DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
7 DE JANEIRO DE 2015
Encabeçado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, o PMDB deu início a “motim” contra o vice Michel Temer, a quem atribui a perda de espaço na reforma ministerial. A governança do Senado ameaça criar dificuldades ao governo para reeditar a DRU (Desvinculação de Receitas da União). A medida permite ao governo gastar 20% dos impostos a seu critério, o que significa mais de R$ 60 bilhões ao ano.
Renan Calheiros (AL) não esconde o desconforto por ter sido pego de surpresa com indicação de Helder Barbalho (PA) a ministro da Pesca.
A indignação só aumentou com a nomeação de Cid Gomes (PROS) e Gilberto Kassab (PSD), apostas de Dilma para confrontar o PMDB.
O Planalto acredita que a insatisfação do senador Renan Calheiros (PMDB) com reforma ministerial pode ser sanada com um único cargo: a Transpetro. O presidente Sérgio Machado adiou a licença até dia 21.
Deputados do PMDB avisaram ao Planalto que se juntarão ao Senado. A bancada não engole a nomeação de Edinho Araújo e Eliseu Padilha.
Atualmente, há mais de 2,5 mil entidades sem fins lucrativos proibidas de celebrar convênios e contratos de repasse com a administração pública federal devido a irregularidades apresentadas em acordos anteriores, segundo o Portal da Transparência. As razões para impor as sanções vão desde prestação de contas com atraso até instauração de processos contra as empresas nos tribunais de contas estaduais.
A União Nacional dos Estudantes (UNE) é uma das líderes da lista com irregularidades em onze convênios que, juntos, superam R$ 7 milhões.
O Centro Cultural José Sarney foi proibido de fechar convênios após a abertura de um processo no Tribunal de Contas do Maranhão.
O presidente do PT, Rui Falcão, negocia com o ministro de Relações Institucionais, Pepe Vargas, cargos como Codevasf, DNIT, INSS e Conab, para compensar a sigla pela perda de cargos na Esplanada.
Sem o menor pudor de sugar ao máximo a estrutura do cargo, deputados derrotados nas eleições de 2014 postergam até o último dia para esvaziar seus gabinetes e apartamentos funcionais, em Brasília.
Até novembro de 2014, a Câmara já havia gastado mais de R$18,4 milhões, sem licitação, na compra de artigos que vão desde pendrives personalizados, flores, broches dourados para deputados, secadora de roupas e recepcionistas, até banda de música para tocar em coquetel.
Se tiver “sequestrado o governo”, como acusou Lula, Aloizio Mercadante ganhará cem anos de perdão?

NO BLOG DO CORONEL
QUARTA-FEIRA, 7 DE JANEIRO DE 2015
(O Globo - 07-01-2015) 
A atual presidente da Petrobras, Graça Foster, atuou diretamente no processo de implementação da rede de gasodutos Gasene, que liga o Sudeste ao Nordeste, e que, segundo auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU), teve superfaturamento de mais de 1.800% em um de seus principais trechos. A investigação do tribunal foi revelada pelo GLOBO.
Segundo a ANP (Agência Nacional de Petróleo), a Petrobras criou uma empresa de fachada para construir o gasoduto, usando a sede do escritório de contabilidade contratado para o negócio. O proprietário do escritório, Antonio Carlos Pinto de Azeredo, exerceu o cargo de presidente da Transportadora Gasene entre 2005 e 2011. Em entrevista, disse ter sido apenas um preposto da estatal, sem qualquer autonomia.
Documento assinado em 2007 por Graça Foster, então diretora de Gás e Energia, mostra que ela levou à diretoria executiva da estatal a proposta de aprovação de parcerias para a Transportadora Gasene. Lá, constam duas informações que demonstram que a empresa era comandada, de fato, pela Petrobras. Nas páginas 4 e 5, explicita-se que a companhia estatal agia “em nome e por conta da Transportadora Gasene”. Nas últimas duas páginas, é proposta a emissão de três cartas de atividade permitida à gestão da transportadora, forma adotada pela estatal para exercer o comando do negócio.
O carimbo com o encaminhamento à diretoria executiva tem a assinatura de Graça Foster. O documento foi elaborado em 12 de dezembro de 2007 pelas gerências de três diretorias, incluída a comandada pela atual presidente da Petrobras. O registro do encaminhamento é de 14 de dezembro de 2007, mesma data da aprovação pelo colegiado. O que Graça submeteu aos demais diretores foi a contratação da empresa chinesa Sinopec para a construção do maior trecho do Gasene, entre Cacimbas (ES) e Catu (BA), e o financiamento junto ao BNDES, com parte dos recursos vinculada ao banco de desenvolvimento chinês.
O documento chancelado por Graça mostra que a Petrobras, de fato, comandou diretamente todas as principais ações da SPE (Sociedade de Propósito Específico), criada para gerir o negócio. Foi a estatal quem fez as negociações com a Sinopec por meio de uma comissão integrada por gerentes da companhia. No item 16 do documento, afirma-se que a comissão negociou com a Sinopec “em nome e por conta da Transportadora Gasene, visando à contratação dos serviços de engenharia, gerenciamento, suprimento e construção para a implementação do gasoduto Cacimbas-Catu”.
Já as cartas de atividade permitida instruem o presidente do Gasene a assinar contratos com a Sinopec no valor de R$ 1,9 bilhão, tanto para gerenciar o projeto quanto para construir parte dos dutos, e a assinar contrato de repasse junto ao BNDES, no valor de US$ 750 milhões, montante oriundo da parceria com o banco chinês. Uma terceira carta se referia a “celebrar os documentos necessários” para o financiamento de longo prazo do BNDES. No domingo (04), a Petrobras negou “qualquer ligação societária” com a SPE.

(Valor Econômico - 07-01-2015) 
A defasagem entre os preços externos e internos da gasolina e do diesel está favorável à Petrobras entre 30% e 40%, dependendo da fonte consultada. Nos últimos seis anos, a situação era a inversa: a Petrobras vendia diesel e gasolina no mercado interno por um preço mais baixo do que o pago no exterior, o que provocou grandes perdas para a estatal. A virada se deu em razão da baixa espetacular dos preços do petróleo no mercado internacional, que ontem caíram para US$ 51,10 o barril (Brent).
Se a cotações permanecerem no nível atual, segundo analistas, a Petrobras pode recuperar até o fim do ano tudo o que perdeu nos últimos seis anos. As estimativas indicam que, só de 2011 a 2014, os prejuízos somaram R$ 59 bilhões. Sob orientação da nova equipe econômica, a estatal também poderá reduzir os preços internos da gasolina e do diesel para ajudar no combate à inflação. Uma fonte da companhia ouvida ontem pelo Valorinformou que não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido, contrariando informações que circularam no mercado e provocaram queda de 3,25% nas ações PN da estatal.
A defasagem calculada por consultores com os dados do fechamento do mercado ontem - óleo a US$ 47 o barril e o câmbio a R$ 2,70 - apontava para o litro da gasolina no mercado externo a um preço 35,7% menor que o das refinarias da Petrobras no país e o litro do diesel, 31,2% mais barato.
O cenário para a Petrobras começou a virar em julho. Segundo analistas, naquele mês a estatal vendia o litro da gasolina a R$ 1,39, enquanto pagava R$ 1,60 para importar. No diesel, cobrava R$ 1,61 o litro, pelo qual pagava R$ 1,67. Em dezembro, o quadro já era outro. Com o barril do tipo WTI a uma média de US$ 60 e o dólar a R$ 2,64, o litro da gasolina no Golfo do México custava R$ 1,00, enquanto a empresa vendia a R$ 1,43 nas refinarias brasileiras. O diesel era importado a R$ 1,22 o litro e vendido a R$ 1,72.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 07/01/2015 07:30
A política brasileira foi sempre tão cheia de anomalias que os escândalos agora saem gêmeos: mensalão—petrolão, por exemplo. Descobriu-se que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot decidiu incluir Eduardo Cunha no rol dos políticos passíveis de investigação na Operação Lava Jato. A despeito de o deputado negar qualquer tipo de envolvimento no caso, o chefe do Ministério Público pedirá no STF a abertura de um inquérito contra ele.
Considerando-se que o senador Renan Calheiros encontra-se em situação análoga, o país pode estar prestes a testemunhar o surgimento de mais um absurdo gêmeo. A dupla é favorita na briga pelo comando das Casas do Congresso. A eleição de Cunha para presidir a Câmara e a de Renan para continuar dirigindo o Senado os colocaria em terceiro e quarto lugar na linha de sucessão, depois do correligionário Michel Temer. O que obrigaria os brasileiros a manter permanentemente acesas duas velas — uma para Dilma e outra para o próprio Temer.
Na hipótese de um impedimento de Dilma, quem assumiria o seu lugar, você sabe, seria Temer. A partir daí, qualquer hipotética mudança provocaria insondáveis efeitos na cabeça das crianças. Impedido Temer, assumiria o impensável, cujo sucessor direto seria o inaceitável. As forças de segurança teriam de entrar em estado de alerta. Haveria um enorme risco de ocorrer um suicídio coletivo se acontecesse qualquer coisa com a Dilma e o Temer não pudesse assumir. O repórter não é afeito a armas. Mas já deu ordens à família: se algo acontecer com os dois primeiros da linha sucessória, me matem. Até para os padrões nacionais um presidente sob investigação do STF seria uma demasia.

Josias de Souza - 07/01/2015 05:29
O bloco partidário que apoia o governo no Congresso vive uma experiência autofágica. Acomodado por Dilma Rousseff no Ministério das Cidades como representante do PSD, Gilberto Kassab se equipa para criar um novo partido. Legendas como PMDB, PP e PR já farejam o risco de ter parte dos seus quadros engolidos. E acusam o Planalto de patrocinar a cooptação de congressistas ao entregar a Kassab uma pasta com capilaridade nacional e orçamento sedutor.
Em privado, dirigentes do PMDB dizem ter detectado as digitais do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) nas articulações de Kassab. Avaliam que ele não se envolveria na empreitada sem o consentimento de Dilma. E já se deram conta do óbvio: a presidente e seus operadores movem-se com o objetivo de atenuar a dependência legislativa do governo em relação à bancada do PMDB.
A pretensão foi pressentida inclusive pelo grupo de peemedebistas que se reúne amiúde com o vice-presidente Michel Temer. Desenvolve-se ali um sentimento de reação. Coisas inusitadas começam a acontecer. Por exemplo: parte da legenda olhava de esguelha para a candidatura de Eduardo Cunha à presidência da Câmara. Súbito, forma-se uma torcida para que o desafeto de Dilma vença a briga pela terceira poltrona na linha de sucessão da República.
A trama faz de Dilma uma presidente paradoxal. Há uma semana, sob as luzes da posse, ela disse no Congresso: “É inadiável implantarmos práticas políticas mais modernas, éticas e, por isso, mesmo mais saudáveis. É isso que torna urgente e necessária a reforma política. Uma reforma profunda que é responsabilidade constitucional desta Casa, mas que deve mobilizar toda a sociedade na busca de novos métodos e novos caminhos para nossa vida democrática.” À sombra, a oradora recorre a velhos estratagemas para atingir seus arcaicos subterfúgios.
Quanto a Kassab, tornou-se um exíminio fabricante de legendas. Ex-filiado do DEM, transformou-se de oposicionista em governista em pleno voo. Fez isso ao criar o PSD, em 2011. Agora, quer reabilitar a sigla PL (Partido Liberal), usada num passado recente, pré-mensalão, pelo atual PR, um 'cartório' do notório Valdemar Costa Neto. Pode-se dizer qualquer coisa do vaivém de Kassab, desde que não se afirme que as motivações são nobres.
Nas pegadas do PSD, criaram-se o PROS e o Solidariedade. O PL urdido por Kassab será 33º partido do Brasil. Nenhum outro país do planeta oferece opções partidárias tão variadas aos seus políticos e eleitores. Se o sujeito for de esquerda, meia-esquerda, um quarto de esquerda, direita, direita disfarçada, direita Bolsonaro… o sujeito pode ser o diabo e sempre haverá no Brasil um partido pronto para recepcioná-lo. Ainda assim, cavalgando o orçamento das Cidades, Kassab quer abrir mais um balcão.

Josias de Souza - 06/01/2015 20:30
A equipe econômica do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) convocou os refletores nesta terça-feira (6) para informar que não dispõe de dinheiro para pagar os salários dos servidores do Distrito Federal em janeiro. Apeado do poder pelo eleitor, que lhe sonegou a reeleição, Agnelo Queiroz (PT) deixou as arcas da Capial em petição de miséria.
Hoje, o GDF tem em caixa ridículos R$ 64,2 mil. Fechará o mês no vermelho. Orombo estimado é de R$ 3,5 bilhões. O fisco local deve arrecadar algo como R$ 2 bilhões. Numa conta que inclui salários atrasados de médicos e professores, as despesas inadiáveis serão de R$ 2,4 bilhões. Sem contar a dívida deixada por Agnelo: R$ 3,1 bilhões. A conta não fecha.
De pires na mão, o GDF pediu ao governo federal uma antecipação de R$ 400 milhões. Dinheiro do chamado fundo constitucional, como é chamada a verba que a União é obrigada a repassar ao governo de Brasília, para que ele funcione como uma espécie de síndico da Capital, ligando as fornalhas diariamente e zelando para que as coisas (segurança, saúde, educação) funcionem corretamente na sede dos três Poderes.
Em tempos de ajuste fiscal, o xerife Joaquim Levy leva o pé à porta. Alega-se na Fazenda que há dúvidas de natureza legal. Contra esse pano de fundo, a única pessoa que está verdadeiramente tranquila é Agnelo Queiroz, que saiu em férias depois de levar a Capital da República à breca. A pergunta é: vai ficar por isso mesmo?

Josias de Souza - 06/01/2015 17:25
Caprichoso, o ano de 2015 escolheu um local emblemático para exibir o seu primeiro ranger de dentes. Nesta terça-feira (06), a Volkswagen anunciou a demissão de 800 trabalhadores de sua fábrica em São Bernardo do Campo, berço político do PT e quintal de Lula. A decisão acendeu um pavio que resultou na deflagração de uma greve geral na unidade. Segundo o Sindicado dos Metalúrgicos do ABC, as demissões da Volks somam-se a outras 244 que já haviam ocorrido, no final do ano de 2014, na fábrica da Mercedes.
Simultaneamente, o ministro Joaquim Levy (Fazenda), que Dilma Rousseff trouxe do Bradesco para consertar no segundo mandato os erros econômicos que ela dizia não ter cometido no primeiro quadriênio, prepara o anúncio de um megacorte orçamentário. Em campanha, Lula e Dilma convidaram o eleitorado a sonhar com a satisfação de suas ambições ainda não satisfeitas. Agora, a plateia começa a frustrar-se com a perda de uma satisfação que não tinha a menor chance de se satisfazer.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O carnaval de escândalos na Petrobras pode jogar o santo nome do Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva no meio dos processos da Lava Jato. Basta que o Ministério Público Federal requisite à estatal o conteúdo de depoimentos à Comissão Interna de Apuração de Desvios na Comunicação. No dia 13 de março de 2009, o ex-gerente da área de comunicação da área de Abastecimento, Geovane de Morais, revelou que o então Presidente Lula ordenou a Paulo Roberto Costa que arrumasse R$ 1 milhão em patrocínios para cada uma das 12 escolas de samba do grupo especial do Rio de janeiro, no carnaval 2008.
No depoimento, Geovani foi claro: "Em 10 de janeiro de 2008, o diretor Paulo Roberto Costa chama eu, a Carmen (Swire, na época, gerente-geral do Abastecimento) e a Venina (Velosa da Fonseca, então gerente-executivo) na sala dele e disse que o Lula disse que era para dar R$ 1 milhão para cada escola”. Ontem, vazou a informação (mais uma para o Instituto Lula desmentir) de que pelo menos R$ 2 milhões 385 mil reais foram destinados a uma única escola de samba, com dinheiro sendo pago por fora, supostamente nos esquemas montados por Paulo Costa e o doleiro Alberto Youssef. A agremiação beneficiada recebeu R$ 385 mil reais para sua ala de passistas e mais R$ 1 milhão de ajuda para a reforma da sede.
Geovani Morais revelou no depoimento que chegou a argumentar que não haveria tempo para uma licitação pública para liberar o dinheiro: “Faltavam 15 dias e, em 15 dias, você não contrata nem licita muito menos numa condição dessas”. Embora a área técnica da Petrobras tivesse alegado que não poderia atender à solicitação, o pedido foi parar na Secretaria de Comunicação da Presidência. Segundo Geovani, de lá voltou a ordem de fazer o pagamento sob um argumento consistente: “O Presidente quer porque quer”. No caso, o Presidente era o Lula, e não José Sérgio Gabrielli, que presidia a estatal.
O ex-gerente Geovani confessou que assumiu o risco sozinho para repassar o dinheiro às escolas de samba e que “toda a diretoria estava lá” nos camarotes da Petrobras no carnaval em 2008. A empresa teria gasto R$ 4,7 milhões só na organização dos camarotes. Geovani acabou demitido da Petrobras. Agora, pode ser mais uma testemunha-chave dos processos da Lava Jato. Além dele, o doleiro Alberto Youssef também fez menção a Lula em seu depoimento de "colaboração premiada". A geóloga Venina Velosa Fonseca também falou de Lula, citado por Paulo Roberto Costa, nas entrevistas que deu ao Valor Econômico.
Só o "Paulinho", até agora, tem poupado Lula em suas revelações de delator premiado. Até quando?
Quem se enrola mais?

Comissão da Verdade no Petrolão
Raciocínio irônico do Almirante Mário Cesar Flores - ex-ministro da Marinha no governo Collor e ex-ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos no governo Itamar Franco, demonstrando como a tese incriminatória usada pela Comissão Nacional da Verdade para punir os militares também puniria Dilma e Lula por causa do Petrolão:
"Lula e Dilma respondem pela roubalheira da Petro­brás, como presidentes da Re­pública. Há ainda o agravante de Dilma ter ocupado a presidência do conselho de administração da Petrobrás, e ambos, Lula e Dilma, terem como próximos, quase de casa, elementos-chave nos desvios de dinheiro público, como Paulo Roberto Costa". 
"Meta­fo­ri­camente, na interpretação da dita Comissão Nacional da Verdade, a “tortura” a que foi submetida a Petrobrás pela “ditadura” petista instalada no país, tem Lula e Dilma como responsáveis iniludíveis. Responsáveis “político-administrativos”, como presidentes. Dilma mais responsável ainda, pois chefiou um dos “centros de tortura” onde foi vitimada a Pe­trobrás: o conselho de ad­mi­nis­tração da empresa. E Lula e Dil­ma conviveram, fraternalmente com os “torturadores” Paulo Ro­berto Costa, José Sergio Gabrielli e Renato Duque, entre outros".

NO O ANTAGONISTA
O testa-de-ferro do petismo
Economia 07.01.2015
"Joaquim Levy é de uma rigidez ideológica muito exagerada para o meu gosto", disse o petista Fernando Ferro, a propósito do novo ministro da Fazenda. Considerando que Levy participou da campanha de Aécio Neves, depois se aproximou da campanha de Marina Silva e, por fim, sucumbiu aos encantos de Dilma Rousseff, acusá-lo de "rigidez ideológica" é, no mínimo, um contrassenso. Quem pode ser mais ziguezagueante do que ele? 
Outro petista, Cândido Vaccarezza, atacou Levy. Ele declarou para O Globo: "Na época do Lula, a crise era resolvida com aumento do crédito e do investimento. Agora querem resolver com aumento de impostos e corte de investimentos". Para alguém como Vaccarezza, acusado de ter embolsado R$ 150 mil do esquema criminoso da Petrobras, o corte de investimentos tem um significado realmente muito particular.
O fato é que Levy só foi nomeado para o Ministério da Fazenda porque o governo temia - e ainda teme - um rebaixamento da nota do Brasil por parte das agências de rating. Ele é uma espécie de testa-de-ferro do petismo, que empresta seu nome para dar uma imagem decorosa aos desvarios econômicos de Dilma Rousseff. Quando a crise explodir, o PT já tem o nome do culpado: o ziguezagueante Joaquim Levy.

O comitê, o comissário e a empulhação
Economia 06.01.2015
Dilma Rousseff humilhou Nelson Barbosa no seu primeiro dia como ministro do Planejamento. Joaquim Levy fez um discurso pífio na sua posse como ministro da Fazenda. Para tentar consertar o estrago perante o mercado, o governo inventou um corte de gastos simbólico e instituirá um comitê de avaliação do gasto público para balizar cortes orçamentários futuros. Quem inventa comitê inventa comissário. E o comissário será Dilma Rousseff, evidentemente, representada por Aloizio Mercadante. Boa forma de resgatar a credibilidade. Os investidores não precisam formar comitês para debandar de um país com um governo corrupto e perdulário. Joaquim Levy e Nelson Barbosa concordaram com a criação do comitê. Serão coadjuvantes na empulhação.

Luma lá no Ceará
Sociedade 06.01.2015
Um grupo de alunos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, no Ceará, está fazendo campanha, intitulada "Luma Lá", para que a professora Luma Andrade seja nomeada pelo ministro da Educação, Cid Gomes, reitora da instituição. Luma Andrade é travesti. Luma Andrade é o primeiro travesti a fazer doutorado no Brasil. Luma Andrade defendeu uma tese em educação na Universidade Federal do Ceará sobre a situação dos travestis nas escolas. O Antagonista acredita, portanto, que Luma Andrade excede em atributos para ser reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira.
O Antagonista só não entendeu o seguinte parágrafo da notícia do UOL: "Nilma Gomes foi a primeira negra a se tornar reitora de uma universidade brasileira. Caso seja escolhida, Luma será o primeiro travesti reitor do país."

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA