DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
28 DE JANEIRO DE 2015
Ação civil coletiva (class action suit) é movida na Justiça de Nova Iorque contra a Petrobras por acionistas nos Estados Unidos, e pode fazer a estatal e seus executivos pagarem indenização. De acordo com a ação judicial movida pelo escritório de advocacia americano Wolf Popper, à qual esta coluna teve acesso, o esquema de roubalheira do Petrolão foi abastecido por tipos como a presidente Graça Foster e o ex Sérgio Gabrielli, para beneficiar fornecedores como a empreiteira Odebrecht.
Além de indenização por dano material, a ação coletiva pede reparação por “dano moral”: agora pega mal ser portador de ações da Petrobras.
A ação acusa a Petrobras de emitir relatórios falsos e seus executivos de “maquiar” fatos e resultados financeiros para esconder a corrupção.
Entre os pedidos da ação está investigação da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em todos os relatórios emitidos pela Petrobras.
A ação coletiva pode ter milhares de autores, já que a Petrobras vendeu 768 milhões de ações na Bolsa americana entre 2010 e 2014.
Detestado por Dilma, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), pediu a interlocutores, como o vice Michel Temer, para negociar “cessar-fogo” com o governo, que entrou pesado na campanha de Arlindo Chinaglia (PT-SP) pela presidência da Câmara. Eles juram que Cunha “garantirá governabilidade”. Mas Dilma teme que, eleito no domingo (1o), ele coloque em votação abertura de processo de impeachment contra ela.
Sentado ao lado de Jaques Wagner (Defesa) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), na reunião ministerial de ontem, Joaquim Levy (Fazenda) exibia sua melhor expressão “O que estou fazendo aqui?!”
O artigo da senadora Marta Suplicy (PT-SP), descendo o sarrafo em Dilma e no PT, deu o que falar. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) esbravejou no Twitter e classificou o texto como ‘inaceitável’.
O texto final do Orçamento de 2015 ainda não foi votado, e há dúvidas se será cumprido o prazo do Plano Plurianual para os próximos 4 anos, que todo presidente faz até 31 de agosto do primeiro ano de governo.
Alunos do programa “Brasília Sem Fronteiras” tomaram calote do governo do DF: curso de quatro semanas em Auckland, Nova Zelândia, não foi pago. São R$ 100 mil sem qualquer previsão para ser pago.
Em pleno “intensivão” para se familiarizar com o MEC, o ministro Cid Gomes ainda precisa explicar por que seu finado governo e o irmão, Ciro, secretário de Saúde, tornaram o Ceará uma ameaça à conquista histórica da erradicação do sarampo nas Américas.
…Dilma discursar e não falar de racionamento de água e luz é o tipo de argumentação debalde.

NO DIÁRIO DO PODER
DP
EDITORIAL
PETROBRAS, COITADA, É TRATADA COMO UMA LOJINHA DE 1,99
Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 7:46
Tristeza! A Petrobras, outrora motivo de orgulho nacional, converteu-se numa razão de vergonha. Conduzida por administradores escolhidos a dedo pelo Partido dos Trabalhadores, de empresa reputada por sua competência, foi transformada numa lojinha de 1,99 mal administrada.
A questão da divulgação do balanço do terceiro trimestre da empresa transformou-se numa novela de quinta categoria. Com a revelação do gigantesco esquema de corrupção que a sugava por todos os lados, a Petrobras perdeu a confiança do mercado e até mesmo de seus auditores.
Cadê a beleza da empresa que gastou centenas de milhões em propaganda em 2013 e 2014 para tentar tapear os idiotas crédulos sobre suas realizações e conquistas?
A Petrobras decidiu ontem que vai publicar esse balanço de qualquer jeito, sem a assinatura do auditor e sem dar qualquer baixa contábil em decorrência dos desvios por corrupção. É um tapa que se dá nas caras da sociedade, do mercado e da própria empresa, que até agora se apresentava como vítima de um bando de urubus esfaimados.
Mais tarde caberá à PricewaterhouseCoopers vir a público para explicar porque depois de tantos anos auditando as contas da empresa, não havia nunca havia feito ressalvas aos balanços apresentados pela companhia. Mesmas explicações são esperadas do TCU, do CGU, de todos os órgãos fiscalizadores que há anos vinham recebendo indicações de desmandos, sem nada fazer.
O atraso na publicação do balanço, anunciado em 13 de novembro do ano passado, tem uma única razão: ninguém quer assinar papel algum enquanto não for feita uma devassa na caixa-preta das finanças e nas operações da empresa. São mesmo 10 bilhões as perdas que devem ser contabilizadas como prejuízo em decorrência da ação dos prepostos do PT? Ou são 20 bilhões? Ou 30?
O que se sabe, sim, é que o atraso na publicação do balanço ajudou a derrubar em 45 bilhões de reais o valor de mercado da empresa, uma queda de 25% em dois meses e meio. Sabe-se, também, que se não apresentar um balanço devidamente auditado até junho, ocorrerá o vencimento antecipado de quase 57 bilhões de dólares (cerca de 147,5 bilhões de reais de dívida).
Só que as empresas contratadas pela Petrobras, por sugestão da Price, para tentar avaliar a dimensão do rombo promovido pelo esquema instalado pelo PT na Petrobras, não conseguem avançar muito no lamaçal em que se viram metidas. A explicação de gente empenhada nesse levantamento é chocante: simplesmente não há qualquer número que seja confiável. Não é possível saber o que é perda decorrente de corrupção ou aquela causada por simples incompetência, ou ainda aquela decorrente da fixação indevida de preços baixos, imposta pelo governo.
Porque essas empresas não concluíram seus trabalhos? Tiveram acesso a todos os documentos? Estão recebendo as informações solicitadas a funcionários e diretores? Explicações que bem poderiam ser dadas pela presidente Maria das Graças Foster.
E o sindicato dos petroleiros, hein? Nem uma palavra, nem um muxoxo. Estão de que lado?

PROPAGANDA IRREGULAR
TJ CONDENA MARTA SUPLICY A PAGAR MULTA DE R$ 5 MILHÕES
EX-PREFEITA (PT) TERIA USADO VERBA PÚBLICA PARA PROPAGANDA IRREGULAR DO
CENTRO EDUCACIONAL UNIFICADO (CEU)
Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 19:05 - Atualizado às 19:06
MARTA / VOLTA
O Ministério Público vai recorrer da sentença do TJ. A defesa de Marta e de Américo também vai recorrer (Foto: André Dusek/Estadão)
O Tribunal de Justiça condenou nesta terça feira, 27, a senadora e ex-prefeita do PT Marta Suplicy (2001/2004) ao pagamento de multa no valor de R$ 5 milhões por uso de verba pública em propaganda irregular do CEU (Centro Educacional Unificado) – programa social marca de sua gestão. A decisão foi tomada por dois votos a um.
Também foi condenado o deputado eleito José Américo (PT), ex-secretário de Comunicação de Marta na Prefeitura. O Ministério Público Estadual, autor da ação de improbidade contra Marta e Américo, distribuída em 2004 à 13.ª Vara da Fazenda Pública da Capital, queria a condenação da ex-prefeita e do ex-secretário e também a suspensão dos direitos políticos e perda da função pública. Segundo o Ministério Público Estadual, a multa imposta a Marta chega a R$ 5 milhões.
O desembargador Antonio Carlos Malheiros, relator da ação no TJ, votou pela absolvição de Marta e de Américo. Outros dois desembargadores, no entanto, votaram pela condenação ao pagamento da multa. Eles acolheram parcialmente a ação da Promotoria.
O Ministério Público vai recorrer da sentença do TJ. A defesa de Marta e de Américo também vai recorrer.
“Acreditamos que a decisão do Tribunal de Justiça, em sua maior parte, é correta”, declarou o advogado Pedro Serrano, que cuida da defesa de Marta e do ex-secretário de Comunicação da petista. “Mas a decisão de condenar (Marta e Américo) ao pagamento da multa, apesar de ter o nosso respeito, é equivocada. Por isso, vamos recorrer ao Superior Tribunal de Justiça.”

NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
27/01/2015 às 17:03 \ Direto ao Ponto
O ex-presidente Lula menospreza o estudo, odeia leitura e não sabe escrever. Acha que acumulação de conhecimentos é coisa de granfino desocupado e nunca foi além da orelha de um livro. Quatro manuscritos rabiscados em 60 anos informam que, submetido a uma prova de redação do Enem, entraria para a história universal da ignorância como detentor da primeira nota abaixo de zero. Em nações civilizadas, estaria matriculado num curso de alfabetização de adultos. Como isto aqui é o Brasil, o Exterminador do Plural virou Pai da Pátria Educadora.
Enquanto coleciona títulos de doutor honoris causa, o torturador de vogais e consoantes já assinou dois prefácios, dezenas de artigos para jornais e o Acordo da Reforma Ortográfica. Mas vive escorregando em escolhas que desnudam o farsante. Os olhos orientados por uma cabeça baldia, por exemplo, viram em Dilma Rousseff uma sucessora à altura do maior dos governantes desde Tomé de Souza. Por enxergar uma superexecutiva em quem nunca passou de nulidade sem cura, instalou no gabinete presidencial um poste de terninho.
A sumidade em questões energéticas confunde fusível com fuzil. Não lembra o título nem o nome do autor do livro que jura estar lendo (e adorando). Exprime-se num dialeto indecifrável para quem só compreende Português. Como o repertório vocabular não chega a mil palavras, platitudes de jardim de infância e frases sem pé nem cabeça reprisam a cada duas linhas expressões já grisalhas. “No que se refere” é a que puxa a fila. Para Dilma, qualquer irrelevância é “muito importante”. E toda opinião divergente consegue deixá-la “estarrecida”.
Esses defeitos de fabricação são amplamente compensados pelo título honorífico de matar Cristina Kirchner de inveja: Mãe da Pátria Educadora. Essa condecoração intangível lhe permite caprichar na pose de melhor da classe para falar sobre rigorosamente tudo sem nada dizer de aproveitável. Seu problema é o mesmo que acossa o padrinho: também a afilhada trai nas escolhas o formidável despreparo. Os olhos obedientes ao neurônio solitário, por exemplo, enxergaram em Cid Gomes o gênio da raça nascido para dar um jeito no sistema de Ensino Público em avançado estágio de decomposição.
O novo Ministro da Educação tem tanta intimidade com o assunto quanto Lula com o Grego Antigo e Dilma com a Física Quântica. Até agora, sua mais profunda dissertação sobre Ensino Público é a que aparece no vídeo abaixo, gravado em 2011. Em menos de 40 segundos, o então Governador do Ceará amparou-se numa tese tão inventiva quanto imbecil para justificar a rejeição do reajuste salarial reivindicado por professores da rede estadual. Confira:
“Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado. É uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor, policial devem entrar… ter como motivação para estar na vida pública amor, espírito público. Quem tá atrás de riqueza… de… de…de dinheiro deve procurar outro setor, não a vida pública”. 
Nascido numa família de políticos, desde a primeira fralda Cid é sustentado por quem paga imposto. Jamais devolveu um tostão da fortuna que juntou servindo à Nação como deputado, prefeito e governador. No comando da capitania do Ceará, transformou os cearenses em financiadores do passeio de jatinho na Europa em companhia de parentes ─ sogra incluída ─, assessores e amigos. Logo estará sobrevoando os céus do Brasil como passageiro da FABTur. Mas faz de conta que aceitou a vaga no primeiro escalão por amor e espírito público. Haja cinismo.
A Pátria Educadora abriga mais de 13 milhões de analfabetos ─ um oceano de gente que impõe ao Brasil um desolador 8° lugar no ranking da ONU que mede a taxa de analfabetismo em 150 países. Outros 30 milhões não sabem escrever muito mais que o próprio nome. Metade dos alunos das universidades federais é desprovida de raciocínio lógico. Os alunos do 1° grau aprendem que falar errado está certo. Na prova de Redação do Enem, 500 mil estudantes foram estigmatizados com a nota zero. Fora o resto.
Promovido a gerente de um sistema educacional em frangalhos, o ministro engoliu sem engasgos o corte de verbas decretado pela chefe quando ainda tentava decorar o ramal da secretária. Logo terá provado que, no criadouro de poderosos idiotas, o que está péssimo sempre pode piorar. Tudo somado, fica evidente que “Pátria Educadora”, a mais recente tapeação da grife João Santana, não é slogan, nem lema, muito menos bandeira desfraldada pelo novo governo.
É só mais um escárnio gerado pelo cruzamento de uma cabeça baldia com um neurônio solitário.
http://youtu.be/j7WyF0G3dTc

NO BLOG DO CORONEL
QUARTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2015
O Jornal da Globo fez uma matéria duríssima sobre a Petrobras, ontem à noite. Clique aqui para assistir. Empresa perdeu, em pouco mais de três meses, mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado.
A Petrobras divulgou na madrugada desta quarta-feira (28) seu balanço financeiro do terceiro trimestre do ano passado sem incluir as perdas contábeis referentes a desvios por corrupção no âmbito da Operação Lava-Jato. Em fato relevante enviado à CVM, a Petrobras disse que não conseguiu determinar um critério para calcular o pagamento de propina, como estabelecer um percentual médio para somar as propinas pagas nos projetos que foram alvo de corrupção. E que, por isso, disse a estatal, vai buscar outros critérios que atendem às exigências da CVM e da SEC para calcular as baixas contábeis.
Sem as perdas contábeis, a estatal registrou lucro de R$ 3,087 bilhões no terceiro trimestre do ano passado, uma queda de 38% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2013, o recuo foi de 9%. Entre janeiro e setembro, o ganho acumulado foi de R$ 13,4 bilhões, valor 22% menor que o registrado no ano anterior. A empresa atribuiu o resultado pior no trimestre ao aumento dos custos operacionais, principalmente por causa da construção das refinarias Premium I e Premium II.
"Concluímos ser impraticável a exata quantificação destes valores indevidamente reconhecidos, dado que os pagamentos foram efetuados por fornecedores externos e não podem ser rastreados nos registros contábeis da companhia", diz texto assinado pela presidente da Petrobras, Graça Foster.
"A divulgação das demonstrações contábeis não revisadas pelos auditores independentes do terceiro trimestre de 2014 tem o objetivo de atender obrigações da companhia em contratos de dívida e facultar o acesso às informações aos seus públicos de interesse, cumprindo com o dever de informar ao mercado e agindo com transparência com relação aos eventos recentes que vieram a público no âmbito da Operação Lava-Jato", diz o comunicado divulgado pela estatal.
"A companhia entende que será necessário realizar ajustes nas demonstrações contábeis para a correção dos valores dos ativos imobilizados que foram impactados por valores relacionados aos atos ilícitos perpetrados por empresas fornecedoras, agentes políticos, funcionários da Petrobras e outras pessoas no âmbito da Operação Lava-Jato", acrescenta a nota.
"Com objetivo de divulgar as demonstrações contábeis do terceiro trimestre de 2014 revisadas pelos auditores independentes, a companhia está avaliando outras metodologias que atendam às exigências dos órgãos reguladores (CVM e SEC)", afirma o texto.
A decisão de publicar o balanço sem as perdas contábeis, foi tomada na terça-feira (27) após reunião do Conselho de Administração, que foi presidida pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, e durou mais de sete horas. A estatal já havia adiado a publicação de seu balanço por duas vezes.
O valor de baixas contábeis é referente ao que foi pago em propinas a ex-funcionários da Petrobras, entre eles Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento. A Petrobras usou como base os depoimentos feitos durante a delação premiada à Justiça Federal de ex-funcionários da estatal e executivos do setor envolvidos no esquema de corrupção no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF).
No fim de dezembro, a Petrobras também proibiu a contratação de 23 empresas envolvidas em supostos esquemas de cartel para a obtenção de contratos na estatal. Na lista estão companhias como Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Odebrecht, UTC, Mendes Júnior, entre outras. A Petrobras também é alvo de diversos processos judiciais nos Estados Unidos e alvo de investigação da CVM, Securities Exchange Comission (SEC, a CVM dos EUA) e o Departamento de Justiça dos EUA.
Entre as várias medidas que estão sendo aplicadas pela companhia no sentido de combater à corrupção, está a criação da diretoria de Governança da estatal, cujo diretor é João Elek, que tomou posse semana passada.
ENTENDA O CASO
A publicação dos resultados do terceiro trimestre do ano passado foi adiada duas vezes. Inicialmente, a previsão era que o resultado fosse publicado no dia 14 de novembro. Naquela data, a estatal citou a Operação Lava-Jato para justificar o adiamento. Uma das dificuldades era justamente a recusa dos auditores (PricewaterhouseCopers, a PwC) em aprovar os resultados financeiros. 
A Petrobras, na época, adiou o anúncio para o dia 12 de dezembro, que foi novamente postergado para fins de janeiro sob o argumento de que seria difícil calcular os valores pagos em corrupção para dar a baixa contábil em seus ativos. Na lista, estão projetos como a refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e o Comperj, no Rio.
No dia 12 de dezembro, a Petrobras divulgou apenas algumas informações sobre o seu resultado do terceiro trimestre que não seriam afetadas pelas baixas contábeis. Entre janeiro e setembro do ano passado, o endividamento líquido da empresa somou R$ 261,445 bilhões, uma alta de 35% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita de vendas, por sua vez, subiu 13%, para R$ 252,221 bilhões nos primeiros nove meses do ano passado. A produção no período subiu 3%, para uma média de 2,627 milhões de barris por dia.
No dia 29 de dezembro, a empresa havia informado que a divulgação dos resultados até o fim de janeiro visava atender a suas obrigações com os credores donos de títulos emitidos pela estatal no exterior. Assim, com a divulgação dos resultados até o fim deste mês sem o aval da PwC, a Petrobras consegue evitar o vencimento antecipado de sua dívida pelos credores, o que, segundo alguns analistas, a colocaria em “calote técnico”.
No primeiro semestre do ano passado, a Petrobras acumulou um lucro líquido de R$ 10,4 bilhões, inferior aos R$ 13,8 bilhões em igual período de 2013. Em 2014, a estatal se limitou a informar que estava implementando uma série de ações para preservar o caixa da companhia, que no fim de setembro era de R$ 62,4 bilhões. Além disso, a Petrobras informou à época que, com o preço do petróleo em torno de US$ 70 por barril e taxa de câmbio em torno de R$ 2,60, não teria necessidade de captar recursos junto ao mercado em 2015. Ontem, a cotação do barril do tipo Brent fechou a US$ 48,16.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:38:00

Cerveró mandou recado para Dilma.
(O Globo) Não foi por um simples engano que a defesa do ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró arrolou a presidente Dilma Rousseff como testemunha de defesa do executivo em um dos processos da Operação Lava-Jato na Justiça Federal do Paraná. A manobra foi intencional, mais um recado dele ao Planalto de que não vai aceitar sozinho a culpa pela compra da Refinaria de Pasadena (EUA), em 2006. O negócio deu prejuízo de US$ 792 milhões, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU).
O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, protocolou nesta segunda-feira (26) a defesa no processo em que o ex-diretor é acusado de receber propina por contratos de navios-sonda. Dilma estava entre as testemunhas porque foi presidente do Conselho de Administração da Petrobras até 2010, quando concorreu à Presidência pela primeira vez.
Menos de três horas depois, o advogado retirou o nome dela da lista, alegando um erro identificado pelo próprio Cerveró. O Conselho não tinha ingerência sobre esse tipo de contrato. Segundo uma fonte próxima a Cerveró, o erro foi proposital para mostrar a disposição dele de apontar a responsabilidade de Dilma na compra de Pasadena, esse sim um tipo de negócio que só poderia ser feito com aval do Conselho. 
Cerveró nunca engoliu o fato de Dilma, em março de 2014, tê-lo acusado de induzir o Conselho a erro com um resumo executivo “técnica e juridicamente falho”. Em maio, ao depor numa comissão da Petrobras, ele entregou um documento elaborado por seu advogado mencionando o Estatuto Social da estatal para demonstrar que a decisão não poderia se basear só no resumo técnico. Em seguida, enviou texto similar à Comissão de Ética Pública e à CPI da Petrobras.
Desde o início do escândalo, Cerveró tem dito a amigos que não será o “bode expiatório”, dando a entender que Pasadena servia a interesses de outros executivos, como seu sucessor no cargo, Jorge Zelada, e Renato Duque, ex-diretor de Serviços. Ao GLOBO, Ribeiro reafirmou que o erro não foi intencional, mas confirmou a linha de defesa de responsabilizar o Conselho.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:21:00

Brasil adota o escambo para negociar com Venezuela e cobrar dívida de R$ 5 bilhões.
Sem dinheiro para pagar fornecedores, falta comida na Venezuela.
(Valor) O Brasil estuda propor à Venezuela um mecanismo que use petróleo ou derivados como garantia de pagamento às exportações brasileiras ao país vizinho. A ideia parte da avaliação em Brasília de que a Venezuela, parceiro comercial que no ano passado assegurou o maior superávit na balança brasileira com outros países, está ficando sem divisas, cenário que deve se agravar no curto prazo com a queda nos preços do petróleo. Em 2014, o Brasil teve superávit de U$ 3,45 bilhões com a Venezuela e amargou um déficit de US$ 3,95 bilhões no total da balança.
Segundo fontes do governo brasileiro, a intenção é "desmonetizar" ao máximo o comércio entre os dois países, dada a falta cada vez maior de dólares na Venezuela. Também se cogita garantir as exportações com o ouro depositado no Banco Central da Venezuela, que atualmente compõe aproximadamente 60% das reservas internacionais do país, de cerca de US$ 21 bilhões.
"O objetivo é criar mecanismos que deem alternativas ao pagamento em moeda física", disse ao Valor uma fonte do governo brasileiro. "Tudo o que eles importam de nós é pago em dólares. Não precisa e não pode ser assim". 
A falta de divisas na Venezuela já se reflete em grandes atrasos no pagamento a exportadores brasileiros e também a empresas brasileiras instaladas no país, que não conseguem obter dólares para repatriar à matriz. A Câmara de Comércio Venezuela-Brasil (Cavenbra) estima que esses atrasos já chegam a US$ 5 bilhões.
O Ministério do Desenvolvimento (Mdic) confirma que tem recebido relatos de exportadores brasileiros sobre os atrasos. Sofrem mais os setores tidos como não prioritários, como têxteis e autopeças, segundo a Cavenbra. Alimentos e medicamentos, que compõem o grosso das exportações brasileiras, estão com a situação quase normalizada - em grande parte por exigirem pagamento adiantado.
Outros mecanismos também estão sendo avaliados. Ao menos desde 2013, quando os atrasos começaram a se intensificar, o Mdic estuda criar um mecanismo semelhante ao Programa de Financiamento às Exportações (Proex), do Banco do Brasil. Pelo modelo a ser proposto, o estatal Banco de Venezuela seria o tomador e garantiria a operação. A instituição repassaria os dólares ao exportador brasileiro, quitando o empréstimo com o Banco do Brasil de maneira parcelada. A longo prazo, os dois países estudam ampliar a integração de suas cadeias produtivas.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:15:00

TERÇA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2015
Abaixo, nota oficial publicada há pouco pelo presidente do PSDB, Aécio Neves, comentando o discurso de Dilma Rousseff:
"Faltou em primeiro lugar humildade para a presidente para que ela pedisse desculpas aos brasileiros. A presidente deveria ter iniciado suas palavras se desculpando. Não apenas pela corrupção instalada na Petrobras durante o seu governo, como sugeri durante a campanha. A presidente deveria ter se desculpado pelos erros que cometeu e que trouxeram o país à grave situação em que ele se encontra e pelo fato de, movida apenas pelo interesse eleitoral e não pela preocupação com o bem-estar dos brasileiros, ter adiado medidas que, se tomadas há mais tempo, afetariam menos a vida de milhões de pessoas.
Quem escuta as palavras da presidente acha que o país chegou aonde chegou por obra do acaso. Não é verdade. Foi preciso muita incompetência, muita arrogância para desprezar os alertas feitos por tantos brasileiros para que chegássemos até aqui.
A presidente tenta se defender da acusação de ter sido protagonista do maior estelionato eleitoral da história do país. Tenta nos fazer crer que não prometeu o que prometeu e que não está fazendo o que está fazendo. E, de forma inacreditável, sabemos hoje que o estelionato eleitoral foi duplo – o governo já vinha estudando as mudanças no seguro desemprego, abono salarial e pensões antes das eleições, mas não apenas negava a necessidade de mudanças como prometia que não iria fazê-las. Foi um estelionato eleitoral premeditado.
A presidente chega a afirmar que não descuidou da inflação. A inflação média no governo Dilma foi de 6,2% ao ano, acumulando uma inflação de 27% e que, este ano, corre o risco de passar de 7% e estourar o teto da meta. A presidente não apenas descuidou da inflação como segurou preços da gasolina e da energia que serão reajustados agora. Em 2015 teremos um tarifaço graças à política artificial da presidente Dilma de controlar a inflação que foi um desastre duplo: não reduziu a inflação e deixou um prejuízo monumental para a Petrobras e Eletrobras.
Ela promete reforma do PIS/Cofins, mas acabou de aumentar esse tributo sobre importações e combustíveis. A única reforma que foi feita até agora foi o aumento da carga tributária na semana passada em mais de R$ 20 bilhões em um contexto de PIB estagnado.
Ao invés de combater a inflação, a paralisia da economia, a falta de confiança, a presidente pede que ministros combatam boatos. Na verdade, a grande fábrica de boatos tem sido o PT, a candidata Dilma e seu marqueteiro na campanha de 2014. O que está acontecendo agora não é boato. É realidade. A presidente já editou de forma autoritária Medidas Provisórias que retiram direitos dos trabalhadores e aumentam impostos.
Não bastasse todo o jogo de cena, a presidente se apropria do trabalho de outros. Quem combateu a corrupção não foi o governo, mas sim a Polícia Federal, Ministério Público e a Justiça Federal. O que o governo fez foi possibilitar a ocorrência da corrupção com o aparelhamento político das estatais para viabilizar um projeto de poder.
Para quem não compreendia as imensas contradições e as improvisações dos últimos trinta dias, ficou claro: Depois do fracasso do seu primeiro governo, a presidente Dilma não se preparou para um segundo mandato. E quem vai pagar a conta, mais uma vez, serão os brasileiros."
Senador Aécio Neves
Presidente Nacional do PSDB
POSTADO POR O EDITOR ÀS 20:38:00

Em discurso, Dilma tenta pautar Justiça no combate à corrupção do PT na Petrobras.
Abaixo, o trecho mais assustador do discurso de Dilma Rousseff, proferido hoje (27), em reunião ministerial:
"O saudável empenho da Justiça que já disse, inclusive, no meu pronunciamento quando eu fui diplomada, deve também nos permitir reconhecer que a Petrobras é a mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país. Temos que saber apurar, temos que saber punir. Isso tudo sem enfraquecer a Petrobras, nem diminuir a sua importância para o presente e para o futuro do país".
Não cabe à Justiça olhar o porte da Petrobras, mas sim a letra fria da lei. O que Dilma parece sugerir é que o Judiciário acomode fatos vergonhosos e criminosos, tendo em vista uma suposta importância estratégica da estatal para o país. É mais ou menos assim: investiguem, mas não muito; punam, mas não todos; condenem, mas não paralisem as atividades da empresa. Ora, o que a Justiça deve fazer é passar a limpo a Petrobras, custe o que custar. Nada é pior do que a corrupção institucionalizada pelo PT e seus aliados na máquina pública. O Brasil quer pagar o preço que for preciso para limpar a Petrobras. Para lavar a Petrobras. De forma ampla, geral e irrestrita. A jato! 
POSTADO POR O EDITOR ÀS 18:58:00


NO BLOG DO NOBLAT
Como acreditar em quem nos diz uma coisa hoje e faz o contrário amanhã?
De duas, uma: ou Dilma foi incompetente por não enxergar a corrupção que ameaçava afogar a Petrobras ou foi cúmplice dos que afundaram a empresa
28/01/2015 03:30
Dilma Rousseff (Imagem: Antônio Lucena)
Ricardo Noblat
Não vou perder tempo analisando o discurso feito ontem (27) pela presidente Dilma Rousseff diante dos seus 39 ministros reunidos na Granja do Torto.
Afinal, foi um discurso do “sem”. Sem brilho. Sem novidades. Sem propostas de impacto. Sem coerência. Sem convicção. Sem nada. Burocrático.
Não foi um discurso de líder. Que enxerga longe e sugere caminhos. Foi um discurso de quem se defende. De quem se justifica. De quem suplica por compreensão e acolhimento.
Como acreditar em quem nos disse uma coisa quando era candidata à reeleição, está fazendo o contrário do que disse, e, no entanto, quer que acreditemos que não mentiu?
Este é um dos pecados dos poderosos: subestimam a inteligência alheia. De tão arrogantes, acham que conseguirão enganar os outros por muito tempo. Ou por todo o tempo. Até que se esborracham.
Como posso dar crédito a quem promete combater a corrupção, mas foi incapaz de percebê-la quando ela esteve ao alcance do seu nariz? Confira no vídeo abaixo de maio de 2009.
https://www.youtube.com/watch?v=d-0qyfg7Lec
Na época, depois de ter sido ministra das Minas Energia, Dilma ocupava a chefia da Casa Civil da presidência da República. Era também presidente do Conselho de Administração da Petrobras.
Ainda não evitava jornalistas. Provocada por alguns deles, disse o que pensava da instalação de uma CPI para investigar a roubalheira na Petrobras. Sim, a roubalheira já era grande.
De duas, uma: ou Dilma foi incompetente por não enxergar a corrupção que ameaçava afogar a Petrobras ou foi cúmplice dos que afundaram a empresa. Prefiro acreditar que foi incompetente.
E essa senhora nos foi apresentada por Lula como melhor gestora do que ele... Que dupla!

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
8/01/2015 às 6:29
Consta que as relações entre a presidente Dilma Rousseff e o marqueteiro João Santana já viveram dias melhores. Não sei qual a razão da rusga. Mas cabe à presidente não ser ingrata. Santana deu a melhor embalagem que podia a uma formidável coleção de imposturas. A combinação desse profissional sem dúvida competente com o partido poderia ser esta: “Eu contarei as mentiras de vocês de um modo que parecerão verdades inquestionáveis”. E deu certo para eles. E deu errado para o país. Dilma obteve o segundo mandato.
A Desaparecida do Cerrado voltou a dar as caras nesta terça (27) na maior reunião ministerial do mundo, realizada na Granja do Torto. Proibiu a presença de assessores dos ministros. Faz sentido. Ou teria de fazer o encontro no estádio Mané Garrincha. Parafraseio o “Poema de Sete Faces”, de Drummond, para a presidente de duas caras:
“Pra que tanto ministro, meu Deus?, pergunta o meu coração.
O homem atrás do bigode
é o Mercadante”
Abro este texto falando de João Santana. E volto a ele. Dilma deu uma recomendação clara a seus ministros no discurso (íntegra aqui) que abriu a reunião, prestem atenção:
“Nós devemos enfrentar o desconhecimento, a desinformação sempre e permanentemente. Vou repetir: sempre e permanentemente. Nós não podemos permitir que a falsa versão se crie e se alastre. Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação, levem a posição do governo à opinião pública, a posição do ministério. Sejam claros, sejam precisos, se façam entender. Nós não podemos deixar dúvidas.”
Para uma turma viciada em marquetagem, tudo se resolve mesmo numa batalha de comunicação. Entendo. Houve certa feita um senhor que cravou uma frase realmente notável: “Um bom governo sem propaganda dificilmente se sai melhor do que uma boa propaganda sem um bom governo. Um tem que complementar o outro”. Seu nome era Goebbels. O discurso a que me refiro está aqui.
A presidente que não quer que a falsa versão se alastre afirmou o seguinte:
“As medidas que estamos tomando e que tomaremos, elas vão consolidar e ampliar um projeto vitorioso nas urnas por quatro eleições consecutivas e que estão, essas medidas, ajudando a transformar o Brasil. Como disse na cerimônia de posse, as mudanças que o país espera, que o país precisa para os próximos quatro anos, dependem muito da estabilidade e da credibilidade da economia. Nós precisamos garantir a solidez dos nossos indicadores econômicos.”
Que “projeto” venceu nas urnas? O da elevação de tarifas, o dos juros altos, o da mudança do seguro desemprego, o da recessão? Já escrevi, reitero e não vou desistir de lembrar: a petista acusava seus adversários de ter essas intenções. Afirmar que o que está em curso é congruente com o que prometeu em campanha chega a ser ofensivo. A menos que passemos a adotar a perspectiva do presente eterno, conformados em ter o PT como nosso guia. Assim, ficaria definido que o partido estará sempre no governo e que tudo o que fizer concorre para o bem porque, afinal, busca fortalecer o… próprio partido. Os petistas resolveram, para nosso espanto, piorar Goebbels: “Precisamos é de uma boa propaganda, não de um bom governo”.
A presidente que quer “enfrentar o desconhecimento e a desinformação” atribui as dificuldades do país a “dois choques”: o externo e o interno. O primeiro seria marcado pelo crescimento menor da China e pela estagnação de Europa e Japão, associados à queda de preço das commodities. Poderia me alongar, mas serei breve: ela teria de explicar por que a maioria dos países da América Latina, para ficar por aqui, cresce mais do que o Brasil. Nas terras nativas, ela vê um choque de alimentos derivado do regime de chuvas, que também traz impactos na água e na energia. E pronto.
A líder que pede que se faça a guerra de propaganda apresenta um diagnóstico que dez entre dez pessoas que já venceram o “desconhecimento e a desinformação” — que lhe deram o segundo mandato, note-se — sabem ser falso.
Leiam a íntegra do discurso. Há muitas outras tolices, mas destaco mais uma. Referindo-se ao escândalo do petrolão, afirmou:
“Temos que continuar apostando na melhoria da governança da Petrobras, aliás, de todas as empresas privadas e das empresas públicas em especial. Temos de apostar num modelo de partilha para o pré-sal, temos de dar continuidade à vitoriosa política de conteúdo local. Temos que continuar acreditando na mais brasileira das empresas, a Petrobras. (…) E queria dizer para vocês que punir, que ser capaz de combater a corrupção não significa, não pode significar a destruição de empresas privadas também. As empresas têm de ser preservadas, as pessoas que foram culpadas é que têm que ser punidas, não as empresas.”
Trata-se de uma mentira assentada sobre bobagens. A mentira: ninguém está perseguindo empresas, mas criminosos. A bobagem (também falaciosa): a política de conteúdo nacional não é vitoriosa. Ao contrário: ela está se revelando desastrosa. A própria Dilma está querendo enfiar R$ 10 bilhões de dinheiro público no setor naval.
Para encerrar: Dilma resolveu refazer as promessas de 2011: “Lançaremos um Programa de Desburocratização e Simplificação das Ações de Governo. Já iniciamos também a definição de uma nova carteira de investimentos em infraestrutura. Nós vamos ampliar tanto as concessões como as autorizações de infraestrutura ao setor privado. Vamos continuar com as concessões de rodovias, com as autorizações e concessões em portos e ampliar as concessões de aeroportos. Realizaremos concessões em outras áreas, como hidrovias e dragagem de portos”.
Ou por outra: se fizer o que diz que vai fazer, estará cumprindo em oito anos o que prometeu fazer em quatro. Os tempos que vêm por aí não serão nada fáceis.
(Texto publicado originalmente às 22h27 desta terça (27) por Reinaldo Azevedo)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quarta-feira, janeiro 28, 2015
Diosdado Cabello, o presidente da Assembléia Nacional Bolivariana, o número 2 na hierarquia do poder chavista agora envolvido num vasto esquema do narcotráfico em conluio com as FARC. (Foto de Veja) 
Um capitão de corveta que foi chefe de segurança do caudilho Hugo Chávez tornou-se peça-chave de uma investigação das autoridades americanas sobre ligações entre o chavismo e o narcotráfico. Sob proteção judicial, Leamsy Salazar chegou nesta segunda-feira (26) aos Estados Unidos como testemunha do caso, informou o jornal Miami Herald.
Segundo a publicação, Salazar afirma que a organização conhecida como Cartel de los Soles é dirigida pelo presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello. “Esse é o golpe mais duro já dado no chavismo. Este é o homem que revelou todos os segredos. Foi chefe de segurança de Cabello e chefe de segurança de Chávez”, disse uma fonte ligada à investigação. “Ele foi a pessoa de maior confiança de Chávez”, acrescentou a fonte, que acompanhou Salazar no voo até Washington.
O Miami Herald afirma que o capitão chegou aos EUA com agentes da Divisão de Operações Especiais da Agência Antidroga (DEA) que há meses estão em contato com Salazar. O ex-chefe de segurança também envolve Cuba nas acusações, dando proteção e ajudando nos envios regulares de droga do cartel por meio de rotas que partem da Venezuela em direção aos EUA, informou o jornal ABC, de Madri.
O diário espanhol afirma que o cartel, composto basicamente por militares (e cujo nome deriva de um emblema dos uniformes dos generais venezuelanos), tem o monopólio do tráfico de drogas na Venezuela. Os entorpecentes são produzidos pelas Farc e chegam ao destino final, nos EUA e na Europa, por meio de cartéis mexicanos.
Esta foto publicada há algum tempo pela revista colombiana Semana, mostra um dos principais chefes das FARC, o famigerado terrorista Iván Marquez, pilotando uma possante motocicleta Harley Davidson, provavelmente numa rua de Caracas, segundo a publicação. O terrorista está vestido com o uniforme das Farc. Essas motocicletas de fabricação norte-americana custam caro. Mas isso não é nada no mundo do tráfico de drogas que movimenta bilhões de dólares por dia. O discurso desses comunistas fustiga de forma permanente o capitalismo, sobretudo os Estados Unidos, que acusam de "império". Um contraste? Não, não! Todos os comunistas são assim mesmo. Só os idiotas e oportunistas acreditam nesses vagabundos assassinos. Em tempo: as FARC fazem parte do Foro de São Paulo, presidido por Lula.
Membro da Casa Militar, encarregada da segurança presidencial, Salazar foi assistente pessoal de Chávez durante quase dez anos. Depois da morte do coronel, o presidente da Assembleia – que também é primeiro-vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) – requisitou seus serviços. Como pessoa próxima, Salazar viu Cabello dando ordens diretas para a partida de lanchas carregadas com toneladas de cocaína, segundo fontes próximas à investigação.
Em uma situação específica citada pelo ABC, um caminhão carregado com cerca de dez milhões de dólares em dinheiro foi detido no terminal marítimo de Puerto Cabello, o mais importante da Venezuela. O veículo procedia dos Estados Unidos e os investigadores acreditam que poderia ser um pagamento por droga recebida. Dias depois, em seu programa semanal de televisão, Cabello acusou a oposição de ser destinatária do dinheiro, sem apresentar nenhuma prova.
Filho de Chávez
Segundo o jornal espanhol, também há indícios sobre o uso de aviões da estatal de petróleo PDVSA para transportar droga, em voos organizados pelo filho de Chávez e o filho de Germán Sánchez Otero, que foi embaixador de Cuba em Caracas até 2009. O transporte seria feito com a conivência do ex-embaixador e de outros funcionários cubanos.
A investigação envolvendo Diosdado Cabello está ligada à acusação formal feita no ano passado pelas promotorias federais de Nova York e Miami contra o general venezuelano Hugo Carvajal, que foi chefe da Direção de Inteligência Militar. Conhecido como ‘el Pollo’, Carvajal foi detido em julho na ilha holandesa de Aruba, vizinha da Venezuela, a pedido dos EUA, que reclamaram sua extradição. No entanto, ele acabou sendo liberado.
Carvajal vinha sendo considerado o grande operador do Cartel de los Soles, mas segundo Salazar ele obedecia as ordens de Cabello. Em seu perfil no Twitter, o presidente do Parlamento venezuelano reagiu às acusações dizendo que “cada ataque contra minha pessoa fortalece meu espírito e meu compromisso”.
O deputado Pedro Carreño, líder da bancada do PSUV, colocou a CIA na história, dizendo que a agência de inteligência americana “comprou a consciência do ex-guarda-costas de Cabello para ligá-lo ao narcotráfico”. “Estamos com você diante desta infâmia, camarada!” “Todos sabemos como trabalha a direita internacional. Ninguém duvida da honra do nosso presidente da Assembleia Nacional”, reafirmou o deputado em entrevista coletiva. Segundo o jornal venezuelano El Nacional, ele ainda ameaçou ao dizer que o “povo venezuelano” defenderá Cabello. Do site da revista Veja


NO O ANTAGONISTA
Fuja da Petrobras
Economia 28.01.2015
Os números da Petrobras são falsos, porque excluem as perdas reveladas pela Lava Jato. Perdas que continuam a aumentar. Ontem, por exemplo, mais dez empreiteiras foram denunciadas pelo Ministério Público. 
Embora os números da Petrobras sejam falsos, eles são ruins o bastante para que os acionistas exijam imediatamente a demissão de sua presidente: 
1) O lucro caiu 38% de um ano para o outro, de R$ 4,959 bilhões para R$ 3,087 bilhões.
2) A dívida em setembro bateu em R$ 331 bilhões.
3) O indicador dívida/Ebitda subiu de 3,92 no segundo trimestre para 4,63 no terceiro. Quase o dobro do que está previsto no Plano de Negócios da estatal.
Um conselho? Fuja.

Ministros do STF dobram as suas diárias de viagem
Brasil 27.01.2015
O Antagonista acaba de ser informado por uma boa alma de que os ministros do Supremo Tribunal Federal concederam a si próprios um aumento substancial na diária que recebem em viagens oficiais pelo país: o valor passou de 614 reais para 1.125 reais, fora as passagens. Praticamente o dobro.
Isso significa que, caso um ministro do STF decida fazer uma viagem de Brasília a São Paulo, com uma noite em hotel, isso custará ao contribuinte cerca de 3 000 reais -- uma diária e meia, mais "auxílios embarque/desembarque". Fora as passagens, repita-se.
O reajuste passa a valer já nesta semana e terá efeito cascata, evidentemente: os ministros dos outros tribunais superiores também darão aumentos de diárias a eles mesmos. O bacana é que ministro do TCU, por exemplo, costuma viajar toda semana.
Dá, pelo menos, para voltar a prender Renato Duque, o homem de José Dirceu na Petrobras?












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