarifa é bem mais suave, 1% do salário líquido, independentemente do valor da remuneração.
Assim como o marido Neudo Campos (PP), a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), não é de seguir regras. Mal começou o mandato e já foi “recomendada” pelo Ministério Público a exonerar 15 parentes.
As argentinas estão enfrentando o desabastecimento de absorventes íntimos com bom humor. Hermanas dizem no Twitter que podem “viver num país sem segurança e educação, mas sem absorventes é demais”.
O deputado Chico Vigilante (PT) tem espalhado vídeo pelo WhatsApp contestando rombo nos cofres do DF. Ele diz que os extratos apontam R$1,4 bilhão em caixa, e desafia Rollemberg (PSB) a provar contrário.

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 9 DE JANEIRO DE 2015

O jornalismo que a Folha consolida hoje é um exemplo bem acabado daquele que se presta ao assassinato de reputações. Dá guarida a uma acusação sem provas e sem poder sustentar o que afirma "mata" a pauta. Fica apenas a mancha na biografia de gente honesta. Ontem (08) a notícia publicada pelo jornal acusando Antônio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais, de ter recebido R$ 1 milhão de propina do propinoduto da Petrobras, gerou grande repercussão, pela história limpa deste político. A publicação feita pelo jornal paulista teve resposta imediata da Oposição, com notas publicadas pelo ex-governador , bem como pelo PSDB, como pode ser visto empost publicado ontem neste blog. Hoje, a única referência ao fato feita pela Folha é nojenta e asquerosa, na forma de uma frase publicada na coluna Painel: 
"Quando se trata de acusar o PT, Aécio não hesita em engrossar o coro. Mas quando a acusação é contra o PSDB, ele lava a jato." (DO DEPUTADO CARLOS ZARATTINI (PT-SP), sobre nota de Aécio Neves que trata como 'falsa e covarde' a acusação a Antonio Anastasia na Operação Lava Jato.)
Foi só o que a Folha achou para manter o assunto no jornal: a declaração irônica de um adversário político no rodapé de uma coluna. Lamentável.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
09/01/2015 às 7:28
Volto ao trabalho na segunda (12), mas antecipo um texto que, dado o que leio por aí, me parece necessário. O terrorismo islâmico sequestrou boa parcela da consciência do Ocidente. Antes que se impusesse por intermédio da brutalidade e da barbárie, seus agentes voluntários e involuntários fizeram com que duvidássemos dos nossos próprios valores. Antes que matassem nossas crianças, nossos soldados, nossos jornalistas, nossos chargistas, nossos humoristas, atacaram, com a colaboração dos pusilânimes do lado de cá, os nossos valores. “Nossos, de quem, cara pálida?”, perguntará um dos cretinos relativistas do Complexo Pucusp. Os do Ocidente cristão e democrático.
Mesmo gozando de merecidas férias, comprometido principalmente com o nascer e o pôr do Sol, acompanhei o que se noticiou no Brasil e no mundo sobre o ataque covarde ao jornal francês “Charlie Hebdo”, que deixou 12 mortos na França. Na nossa imprensa e em toda parte, com raras exceções, a primeira preocupação, ora vejam!!!, era não estimular a “islamofobia”, uma mentira inventada pela máquina de propaganda dos centros culturais de difusão do Islã no Ocidente. Nota à margem: a “fobia” (se querem dar esse nome) religiosa que mais mata hoje é a “cristofobia”. Todo ano, mais ou menos 100 mil cristãos são assassinados mundo afora por causa de sua religião. E não se ouve a respeito um pio a Orientes e Ocidentes.
Uma curiosidade intelectual me persegue há tempos: por que cabe ao Ocidente cristão combater a suposta “islamofobia”? Por que as próprias entidades islâmicas também não se encarregam no assunto? Sim, muitas lideranças mundo afora repudiaram o ataque ao jornal francês, mas sugerindo, com raras exceções, nas entrelinhas, que se tratava de uma resposta injusta e desproporcional a uma ofensa que de fato teria sido desferida contra o Islã e o Profeta. E então chegamos ao cerne na questão.
Sou católico. As bobagens e ignorâncias que se dizem contra a minha religião — e já faz tempo que o ateísmo deixou de ser um ninho de sábios —, com alguma frequência, me ofendem. E daí? Há muito tempo, de reforma em reforma, o Catolicismo entendeu que não é e nem pode ser Estado. A religião que nasceu do Amor e que evoluiu, sim, para uma organização de caráter paramilitar, voltou ao seu leito, certamente não tão pura e tão leve como nos primeiros tempos, maculada por virtudes e vícios demasiadamente humanos, mas comprometida com a tolerância, com a caridade, com a pluralidade, buscando a conversão pela fé.
Não é assim porque eu quero, mas porque é: o Islamismo nasce para a guerra. Surge e se impõe como organização militar. Faz, em certa medida, trajetória contrária à do Catolicismo ao se encontrar, por um tempo ao menos, com a Ciência, mas retornando, pela vontade de seus líderes, ao leito original. Sim, de fato, ao pé da letra, há palavras de paz e de guerra, de amor e de ódio, de perdão e de vingança tanto no Islã como na Bíblia. De fato, também no Cristianismo, há celerados que fazem uma leitura literalista dos textos sagrados. E daí? Isso só nos afasta da questão central.
Em que país do mundo o Cristianismo, ainda que por intermédio de seitas, se impõe pela violência e pelo terror? Em que parte da terra a Bíblia é usada como pretexto para matar, para massacrar, para… governar? É curioso que diante de atos bárbaros como o que se viu na França, a primeira inclinação da imprensa ocidental também seja demonstrar que o Islã é pacífico. Desculpem-me a pergunta feita assim, a seco: ele é “pacífico” onde exatamente?
Em que país islâmico, árabe ou não, os adeptos dessa fé entendem que os assuntos de Alá não devem se misturar com os negócios de Estado? À minha moda, sou também um fundamentalista: um fundamentalista da Democracia. Por essa razão, sempre que me exibem a Turquia como exemplo de um país majoritariamente islâmico e democrático, dou de ombros: não pode ser democrático um regime em que a imprensa sofre perseguição de caráter religioso — ainda que venha disfarçada de motivação política, não menos odiosa, é claro!
Cabe às autoridades islâmicas, das mais variadas correntes, fazer um trabalho de combate à “islamofobia”. E a fobia será tanto menor quanto menos o mundo for aterrorizado por fanáticos. Ora, não é segredo para ninguém que o extremismo islâmico chegou ao Ocidente por intermédio de “escolas” e “centros de estudo” que fazem um eficiente trabalho de doutrinação, que hoje já não se restringe a filhos de imigrantes. A pregação se mistura à delinquência juvenil, atraída — o que é uma piada macabra — pela “pureza” de uma doutrina que não admite dúvidas, ambiguidades e incertezas.
Ainda voltarei, é evidente, muitas vezes a esse assunto, mas as imposturas vão se acumulando. Há, sim, indignação com o ocorrido, mas não deixa de ser curioso que a imprensa ocidental tenha convocado os chargistas a uma espécie de reação. Sim, é muito justo que estes se sintam especialmente tocados, mas vamos com calma! O que se viu no “Chalie Hebdo” não foi um ataque ao direito de fazer desenhos, mas ao direito de ter uma opinião distinta de um primado religioso que, atenção!, une todas as correntes do Islã.
É claro que um crente dessa religião tem todo o direito de se ofender quando alguém desenha a imagem do “Profeta” — assim como me ofendo quando alguém sugere que Maria não passava de uma vadia, que inventou a história de um anjo para disfarçar uma corneada no marido. Ocorre que eu não mato ninguém por isso! Ocorre que não existem líderes da minha religião que excitam o ódio por isso. Se um delinquente islâmico queima uma Bíblia, ninguém explode uma bomba numa estação de trem.
E vimos, sim, a reação dos chargistas, mas, como todos percebemos, quase ninguém se atreveu a desenhar a imagem do “Profeta” — afinal de contas, como sabemos, isso é proibido, não é? Que o seja em terras islâmicas, isso é lá problema deles, mas por que há de ser também naquelas que não foram dominadas pelos exércitos de Maomé ou de onde eles foram expulsos?
Tony Barber, editor para a Europa do “Financial Times”, preferiu, acreditem, atacar o jornal francês. Escreveu horas depois do atentado: “Isso [a crítica] não é para desculpar os assassinos, que têm de ser pegos e punidos, ou para sugerir que a liberdade de expressão não deva se estender à sátira religiosa. Trata-se apenas de constatar que algum bom senso seria útil a publicações como como ‘Charlie Hebdo’ ou ‘Jyllands-Posten’ da Dinamarca, que se propõem a ser um instrumento da liberdade quando provocam os muçulmanos, mas que estão, na verdade, sendo apenas estúpidos”.
Barber é um vagabundo moral, um delinquente, e essa delinquência se estende, lamento, ao comando do “Financial Times”, que permitiu que tal barbaridade fosse publicada. Alguém poderia perguntar neste ponto: “Mas onde fica, Reinaldo, o seu compromisso com a liberdade de expressão se acha que o texto de Barber deveria ser banido do FT?” Respondo: a nossa tradição, que fez o melhor do que somos, não culpa as vítimas, meus caros. Barber usa a liberdade de expressão para atacar os fundamentos da… liberdade de expressão.
Todas as religiões podem ser praticadas livremente nas democracias ocidentais porque todas podem ser igualmente criticadas, inclusive pelos estúpidos. Mas como explicar isso a um estúpido como Barber, um terrorista que já está entre nós?
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 09/01/2015 05:34
Ao longo do primeiro mandato, Dilma Rousseff consolidou-se como uma caricatura da gerente eficiente que Lula disse que ela seria. Neste início do segundo quadriênio, a ex-gerente tornou-se uma alegoria de si mesma. Ela representa simbolicamente o oposto do que gostaria de ser. Do ponto de vista econômico, a gestão atual é a volta à ortodoxia. E do ponto de vista político, é o igual tentando se disfarçar de novo.
Tanta ambiguidade resultou num governo sem imagem, incapaz de transmitir uma simbologia ou qualquer coisa que se pareça com uma marca. Dilma não consegue manejar um conjunto de signos que, associados a impulsos externos, produzam uma nova forma de otimismo. Em vez disso, ela cultiva a grandeza da vista curta. Sem agenda para o futuro próximo, administra a República como quem toca uma casa na qual sobra mês no fim do orçamento.
Hoje, a estratégia de Dilma é a seguinte: engolir todos os sapos que conseguir até que o purgante receitado pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) surta os seus efeitos. Liberadas as toxinas da economia, o governo poderia — talvez, quem sabe, com alguma sorte — se beneficiar de uma retomada do crescimento na reta final, ali por fins de 2017, início de 2018.
A imagem do governo — ou a falta dela — é um problema que tente a se agravar. Tudo conspira para que o ruim fique pior. O governo começou por baixo. Normalmente, os presidentes abrem seus mandatos botando banca. Vão deslizando para a vala comum do fisiologismo aos pouquinhos. Com Dilma 2.0, não é o governo que tem uma base de apoio no Congresso. É a base de apoio que tem o governo. E cuida de enfiar nele alguns dos seus políticos mais viscosos.
De resto, além de cortes, as mãos de tesoura de Levy fabricam impopularidade. Que tende a se potencializar à medida que o procurador-geral Rodrigo Janot for enviando ao STF as denúncias e os pedidos de abertura de inquérito contra o pedaço do conglomerado governista que, estalando de pureza moral, invadiu os cofres da Petrobras. Logo, logo os índices do Datafolha parecerão chibatas para Dilma.
Nem sempre é possível identificar a marca de um presidente no instante em que ele governa. Esse é um tipo de reconhecimento que costuma vir a posteriori, quando a História pode se pronunciar livre das vendas da conjuntura. Assim é que já se pode dizer que o fim da superinflação e o começo da estabilização da economia estão grudados em FHC como uma segunda pele. Do mesmo modo que o progresso social dos pobres enganchou-se na biografia de Lula.
Quanto a Dilma, sua notória dificuldade de combinar o ideal e a prática faz com que as pessoas olhem para ela e não enxerguem nada além de um borrão que as contingências insistem em passar a sujo.

Josias de Souza - 08/01/2015 19:22
Conforme já comentado aqui, a recém-empossada governadora de Roraima, Suely Campos (PP), enfiou dentro da folha do Estado 19 parentes e agregados. Repare na lista. Madame modernizou o provérbio: 'Mateus, primeiro, segundo e terceiro os teus'. O Ministério Público recomendou que a parentela de Suely seja enviada ao olho da rua “imediatamente”.
Pois bem. A governadora mandou divulgar uma nota que adiciona uma pitada de inacreditável naquilo que era apenas inadmissível. No texto, madame admite ter pendurado sua árvore genealógica no bolso do contribuinte. Mas classifica de “precipitada” a recomendação de afastamento feita pelos promotores. Pior: Suely tenta justificar o nepotismo com a tese segundo a qual sempre foi assim.
Se você tem um estômago forte, leia esse trecho da pseudo-justificativa: “O governo de Roraima espera tratamento isento e igualitário dos órgãos de fiscalização do poder público, considerando que é uma prática comum na história de Roraima a nomeação de pessoas próximas aos gestores para ocupar importantes secretarias, tanto na esfera estadual como municipal.''
Madame não deixa alternativas. A partir de agora, só pode haver dois tipos de pessoas em Roraima: ou o sujeito apoia a governadora ou é inteligente. Se houver inteligência naquele pobre pedaço do mapa brasileiro, as ruas e praças se encherão.

NO O ANTAGONISTA
Brasileiros receberiam os Koauchi de braços abertos
Mundo 09.01.2015
O Antagonista sugere aos Irmãos Kouachi que peçam um salvo-conduto e embarquem para o Brasil, onde serão recebidos por uma comissão de professores da USP e da Uerj que acham compreensível a carnificina na redação do Charlie Hebdo. Eles poderão até descolar um trabalho através do cartunista Laerte, e fazer amizade com o terrorista italiano Cesare Battisti. O Brasil é uma terra legal para ilegais.

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