DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
23 DE JANEIRO DE 2015
Ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, que cumpre pena de prisão domiciliar, José Dirceu, segredou a dirigentes do PT que pretende sair do Brasil tão logo sua situação legal o permitir. Ele planeja fixar residência na Europa, e gosta muito das opções França e Portugal. Mas também considera uma temporada em Havana, animado com o reatamento das relações diplomáticas entre Cuba e Estados Unidos.
Preso desde novembro de 2013, Zé Dirceu deseja voltar a viver como cidadão comum, livre, o que no Brasil, segundo ele, não seria possível.
Dirceu quer acompanhar de perto o crescimento da filha mais nova, 6 anos, seu xodó. A distância dela o martirizou, nos 11 meses de prisão.
O desejo de José Dirceu de ir para o exterior surpreendeu dirigentes do PT, com os quais tem articulado o comando de nova facção no PT.
Como aprecia os sabores locais, sobretudo os vinhos (Barca Velha é o seu favorito), é provável que Zé Dirceu escolha Portugal para morar.
Os governos tucanos de Minas, de Aécio Neves e Antonio Anastasia, esconderam a iminência de uma crise hídrica tão grave quanto a de São Paulo. Mas, ao contrário da Sabesp, que divulga o nível dos reservatórios, em Minas a informação foi omitida pela estatal Copasa. Aécio e Anastasia se jactam do “modelo de gestão” que implantaram e se revelou incapaz de realizar os investimentos que evitassem a crise.
Com a posse do novo governo de Fernando Pimentel (PT), os mineiros finalmente souberam da ameaça de colapso no fornecimento de água.
Para não haver desabastecimento de água na região metropolitana de BH, será necessário reduzir o consumo, imediatamente, em 30%.
Relatório técnico indicou que os governos tucanos sabiam do risco de faltar água em Minas, mas não tomaram as medidas necessárias.
O incontido elogio do senador eleito José Serra (SP) às medidas econômicas do ministro Joaquim Levy (Fazenda) abriu uma crise política no PSDB. Os tucanos ficaram uma arara com Serra.
Os empreiteiros enrolados no escândalo da Petrobras estão mesmo usando a lorota de terem sido “obrigados” a participar do desfalque bilionário. Para fraudar contratos e ficarem ainda mais ricos.
Acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, empreiteiro Gérson Almada, da Engevix, por seus advogados, pôs o dedo na ferida: o roubo na Petrobras nasceu para financiar o “projeto de poder do PT”. Chefiado por Lula, faltou dizer.
Segundo a gigante de notícias financeiras Bloomberg, o apagão de quase uma hora que atingiu diversas regiões do Brasil, segunda-feira (19), é sinal de que investidores devem retirar aplicações do Brasil.
A posse do cocaleiro Evo Morales na Bolívia, misto de crendices alimentadas pela ignorância e culto à folha de coca (matéria-prima da cocaína), foi de um ridículo atroz. Dilma poderia ter evitado esse mico.
Apesar do histórico de brigas contra as privatizações, o PT não deve se opor ao plano do ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) de privatizar os últimos 11 aeroportos sob a (péssima) administração da Infraero.
O venezuelano Nicolás Maduro viaja tanto quanto os ex-presidentes brasileiros FHC e Lula, e quase não parou no país: além da posse de Dilma, foi à Rússia, China, Irã, Argélia, Arábia Saudita e Bolívia.
…ao preferir a posse carnavalesca de Evo Morales a atrair investidores em Davos, Dilma mostrou que nessa área entregou todo o poder a Fernando Levy.

NO DIÁRIO DO PODER
CORRUPÇÃO NA PETROBRAS
DELATOR DIZ QUE PROPINA EM PASADENA FOI DE ATÉ US$ 30 MILHÕES
EX-DIRETOR DIZ À JUSTIÇA QUE PASADENA RENDEU ATÉ PROPINAS MILIONÁRIAS
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 20:19
Por: Redação
A compra da refinaria americana “forrou o bolso” dos integrantes da quadrilha
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato, afirmou à Polícia Federal que a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pode ter envolvido uma propina de US$ 20 milhões a US$ 30 milhões – valor supostamente pago pela Astra Oil, antiga dona, ao ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró e ao lobista Fernando Antonio Falcão Soares, Fernando Baiano, braços do PMDB no esquema.
“Havia boatos na empresa de que o grupo de Nestor Cerveró, incluindo o PMDB e Fernando Baiano, teria dividido algo entre vinte e trinta milhões de dólares, recebidos provavelmente da Astra”
Costa afirma ainda que a compra foi um mal negócio e envolveria um investimento muito alto. Ele confessou ter recebido US$ 1,5 milhão do operador do PMDB, Fernando Baiano, para “não atrapalhar o negócio”.
Costa afirmou ainda que o então diretor de Serviço da Petrobras Renato Duque – indicado pelo PT – seria o responsável pelas obras de adequação da refinaria. O delator afirmou que esse contratos seriam entregues a duas das empreiteiras alvos da Lava Jato, Odebrecht e UTC Engenharia.
“Quanto à Refinaria de Pasadena, não foi um bom negócio, pois a mesma era feita para processar petróleo leve, enquanto a Petrobras exportava petróleo pesado; que para Pasadena poder processar o petróleo do tipo que a Petrobras exportava, precisaria de uma adequação que poderia custar de um a dois bilhões de dólares”, afirmou Costa em depoimento à PF no dia 7 de setembro.
“Fernando Baiano procurou o declarante para pedir que não criasse problemas na reunião de Diretoria para aprovar a compra da refinaria de Pasadena, o processo de compra já estava bastante adiantado no âmbito da Petrobras”, afirmou Costa.
“Fernando Baiano ofereceu ao declarante o valor de US$ 1,5 milhão para não causar problemas na reunião de aprovação da compra da refinaria de Pasadena”, revelou.
O ex-diretor “aceitou o valor e Fernando operacionalizou a disponibilização deste valor no exterior”. Ele disse acreditar que o “valor tenha sido bancado pela própria Astra Petróleo”, dona da refinaria que vendeu 50% à estatal brasileira em 2006. Segundo o Tribunal de Contas da União, o negócio gerou um prejuízo de US$ 792 milhões.
Ele cita o envolvimento do ex-diretor da área de Internacional, Nestor Cerveró preso desde o dia 14, e de outro funcionário
“Soube quem trouxe este assunto da refinaria de Pasadena para a Petrobras, isto é, a Nestor Cerveró, foi um ex-empregado da área comercial da Petrobras, acredita que chamado Alberto Feilhaber.”
Costa afirmou à PF que “por volta de 2007 ou 2008" esteve com Fernando Baiano em Liechteinstein, no Vilartes Bank, e acredita que tenha sido neste banco que tenham sido depositados os US$ 1,5 milhão. (Mateus Coutinho, Ricardo Brandt e Fausto Macedo/AE)

PETROLOÃO
JUSTIÇA QUEBRA SIGILOS FISCAL E BANCÁRIO DE JOSÉ DIRCEU E DO IRMÃO
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 22:21 - Atualizado às 0:36
Por: Redação
Ex-ministro José Dirceu (Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr)
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados por determinação do juiz federal Sergio Moro, do Paraná. Também foram quebrados os sigilos da empresa de ambos, a JD Assessoria e Consultoria Ltda. O Ministério Público Federal, que solicitou a medida, encontrou indícios de que tenham recebido quase R$ 4 milhões de empreiteiras enroladas no esquema de corrupção na Petrobras, desvendado pela Operação Lava Jato.
Entre os anos de 2009 e 2013, a JD Assessoria e Consultoria recebeu R$3.761.000,00 da Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, cujos executivos estão presos desde dezembro, na sétima fase da Lava Jato. A suspeita é que esse dinheiro seja propina.
O MPF vai devassar o sigilo fiscal de José Dirceu, do irmão e da empresa de ambos no período de 1º de janeiro de 2005 a 18 de dezembro de 2014. Já o sigilo bancário foi quebrado entre 1º de janeiro de 2009 e 18 de dezembro de 2014.
A Galvão Engenharia e a OAS fizeram pagamentos mensais de R$ 25 e R$ 30 mil à empresa JD Assessoria, enquanto a UTC, cujo controlador Ricardo Pessoa (que está preso) é apontado como o coordenador do cartel que fraudou contratos, pagou ao ex-ministro R$ 1.337.000,00 em 2012 e mais R$ 939 mil em 2013, a título de “assessoria e consultoria”.

PETROLÃO
SERGIO MORO DECRETA NOVA PRISÃO PREVENTIVA CONTRA CERVERÓ
JUIZ DECRETA UMA NOVA PRISÃO PREVENTIVA PARA MANTER EX-DIRETOR NA CADEIA
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 20:04 - Atualizado às 0:32
O ex-diretor da Petrobras ganhou um segundo decreto de prisão (Foto: Vagner RosárioFutura Press)
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Lava Jato na Justiça do Paraná, decretou novo pedido de prisão preventiva contra o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. O ex-diretor foi preso ao desembarcar de Londres no último dia 14 de janeiro a pedido do o Ministério Público Federal (MPF). Na ocasião, a prisão teve como base uma possível tentativa de Cerveró de ocultar patrimônio após ser denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema investigado pela Lava Jato. A nova decretação de prisão preventiva substitui a anterior.
“Ainda não se conhece a extensão do patrimônio do acusado, já que há indícios de que mantém parte dele oculto ou dissimulado, o que é ilustrado pela utilização de off-shore para ocultar a titularidade do imóvel que habitava. Também significativo o fato de que, segundo a denúncia recebida, a vantagem indevida teria sido transferida ao acusado mediante pagamentos em contas no exterior, não tendo havido até o momento reconhecimento pelo acusado de que mantinha contas no exterior”, afirma Sergio Moro na decisão.
Em outro trecho, o juiz endossa o argumento do Ministério Público Federal que acusou Cerveró de ter omitido da Justiça passaporte espanhol. “A dupla nacionalidade, que, segundo o MPF, não teria sido objeto de informação pelo acusado às autoridades policiais, facilita eventual fuga do acusado ao exterior e a sua permanência no exterior, com possível inviabilização de eventual pedido de extradição”, considera Sérgio Moro.
“É certo que o acusado, quando da decretação da prisão, estava no exterior, dele retornando, o que poderia sugerir que não pretende furtar-se à Justiça. Entretanto, tal fato não é suficiente, pois o acusado desconhecia a vigência da ordem de prisão e o retorno naquele momento não impede futura fuga ao exterior, com risco evidenciado pela já referida dissipação e ocultação do patrimônio aliada à dupla nacionalidade e a ocultação desta condição”, acrescenta.
Em outro momento, o juiz também embasa a determinação de prisão preventiva na possibilidade de Cerveró recorrer à novas ações de lavagem de dinheiro. “Quanto ao risco à ordem pública, forçoso reconhecer que o acusado não ocupa desde 2008 cargo de Diretoria na Petrobras, tendo também deixado a subsidiária BR Distribuidora no curso do ano de 2014. Assim, não tem mais condições de praticar crimes no exercício de cargos nas empresas estatais. Entretanto, o mesmo não pode ser dito em relação à prática de operações de lavagem do produto do crime auferido pela atividade criminal. As operações imobiliárias acima referidas, inclusive a envolvendo a off-shore, caracterizam em tese crimes de lavagem de dinheiro que foram praticados ainda durante o exercício de cargo nas estatais por Nestor Cerveró, mas também posteriormente, inclusive recentemente em 2014″.

EM BUSCA DA VERDADE
KIRCHNER AGORA DIZ NÃO ACREDITAR QUE NISMAN TENHA SE MATADO
E AFIRMOU QUE O PROMOTOR FOI ENGANADO POR FALSOS AGENTES DA INTELIGÊNCIA
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 18:30 - Atualizado às 19:26
Kirchner assegurou que está “convencida” de que a morte de Nisman “não foi um suicídio” Foto: Facebook
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, fez declarações nesta quinta-feira (22) sobre a morte do promotor Alberto Nisman, em sua conta no Twitter e também em seu blog. Cristina também afirmou que Nisman foi enganado por falsos agentes da inteligência.
Em seu perfil no Twitter, Kirchner assegurou que está “convencida” de que a morte de Nisman “não foi um suicídio”. E acrescentou, “Por que alguém ia se suicidar sendo promotor e gozando ele e sua família de uma excelente qualidade de vida?”.
Já no blog, Cristina escreveu uma carta direcionada aos argentinos, onde comenta sobre a divulgação da denúncia produzida pelo promotor contra a presidente e alguns integrantes da cúpula do governo argentino. Ela também fez críticas a algumas reportagens que trataram do tema nesses últimos dias.
Cristina afirma que Alberto Nisman foi enganado por falsos agentes de inteligência que lhe passaram dados falsos, “Em suma, a acusação de Nisman não só entra em colapso, mas é um escândalo político e jurídico real. E essa é uma das chaves. O promotor não sabia que os agentes da inteligência, que Nisman denunciou como tal, não eram agentes. Muito menos que um deles tinha sido denunciado pelo próprio Stiusso, o cidadão Jorge Alejandro Khalil”.
Kirchner disse ainda que é “oportuno que se ordenem processos e investigações o mais rápido possível” sobre os policiais federais que faziam a proteção de Alberto Nisman.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
22/01/2015 às 20:36 \ Direto ao Ponto
Dilma Rousseff está em casa, informa a foto que a mostra no meio dos convidados muito especiais que baixaram em La Paz, nesta quinta-feira (22), para celebrar o início do terceiro mandato de Evo Morales. Depois de três semanas de sumiço, a presidente reapareceu ao lado do anfitrião na fila do gargarejo, com o sorriso de aeromoça que exonera a carranca em momentos festivos. Dilma ressurgiu vestida de Dilma: terninho verde-brilhoso discordando da calça preta que realça o andar de John Wayne.
O rosto risonho não rima com o braço erguido e o punho cerrado. No Brasil, isso é coisa de mensaleiro a caminho da Papuda. Nos grotões infestados de órfãos da União Soviética, ainda é a saudação dos revolucionários a caminho do paraíso socialista. O gesto beligerante é repetido por Morales, pelo equatoriano Rafael Correa e seu terno de atropelado e por um Nicolau Maduro fantasiado de comunista russo que vai dinamitar o trem do czar.
Poupada de mais um fiasco em Davos, longe da zona conflagrada por apagões, inflação em alta, PIB em baixa, tiroteios no saloon governista, fogo amigo do PT, revelações da Operação Lava Jato, delações premiadas e delatados em pânico, fora o resto, a supergerente de araque desencarnou para que Dilma pudesse incorporar a Doutora em Nada. Dispensada por poucas horas da missão de desgovernar o Brasil, sobrou-lhe tempo para resolver os problemas do mundo trocando ideias idênticas com o Lhama-de-Franja e o herdeiro de Hugo Chávez.
Antes que a quermesse terminasse, a trinca feriu de morte o imperialismo ianque, esmagou o capitalismo predatório, expulsou os europeus colonialistas, exterminou a elite golpista, prendeu a burguesia ─ e ficou de completar o serviço no próximo encontro. É compreensível que nenhum dos que aparecem na foto acima tenha dado as caras na imagem abaixo.
Aparecem na foto alguns dos governantes de 40 países que neste 11 de janeiro, em Paris, abriram de braços dados a marcha dos indignados com o ataque terrorista ao Charlie Hebdo. Como os demais tripulantes do barco do primitivismo, Dilma está fora do retrato. Enquanto 3,5 milhões de manifestantes protagonizavam a mais portentosa declaração de amor às liberdades democráticas, a presidente descansava no Palácio da Alvorada. O Brasil foi representado pelo embaixador na França.
“Não houve tempo para preparar a viagem”, desconversou o chanceler oficioso Marco Aurélio Garcia. O governo soube da manifestação na quinta-feira. Em poucas horas, o avião presidencial teria chegado ao destino. Pode-se deduzir, portanto, que a ausência que preencheu uma lacuna não foi determinada pela geografia ou pela duração do voo. Caso a medida utilizada tenha sido o estágio civilizatório, Dilma fez muito bem em ficar por aqui. A França é muito longe.
A declaração de guerra ao ao terror ─ o mais perigoso inimigo das modernas democracias do século 21 ─ é uma perda de tempo para a mulher que não perde por nada uma reunião dos cucarachas estacionados no século 19. O fundamentalismo islâmico é primo do socialismo bolivariano. Com Dilma no Planalto, a distância entre Brasília e Paris é de dois séculos.

NO BLOG DO CORONEL
SEXTA-FEIRA, 23 DE JANEIRO DE 2015
Embaixada do Brasil na Bolívia, que recebeu Dilma ontem, para a posse de Evo Morales.
(Folha) Uma circular enviada pelo Ministério das Relações Exteriores aos diplomatas nesta quarta-feira (21) adverte que o governo enviará, para este mês de janeiro, recursos que só irão cobrir os salários e obrigações trabalhistas dos contratados locais das embaixadas e apenas parte dos pagamentos pendentes de outros meses. 
Por causa do corte de gastos imposto pela presidente Dilma Rousseff no dia 8, não haverá recursos suficientes para manutenção dos postos (incluindo internet, energia, aquecimento, telefone) e também para aluguéis dos funcionários do Itamaraty no exterior, a menos que haja sobra de caixa nas representações, situação bastante rara ultimamente. 
Como a Folha revelou na edição impressa desta quinta-feira (22), diplomatas brasileiros em Tóquio (Japão), Lisboa (Portugal), na Guiana, nos EUA, no Canadá e no Benin (África) enviaram telegramas ao Itamaraty nos últimos dias alertando que estavam prestes a sofrer corte de energia nas embaixadas por atrasos no pagamento. 
Os funcionários também disseram estar sem dinheiro para comprar papel para impressoras e materiais, pagar a conta da calefação, internet e outros. Muitos não recebem recursos há quase dois meses e, em alguns casos, têm tirado dinheiro do próprio bolso para poder ter os serviços básicos em suas residências. Tudo isso ocorreu antes de entrar em vigor o corte anunciado pela circular desta quarta-feira (21). Os salários dos diplomatas não devem ser afetados porque saem de outra dotação orçamentária. 
RECURSOS EM QUEDA
A participação do orçamento do Itamaraty no total do Executivo, que já era pequena, caiu quase à metade em 2014 em relação a 2003 -- de 0,5% para 0,27%. A circular, enviada pela divisão de acompanhamento de postos no exterior e obtida pela Folha, refere-se ao decreto nº 8.389, publicado em 7 de janeiro. 
O documento determinou que, até a aprovação do Orçamento pelo Congresso, todos os órgãos da administração federal deverão operar com parcela mensal equivalente a 1/18 do Orçamento. "Essa parcela equivale a cerca de 50% dos recursos que devem ser autorizados aos postos em base mensal", diz a circular. Isso porque já se acumulavam recursos não pagos de meses anteriores. 
"O corrente exercício iniciou-se com a necessidade de envio de quantia vultosa relativa a compromissos assumidos em 2014 que não puderam ser honrados até 31 de dezembro de 2014", afirma a circular. "À luz do exposto, esclareço que os recursos autorizados para o corrente mês somente permitirão o pagamento dos salários e obrigações trabalhistas dos auxiliares locais e parte das obrigações de exercícios anteriores." 
O decreto de janeiro bloqueou gastos até a aprovação do Orçamento federal, esperada para fevereiro ou março. No entanto, depois de aprovado o Orçamento, deve haver outro decreto prevendo corte de gastos ainda maior, para tentar cumprir a meta de superávit primário de 1,2% do PIB em 2015.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 08:11:00

Quase 4.000 petistas colaboraram para a vaquinha do José Dirceu que arrecadou R$ 971.128,92, em apenas 10 dias. O dinheiro foi usado para pagar a multa que fez parte da pena do mensaleiro, que atualmente está sendo cumprida em regime domiciliar. Dirceu dizia que não tinha como pagar, por ser dono de uma mísera chacrinha nos arredores de São Paulo. Agora, a imprensa publica que o chefe do mensalão recebia mesada do petrolão. Quase R$ 4 milhões! O recebimento foi confirmado por ele, o mesmo José Dirceu que fez vaquinha, extorquindo militantes bobos e idiotas do PT. Leiam:
“A respeito da reportagem veiculada pelo Jornal Nacional nesta quinta-feira (22), a JDA esclarece que prestou consultoria às empresas UTC, OAS e Galvão Engenharia, conforme contratos, para atuação em mercados externos, sobretudo na América Latina e Europa. A relação comercial com as empresas não guarda qualquer relação com contratos na Petrobras sob investigação na Operação Lava Jato. O ex-ministro José Dirceu está à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos à Justiça”.
O sigilo de José Dirceu está sendo quebrado. Devem aparecer outras espertezas do chefe da sofisticada organização criminosa. Só das empreiteiras do petrolão, ele recebeu mais de R$ 100 mil mensais, durante três anos. A volta para a Papuda está praticamente garantida. Basta algum gerente das três empreiteiras confirmar que nunca houve consultoria e desafiar o mensaleiro a mostrar os projetos por ele desenvolvidos.

Sem dúvida alguma, João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, foi aquinhoado com o melhor posto em conselhos do país para operar com certa folga para o propinoduto do PT. Nestes anos todos, desde o mensalão, esteve envolvido em todas as denúncias que desaguaram neste mar de lama do petrolão. Ontem (22), Vaccari perdeu a boquinha de mais de R$ 20 mil mensais, que lhe renderam cerca de R$ 3 milhões para menos de 80 reuniões nestes anos todos e nenhuma contribuição ao desenvolvimento da matriz energética do Brasil. Foi demitido pela pressão da sociedade, justamente no dia em que o ministro das Minas e Energia anunciou que o Brasil pode - e vai! - entrar em racionamento de energia elétrica. É a cara cuspida e escarrada do PT no poder.
(O Globo) O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi exonerado nesta quinta-feira (22), “a pedido”, do Conselho de Administração da Usina Itaipu Binacional. O petista foi citado na delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como um dos operadores do esquema de distribuição de propinas na estatal. A exoneração foi publicada em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
O governo nomeou Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da presidente Dilma, para assumir o cargo até 16 de maio de 2016 - quando venceria o mandato de Vaccari.
Vaccari chegou ao posto por nomeação da própria presidente, em 2003, quando era ministra de Minas e Energia. Com mandato de quatro anos, desde então o tesoureiro petista vinha sendo reconduzido como conselheiro. A remuneração por participação nas reuniões do conselho de Itaipu é de R$ 20.804,13. O conselho se reúne apenas seis vezes por ano, mas podem acontecer encontros extraordinários.
Vaccari anunciou que deixaria o conselho a três dias do segundo turno das eleições, em outubro do ano passado. O comunicado da saída ocorreu depois que o então candidato Aécio Neves (PSDB), no último debate entre os candidatos a presidente, mencionou a presença dele no conselho da empresa. - A senhora confia nele? - questionou Aécio mais de uma vez. Vaccari responde, desde 2010, a denúncia do Ministério Público por suposto desvio de recursos, da Bancoop, uma cooperativa habitacional.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:22:00

NO BLOG DO NOBLAT
Por que só José Dirceu? Por que Lula, não?
23/01/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
Quando o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, julgado, condenado e preso por envolvimento com o esquema do mensalão, perderá sua condição de bola da vez?
A Justiça quebrou o sigilo fiscal e bancário da JD Consultoria, empresa dele. E descobriu que ela recebeu R$ 4 milhões pagos por empreiteiras acusadas de roubalheira na Petrobras.
As empreiteiras: Galvão Engenharia OAS e UTC. Executivos delas estão no cárcere da Polícia Federal, em Curitiba. Os pagamentos foram feitos entre 2009 e 2013. Dirceu deixou o governo em 2005.
O ex-ministro reconhece que recebeu o dinheiro. Alega que prestou consultoria às empresas. Ou se prova que ele mente ou de nada poderá ser acusado.
Vejam o caso de Lula. Depois que deixou o governo no primeiro dia de janeiro de 2011, passou a prestar serviços às maiores empreiteiras brasileiras. Essas mesmas cujos executivos estão presos.
Ganha das empreiteiras por dois tipos de serviços: palestras que faz aqui e no exterior, e lobby. Ele se empenha junto a governos onde fez amizades para ajudar as empreiteiras a fecharem negócios.
Alguma ilegalidade nisso? Nenhuma, aparentemente. Talvez haja aí um problema de aspecto moral. Lula se vale do cargo que exerceu para ficar rico. Presidente americano também age assim.
Por que não se quebra o sigilo fiscal da empresa de Lula que fornece notas fiscais a quem o contrata? Isso poderia ter alguma coisa a ver com a roubalheira na Petrobras?
Afinal, o que distingue as situações de José Dirceu e de Lula?
NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
23/01/2015 às 7:15
O petista José Dirceu, que se preparava — já chego lá — para disputar novas posições de poder no PT, é um dos investigados da Operação Lava Jato. Vai ver está aí o motivo que o levou a procurar Lula não faz tempo, sem sucesso, conforme revelou a revista VEJA. O Poderoso Chefão pôs o faz-tudo Paulo Okamotto para falar com o Zé. Nunca foi do tipo que se jogou no mar para salvar um amigo ou aliado. Eh, Zé Dirceu! O homem que nunca teve um trabalho formal, ora vejam!, tornou-se um dos consultores mais bem-sucedidos do país assim que deixou a chefia da Casa Civil, onde ficou de 1º de janeiro de 2003 a 21 de junho de 2005. Ele próprio revelou, certa feita, a razão de seu sucesso como “consultor”.
Em entrevista à revista Playboy em julho de 2007, o repórter quis saber se o fato de ele ter passado pelo governo facilitava o seu trabalho. A resposta foi espantosa. Disse ele:
“O Fernando Henrique pode cobrar R$ 85 mil por palestra, e eu não posso fazer consultoria? No fundo, o que eu faço é isso: analiso a situação, aconselho. Se eu fizesse lobby, o presidente saberia no outro dia. Porque, no governo, quando eu dou um telefonema, modéstia à parte, é um telefonema! As empresas que trabalham comigo estão satisfeitas. E eu procuro trabalhar mais com empresas privadas do que com empresas que têm relações com o governo.”
Vamos ver. FHC deixou a Presidência em 2002. Todos os que o convidavam e convidam para palestras — e palestra não é consultoria — sabem que ele não tem nenhuma influência no Planalto. Será que alguém faz um convite ao tucano esperando que ele dê “um telefonema” ao governo, como o petista admitiu, então, fazer? Em agosto de 2011, reportagem da VEJA revelou que, mesmo processado pelo STF, Dirceu mantinha em Brasília uma espécie de governo paralelo.
O centro clandestino de poder ocupava um quarto no hotel Naoum. O nome do Zé não contava da lista de hóspedes. Quem pagava as diárias (R$500) era um escritório de advocacia chamado Tessele & Madalena. Um dos sócios da empresa, Hélio Madalena, já foi assessor de Dirceu. O seu trabalho mais notável foi fazer lobby para que o Brasil desse asilo ao mafioso russo Boris Berenzovski. Tudo gente fina!
A revista revelou, então, que, em apenas três dias, entre 6 e 8 de julho de 2011, o homem recebeu uma penca de poderosos. Prestem atenção a alguns nomes da lista de notáveis que foram beijar a mão do Zé, com os cargos que exerciam então: Fernando Pimentel, Ministro da Indústria e Comércio; José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras; e os senadores Walter Pinheiro (PT-BA); Lindberg Farias (PT-RJ); Delcídio Amaral (PT-MS) e Eduardo Braga (PMDB-AM).
Encontros de Dirceu 2
Encontros de Dirceu 1
Ninguém precisa intuir, porque o próprio Dirceu confessou, que a posição que ocupara no governo e seu prestígio no PT valiam ouro. Seus “clientes”, afinal, apresentavam suas demandas a um homem sem dúvida poderoso.
E ficamos sabendo, agora, que José Dirceu é um dos investigados no escândalo do petrolão. Segundo revelou reportagem do Jornal Nacional, o Ministério Público Federal encontrou indícios de que ele foi um dos beneficiários do esquema que atuava na Petrobras. A empresa JD Assessoria e Consultoria Ltda, que o petista mantém em sociedade com Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, seu irmão, recebeu R$ 3,721 milhões de três empreiteiras que estão sob investigação: R$ 725 mil da Galvão Engenharia — em parcelas de R$ 25 mil mensais; R$ 720 mil da OAS, em parcelas de R$ 30 mil, e R$ 2,276 milhões da UTC Engenharia, em dois pagamentos: R$ 1,337 milhão e R$ 939 mil. A juíza federal Gabriela Hardt determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos irmãos e da empresa.
Vai ver as empreiteiras sabiam que um telefonema do Zé para o governo “é um telefonema”. Dirceu diz que prestou assessoria às três empresas… E o homem é eclético! Conseguiu clientes nas áreas de petróleo e gás, telefonia, construção e bancos. Curiosamente, todas elas dependem de forte regulação estatal.
Dirceu áreas
Abatido antes do voo
A notícia abate o Zé antes mesmo de ele alçar voo. Cumprindo prisão domiciliar em Brasília, ela já realizou diversas reuniões para tentar recuperar uma posição de força no PT. Andava pensando até em articular uma nova tendência. Segundo o Estadão, já conversou, até agora, com 30 deputados e sete senadores do partido. Nos bate-papos, faz críticas abertas à presidente Dilma Russeff e aos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência) e Pepe Vargas (Relações Institucionais). Na terça (20), em seu blog, atacou as medidas recentes da área econômica.
Segundo um amigo, Dirceu estava disposto a brigar e a “se reinventar”. Pois é… Reinventar o quê? Ele já mudou de nome e, de cara, duas vezes. Mas não há reinvenção possível. Será sempre José Dirceu.
(Texto publicado originalmente às 4h09 por Reinaldo Azevedo)

22/01/2015 às 23:12
Eduardo Braga (PMDB), novo ministro da Minas e Energia, é um político experiente. Está muito longe de ser um bobalhão. Também não tem o perfil de um Joaquim Levy, um técnico cuja expertise é apreciada por políticos, mas sem traquejo. Levy até pode pensar alto sem autorização — chamando recessão de recessão, por exemplo, para se desdizer depois. Mas Braga ,não! Ele calcula os passos. Ele sabe que uma palavra fora do lugar pode pôr os políticos numa situação muito difícil. Fala o que pode e o que a presidente Dilma Rousseff diz que ele pode. E ele disse com todas as letras: existe, sim, a possibilidade do racionamento de energia. Para um governo que não admitia nem mesmo um descompasso entre oferta e demanda, trata-se de um avanço. Sim, Braga admitiu a possibilidade do racionamento.
Leiam o que afirmou: “Dez por cento é o limite prudencial. Nenhum reservatório de hidrelétrica pode funcionar com menos de 10% de água. Ele tem problemas técnicos que impedem que as turbinas funcionem. Não é no Sudeste. É em qualquer lugar”. E deixou claro que, caso se chegue a esse patamar, haverá, sim, racionamento. Melhor assim: melhor admitir que a realidade existe.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram que os reservatórios estavam, nesta quarta, com 17,43% na região Sudeste/Centro-Oeste e em 17,18% na região Nordeste. Nas regiões Sul (67,17%) e Norte (35,2%), a situação é melhor. Só para comparar: quando houve o apagão, em 2001, os reservatórios do Sudeste tinham quase o dobro de água: 31,41%. É que, então, não havia termelétricas em número suficiente. Agora haveria… Será? A economia brasileira cresce perto de zero. Só por isso não houve apagão ainda. Mas os problemas são evidentes. Nesta quarta (21), o Brasil importou energia da Argentina pelo segundo dia consecutivo: 90 megawatts médios — na terça, foram 165 MW. E importou por quê? Porque se trata de um “insumo” em falta. Então o governo mente quando diz que temos uma produção suficiente para responder às necessidades.
Depois de se reunir com o ministro Aloizio Mercadante (Que medo! Espero que ele não tenha dado nenhuma sugestão), Braga afirmou: “Estamos também muito preocupados com a situação hidrológica. Inclusive, amanhã [nesta sexta], teremos uma reunião na casa Civil com a ANA (Agência Nacional de Águas), o Ministério do Meio Ambiente, de Ciência e Tecnologia e outros. O nível… Porque o nível hidrológico chegou a níveis mínimos em várias regiões”.
Então fiquemos assim: melhor uma fala como essa do que a glossolalia de Edison Lobão, que só ficou sabendo a diferença entre um nariz de porco e uma tomada depois que o Brasil inventou a sua jabuticaba de três buracos. Mas é claro que não deixarei barato para a presidente Dilma e a formidável máquina planaltina de contar mentiras.
Até hoje, nenhum discurso de Dilma foi tão desonesto política e intelectualmente como o pronunciado no dia 6 de setembro de 2012, véspera do Dia da Independência. A íntegra, para os fortes, segue abaixo, em vídeo (em texto, aqui). Na sequência, destaco trechos.
http://youtu.be/uDoKCwrotxE
Vamos ver o que ela anunciou então, entre aspas:
“Na próxima terça-feira vamos dar um importante passo nesta direção. Vou ter o prazer de anunciar a mais forte redução de que se tem notícia, neste país, nas tarifas de energia elétrica das indústrias e dos consumidores domésticos. A medida vai entrar em vigor no início de 2013. A partir daí todos os consumidores terão sua tarifa de energia elétrica reduzida, ou seja, sua conta de luz vai ficar mais barata. Os consumidores residenciais terão uma redução média de 16,2%. A redução para o setor produtivo vai chegar a 28%, porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão. Esta queda no custo da energia elétrica tornará o setor produtivo ainda mais competitivo. Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para redução de preços para o consumidor brasileiro, como para os produtos de exportação, o que vai abrir mais mercados, dentro e fora do país. A redução da tarifa de energia elétrica vai ajudar também, de forma especial, as indústrias que estejam em dificuldades, evitando as demissões de empregados.”
Para lembrar: as medidas de Dilma provocaram um rombo bilionário no setor elétrico. Para compensar o desastre, a tal energia, que seria mais barata, teve uma elevação de 20% em 2014 e deve sofrer outras neste ano da ordem de 40%. Com risco de apagão.
O vídeo e a fala de Dilma entram para a História, não é mesmo? Se você ler o discurso inteiro, verá os amanhãs sorridentes com os quais ela nos acenava. Deu no que deu.
(Por Reinaldo Azevedo)

NO BLOG UCHO.INFO
22/01/2015 | Escrito por admin
Tarso Genro receberá nababesca e vitalícia pensão de ex-governador paga pelos trabalhadores
Vida mansa – Há sobre a face da Terra milhares de “fulanizações” do embuste e da incompetência. Uma dessas “fulanizações” atende pelo nome de Tarso Fernando Herz Genro, o petista que chegou ao Palácio Piratini, sede do Executivo do Rio Grande do Sul, como salvador da pátria e deixou o local seguindo a trilha do fiasco. Genro só se elegeu governador porque enquanto ministro da Justiça usou a Polícia Federal para infernizar a vida da então governadora Yeda Crusius (PSDB). Foi assim, agindo rasteira e covardemente, com fazem nove entre dez petistas, que Tarso Genro conseguiu iludir o eleitorado da terra de chimangos e maragatos.
Famoso por suas trapalhadas como político e conhecido por alegar perseguição durante a ditadura militar, Tarso Genro fugiu da truculência do autoritarismo do regime de então atravessando uma avenida e colocando os pés no Uruguai. Foi desta forma, simples e rápida, que o ex-governador se declarou exilado. Dias mais tarde, a mando do pai e sob a tutela de um oficial do Exército, Tarso Genro voltou ao Brasil e passou a viver em Porto Alegre, sempre monitorado por militares. Resumindo, mais um dos muitos falsos heróis que existem no País.
Para mostrar sua covardia como político, supostamente um defensor dos fracos e oprimidos, Tarso protocolou, há dias, na Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, um pedido de aposentadoria vitalícia de ex-governador. De acordo com o jornalista Políbio Braga, o petista receberá mensalmente, até o último suspiro, a bagatela de R$ 30.471,11. Interpretando os números, esse valor é o dobro do que recebe o atual governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), que diante da pressão popular abriu mão do aumento salarial.
Tarso Genro foi péssimo como governador, tendo levado um dos mais importantes estados brasileiros à penúria financeira, mas por essa lambança, marca registrada do PT, será recompensado com uma aposentadoria que equivale a pouco mais de 36 salários mínimos. Aos petistas pouco importa o salário mínimo, pois o partido já foi acertadamente comparado a uma organização criminosa.
Para quem foi ministro da Justiça, Tarso mostra à sociedade que no Brasil de hoje o melhor é ser injusto. Para quem foi ministro da Educação, Tarso prova que ser mal educado com o dinheiro público é o que vale. Para quem foi ministro das Relações Institucionais, Tarso endossa a tese de que no poder é preciso mandar às favas instituições como a ética e a coerência.
Para quem recebeu em palácio, com pompa e circunstância, o terrorista italiano Cesare Battisi, Tarso revela que uma aposentadoria nababesca paga com o suado dinheiro do contribuinte é crime pequeno. Para quem prometeu refundar o Partido dos Trabalhadores depois do escândalo do Mensalão, Tarso revela ser mais do mesmo. Ou seja, um incompetente conhecido que insiste em adular a “esquerda caviar”, mas que adora viver como um direitista convicto. Resta saber qual será o tamanho da gritaria da filha comunista Luciana Genro.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Mais cedo ou mais tarde, Dilma Rousseff tende a ser indiciada, na Corte de Nova York, por sua participação desastrosa na aquisição da refinaria texana de Pasadena. Além de ter gerado prejuízos milionários à Petrobras e seus investidores, a negociata já é encarada como uma das chaves para desvendar e comprovar todos os empreiteiros, dirigentes estatais e políticos corruptos que se beneficiaram da grana suja do Petrolão. A "Ruivinha" (referência obtida em um grampo telefônico da Operação Lava Jato à planta industrial da sucateada e enferrujada refinaria) destruirá as bases corruptas do desgoverno nazicomunopetralha? Tudo indica que sim... Dilma já era, sem nunca ter sido...
Antes de virem à tona, oficialmente, os nomes de dezenas de deputados (entre 40 e 50) e uns 8 senadores, o Petrolão atingirá sua tensão máxima quando for decretada a prisão de José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras na gestão Lula da Silva. A ordem para a detenção preventiva ou provisória de Gabrielli já é encarada como inevitável nos bastidores do judiciário. Só falta a decretação pelo juiz Sérgio Fernando Moro ou por sua substituta, Gabriela Hardt, da 13a Vara Federal em Curitiba. Se for preso, a expectativa é que Gabrielli rompa definitivamente com a cúpula petista e chute o balde contra quem mais odeia: Dilma Rousseff.
Gabrielli e seu ex-diretor Internacional, Nestor Cerveró, atestam que Dilma autorizou a compra de Pasadena, junto com eles, toda a diretoria executiva e o conselho de administração da Petrobras. Embora a máquina de contrainformação governamental tente plantar o contrário na mídia amestrada, o Estatuto da Petrobras coloca diretores e conselheiros como responsáveis pelas decisões. Antes de ser a poderosa presidente do Brasil, Dilma foi a "presidente" do Conselho de Administração da Petrobras que deliberou pela compra da "Ruivinha".
As falcatruas em torno dessa negociata texana chamaram a atenção de investidores e investigadores norte-americanos - principalmente aqueles da National Security Agency que Edward Snowden acusou terem espionado a estatal brasileira. Tais informações foram a verdadeira base para o estouro da Operação Lava Jato. O resto veio e ainda vem como consequência da negligência dos corruptos. Todos abusaram de ostentações, na aquisição de imóveis de luxo, carrões importados e na movimentação atípica de dinheiro nas inúmeras viagens feitas ao exterior.
Já se estima que o rombo do Petrolão chegue a um inimaginável montante de US$ 25 bilhões. Grande parte do dinheiro foi desviada para campanhas políticas, através do esquema dos doleiros Alberto Youssef e da pouco falada Maria de Fátima Stocker (que está presa na Espanha). Outro tanto da grana desviada acabou com diretores corruptos da Petrobras. Uma parte menor ficou com dirigentes de empreiteiras - que agora aproveitam as "colaborações premiadas" para delatarem que foram achacados, dando nome aos achacadores, seus chefes e beneficiários.
Show de Traições
José Sérgio Gabrielli tem inimigos poderosos que desejam ferrá-lo.
Um empresário que alega ter tomado uma volta dele ameaça servir de testemunha contra ele.
O baiano injuriado, ex-parceirão, teria perdido US$ 400 mil dólares na falta de cumprimento de palavra de Gabrielli...
(...)

NO O ANTAGONISTA
A marcha naval de Evo Morales
Mundo 23.01.2015
O Antagonista pede desculpas. Atarefado com outras questões, certamente menos relevantes, deixou de registrar um fato que pode ter consequências monumentais para o futuro da humanidade. Evo Morales, em sua cerimônia de posse, prometeu que a Bolívia conquistará um acesso ao mar. Nossos leitores talvez não saibam, mas a Bolívia, apesar de não ter mar, tem uma marcha naval. E ela foi entoada, ontem, por todos os parlamentares da base de Evo Morales:
"Levantemos nuestra voz / Por nuestro Litoral / Que pronto tendrá Bolivia / Otra vez, su mar, su mar”. 
A marcha naval, composta pelo patriota Gastón Velasco, conclama os bolivianos a recuperar o território perdido para o Chile na Guerra do Pacífico, em 1879: 
“Antofagasta, tierra hermosa / Tocopilla, Mejillones, junto al mar / Con Cobija y Calama, otra vez / A Bolivia volverán”. 
Evo Morales já avisou que, caso se recuse a restituir um acesso ao mar à Bolívia, o Chile será esmagado por seus Ponchos Rojos com suas letais zarabatanas.
¡
Adelante bolivianos! Marchemos hacia el mar

Um mau dia para Dilma, um bom dia para nós
Brasil 23.01.2015
Ontem (22), foi um dia desastrado para Dilma Rousseff. Um dia que provavelmente ficará marcado para sempre. Os jornais costumam empilhar os fatos um sobre o outro e acabam confundindo tudo. Nosso conselho, portanto, é o seguinte: acorde direito, tire as remelas dos olhos, prepare um café e tente fazer um resumo mental dos acontecimentos.
Em primeiro lugar, o Estadão noticiou que José Dirceu estava formando uma nova corrente dentro do PT. Seus homens na Petrobras, em particular José Sérgio Gabrielli e Renato Duque, estavam sendo imolados pelo governo e, segundo o Estadão, José Dirceu exigia que Dilma Rousseff os protegesse.
À noite, o Jornal Nacional esclareceu a questão. É o próprio José Dirceu que está na mira da Lava Jato, com R$ 3,7 milhões pagos pelas empreiteiras à sua empresa de consultoria para fazer - e ninguém tem a menor dúvida a esse respeito - tráfico de influência.
Isso explica os ataques recentes de José Dirceu e José Sérgio Gabrielli a Dilma Rousseff. Explica também os ataques de Marta Suplicy. Lula tem medo de José Dirceu. Sabe que ele pode arruiná-lo definitivamente. Por esse motivo, mandou Marta Suplicy atacar o governo: para aplacar José Dirceu.
Em segundo lugar, os advogados da Engevix jogaram uma bomba sobre Dilma Rousseff. Como mostrou O Antagonista, há várias semanas as empreiteiras vinham usando a imprensa amiga para enviar recados ao governo. A mensagem era sempre a mesma: ou o governo as salvava, ou elas iriam explodir o governo. Ontem, na defesa apresentada pela Engevix, elas resolveram explodir o governo, especialmente em dois trechos: "O apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribuição de recursos a parlamentares" e "A Petrobras foi escolhida para geração dos montantes necessários à compra da base aliada".
Ainda não sabemos se as outras empreiteiras vão seguir a linha da Engevix. Talvez elas aguardem alguns dias. Mas a estratégia de poupar o governo fracassou e a única alternativa que resta aos corruptores é demonstrar que eles foram achacados pelo poder político.
Em terceiro lugar, enquanto Dilma Rousseff assistia à posse de Evo Morales, completamente isolada há mais de um mês, sem coragem para assumir o pacote econômico recessivo apresentado nos últimos dias, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco e principal fiador do ministro da Fazenda Joaquim Levy, ditava a linha a ser seguida, demonstrando na prática que a presidente já não apita mais nada.
Um mau dia para Dilma Rousseff é um bom dia para todos nós. Agora termine o café e vá trabalhar.
Acordou bem?

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